terça-feira, 8 de março de 2011

EM MEMÓRIA

Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas (Ap 22.14).

Hoje perdi uma irmã muito querida: Talita Ferreira Gomes. Quando ficava à porta da Igreja para cumprimentar as pessoas que saiam, a irmã Talita era a que mais trazia prazer no aperto de mãos. Seu sorriso, sua tão frágil disposição, suas palavras sempre ternas transmitia a meiguice sempre presente naquela irmã.
Pouco a conheci, mas com certeza vivia uma vida cheia de dificuldades como qualquer um de nós. Entretanto, a resposta que ela dava à vida e a forma como ela convivia com ela, era claramente perceptível a sua fé, a sua esperança e o seu amor por Jesus. Muitas vezes a vi na Igreja e com certeza em muitas delas seu coração devia estar triste por alguma razão, mas nunca ela deixou isso transparecer, pelo contrário, sempre irradiava sua ternura e uma tranqüilidade sem igual. Sempre a cumprimentava com a intenção de lhe fortalecer, mas eu é que saia fortalecido ao cumprimentar a irmã Talita.
Meditando sobre este acontecimento tão trágico, reflito nas bem-aventuranças eternas. Penso nos dois extremos existentes neste caso. Para nós, que ficamos, continuam as lutas, as oportunidades e a saudades que a cada dia apertará mais o coração. Para a irmã Talita, que se foi, acabou a dor, a tristeza porque as lágrimas nunca mais correrão pela sua face; a partir de hoje ela descansa na presença do Bom Pastor.
Lembro do hino “primeiro quero ver meu Salvador”. Sim, ao chegar lá, primeiro quero ver aquele que me amou até a morte: Jesus. Aquele que não hesitou em deixar a glória eterna e se esvaziou em forma de homem para viver no meio de nós, como um de nós, para nos dar a oportunidade da salvação. Depois, quero rever tantos irmãos queridos que se foram, entre eles, a irmã Talita, e relembrar nossos ternos cumprimentos à porta da Igreja.
A irmã Talita adentrou ao Tabernáculo eterno hoje e nunca mais conhecerá a morte. Que saudades você deixou minha irmã, mas que conforto é ter a certeza de que lavaste as suas vestiduras no sangue do Cordeiro e por isso entrou pelas portas na Nova Jerusalém. Até breve minha irmã!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

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