5 Ora,
a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é
luz, e não há nele treva nenhuma.
6 Se
dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não
praticamos a verdade.
7 Se,
porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 Se
dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade
não está em nós.
9 Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça.
10 Se
dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra
não está em nós.
1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para
que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus
Cristo, o Justo;
2 e
ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro.
3 Ora,
sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os
seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra,
nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
estamos nele:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve
também andar assim como ele andou (1 Jo 1.5-10 – 2.1-6).
É impressionante a capacidade do ser humano
de julgar e condenar ao seu próximo. Ele faz isso com tanta naturalidade que
parece ser a coisa mais normal da vida. Quem o faz se coloca em um pedestal
como um “santinho” e rebaixa seus semelhantes à sua volta a mais vil degradação.
Temos uma capacidade tremenda de minerar os pecados dos nossos semelhantes e de
esconder e suavizar os nossos próprios pecados. Um maldizente é capaz de
“assassinar” com sua língua ao seu próximo e ainda assim ter a consciência
tranquila por pensar que “apenas” falou a “verdade”, entretanto, esta mesma
língua que profere “verdades” de seu próximo se desboca em mentiras e palavrões
sem a mínima consciência de estar pecando. Quando um ladrão cai em nosso crivo
o rebaixamos a mail vil e miserável criatura deste mundo pelos atos que ele pratica,
no entanto, quando recebemos troco errado em um caixa alegramo-nos sobremaneira
por termos tirado vantagem em desfavor de outro e nos calamos. Um solteiro é
capaz de julgar e condenar um casado adúltero enquanto que ele mesmo dorme e
transa com sua namorada, como se fossem casados, e acha isso a coisa mais
normal do mundo. A verdade é que todos nós somos farinha do mesmo saco e
praticamos os mesmos erros que condenamos nos outros.
A prova do que estou falando é verdade que,
quando você leu o parágrafo anterior lembrou-se de muitas pessoas, entretanto,
esqueceu-se completamente de você mesmo, pois você enquadrou muitas pessoas ao
assunto, mas deixou você mesma do lado de fora deste quadrado, acha que algumas
pessoas que você conhece muito bem deveriam ler este texto, enquanto que o
mesmo pode não estar servindo para você. É a velha disposição do homem de
julgar ao seu próximo e inocentar ou achar desculpas para os seus próprios pecados,
de remendar seus próprios erros, de justificar seus atos, de minimizar as
coisas para o seu lado, de achar que é diferente de seu próximo, mais santo,
mais justo, mais “certinho”, que merece um tratamento diferenciado porque não
está a altura da devassidão de seu próximo. O problema é que somos todos
farinha do mesmo saco e por isso a Bíblia diz: Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com
que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos
medirão também (Mt 7.1,2). Também é muito difícil e perigoso tomarmos
partido, porque toda história tem o seu lado preto, mas também o seu lado
branco que podemos desconhecer.
Diante do exposto faço a pergunta: E como
fica a pregação do Evangelho? Não há como pregar o Evangelho sem falar do
pecado! Os anjos são perfeitos e eles queriam ser os mensageiros do Evangelho a
este mundo, mas Deus não o permitiu, antes, em sua discricionariedade deixou
esta tarefa aos homens imperfeitos e pecadores. Por quê? Por que Deus colocaria
esta barreira à aceitação do Evangelho? Pois quando pregamos o Evangelho o fato
de sermos pecadores e imperfeitos tanto quanto nossos ouvintes torna-se uma
desculpa para eles se esquivarem do que falamos. Acontece que o Evangelho não
se é aceito pela razão, mas pela fé e fé
é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem
(Hb 11.1). Talvez, seria fácil demais aceitar o Evangelho se um anjo viesse do
céu e o pregasse, talvez, aceitar o Evangelho pela pregação de um anjo do céu
nem exigiria fé, mas aceitar o Evangelho vindo da boca de um ser igual a nós
exige fé e fé é justamente o que Deus requer de nós quando nos aproximamos
dele.
Apesar de sermos todos farinha do mesmo saco,
todos pecadores, pois a Bíblia diz que todos
pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23), há tremenda diferença na
atitude de alguns em relação a outros quanto ao pecado. A Bíblia diz que se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça
(1 Jo 1.9). Esta é a atitude que faz toda diferença. Um cristão jamais se sente
um justo, um santo ou merecedor de qualquer coisa diante de Deus; ele é
consciente de sua miséria. Muito diferente da atitude de muitos que se acham
“bonzinhos” e “merecedores” porque não são assassinos e nem ladrões, como que
se fossem apenas com o roubar e matar que temos que nos preocupar, mas a Bíblia
diz que se dissermos que não temos pecado
nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós (1 Jo 1.8).
A Bíblia diz que o rei Davi foi o homem
segundo o coração de Deus. Mas Davi foi um homem de guerra, um mentiroso, um
homem que adulterou e por causa deste pecado orquestrou a morte de um homem.
Mas apesar de tantas imperfeições, nenhum homem se humilhava diante de Deus com
tanta contrição quanto Davi. Este homem dizia: Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a
multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço
as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei
contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos (Sl
51.1-4). Portanto, meu amigo, quando lhe pregamos o Evangelho e falamos do pecado,
não estamos dizendo que somos melhores do que ninguém, pois somos todos farinha
do mesmo saco, mas estamos lhe desafiando a tomar uma atitude de humildade a
ponto de reconhecer diante de Deus a sua miséria e os seus pecados e que venhas
a confessá-los diante de Deus, pois esta atitude é o que diferencia o trigo do
joio e lembre-se: O trigo será colocado no celeiro, mas o joio será queimado como palha. Que Deus te abençoe e tomar esta atitude agora
mesmo! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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