sábado, 12 de maio de 2018

CHEGUE, MAS COM DIGNIDADE!


Não posso me calar diante do que está acontecendo. Quando chega a época de campanha política quem tem pelo menos um pouco de bom senso sente vontade de se mudar para outro país. É impressionante o que as pessoas são capazes de fazer e armar para chegarem à vitória, chegarem ao poder. Ao invés de progredirmos nas campanhas, oferecendo à comunidade uma campanha limpa, saudável, oferecendo ao eleitor prazer em ler as metas, os objetivos, os planos e projetos dos candidatos e os comentários dos eleitores, nos são forçados a presenciar somente infâmias e trocas de acusações. Sinto que na política estamos mergulhando em um abismo sem volta, pois cada campanha torna-se mais degradável que a outra. Nenhum candidato consegue focar no seu plano de governo e desprezar seu rival. Nenhum candidato consegue focar no que pretende fazer, mas foca as atenções no que fez, como que se o que ele fez fosse algo mirabolante, que só ele seria capaz de fazer e se esquece de que ele fora eleito é justamente para fazer o que fez, e se ele fez nada mais fez do que cumprir com as expectativas que seus eleitores colocaram nele. Nenhum candidato consegue fazer sua campanha sem comparações, como se ele fosse o maioral, o certinho, o ficha limpa, o honesto, que vai governar pelo povo e não em benefício próprio. O outro? O outro sempre é a escolha errada, o ficha suja, o desonesto, o corrupto, o incapaz. Por que ninguém faz a sua campanha com dignidade? Por que ninguém apenas apresenta seu plano de governo e deixa as comparações para o povo? Será que é pedir muito nos poupar de tanta baixaria? Será que é pedir muito nos deixar entrar nas redes sociais sem contemplar tanta infâmia? Será que é impossível sonhar com uma campanha saudável neste país? Recuso-me a acreditar que nós, eleitores, seríamos incapazes de escolher nosso candidato sem vê-lo pisar no seu rival, sem vê-lo passar por cima de seu rival, sem vê-lo tentando desmascarar seu rival, sem vê-lo inflamando o povo contra seu rival e, principalmente, sem vê-lo injuriando, desonrando e difamando seu rival.
É na Bíblia que encontramos o modelo ideal de moralidade e ética. O candidato que se diz cristão deve, no mínimo, considerar este modelo e segui-lo à risca. Caso não o consiga aconselho a não usar o nome de Deus em sua campanha para não acumular sobre si a ira de Deus em seu juízo. A Bíblia é muito clara quando nos diz: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm 12.10). Esse modelo não é para seguirmos somente na igreja, mas principalmente fora dela. É impressionante a capacidade de um político em atacar a honra de seu rival como que se ele tivesse sido isentado por Deus para fazê-lo. Você pode argumentar: Mas estou apenas falando a verdade e me defendendo do que o outro falou de mim. A Bíblia diz: Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens (Rm 12.17). Retrucar com infâmia não é falar a verdade e nem defesa, mas é igualar-se ao difamador. E você ainda pode argumentar: Mas não posso me calar diante da injustiça. A Bíblia diz: Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor (Rm 12.19). Deixe a retribuição para Deus, limite-se a fazer o que Deus te ordena e espera de você que é: Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça (Rm 12.20). Ou seja, se para derrotar meu rival tenho que difamá-lo, que ele ganhe, mas eu não farei isso. E se você acha que este não é um assunto sério, que estou exagerando, que as coisas não são assim como eu penso e que estou falando, saiba que Jesus assim falou: Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo (Mt 12.36). Por isso que a Bíblia nos adverte: Não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo (Tg 4.11,12)? E ela fala isso em todos os sentidos, inclusive na política!
Quer chegar a vitória? É tão bom vencer, mas faça isso com dignidade! Não chegue lá pisando em alguém, não chegue lá passando por cima de alguém, não chegue lá desonrando as pessoas, difamando as pessoas, não chegue lá com baixarias, com maracutaias armadas para colocar seu rival em desonra, não chegue lá com informações distorcidas e mentirosas com a finalidade de desacreditar seu rival, não chegue lá com manipulação para se colocar no pedestal como que pisando sobre seu rival, exibindo-o como um troféu, antes, chegue lá mostrando sua competência, sua dignidade, sua honra, mostre que você é diferente, prove que você pode ser confiável, não precisa discursar que é ficha limpa e honesto, mostre isso ao povo, a Bíblia diz: Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios (Pv 27.2). Seja transparente porque o eleitor não é cego, ele verá em suas atitudes e em suas palavras que és uma pessoa capaz, de confiança, e que ele pode depositar em você a credibilidade de governança. Uma campanha com dignidade não é utopia, depende somente de uma pessoa determinada em seu coração de não transgredir com a ética e a moralidade. Eu moro neste país que amo, escolhi esta cidade maravilhosa para residir e estabelecer aqui tanto minha vida como meu túmulo e gostaria de levantar os olhos e ver a dignidade, a transparência e a honestidade não estampada na boca, mas nas atitudes e no governo dos nossos candidatos. Sou eleitor, sou cidadão e tenho o direito de querer e buscar um Brasil e uma Vilhena melhor. Chegue lá, mas chegue com dignidade que estarei com você na sua carreata de vitória, não somente porque você ganhou, mas porque o Brasil ganhou, porque Vilhena ganhou! Que Deus assim nos contemple em sua misericórdia e nos abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 7 de maio de 2018

UM DIA PARA SER ESQUECIDO!


Difícil expressar o meu dia hoje! Vi cabeças rolarem no trabalho e outras sendo contratadas. Vi pessoas sendo dispensadas e substituídas por outras. Vi tantas pessoas sorrindo e tantas outras chorando. Vi ansiedades se tornar em expectativas enquanto que outras se tornavam em decepções. Vi pessoas sendo exaltadas enquanto que outras eram rebaixadas. Pude ajudar alguns, mas nada pude fazer por muitos. Acho que nunca fui tão amado e ao mesmo tempo tão odiado em um único dia! A Bíblia diz que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21) e que a língua é como uma fagulha que põe em brasas uma grande selva (Tg 3.5)! Nunca provei tanto isso em um único dia! Vi a boca de justos produzirem a sabedoria em meio a tantas bocas perversas desarraigadas! Vi a boca de sábios agirem com medicina em meio a tagarelas que feriam como pontas de faca! Eu creio de corpo e alma na doutrina da retribuição porque o meu Deus diz: A mim me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o SENHOR (Rm 12.19). Hoje eu vi o SENHOR retribuindo a tantos, e para muitos com a mesma moeda, mas infelizmente também vi a muitos semeando a maldade que certamente colherão no futuro. E este círculo vicioso parece nunca ter fim!
Depois de um dia tão tenso, tão estressante, tão exaustivo, tão deprimente, chego em casa para meditar em tudo que passei, porque se nada aprender com este dia tudo terá sido em vão, de nada terá valido enfrentar o meu dia com coragem se ele não me ensinar uma preciosa lição na vida. Perguntei para mim mesmo: O que um dia como hoje pode me trazer de bom? Será que vale a pena se sacrificar por uns e decepcionar a outros? Será que vale a pena ser politicamente correto em sua função? Deus me respondeu tornando em minha memória um dia de seu Filho Jesus Cristo, o dia em que Ele esteve no Getsêmani, o dia em que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra (Lc 22.44), tamanho era a sua angústia, intenso era o seu sofrimento. Levantei-me e me olhei no espelho e pensei comigo mesmo: Meu dia não foi tão ruim assim, nem cheguei a suar sangue! Neste mesmo dia atendi um homem que não enxergava, não escutava direito, era epilético, não tinha família, não tinha comida, não tinha ninguém por ele a não ser um órgão público que se limitou a leva-lo para um hospital, providenciar pouso e comida e uma passagem de volta para sua cidade. Difícil não reconhecer a ingratidão do meu coração!
Naquele momento pensei em tudo que havia passado naquele dia e em tudo o que Cristo passou naquele dia em que fora ao Getsêmani, pensei em tudo o que fiz e em tudo o que Jesus Cristo havia feito. Eu nada mais fiz do que cumprir com minhas obrigações e ser recompensado no final do mês com um salário, enquanto que Jesus fez o que não era de sua obrigação fazer e apesar de tamanho sacrifício, tamanho gesto de amor, tudo que recebeu em troca foi a ingratidão e a rejeição das pessoas. Percebi como que em parte de minha vida eu mesmo agi com ingratidão e o rejeitei pelo sacrifício que Ele havia feito por mim, de forma que se não fosse a abundância de seu amor por mim e ter me libertado do mundo até hoje eu estaria rejeitando àquele que fez por mim a maior demonstração de amor. Aquela lição me fez pensar que o meu dia teria valido a pena, que apesar de haver agradado a alguns e decepcionado a outros, nada aconteceu comigo a não ser a normalidade da vida.
E termino lhe dizendo que todos nós estamos nesta mesma situação de rejeição, pois se você ainda não entregou a sua vida a Jesus Cristo ainda está em desobediência e rebeldia, pois a Bíblia diz que nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros (Tt 3.3). Entregue a sua vida a Jesus e diga como Paulo: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (Ef 2.1-5). Entregue a sua vida a Jesus e verás que até mesmo o pior dia de sua vida poderá lhe ensinar preciosas lições e mesmo depois de um dia tão tenso poderás deitar no travesseiro e dormir em paz, não pelo que os outros te fizeram e nem pelo que você fez pelos outros, mas por aquilo que Cristo fez por você lá na cruz. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com