Bem-aventurado o homem que
não anda no conselho dos ímpios, não se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores (Sl
1.1). Estamos falando sobre alguns cuidados que devemos ter na vida. Já falamos
dos cuidados que devemos ter com o caminho pelo qual estamos andando e os
cuidados com quem estamos andando. Hoje vamos falar dos cuidados que devemos
tomar com o que nossos olhos veem. O texto acima nos fala que não devemos nos
deter no caminho dos pecadores. Deter é parar, dar uma olhada! Mas por que não
devemos nos deter no caminho dos pecadores? Para não se deslumbrar com a beleza de seu caminho. O salmista caiu
neste erro e sabe o que aconteceu com ele? Veja o que ele diz: Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus
passos (Sl 73.2). Que coisa
séria isso! E sabe por quê? Ele confessa: Pois
eu invejava os arrogantes, ao ver a
prosperidade dos perversos (Sl 73.3). Ele se deteve para ver a beleza
do caminho dos pecadores! Mas a ilusão do salmista durou muito pouco, porque em
seus cuidados ele foi muito sábio, pois diz: Até que atinei com o fim deles.
Tu (Deus) certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na
destruição (Sl 73.17,18). Em sua sabedoria ele viu que o caminho dos
perversos, apesar de muitos prazeres, não vale a pena! E ele confessa seu erro:
Eu estava embrutecido e ignorante; era
como um irracional à tua presença (Sl 73.22). E ele fez a sua escolha: Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras
pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na
glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra
(Sl 73.23-25). Apesar de ter cometido o erro de se deter no caminho dos
pecadores para ver a beleza deste caminho, ele escolheu ficar no caminho de
Deus.
E
por que é tão perigoso olhar muito para este caminho? Porque o caminho dos pecadores é a balada, as festas,
a luxúria, o modismo, os vícios, a perdição. O caminho dos pecadores envolve
prazeres que levam ao vício ou à corrupção. As alegrias da carne são seus
maiores prazeres e são todas mundanas, pecaminosas e enganosas, porque
proporcionam alegria apenas no momento, pois para-se a música acaba-se a
alegria, termina o efeito da bebedeira termina a alegria, termina a balada, amanhece
o dia, volta-se a uma vida vazia e sem sentido. Não devemos nos iludir com a comodidade do caminho dos pecadores.
Lembrem-se de que existem apenas dois caminhos: o caminho largo, que conduz
para a perdição eterna e o caminho estreito, que conduz a vida eterna: O
caminho dos pecadores é o caminho largo, espaçoso e por isso é muito mais fácil
andar por ele, por isso que o caminho dos pecadores é o caminho da maioria, o
caminho mais popular. Trilhar pelo caminho do pecado é bom, mas sua alegria é
momentânea. Ela é doce no começo, mas amarga no final. Por isso que a Palavra
de Deus nos adverte: Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te
dele e passa de largo (Pv 4.14,15). Se ela nos adverte a nem passar por
ele, quanto menos nos deter neste caminho tão cheio de armadilhas.
Muito
pertinente o velho ditado popular: O que os olhos não veem o coração não sente.
Por isso não devemos nos deter no caminho dos pecadores para não se sentir tentado
a praticar as suas atividades que são más, pois eles não temem a Deus e não
conseguem discernir entre o bem e o mal. A Bíblia diz que os perversos não
dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar
alguém; porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências (Pv
4.16,17). Entretanto, aquele que teme a Deus está na luz e aonde a luz chega as
trevas se dissipam. Jamais podemos compartilhar das práticas daqueles que andam
nas trevas e não agradam a Deus, pois não há nenhuma comunhão entre a luz e as
trevas, e por essa razão não podemos nos comportar como os pecadores. Somos
filhos de Deus, criados para a obediência, por isso não podemos ter prazer no
caminho do pecado, por mais atraente que ele nos pareça. Por essa razão o
caminho dos justos é o caminho estreito e apertado e são poucos os que se
acertam com este caminho.
Sejamos como o salmista e
não nos enganamos com o final do caminho dos pecadores. Não
sejamos iludidos com suas alegrias momentâneas, pois o final do caminho dos
pecadores é a morte espiritual, a separação final de Deus. Lembremos-nos do que
a Bíblia diz: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em
caminhos de morte (Pv 14.12). Ela nos exorta a viver em um constante estado
de alerta, analisando se não estamos sendo enganados em nosso caminho, se o
caminho pelo qual estamos andando é o caminho correto. Pensando no fato de que
nosso caminho não tem volta e uma
vez que existem apenas dois caminhos,
somente saberemos para onde o caminho que estamos andando nos levará quando
chegarmos lá. E quando ele terminar, não tem mais como voltar atrás para pegar
o outro caminho. Na parábola do homem rico e Lázaro, uma das maiores ansiedades
do homem rico era que Lázaro voltasse e avisasse seus irmãos para que não
seguissem o mesmo caminho pelo qual ele andou, mas era tarde demais. E este é
um claro exemplo de como nosso caminho não tem volta. Por isso, não podemos nos
deter no caminho dos pecadores para não corrermos o risco de sermos enganados
quanto ao que nossos olhos verão. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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