sábado, 3 de dezembro de 2022

A VIDA PÓS-MORTE: A REALIDADE DO INFERNO

O inferno é real? Se Deus é amor não é contraditório Ele condenar homens ao inferno? A Bíblia nos apresenta dois únicos destinos para a vida após a morte e o inferno é um deles. Se por um lado é bom falar do Céu, falar do inferno não é fácil. Não é nada simples falar sobre os milhões e milhões de pessoas que passarão a eternidade no inferno. Porém, por mais que nos cause desconforto e provoquemos indignação a quem nos ouve, não podemos desprezar e negligenciar a doutrina sobre o inferno porque ela é parte da Teologia Bíblica. Ocultar este ensino não demonstra amor aos pecadores, antes, devemos seguir o exemplo de Jesus e de seus apóstolos que ensinaram sobre ele repetidamente. Certo momento Ele disse: Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28).  Não há como deixar de observar a seriedade com que Jesus alertou sobre esse terrível lugar.

Sem a existência do inferno o Céu não teria sentido, porque não pode haver um paraíso sem um inferno, pois se não há um inferno todos os caminhos conduzem ao mesmo local. E se todos os caminhos conduzem ao mesmo local, não faz diferença qual caminho você toma, e cessam de existir também diferenças entre a bondade e a maldade. Por isso, a existência do inferno dá todo sentido ao Céu. É o horror do inferno que faz o Céu ser tão esplendoroso. A grandeza da salvação é vista em oposição ao horror da perdição. É a condenação ao inferno, que tanto tememos que dá sentido à justiça de Deus. Deus rege um mundo moral onde a bondade e a maldade é diferenciada e ambas resultam em consequências opostas.

E como será o inferno? O inferno será um lugar onde não haverá amor. Antes, nele estará a miséria, o ódio, a malícia, a inveja e o ciúme. Não haverá ali nenhuma compaixão, nenhuma meiguice, nenhuma atenção, nenhuma preocupação desinteressada pelos outros, mas somente o choro e lamentação ininterruptos. O inferno será verdadeiramente um lugar de trevas ininterruptas e absolutas. Não trevas literais, físicas, mas as trevas da maldade, da perversão e da impiedade. O inferno será um lugar do qual toda a bondade terá sido expurgada. E lá não haverá, como aqui tem havido para os desobedientes e incrédulos, a luz refletida da bondade e da justiça de Deus.

Dizem que um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas ao inferno. Mas o inferno não é algo que Deus tenha acrescentado ao destino dos incrédulos, mas sim a consequência natural de suas escolhas. Jesus afirmou que o inferno não foi preparado, primeiramente, para o homem, quando disse: Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Mas depois da queda de anjos, houve a queda do homem e o inferno passou a ser também o destino dos homens decaídos e não regenerados. E para livrar o homem de ir para o inferno é que Deus providenciou a salvação. A Bíblia diz que: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Por isso, o homem que permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho de Deus, seu destino será o inferno. A Bíblia confirma isso quando diz: Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus (Jo 3.36).

Portanto, todos os que irão para o inferno ali estarão porque escolheram contra a vontade e a misericórdia de Deus. Por isso, os que vão ao inferno terão recebido exatamente o que mereciam por ter posto Deus fora de suas vidas. Por isso, o inferno é um lugar onde as pessoas estarão conscientes de seus erros e de suas escolhas. Contudo, Jesus ensina que é possível livrar-se de ir para o inferno. Os seguidores de Jesus Cristo, por confessarem os seus pecados, por negarem a si mesmo, por tomarem a sua cruz livram-se da condenação do inferno. Enquanto que aqueles que não se arrependem de seus pecados enquanto aqui estão, terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento no inferno.

O inferno não é uma contradição com o amor de Deus. Pagãos e adeptos de outras crenças afirmam que o cristianismo apresenta um Deus um tanto malvado por enviar pessoas ao inferno, ao invés de perdoá-las. Mas não devemos duvidar da identidade do Criador, do conjunto do seu ser e da ação dos seus atributos. Deus é amor, mas devemos lembrar que Ele também é justiça. A imagem que algumas pessoas têm de um Deus bonachão que passa a mão sobre a cabeça das pessoas é pagã. E uma das tendências humanistas da pós-modernidade é crer na impunidade do homem diante de Deus. É a famosa concepção de que Deus é bom e vai entender as fraquezas humanas, isentando o homem de um juízo segundo as suas obras. Mas isso não é verdade! Não se deixe iludir por estas vãs filosofias.

Não devemos nos calar sobre o inferno porque muitos estão a passos largos em seu caminho. Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus, no Céu, sem que se arrependam de seus pecados. A realidade do inferno será muito pior do que as figuras sugerem, porque o inferno é o lugar onde Deus não está presente, é o lugar onde há a absoluta ausência de Deus. Nada há mais pavoroso do que isso! E você, crê na existência do inferno? Tem feito alguma coisa procurando livrar-se da condenação do inferno? Que Deus te abençoe e lhe conduza a fazer a única coisa que pode te livrar da condenação do inferno: Crer em Jesus Cristo! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

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