O inferno é real? Se Deus é amor não é contraditório Ele
condenar homens ao inferno? A Bíblia nos apresenta dois únicos destinos para a vida após a morte e o
inferno é um deles. Se por um lado é bom falar do Céu, falar do inferno não é
fácil. Não é nada simples falar sobre os milhões e milhões de pessoas que
passarão a eternidade no inferno. Porém, por mais que nos cause desconforto e
provoquemos indignação a quem nos ouve, não podemos desprezar e negligenciar a
doutrina sobre o inferno porque ela é parte da Teologia Bíblica. Ocultar este
ensino não demonstra amor aos pecadores, antes, devemos seguir o exemplo de
Jesus e de seus apóstolos que ensinaram sobre ele repetidamente. Certo momento
Ele disse: Não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; temei,
antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo
(Mt 10.28). Não há como deixar de observar a seriedade com
que Jesus alertou sobre esse terrível lugar.
Sem a existência do inferno o Céu não teria sentido, porque
não pode haver um paraíso sem um inferno, pois se não há um inferno todos os
caminhos conduzem ao mesmo local. E se todos os caminhos conduzem ao mesmo
local, não faz diferença qual caminho você toma, e cessam de existir também
diferenças entre a bondade e a maldade. Por isso, a existência do inferno dá
todo sentido ao Céu. É o horror do inferno que faz o Céu ser tão esplendoroso.
A grandeza da salvação é vista em oposição ao horror da perdição. É a
condenação ao inferno, que tanto tememos que dá sentido à justiça de Deus. Deus
rege um mundo moral onde a bondade e a maldade é diferenciada e ambas resultam
em consequências opostas.
E como será o inferno? O inferno será um lugar onde não
haverá amor. Antes, nele estará a miséria, o ódio, a malícia, a inveja e o
ciúme. Não haverá ali nenhuma compaixão, nenhuma meiguice, nenhuma atenção,
nenhuma preocupação desinteressada pelos outros, mas somente o choro e lamentação
ininterruptos. O inferno será verdadeiramente um lugar de trevas ininterruptas
e absolutas. Não trevas literais, físicas, mas as trevas da maldade, da perversão
e da impiedade. O inferno será um lugar do qual toda a bondade terá sido
expurgada. E lá não haverá, como aqui tem havido para os desobedientes e
incrédulos, a luz refletida da bondade e da justiça de Deus.
Dizem
que um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas ao inferno. Mas o inferno não é algo que Deus tenha
acrescentado ao destino dos incrédulos, mas sim a consequência natural de suas
escolhas. Jesus afirmou que o inferno não foi preparado, primeiramente, para o
homem, quando disse: Então, o Rei dirá
também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo
e seus anjos (Mt 25.41). Mas
depois da queda de anjos, houve a queda do homem e o inferno passou a ser
também o destino dos homens decaídos e não regenerados. E para livrar o homem
de ir para o inferno é que Deus providenciou a salvação. A Bíblia diz que: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Por isso,
o homem que permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho de
Deus, seu destino será o inferno. A Bíblia confirma isso quando diz: Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a
vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus (Jo 3.36).
Portanto, todos os que irão para o inferno ali estarão porque
escolheram contra a vontade e a misericórdia de Deus. Por isso, os que vão ao
inferno terão recebido exatamente o que mereciam por ter posto Deus fora de
suas vidas. Por isso, o inferno é um lugar onde as pessoas estarão conscientes
de seus erros e de suas escolhas. Contudo, Jesus ensina que é possível
livrar-se de ir para o inferno. Os seguidores de Jesus Cristo, por confessarem
os seus pecados, por negarem a si mesmo, por tomarem a sua cruz livram-se da
condenação do inferno. Enquanto que aqueles que não se arrependem de seus
pecados enquanto aqui estão, terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus,
em eterno sofrimento no inferno.
O inferno não é uma contradição com o amor de Deus. Pagãos e
adeptos de outras crenças afirmam que o cristianismo apresenta um Deus um tanto
malvado por enviar pessoas ao inferno, ao invés de perdoá-las. Mas não devemos
duvidar da identidade do Criador, do conjunto do seu ser e da ação dos seus
atributos. Deus é amor, mas devemos lembrar que Ele também é justiça. A imagem
que algumas pessoas têm de um Deus bonachão que passa a mão sobre a cabeça das
pessoas é pagã. E uma das tendências humanistas da pós-modernidade é crer na
impunidade do homem diante de Deus. É a famosa concepção de que Deus é bom e
vai entender as fraquezas humanas, isentando o homem de um juízo segundo as
suas obras. Mas isso não é verdade! Não se deixe iludir por estas vãs
filosofias.
Não devemos nos calar sobre o inferno porque muitos estão a
passos largos em seu caminho. Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma
enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus, no Céu, sem que
se arrependam de seus pecados. A realidade do inferno será muito pior do que as
figuras sugerem, porque o inferno é o lugar onde Deus não está presente, é o
lugar onde há a absoluta ausência de Deus. Nada há mais pavoroso do que isso! E
você, crê na existência do inferno? Tem feito alguma coisa procurando livrar-se
da condenação do inferno? Que Deus te abençoe e lhe conduza a fazer a única
coisa que pode te livrar da condenação do inferno: Crer em Jesus Cristo! Amém!
Luiz Lobianco
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