Vivemos
a era do pós-modernismo em que ocorreram tremendas mudanças na sociedade,
principalmente na economia e na ciência. O desenvolvimento da ciência salvou
vidas e aumentou a expectativa de vida do ser humano, o desenvolvimento
tecnológico e o capitalismo trouxeram à humanidade mais conforto e melhor
qualidade de vida. Mas este progresso, de certa forma, tirou a paz e a
tranquilidade das pessoas, porque praticamente as obriga a viverem em uma
constante correria em prolongadas jornadas de trabalho e conduze-as a um
consumismo sem fim. Tudo isso trouxe à humanidade um mal muito inerente à nossa
era: A ansiedade. Um mal tão abrangente que podemos dizer com certeza de que a
nossa era deve ser reconhecida como a era da ansiedade. Vivemos no limiar da
era pós-moderna e não vemos nenhuma expectativa de mudança ou de melhora neste
cenário, de forma que este mal se expandiu no mundo moderno e deve prosseguir
assim até o seu final. Pode-se dizer que não há ser humano que, de uma forma ou
de outra, não tenha que lidar com o problema da ansiedade. No mundo moderno
somos expostos a situações em que, muitas vezes, fogem ao nosso controle, e
sempre que lidamos com algo que não esteja sob nosso controle temos a tendência
de ficarmos inquietos, inseguros e ansiosos.
Pesquisas
podem comprovar isso, pois estudiosos do comportamento humano tem observado na
população um crescente nível de preocupação a despeito de todos os inventos e
tecnologias modernas, as quais foram desenvolvidas justamente para “facilitar a
vida do homem”. Claro que os inventos tecnológicos reduzem o tempo, diminuem as
distâncias, incrementam a comunicação, mas os efeitos colaterais foram desastrosos,
pois para conquistá-los somos pressionados a uma vida intensa de trabalho e com
isso ficamos ao alcance de uma doença silenciosa que pode ser considerada umas
das mais graves dos últimos tempos, de forma que ninguém está livre dela. Ela
atinge as crianças, pois dispomos uma agenda intensa para nossos filhos desde a
infância com aulas de balé, judô, inglês e etc., além de elas já começarem a
pedir aos pais as tecnologias modernas. Atinge os adolescentes com preocupações
quanto aos estudos, com o vestibular e com o primeiro emprego, além de eles
pressionarem os pais quanto à aquisição disso ou daquilo porque seus colegas
possuem. Também atinge os jovens que tem se preocupar com namoro, com
casamento, com estabilidade financeira e com a casa própria. Estes já podem
fazer as suas próprias aquisições tecnológicas, mas logo percebem o quanto elas
custam. Atinge ainda as pessoas maduras as quais tem que se preocupar com a
sobrevivência e aposentadoria. Ninguém está isento da ansiedade!
As
vantagens da vida moderna proporcionaram mais conforto e um estilo de vida
melhor para a humanidade, mas trouxeram consigo mais preocupações. Isso
acontece porque as contas mensais aumentam à medida que acresce o conforto que
trazemos para dentro de casa. Precisamos desembolsar, mensalmente, a
mensalidade escolar, a conta de água, de luz, de telefone, da Internet, da TV
paga, da manutenção do computador, do celular, do carro, isso sem falar da
previdência privada, do seguro de vida, do plano de saúde, das férias da
família e etc. Mediante tudo isso há a preocupação com a situação econômica do
País e a ansiedade bate a nossa porta quando o desemprego deixa de ser apenas
um índice nas pesquisas e se torna um problema familiar, ou, pior ainda, quando
se torna pessoal. Tudo isso faz as pessoas viverem apreensivas quanto ao seu
futuro, pois não há garantias de estabilidade no emprego.
Do
mesmo modo a violência, que faz o prato principal dos telejornais e que entra
em nossa sala, mas se limita somente a televisão, de repente nos atinge de
cheio, vitimando a nossa própria família. Se não bastassem todos estes males,
há ainda os desvios morais, pois parece que ninguém mais tem certeza dos
princípios morais. A família se esfacelou, o conceito familiar de deturpou e
aconteceu uma inversão de valores sem precedentes, de forma que as coisas
passaram a ter mais valor que as pessoas. Este é um ponto muito preocupante
porque está relacionado com o pecado e os problemas da ansiedade relacionados
com o pecado não se cura com remédios farmacêuticos e terapêuticos, pois não
existe calmante, não existe entretenimento que pode solucionar qualquer
ansiedade que seja fruto de pecado. Este mal só se cura com remédios
espirituais.
Neste
cenário da vida, não surpreende a aflição que pais e mães podem ter na criação
e educação de seus filhos. E tudo isso gera muita ansiedade! Mas como lidar com
a preocupação, com a ansiedade? Os princípios que a Bíblia nos apresenta
poderão nos ajudar a vencer este mal. Paulo diz: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa
moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em
tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração
e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso
pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em
mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4.4-9). Que Deus te
abençoe e te ajude a utilizar esta fórmula que não é mágica, mas possui um
poder tremendo contra a ansiedade. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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