domingo, 22 de abril de 2018

IMPRESSÃO EQUIVOCADA


Um dia o rei da Síria mandou seu exército ir prender o profeta Eliseu porque ele estava, em visão, revelando todos seus segredos militares a Israel, pois o rei havia sido derrotado pelo exército de Israel em várias batalhas e estava achando que tinha um traidor entre eles. Quando o servo de Eliseu se levantou de manhã, eis que eles estavam cercados pelo exército do rei. O moço se desesperou e Eliseu pediu ao Senhor para que abrisse os olhos do moço para que ele pudesse enxergar o que estava acontecendo no mundo espiritual ao seu redor. Deus abriu os olhos do moço e eis que ele viu Eliseu cercado de cavaleiros e carros de fogo. Aquele exército todo do rei não conseguiu pôr as mãos em Eliseu e tiveram que voltar ao rei sem ele. Às vezes, somos como aquele servo, nos sentimos sozinhos, perdidos e derrotados e temos a impressão de que somos a parte mais fraca da batalha. Esquecemos-nos das promessas de Deus, nos esquecemos dos feitos de Deus, nos esquecemos de quem é o SENHOR, nos esquecemos da Palavra de Deus que nos diz: O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra (Sl 34.7) e não olhamos ao nosso redor. Nosso desespero e desesperança são tanto que nada disso parece ser suficiente para reerguer nosso ânimo.
Esta impressão de ser a parte mais fraca da batalha ganha força quando olhamos para a Igreja perseguida e a vemos como que acuada, tendo que anunciar o evangelho às ocultas. Quando vemos pessoas sendo torturadas e mortas pelo simples fato de crerem em Jesus. Quando vemos famílias sendo despojadas de suas casas, trabalhadores sendo demitidos e proibidos de terem um emprego formal em função de serem cristãos. Quando vemos filhos sem acesso à escola, sem acesso à saúde, sem acesso a qualquer direito somente por pertencerem a uma família cristã. Também a sentimos quando somos zombados pela nossa fé, quando viramos chacota pelo fato de crermos e seguirmos a Jesus com zelo e vigor. Quando somos considerados fanáticos pelo fato de amarmos a Jesus acima de todas as outras coisas, quando somos considerados pessoas tapadas pelo fato de buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar. Quando somos discriminados pelo fato de lermos a Palavra de Deus, orarmos ao Senhor, cantarmos cânticos espirituais e ouvirmos aos mandamentos de Deus. Quando somos considerados ultrapassados por anunciar a verdade sobre o céu e a salvação do homem e sobre a existência do inferno e a perdição do homem. Isso nos deixa com a mesma impressão de Paulo quando disse que até agora temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos (1 Co 13.4). É justamente essa a impressão que nossos inimigos querem que tenhamos.
Quando agimos assim estamos sendo como o salmista que ficou desanimado quando viu a alegria, a prosperidade, a vida boa dos incrédulos. Ele sentiu-se desmotivado em ser justo, pois por causa de sua equidade ele tinha uma vida apertada, perseguida, maltratada, rejeitada, discriminada. Ele se fortaleceu somente quando levantou os olhos e olhou para o final dos incrédulos. Ele viu que no final as coisas seriam diferentes e que os papéis iriam se inverter. Ele viu que no final quem hoje ri estava chorando e quem hoje chorava estava rindo. Ele viu que quem hoje celebrava estava abandonado e sozinho, e quem hoje parecia estar abandonado e sozinho estava celebrando. Ele viu que quem hoje curtia os prazeres do mundo estava em agonia e quem se abnegou dos prazeres deste mundo estava curtindo os prazeres eternos. Da mesma forma precisamos levantar nossos olhos e ver a fase final de nossa carreira cristã, ver o que acontecerá conosco ao cruzarmos a linha de chegada. A fase final da Igreja de Deus está em Apocalipse e este livro descreve a vitória absoluta da Igreja de Deus. Em Apocalipse não se vê mais os cristãos acuados, zombados, maltratados, perseguidos, discriminados, pois eles são vistos glorificados no Reino de Deus, são anunciados vindo acompanhando ao Senhor Jesus e ao seu exército para subjugar a este mundo que sempre os tratou como lixo e sempre os considerou a parte mais fraca, a parte derrotada.
Por acaso, meu prezado leitor, tem tido esta impressão? Tem-se sentido desanimado em perseverar? Tem-se sentido frustrado com a prosperidade dos perversos, com a proliferação dos corruptos, com a propagação de ideologias, com a pressão em aceitar princípios contrários aos mandamentos de Deus? Se assim estiveres tires os olhos da atualidade e contemple o futuro glorioso que está reservado aos fiéis e perseverantes, ouça a voz de Jesus falar: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34). Ouça Jesus lhe dizer: Vinde viver a eternidade, vinde possuir um corpo imortal, vinde tomar posse do reino, vinde tomar posse de sua herança, vinde ver a morada celestial que estive preparando para você, vinde viver as promessas pelas quais vivestes e sofrestes naquele mundo maligno, vinde consumar a sua fé e viver e ver a tudo que você creu, vinde para Eu enxugar de seus olhos toda lágrima, para tratar todas as tuas feridas, para sarar todos os seus traumas e te fazer esquecer a todos os desertos que passastes no decurso de sua vida. Faça isso e sentirás confortado e motivado a prosseguir por mais um pouco de tempo, porque tudo isso pode estar bem mais próximo de nós quanto imaginamos! Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
Luizlobianco@hotmail.com

sábado, 21 de abril de 2018

CUIDADO COM O QUE FALAS!


Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores (Sl 1.1). Falando sobre cuidados, cuidar com o que falamos não pode ficar para trás. Não adianta você cuidar do caminho que anda, cuidar com quem anda, cuidar com o que vê e não cuidar com o que fala. Nossas palavras são extremamente importantes! Com elas podemos motivar uma pessoa a ser próspera, feliz, realizada, mas também através dela podemos jogar uma vida na mais profunda amargura e deixa-la traumatizada pelo resto de sua vida, com elas podemos fortalecer os laços de amizade, mas também com elas podemos arruinar para sempre até mesmo uma amizade fraternal. Nossas palavras podem dignificar ou desonrar alguém! E isso é tão sério que mereceu uma severa advertência de Jesus por ocasião do Sermão da Montanha quando disse: Eu, porém, vos digo que todo aquele que ... proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal (Mt 5.22). E mais tarde Jesus reforçou este mandamento: Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado (Mt 12.36,37). E Deus não isentou a ninguém deste mandamento, nem mesmo ao político. Por essa razão devemos nos atentar em ouvir o que o salmista nos diz acima quanto ao se assentar na roda dos escarnecedores. Escarnecer significa troçar, zombar, chacotear. Na prática, escarnecedores são todos aqueles que se unem para falar mal dos outros. E mesmo em tom de brincadeira isso é muito sério. Provérbio nos adverte: Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira (Pv 26.18,19).
Cuidado! A roda dos escarnecedores é muito atrativa! E por que ela nos atrai tanto? Porque lá está o riso, a brincadeira, a diversão. E quem não gosta de rir e de se divertir? Mas a diversão da roda dos escarnecedores é a custa da honra e da dignidade de pessoa alheia. Eles nem percebem que podem estar sepultando alguém ainda vivo com as suas palavras. Mas a roda dos escarnecedores não leva isso em consideração, porque na roda dos escarnecedores não há choro e nem preocupação, pelo contrário, há muito riso e muita diversão, mas uma diversão perigosa e que pode causar grandes traumas na vida das pessoas. Os escarnecedores não conseguem se divertir se não for humilhando e rebaixando a outros com seus escárnios. Nunca se conforme com o escárnio! Não confunda não concordar com zombar. Não concordar é aceitável e até podemos entender. Por exemplo, não concordar com a nossa fé é compreensível, já que o incrédulo é cego em seu entendimento e nele não resplandece a luz do Evangelho. Porém, não podemos permitir que isso chegue ao escárnio. E da mesma forma que nós não devemos zombar de qualquer outra pessoa por causa de sua fé, para não ferir seus sentimentos, não podemos aceitar que as pessoas zombem da nossa fé. Quem zomba de nossa fé e do nosso Deus está zombando do que há de mais importante em nossa vida. Podemos ter um relacionamento de amizade com uma pessoa na escola e no trabalho, porém, o que determina a seriedade deste relacionamento é o respeito mutuo em todos os sentidos.
Muitas pessoas se sentem atraídas a participar das rodas dos escarnecedores e não percebem o quanto estão prejudicando uma vida. Se há uma roda de amigos e eles estão zombando de alguém, eis aí uma roda de escarnecedores! Não se assente com eles! Não participe da prática escarnecedora! Os escarnecedores são zombadores de Deus. É isso que eles fazem em suas rodas de conversas, em seus círculos de amizades, porque rir e debochar de alguém, fazer zombaria, maldizer, fazer piada, ridicularizar, tudo isso é abominável para o Senhor e o servo de Deus não pode ter participação nestas coisas, porque a Bíblia nos diz: Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo (Tg 4.11,12)? Não temos o direito de debochar e difamar a vida de ninguém!
Estruturar honra e dignidade custa uma vida inteira, mas palavras podem jogá-la no lixo em questão de segundos! Uma honra e uma dignidade manchada pode nunca mais tornar-se pura! Uma pessoa digna, quando perde a sua dignidade por causa de escárnios, chora a vida toda porque este opróbrio nunca se apaga. É necessário vivermos em estado de alerta, senão, de repente, por alguma distração, por alguma bobagem, por algum mal entendido, por um momento ímpeto, impensável, podemos destruir uma vida e podemos nos ver assentados com zombadores, participando de suas brincadeiras de mau gosto. Não podemos ter cumplicidade com eles. Não precisamos nos identificar com eles. Não devemos fazer parte de uma comunidade de escarnecedores, principalmente daqueles que escarnecem de Deus. Vamos ouvir os sábios conselhos da Palavra de Deus que diz: Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria, te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás (Pv 4.10-12). Ouvirmos estes conselhos nos evitará estar assentados na roda dos escarnecedores, se deliciando com suas piadas imorais. Que Deus assim te abençoe e que estes quatro textos sirvam de alerta para nós! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 15 de abril de 2018

CUIDADO COM O QUE OLHAS!


Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores (Sl 1.1). Estamos falando sobre alguns cuidados que devemos ter na vida. Já falamos dos cuidados que devemos ter com o caminho pelo qual estamos andando e os cuidados com quem estamos andando. Hoje vamos falar dos cuidados que devemos tomar com o que nossos olhos veem. O texto acima nos fala que não devemos nos deter no caminho dos pecadores. Deter é parar, dar uma olhada! Mas por que não devemos nos deter no caminho dos pecadores? Para não se deslumbrar com a beleza de seu caminho. O salmista caiu neste erro e sabe o que aconteceu com ele? Veja o que ele diz: Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos (Sl 73.2). Que coisa séria isso! E sabe por quê? Ele confessa: Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos (Sl 73.3). Ele se deteve para ver a beleza do caminho dos pecadores! Mas a ilusão do salmista durou muito pouco, porque em seus cuidados ele foi muito sábio, pois diz: Até que atinei com o fim deles. Tu (Deus) certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição (Sl 73.17,18). Em sua sabedoria ele viu que o caminho dos perversos, apesar de muitos prazeres, não vale a pena! E ele confessa seu erro: Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença (Sl 73.22). E ele fez a sua escolha: Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra (Sl 73.23-25). Apesar de ter cometido o erro de se deter no caminho dos pecadores para ver a beleza deste caminho, ele escolheu ficar no caminho de Deus.
E por que é tão perigoso olhar muito para este caminho?  Porque o caminho dos pecadores é a balada, as festas, a luxúria, o modismo, os vícios, a perdição. O caminho dos pecadores envolve prazeres que levam ao vício ou à corrupção. As alegrias da carne são seus maiores prazeres e são todas mundanas, pecaminosas e enganosas, porque proporcionam alegria apenas no momento, pois para-se a música acaba-se a alegria, termina o efeito da bebedeira termina a alegria, termina a balada, amanhece o dia, volta-se a uma vida vazia e sem sentido. Não devemos nos iludir com a comodidade do caminho dos pecadores. Lembrem-se de que existem apenas dois caminhos: o caminho largo, que conduz para a perdição eterna e o caminho estreito, que conduz a vida eterna: O caminho dos pecadores é o caminho largo, espaçoso e por isso é muito mais fácil andar por ele, por isso que o caminho dos pecadores é o caminho da maioria, o caminho mais popular. Trilhar pelo caminho do pecado é bom, mas sua alegria é momentânea. Ela é doce no começo, mas amarga no final. Por isso que a Palavra de Deus nos adverte: Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo (Pv 4.14,15). Se ela nos adverte a nem passar por ele, quanto menos nos deter neste caminho tão cheio de armadilhas.
Muito pertinente o velho ditado popular: O que os olhos não veem o coração não sente. Por isso não devemos nos deter no caminho dos pecadores para não se sentir tentado a praticar as suas atividades que são más, pois eles não temem a Deus e não conseguem discernir entre o bem e o mal. A Bíblia diz que os perversos não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém; porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências (Pv 4.16,17). Entretanto, aquele que teme a Deus está na luz e aonde a luz chega as trevas se dissipam. Jamais podemos compartilhar das práticas daqueles que andam nas trevas e não agradam a Deus, pois não há nenhuma comunhão entre a luz e as trevas, e por essa razão não podemos nos comportar como os pecadores. Somos filhos de Deus, criados para a obediência, por isso não podemos ter prazer no caminho do pecado, por mais atraente que ele nos pareça. Por essa razão o caminho dos justos é o caminho estreito e apertado e são poucos os que se acertam com este caminho.
Sejamos como o salmista e não nos enganamos com o final do caminho dos pecadores. Não sejamos iludidos com suas alegrias momentâneas, pois o final do caminho dos pecadores é a morte espiritual, a separação final de Deus. Lembremos-nos do que a Bíblia diz: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte (Pv 14.12). Ela nos exorta a viver em um constante estado de alerta, analisando se não estamos sendo enganados em nosso caminho, se o caminho pelo qual estamos andando é o caminho correto. Pensando no fato de que nosso caminho não tem volta e uma vez que existem apenas dois caminhos, somente saberemos para onde o caminho que estamos andando nos levará quando chegarmos lá. E quando ele terminar, não tem mais como voltar atrás para pegar o outro caminho. Na parábola do homem rico e Lázaro, uma das maiores ansiedades do homem rico era que Lázaro voltasse e avisasse seus irmãos para que não seguissem o mesmo caminho pelo qual ele andou, mas era tarde demais. E este é um claro exemplo de como nosso caminho não tem volta. Por isso, não podemos nos deter no caminho dos pecadores para não corrermos o risco de sermos enganados quanto ao que nossos olhos verão. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com