1 Seis
dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou,
em particular, a um alto monte.
2 E
foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas
vestes tornaram-se brancas como a luz.
3 E
eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
4 Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é
estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para
Moisés, outra para Elias.
5 Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os
envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo; a ele ouvi (Mt 17.1-5).
Existe
um ambiente mais agradável do que a igreja? Muitos estranham o fato de irmãos
praticamente viverem na igreja e não conseguem conceber em suas mentes o que
leva tais pessoas a isso; não conseguem discernir outra coisa a não ser
fanatismo. Eles não conseguem entender os laços de amizade que unem os irmãos,
não conseguem entender o terno afeto existente entre os irmãos, não conseguem
vislumbrar a alegria e o prazer que sentem quando estão juntos. A verdade é que
não sabem o que é estar em uma roda de irmãos com um violão tocando e cantando
cânticos. Existe outro fato ligado a isso, que é o prazer e a satisfação de
servir a Deus. Quando estamos na igreja temos a oportunidade de servirmos uns
aos outros e de, neste sentido, seguirmos os mesmos passos de Jesus Cristo.
Já
vivi estes momentos e sei o quanto são importantes na construção da nossa fé,
de forma que aqueles que não conseguem se harmonizar na igreja com os irmãos,
construir um círculo de amizade ali, geralmente são fracos na fé e inconstantes
na igreja. Mas há uma armadilha construída com muita sutileza aí. A vivência
entre os irmãos é tão maravilhosa que existe o perigo de negligenciarmos as
demais, de deixarmos em segundo plano a família, de deixarmos de viver em
afeição com esposa ou marido, de faltarmos com atenção aos filhos, de nos
afastarmos de nossos familiares, das reuniões de família, das festas, dos
almoços e até mesmo dos passeios juntos.
Outra
coisa que a vivência entre os irmãos pode ofuscar é a nossa missão, a missão
que temos como filhos de Deus, como pessoas transformadas e regeneradas por
Cristo, e acredite: esta missão não é desenvolvida dentro da igreja, mas fora
de seus portais. Lá fora existem amigos machucados pelo pecado e somente
aqueles que foram libertos dos pecados sabe como agir para tratar e cicatrizar
estas feridas. Lá fora existem familiares carentes de atenção, talvez até mesmo
passando necessidades ou passando por lutas imensas como enfermidades,
separação, ou até mesmo com envolvimento de filhos com as drogas, e podemos
estar inertes a tudo isso nos regozijando com os irmãos na igreja. Muitos se
dedicam tanto a igreja e se consagram tanto a ela que se considerem realizados
na mordomia cristã, mas ignoram que o mais importante está lá fora, onde Jesus
realmente precisa de nossos serviços, pois é lá que estão aqueles que caminham
a passos largos para a perdição.
Às
vezes, achamos que evangelizar é somente abrir a Bíblia e pregar o Evangelho.
Jesus Cristo é a luz do mundo e os filhos de Deus devem ser reflexos desta luz
no mundo, de forma que a maior oportunidade que temos de brilhar é entre nossos
familiares e nossos amigos, pois eles podem perceber com mais clareza os resultados
da presença de Jesus em nossa vida. Ao verem em nós, com constância, o brilho
de Jesus, acredite, um dia serão tocados pelo Espírito e a sua convivência com
eles fará diferença de forma que pode conduzi-los aos pés de Cristo, e isso
pode acontecer sem você pregar uma única palavra, apenas dividindo um pouco de
seu tempo com eles.
Há
um texto que exemplifica muito bem a isso. Um dia Jesus levou a Pedro e aos
irmãos Tiago e João para um monte e lá Jesus foi transfigurado e apareceram ali
Moisés e Elias, dois grandes servos de Deus na história de Israel. O prazer de
estarem ali foi tão imenso que Pedro falou para Jesus: Senhor é tão bom
estarmos aqui, vamos construir tendas e ficar aqui para sempre. Esta é a
vontade que sentimos quando estamos na igreja, pois ali encontramos paz e
vivemos aquilo que nosso coração tanto aspira. Mas ainda não atracamos no porto
seguro que é o céu e enquanto isso não acontece o nosso lugar é lá no meio do
joio, e não devemos temer isso, porque quando houver a colheita Jesus saberá
distinguir perfeitamente o trigo do joio, de forma que não deixará esquecido
nenhum de seus filhos para trás. Que Deus te abençoe a refletir sobre estas palavras!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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