terça-feira, 11 de setembro de 2018

A EXPULSÃO DA INTRUSA

Difícil não pensar na morte, uma vez que ela está presente em todos os dias de nossa vida, pois os noticiários não nos deixam esquecê-la. Isso é até perigoso, pois pode nos fazer a acostumar com a morte, mas não podemos nos acostumar com ela, pois a morte é uma intrusa na criação de Deus. Ela é consequência de uma atitude rebelde do homem para com seu Criador. O homem foi alertado por Deus que lhe falou: No dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.17). O homem não ouviu, comeu do fruto que era proibido comer e a morte passou a fazer parte de sua existência. Nada provoca mais dor do que a morte. O choro da morte causa grande comoção em nosso coração. A morte é tão cruel que parece simbolizar o fim, parece trazer uma separação eterna, parece causar um dano irreparável. Apesar de ela representar, de certa forma, estas verdades, a morte não significa o fim e ela pode até mesmo representar um começo.

O fato é que esta intrusa tem os seus dias contados entre nós. A Bíblia, falando sobre os inimigos de Deus, diz que o último inimigo a ser destruído é a morte (1 Co 15.26). Ela pode até ficar por último, mas por fim ela vai cair. Jesus venceu a morte. E como Jesus venceu a morte? Ressuscitando! De nada teria servido o sacrifício de Cristo se Ele não tivesse vencido a morte e ressuscitado. Naquele túmulo Jesus nada podia fazer pela humanidade. Por isso que a ressurreição de Cristo deve ser a data mais comemorativa para o Cristão, porque nada representa mais a vitória do que a ressurreição. Quando Maria Madalena viu a Jesus ressuscitado este lhe falou: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai (Jo 20.17). Neste momento, Jesus não estava ali em espírito, mas em corpo presente. Este era o seu corpo glorificado, um corpo não mais limitado, pois a Bíblia diz: Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco (Jo 20.19)! As portas não podiam mais deter o seu corpo, os chicotes não fazia mais nenhum mal a Ele, uma coroa de espinho não o fazia mais sangrar, os pregos não podia mais perfurá-lo, o vinagre não lhe causava mais nenhum amargor, uma lança nada mais podia fazer contra Ele. Jesus não permanece na cruz e nem naquele túmulo, porque Ele ressuscitou para a vitória.

Esta vitória será estendida a todos nós um dia, porque todos nós receberemos este mesmo corpo glorificado de Cristo quando ressuscitarmos no dia da ressurreição. É isso que Paulo nos ensina quando diz: Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória (1 Co 15.53,54). Na ressurreição receberemos um corpo imortal. Este corpo jamais contrairá qualquer doença, jamais poderá ser alvejado por um tiro, jamais poderá ser perfurado por uma faca, jamais será destroçado por um explosivo, jamais poderá ser queimado pelo fogo, jamais se afogará nas águas, uma espada jamais poderá decapitá-lo, uma corda jamais poderá enforcá-lo, este corpo jamais perderá um de seus membros, ele jamais vai se deparar novamente com a morte, porque a intrusa finalmente foi derrotada e expulsa da criação de Deus.

Neste sentido Jesus nos consola quando diz: Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão (Jo 5.28). A morte não é o fim! O túmulo não é a nossa morada eterna! O brado da morte um dia cessará e o desespero da morte fará parte do passado da humanidade. Jesus prossegue em suas promessas quando diz: A vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6.40). Será quando, finalmente, veremos a concretização da maior de todas as promessas de Deus: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.1-4). Mas preste muita atenção em toda a extensão da promessa, pois ao falar da ressurreição Jesus disse: Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo (Jo 5.28,29). O que você terá quando ressuscitar? A vida ou o juízo? Pense nisso hoje para que não venhas a lamentar o dia em que tu finalmente alcançaras a imortalidade! Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com