sábado, 11 de junho de 2011

TOMANDO A DECISÃO CORRETA

Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Pv15.22).

No texto anterior falei sobre decisões. Talvez, com sua leitura, fique no ar a pergunta: Como tomar a decisão certa? Quero falar sobre isso hoje. Falei no texto passado que pelos resultados de hoje podemos avaliar nossas decisões do passado, o que significa que amanhã colheremos os resultados das decisões de hoje. Portanto, todos querem colher bons resultados, mas para isso a tacada tem que ser certa. Quero te dizer duas coisas sobre isso.
Primeiramente, não vá na tua onda. A Bíblia fala do engano do coração, de como somos vítimas desse órgão influenciador de decisões. As vezes, pensamos nisso somente do lado do pecado, de como o coração nos engana em relação ao certo com o errado, mas o engano do coração vai muito além disso. Quando você decide fazer alguma coisa é porque seu coração já se afeiçoou com aquilo. Você começa a orar somente para desencargo de consciência, mas lá no fundo tu já estás decidido, pois teu coração está totalmente atraído, tomou gosto pela coisa, e dessa forma ele te deixa completamente cego. Isso significa que teu coração pode te induzir por anos a permanecer como um burro empacado, caminhando preso por um cabresto que te impede de olhar adiante. Temos uma tendência muito grande para decisões erradas porque possuímos um coração que arde por enganos.
Em segundo lugar, esteja aberto para opinião alheia. Chamamos a isso de conselho. O texto acima nos diz que aquele que ouve os conselhos não tem os seus projetos fracassados, ou seja, aquele que ouve a seus irmãos não toma decisões furadas. Se somos enganados pelo nosso coração, pelo nosso ponto de vista, a solução é deixar que os outros nos mostrem aquilo que nossos olhos não conseguem ver. Isso entra no mesmo conceito dos nossos defeitos, pois vemos o defeito de todo mundo, mas não conseguimos apontar nem um sequer dos nossos. Da mesma forma, quando estamos diante de uma decisão, não conseguimos detectar nenhum problema, tudo parece ser muito bom e achamos que vai dar tudo certo, não avistamos os imprevistos, não notamos os incidentes, não percebemos que estamos embarcando em uma canoa furada.
Falei no texto passado que objetivos sublimes não denotam uma decisão correta. As vezes, tomamos decisões com ideais tão nobres, mas que podem nos conduzir a um poço sem fundo. Isso acontece quando, com nossa opinião própria formada, seguimos em frente contra tudo e contra todos, pois ignoramos os alertas que nos são dados pelos irmãos e amigos, e como um adolescente rebelde entramos de cabeça, avançando cada vez mais para baixo, nos entregando ao fracasso. Todos vêem nosso erro, menos nós, todos nos alertam, mas nos recusamos a ouvir e teimamos em reconhecer que tomamos a decisão errada.
Querido irmão, para transpor sua cegueira na hora da decisão, permita que o teu próximo seja os seus olhos, para fugir do engano de seu coração, permita que teu irmão seja seu coração. Para que isso aconteça, peça conselhos e ouças aqueles que lhes são dados, pois tudo que querem é te livrar de um laço a que estás prestes a cair. Ouça!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 4 de junho de 2011

AS (IN)CONSEQUÊNCIAS DE NOSSAS DECISÕES

Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado (Pv 19.2).

Decisões, quem não tem que tomá-las? Desde o despertar até ao raiar somos colocados diante de situações em que teremos de tomar alguma decisão. As decisões que tomamos são extremamente importantes em nossas vidas, pois são elas que vão nortear nossos destinos. Um exemplo disso é quando decidimos desprezar ao Senhor nesta vida. Com certeza tal decisão nos conduzirá a um destino final totalmente separado de Deus. O mesmo sucede nas demais áreas de nossa vida. Pare e pense: como está sua vida hoje? Boa ou ruim? Está satisfeito com sua vida espiritual? Sua vida conjugal é satisfatória? Sua vida familiar é prazerosa? Sente-se realizado em sua vida profissional? Sua vida financeira atende suas expectativas? Uma coisa você não pode negar, seja qual for as respostas destas perguntas, elas são resultados de decisões, ou seja, você está colhendo hoje o que decidiu no passado. Por isso é muito pertinente o provérbio acima. Proceder sem refletir é sinônimo de decepção, incerteza e desapontamento e decidir precipitadamente é abrir para si uma cova profunda. Reflita comigo sobre três coisas a respeito de decisões.
A primeira é que nem sempre tomamos as decisões certas. Se suas respostas às perguntas acima foram negativas, você, intuitivamente, já percebeu que tomou decisões erradas. E para tirarmos qualquer conclusão a respeito das decisões que fizemos no passado é imprescindível olharmos para o presente. Jesus um dia disse que pelos frutos conhecereis a árvore e é justamente disso que estou falando, pelo fruto de suas decisões passadas, hoje elas podem ser avaliadas e mensuradas sem deixar nenhuma dúvida. Quem decidiu não estudar, quem decidiu não se profissionalizar, tem hoje que se contentar com as injustiças do mercado de trabalho que nunca valoriza aquele que mais trabalha. Quem decide sem refletir com certeza decide precipitadamente e quem assim procede toma decisões tortuosas.
Em segundo lugar, objetivos sublimes nem sempre constituem decisões corretas. As vezes, achamos determinada decisão tão santa que Deus jamais diria não para ela, estipulamos metas tão ilustres, com resultados tão positivos, tanto para nós quanto para nossos filhos, que nem de longe imaginamos que um dia tal proceder venha a ser maléfico em nossas vidas. Um exemplo é uma decisão infeliz que certo grupo de pessoas tomaram e Paulo precisou ser duro com eles dizendo: se alguém não quer trabalhar, também não coma (2 Ts 3.10). Se formos olhar o por que destas pessoas não trabalharem, seríamos obrigados a estar do lado delas e discordar com Paulo. Elas diziam: Jesus vai voltar logo, então, temos que estar preparados quando Ele voltar, não compensa investir em nada e fazer nada porque não vamos levar nada mesmo; o que importava era gastar todo tempo em santidade. O que aconteceu? Tais pessoas se tornaram pesadas para a Igreja e ao invés de consolações traziam divisões. Objetivos sublimes, decisões incorretas. Quantas vezes não queremos ser empregado de ninguém para melhor servirmos na Igreja? Quantas vezes não queremos gastar nosso tempo com trabalho para passar mais tempo com Deus e ensinar melhor nossos filhos? Quantas vezes dizemos não a qualquer trabalho secular para estar mais tempo com a família ou com nós mesmo? Objetivos sublimes, mas que podem trazer resultados inconseqüentes.
Por último, nunca é tarde para repensar. Se neste momento você percebeu que tem tomado decisões infelizes, saiba que nunca é tarde para repensar suas decisões e mudar o rumo de sua vida e de sua família. Este proceder será sublime em sua vida e com certeza Deus, que sempre espera darmos o primeiro passo, pois, mesmo serem incorretas, Ele não nos impele nas decisões por nos conceder o livre arbítrio, será o primeiro a te encorajar a seguir em frente. Mas se você insistir e achar que apenas está passando por um momento infeliz e se recusa a refletir sobre as causas de tanta infelicidade, e satisfaz-se hoje na frase: O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã, este amanhecer pode não chegar a sua vida por este caminho e a noite pode ser mais longa do que você imagina.
Terminei o segundo grau depois de ter completado 40 anos e entrei em uma faculdade com 44 anos, porque, mesmo ter decidido erradamente no passado, não foi tarde para repensar. Colho hoje as conseqüências de uma decisão tardia, mas não exijo de Deus a mesma vida que teria se tivesse tomado tal atitude no tempo certo. Avaliar suas decisões, analisar seus resultados é refletir e, caso seja detectado problemas, tomar atitudes positivas em relação a elas é ser sábio e proceder segundo o coração de Deus.Que Deus te abençoe e te de a coragem de repensar e, se preciso for, mudar o que tiver de ser mudado. Decida!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com