sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

DEUS, SEU TRONO E SUA GLÓRIA


João estava exilado na ilha de Patmos quando recebe um chamado de Deus: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas (Ap 4.1). Isso foi algo maravilhoso e de muita relevância para a Igreja, pois é graças a este fato inusitado que recebemos, da parte de Deus, um pequeno prospecto da eternidade e de acontecimentos vindouros. O céu se abre e João se encontra, em espírito, no Céu. A primeira coisa que ele vê no Céu é Deus assentado no Trono: Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado; esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda (Ap 4.1-3). João relata que ele viu um Trono e assentado neste Trono alguém semelhante a duas pedras preciosas: jaspe e sardônio. E ao redor do Trono um arco-íris que brilhava como uma esmeralda. Quando João olha para Deus, ele não consegue descreve-lo com palavras humanas, isso porque Deus é tão glorioso a ponto de ser indescritível. Então, João compara Deus e a sua glória com pedras preciosas.

Esta visão confronta a famosa declaração de Nietzsche: Deus está morto! E ele não é o único ateu que tenta provar que Deus não existe. O debate sobre a existência ou não de Deus nunca sai de cena e a cada dia que passa a inexistência de um Deus Único, Soberano, Criador parece ser mais viável neste mundo que, além de ser tão injusto parece estar desgovernado. Alguns pensam que Deus não existe, outros acham que Ele morreu, enquanto outros dizem que Ele simplesmente nos abandonou e nos deixou à mercê do destino. Mas a verdade é que Deus está vivo, assentado em seu Trono, governando a sua criação, vendo e registrando todas as coisas que acontecem aqui neste mundo. Um dia Ele quebrará o seu silêncio e quando isso acontecer a humanidade irá preferir mil vezes a sua aparente inércia do que a sua terrível manifestação. Deus não é aquele ser que pode ser questionado em suas ações, Ele simplesmente faz acontecer o que quer que seja, pois Ele não é limitado em poder e nem pelo tempo, porque para Ele mil anos é como um dia, e um dia, como mil anos (2 Pd 3.8). E este não é um assunto para ser discutido, provado pela ciência ou pela razão, mas sim aceito pela fé, porque a única estrada que nos conduz até Deus é a fé.

Esta visão confronta também o politeísmo. A ordem existente no Universo deve ser para nós uma evidência da existência de um Criador e que esta criação é governada por quem a criou e não largada ao caos. Isso só pode ser possível se houver apenas uma única cabeça no governo, caso contrário a ordem não existiria, antes, seria como nossos governos terrenos, cada um governando do seu jeito, com leis sendo revogadas e leis sendo criadas, uma tremenda bagunça, além de conflitos e guerras. E quando você assiste a um filme dos deuses gregos percebe-se que existe rivalidade entre eles, e o pior, distorção de caráter. Deus é um que subsiste em três pessoas e você jamais viu e jamais verá qualquer rivalidade entre Eles, assim como jamais verá qualquer distorção do caráter de Deus, pois a Bíblia diz: Deus é luz, e não há nele treva nenhuma (1 Jo 1.5). João viu um único Trono, porque há apenas um único Trono que governa e somente um é digno de estar assentado neste Trono. E este que está assentado no Trono desafia aos demais deuses criados pelos humanos: A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo (Is 40.25). Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele (Is 40.18)?

Deus é incomparável. Ele jamais poderá ser medido em poder e glória. Ele jamais poderá ser definido em sua personalidade. O que pode ser feito é o que João fez, comparar seu aspecto a algo que conhecemos, não que Deus seja igual, pelo contrário, Ele é superior a qualquer aspecto que o assemelhamos, contudo, precisamos de uma linguagem humana para poder descrever alguma coisa de seu poder e glória. Nossas palavras a Ele devem ser como a do salmista: Quão grandes, Senhor, são as tuas obras! Os teus pensamentos, que profundos (Sl 92.5)! E quanto à sua existência devemos ter a mesma convicção do salmista: Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também (Sl 139.8). Nossos pensamentos quanto ao Senhor devem ser como os de Paulo: Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém (Rm 11.34-36)! Deus é Bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém (1 Tm 6.15-16)! Sua opinião quanto a Deus em nada afeta a Ele, pelo contrário, ela se volta para ti mesmo, a favor ou contra, depende do que você acha de Deus. Quanto a mim, faço das minhas palavras as mesmas de Paulo: Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém (1 Tm 1.17)!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


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