domingo, 31 de dezembro de 2017

A PALAVRA CHAVE HOJE É: GRATIDÃO

Chegamos ao último dia do ano. Se pudéssemos realizar uma retrospectiva em vídeo de tudo que aconteceu em nossa vida neste ano, difícil seria conter as lágrimas, umas de tristezas e tantas outras de felicidades, porque o ano pode se resumir muito bem nisso: Em bons e maus momentos. Isso nos desafia a deixar passar tudo por um filtro para que se retenha àquilo que nos foi ruim, que nos trouxe tristeza e decepções, que nos fez sofrer e chorar, para que tudo fique no passado e caia no esquecimento, e que passe somente àquilo que foi bom, que nos ajudou, que nos alegrou, que nos ensinou, que nos fortaleceu e que colaborou tanto para alegrar os nossos dias como para nos transformar em pessoas melhores e mais experientes. Hoje é aquele dia de você sentar, sozinho, pensar em tudo que aconteceu no decorrer do ano, em tudo que você fez nestes dias, ponderar naquilo que você acertou e refletir nos seus erros, apreciar àqueles que ficaram em sua vida e lembrar-se daqueles que foram embora.

Há tanto no que refletir neste dia, mas creio que há uma coisa que jamais pode ser esquecido e desprezado no dia de hoje: O agradecimento! A gratidão é algo muito louvável, pois Deus aprecia muito mais o agradecer do que o pedir! Um dia, Jesus entrou em uma aldeia e saíram ao seu encontro dez leprosos, os quais ficaram de longe gritando: Jesus compadece-te de nós! E Jesus, ao vê-los, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E eles foram! Aconteceu que, indo eles, foram curados de suas enfermidades. Diz a Bíblia que um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe pelo que este lhe fizera. Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove? Não houve, porventura, nenhum outro que voltasse para dar glória a Deus, senão a ti? E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou (Lc 17.12-19). Apenas um foi grato pela graça recebida. Apenas um agradeceu a bênção adquirida. Os demais foram todos ingratos. Os outros nove receberam apenas a cura, que era tudo o que eles queriam, nem se importaram com o que mais Jesus tinha a lhes oferecer. Mas um deles quis mais e agiu com gratidão e, além de curado, ele foi salvo. Ele recebeu a bênção completa de Deus, a cura tanto do corpo como da alma, e sabe por quê? Por causa de um pequeno gesto, mas que fez toda a diferença na vida deste homem: A gratidão! Os demais se contentaram apenas com a cura do corpo e permaneceram com as suas almas enfermas.

Talvez, você esteja pensando: Mas eu não tenho nada para agradecer pelo ano que passou. Será mesmo? Talvez, a única coisa que está te deixando feliz é o fato do ano ter terminado e ainda assim achando que ele já vai tarde, mas digo a você que pelo simples fato de você estar lendo estas palavras há muitas razões para agradecer, porque isso significa que você enxerga, que você sabe ler, que você sabe mexer e/ou tem um computador ou celular, que você tem acesso à internet e o melhor de tudo: Que você está vivo. Muitos não terminaram o ano com vida! Por pior que tenha sido seu ano sempre há razões para agradecer. Se você pôde passar o natal com seus filhos saiba que muitos pais não o puderam, porque perderam um de seus filhos. Se você pôde festejar com seus pais saiba que muitos filhos não o puderam, porque perderam um de seus pais. Se você pode abraçar seus irmãos saiba que muitos não o puderam, porque perderam um de seus irmãos. Se você pôde dar um beijo em seu conjugue saiba que muitos não o puderam, porque o perderam pela morte. Vês agora quantas razões podemos encontrar para agradecer pelo ano que passou? E se você quer agradar àquele que lhe proporcionou a tudo que te aconteceu este ano agradeça, porque nada agrada mais o coração de Deus do que a gratidão.

Recentemente comemoramos o Natal. Sabe o que é o Natal? É o nascimento de Jesus. Sabe quem é Jesus? É o único Filho de Deus. Você sabia que quando Deus estava criando o Universo Jesus estava lá presente? Sabia que quando Deus criava as florestas e os animais, os rios, os mares e os peixes, os céus e as aves, Jesus estava lá? Jesus foi o arquiteto da criação de Deus. Jesus jamais sabia o que era chorar, jamais sabia o que era dor, o que era sede, o que era fome, Jesus jamais sabia o que era morte, porque Ele é eterno. Mas um dia Jesus deixou tudo de lado e nasceu neste mundo como homem e passou a conhecer a tudo isso. E sabe por que Jesus fez isso? Por causa do amor dele por você. Foi para lhe dar a maior de todas as bênçãos, a tua salvação, que Ele fez este gesto. Será que este gesto não merece de você uma imensa gratidão? Muitos desprezam e negligenciam este gesto, outros nem sequer agradecem, alguns agradecem, mas apenas com palavras, porém, alguns vão muito além de um muito obrigado, eles fazem como aquele único leproso que voltou não somente para agradecer, mas também para glorificar a Deus. Estes são os que realmente são salvos e recebem de Deus a plenitude do gesto de Jesus Cristo. Que Deus te abençoe e te conduza neste dia à gratidão para que venhas a ser contemplado com a maior de todas as bênçãos: A graça de Deus! Amém!

Luiz Lobianco


luizlobianco@hotmail.com

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

ALELUIA! JESUS NASCEU!

Você conhece uma data mais contagiante do que o Natal? É impressionante a magia do Natal! Meados de Novembro, quando se começa a ouvir as primeiras músicas e campanhas, já se nota o alvoroço do Natal e esta data mobiliza praticamente quase que o mundo inteiro. Se há uma palavra que pode resumir o Natal esta palavra é “alegria”. Realmente não poderia haver outra palavra para resumir este dia. E por que alegria? Porque Jesus nasceu! Mas Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro, mas isso importa? O que importa é que Jesus nasceu! Naquela noite, não importa o dia, foi a noite mais alegre da Terra, tanto que a mensagem do anjo de Deus era uma mensagem de alegria: O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc 2.10,11). E a mensagem era de tão imensa alegria que deveria ser comemorada pelos anjos do céu: E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem (Lc.2.13,14). O céu estava alegre e esta alegria contagiou a Terra.
E por que tanta alegria? Porque Jesus nasceu! Quando o homem pecou lá no Jardim do Éden ele se perdeu. Deus pronunciou a sentença primeiro à serpente, que representa o diabo, depois à mulher e por fim ao homem. No anúncio da sentença à serpente Deus anuncia um remidor, um descendente da mulher que salvaria o homem, que restauraria a comunhão com Deus perdida lá no Éden. Este descendente foi Jesus Cristo, Filho de Deus, mas nascido de mulher. Esta é a causa de tão grande alegria, porque se Jesus Cristo não tivesse nascido ainda estaríamos esperando a restauração de Deus. Por isso que este dia jamais poderia deixar de ser um dia alegre. O dia que o homem pecou lá no Éden foi o dia mais negro da humanidade, mas o dia em que o Messias Prometido nasceu se tornou o dia mais alegre da Terra. Claro que o diabo não ficou feliz com este dia e muito menos de lembrá-lo, pois ele não tem nada para comemorar neste dia. Na sua astúcia ele usa mais uma vez a tradição dos homens para criar uma mentira: O papai Noel, que não tem nada a ver com aquele dia, pois os personagens coadjuvantes daquela noite são anjos, pastores e magos. Mas este dia é tão alegre que a sua exultação sobrepuja até mesmo esta tradição falsa e mentirosa, pois até o ateu, que não crê em Deus e muito menos em Jesus Cristo, tem no Natal o dia mais alegre do ano, tão alegre que ele comemora com festas e troca de presentes.
O protagonista do Natal é Jesus Cristo. A razão da comemoração é o seu nascimento. Sei que o Natal virou para o comércio a sua principal oportunidade de vendas, mas como creio que a Soberania de Deus prevalece sobre as tradições dos homens, tenho plena certeza de que toda essa alegria contagiante está em função de que Jesus nasceu. E Deus, sabendo da importância deste dia para a humanidade, não permite que ele seja um dia triste e esquecido. Outro problema é que a maioria das pessoas se alegram neste dia somente com comidas e bebidas, pecam na glutonaria e na bebedeira, e muitos nem sabem que o estão fazendo porque Jesus nasceu. É como na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém quando a multidão clamava em grande voz: Hosana nas maiores alturas! E os fariseus pediram para que Jesus repreendesse a multidão, mas Jesus respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão (Lc 19.40). Se o povo prefere acreditar na estória de um velhinho montado em um trenó puxado por renas, Deus, por sua vez, em Sua Soberania, faz desse dia o dia mais alegre da Terra e faz com que todos comemorem este dia com muita alegria e festas, mesmo que com propósito equivocado.
Aleluia! Jesus nasceu! Aleluia! Jesus morreu de forma sacrificial! Glória a Deus Jesus ressuscitou! E porque Jesus ressuscitou Ele está vivo! Jesus não está preso em um crucifixo, mas Ele está plenamente vivo e continua a nascer todos os dias nos corações de pecadores arrependidos. E quando isso acontece na vida de um pecador, ele tem as duas datas mais importante de sua vida para comemorar. A primeira quando Jesus nasceu lá em Belém e a segunda quando Jesus nasceu em seu coração. Portanto, meu amigo, o nascimento de Jesus a cerca de dois mil anos atrás foi apenas o acontecimento inicial da redenção de Deus, de forma que, se Jesus não nascer em seu coração, a etapa final da redenção de Deus jamais se finalizará em sua vida. Não permita que isso aconteça! Abre seu coração para Jesus, confesse a Ele os seus pecados, diga a Ele que você se arrepende de seus pecados, diga a Ele que você está cansado de ter uma vida vazia e sem sentido e que o aceita como Senhor e Salvador de sua vida. Então, verás que, fazendo isso, gozarás imediatamente da paz de Cristo, porque Ele acabou de nascer em seu coração e junto comigo você poderá dizer: Aleluia! Jesus nasceu! Que Ele assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


domingo, 24 de dezembro de 2017

O CONSOLO DAS ALMAS DEBAIXO DO ALTAR

Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.  Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram (Ap 6.9-11). Este é o Quinto Selo. Ele fala do lamento dos mártires da fé cristã. Ele aborda o martírio dos cristãos pelo simples fato de amarem a Jesus Cristo e cujas almas suplicam o juízo de Deus contra aqueles que os martirizaram. O objetivo desta visão é mostrar que Deus não deixará impune àqueles que martirizaram aos seus filhos, mas hoje quero falar sobre o consolo que estas almas recebem ao clamar.
Aquelas almas estavam clamando a Deus e receberam dele uma resposta, um consolo que Deus queria transmitir para a Igreja perseguida, porque ela sim é que estava precisando de fortalecimento, de ânimo para seguir em frente, pois aquelas almas que clamavam já estavam consoladas na presença de Deus. E qual foi o consolo de Deus? Vestiduras brancas! E o que significa estas vestes brancas? Vestes brancas são sinais de pureza e de santidade. Deus não estava dizendo apenas que elas estavam purificadas de seus pecados pelo sangue do Cordeiro, mas estava dizendo também que elas eram inocentes, pois as acusações contra elas são falsas, são injustas e que elas serão inocentadas diante do tribunal de Deus, pois não existem mais acusações contra elas diante de Deus. Outra mensagem que Jesus queria transmitir para a Igreja era que seus algozes maltrataram seus corpos, mas suas almas estavam guardadas, protegidas e salvas, pois foram lavadas e alvejadas no sangue do Cordeiro.
As almas que clamavam por vingança era uma representação dos mártires que deram a sua vida pelo Evangelho, daqueles que, enquanto vivos, davam testemunho da verdade. O que é ensinado aqui é que estas almas que clamavam seriam vingadas, e para isso restaria mais algum tempo, até que se completassem o número dos seus conservos e irmãos que deveriam ser mortos como eles o foram. Mas esta visão jamais está ensinando que depois da morte dos mártires, depois deles sofrerem tanto aqui neste mundo, depois de darem a própria vida por Cristo elas sobem ao céu e continuam agonizando debaixo de um altar em gritos por vingança, pois a Bíblia diz que: Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas (Ap 22.14). Portanto, apesar destas almas estarem clamando por vingança, elas estavam consoladas no céu.
Há um texto que demonstra tanto a recompensa como a vingança de Deus no futuro: Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos (Ap 20.4). Este texto está complementando ao do capítulo seis. Note que aqui as almas não estão mais clamando. Nele encontramos a resposta do clamor das almas: A vingança de Deus! Este texto é o tempo que haveria de vir e nele vemos o número que havia de ser completado. No capítulo seis o número estava incompleto, no capítulo vinte o número se completou e Deus promove a sua vingança. Esta vingança está simbolizada no principal acusador e perseguidor dos filhos de Deus: Satanás, mas ela também se estende aos súditos de Satanás, que pagarão por cada gota de sangue inocente que eles derramaram: Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.  Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida (Ap 12.10,11).
A vitória dos salvos já está garantida! Apocalipse é o livro da vitória da Igreja e Deus deixou este livro para a Igreja para que esta pudesse saber que, apesar da perseguição e da própria morte, a vitória está garantida. Para isso foram usadas muitas figuras simbólicas, sendo esta visão uma delas. E como você está? Desanimado? Pensando em desistir? Não faça isso! Você já caminhou tanto e, se ergueres os olhos, poderás ver a linha de chegada bem a sua frente; não permitas que todo os esforço empreendido até aqui seja desperdiçado! E você que ainda não entrou no caminho da carreira cristã, está esperando o que para isso? O soar da trombeta? Aí será tarde demais! Aceite o desafio e, abraçado às promessas de Jesus Cristo, entre para a carreira cristã. Fazendo isso receberás o consolo de Deus e quem te receberá logo após a linha de chegada será o próprio Senhor Jesus com os braços abertos para te parabenizar pela conquista. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

AS ALMAS DEBAIXO DO ALTAR

Apocalipse tem uma passagem que aguça a esperança cristã. Ela diz: Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.  Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram (Ap 6.9-11). Este é o Quinto Selo. Ele fala do lamento dos mártires da fé cristã. Ele aborda o martírio dos cristãos que foram e são perseguidos, que passaram e que são torturados pelo simples fato de amarem a Jesus Cristo, que foram e são mortos por causa de Cristo, e cujas almas suplicam o juízo de Deus contra aqueles que martirizaram e ainda martirizam os cristãos. O objetivo desta visão não é de demonstrar a imortalidade da alma, a consciência da alma após a morte ou a presença da alma no céu após a morte, apesar de o poder fazer muito bem, mas o objetivo desta visão é mostrar que Deus não deixará impune àqueles que martirizaram aos seus filhos.
Muitos focam nesta visão coisas sem importância. Criticam por verem almas clamando no céu, como que presas, enquanto que o céu é um lugar de descanso, criticam por verem almas serem vestidas, enquanto que alma não tem corpo, mas se esquecem de focar na mensagem que Jesus queria transmitir à Igreja. E por que Jesus, naquele momento, queria transmitir esta mensagem à Sua Igreja? Com que finalidade Jesus revelou esta visão ao seu servo João? Ele fez isso porque a Igreja estava sendo perseguida e martirizada. Milhares de cristão estavam sendo mortos em prisões e arenas. Eles não estavam precisando ver almas no céu, nem almas serem vestidas de vestiduras brancas, antes, eles precisavam de consolo e de fortalecimento para que pudessem persistir até o fim, mesmo que isso lhes custasse a própria vida. O que eles precisavam era de esperança! Eles precisavam saber que, estes que hoje os levam aos tribunais, serão os mesmos que estarão diante do tribunal de Deus no futuro, mas não mais como acusadores, e sim como réus, culpados pelo sangue dos inocentes mártires, e que nenhum tribunal, ou juiz, ou advogado poderão lhes livrar da sentença, da condenação de perecerem no inferno pelo assassinato dos cristãos.
E quem são estas almas? Estas almas debaixo do altar são as almas de um grupo específico de pessoas. Estas almas não são todas as almas que estão no céu. Há outro texto de Apocalipse em que, ali sim, fala de todas as almas no céu: Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação (Ap 7.9,10). Estes também estão de vestiduras brancas e também estão clamando em grande voz. Estes sim são todos os remidos do Senhor. As de Apocalipse seis trata-se de um grupo específico de almas, que são aqueles que foram mortos por causa do Evangelho, por causa do seu testemunho, por causa do nome de Jesus Cristo, por causa da sua fé. Foram mortos porque creram e amaram a Palavra de Deus até mesmo acima de suas próprias vidas. E mais, foram mortos por causa de seu testemunho, ou seja, não se calaram diante do mundo e nem diante de seus inimigos, não guardaram em segredo a sua fé, não foram cristãos secretos; testemunharam mesmo sabendo que seriam mortos por isso.
Este grupo específico é mencionado mais uma vez em Apocalipse, agora no capítulo vinte: Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos (Ap 20.4). Este texto está falando do milênio. Não vou entrar nesta questão, pois não é pertinente ao nosso tema, mas quero destacar o principal, aquilo não está em sentido figurado: E VIVERAM E REINARAM COM CRISTO. É nisso que temos que focar na visão, o privilégio de viver e reinar com Cristo, não por apenas mil anos, mas por toda a eternidade.
Esta era a mensagem que Jesus queria transmitir para a Sua Igreja. No momento ela estava sendo perseguida, desprezada, maltratada, pisoteada, negligenciada, mas que ela nasceu para vencer, porque as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela e por isso ela já é vitoriosa! É difícil imaginar a vitória quando se está perdendo, porque quando plantamos nossos olhos na Igreja neste mundo tudo que vemos é uma aparente derrota, mas quando olhamos para a Igreja glorificada no céu podemos contemplar todo o esplendor de sua glória. Portanto, meu querido irmão ou irmã, não desanime. Não se incomode de aqui vermos o mundo e suas ideologias prevalecerem, porque lá no céu, os que hoje escancaram a boca para proclamarem suas ideologias perniciosas, amanhã se calarão diante do Supremo Juiz. Que Deus assim nos abençoe e nos fortaleça a cada dia!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


domingo, 3 de dezembro de 2017

A COMPLEXA TAREFA DE VIVER

20  Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo,
21  que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos.
22  Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura.
23  Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados?
24  Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água?
25  Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.
26  Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação (Jó 3.20).
Todos querem viver. Quando você vê um doente em fase terminal pode notar a luta da maioria deles para continuar vivo. Todos querem viver e querem viver felizes, mas a vida nem sempre é um mar de rosas e parece que no mar da vida há mais espinhos do que rosas, de forma que isso torna a tarefa de viver muito inusitada. Salomão, um dos homens mais sábios que viveu neste mundo escreveu muito sobre a vida. Ao olhar para a vida ele disse: Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos (Ec 4.1). Essa visão da vida levou Salomão à seguinte conclusão: Pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem (Ec 4.2). E ele achou tão árdua a tarefa de viver que chega a dizer: Porém mais que uns e outros tenho por feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol (Ec 4.3). Não é nada fácil viver! Quando tudo está bem na vida, quando você está saudável, quando tudo vai dando certo e discorrendo de forma agradável, viver é um êxtase, mas quando acontece uma reviravolta em sua vida e as nuvens tornam-se escuras e pairam sobre você como uma tempestade, o êxtase pode se tornar amargo como um fel e a alegria pode dar lugar à tristeza e murmúrios.
A vida não é como uma tecla de liga e desliga, de forma que, independente de como esteja a situação, a única opção que temos é continuar a viver, pois assim como não optamos em nascer da mesma forma não nos cabe optar em deixar de viver, estando isso delegado àquele que nos deu a vida. Quando contraímos uma doença grave, incurável, mesmo em fase terminal, por mais perto que ela esteja não sabemos o dia e a hora em que procederá nossa partida deste mundo, de forma que, com dor ou sem dor, saudável ou doente, andando ou de cama e até mesmo em uma cadeira de rodas temos que continuar a viver até que chegue o dia de partir. Quando, em uma tragédia, perdemos nossos familiares e, quem sabe, sejamos o único sobrevivente, não podemos optar em ir com eles também, de forma que tudo que nos resta é permanecermos aqui, mesmo que sozinho, mesmo que chorando, mesmo com um aperto tremendo no coração, mesmo que com saudades. Também quando, em um acidente ou proveniente de alguma doença perdemos a maioria de nossos sentidos e movimentos, mesmo que apenas nossa cabeça se movimente e sinta alguma coisa temos que continuar a viver, pois não nos cabe a tarefa de desistir da vida, mesmo quando esta não tem mais nenhum sentido para nós. Jó, em sua angústia disse: Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura (Jó 3.20-22). Ele estava sofrendo, mas não podia fazer nada para encerrar sua angústia. Entendeu a complexidade da vida? Somos marionetes amarradas à vida e ela dita as regras e nos movimenta segundo o sublime querer de Deus, nosso Criador.
Jesus também falou muito sobre a vida e como Ele é aquele que veio curar a enfermidade espiritual da nossa vida, Ele sempre apresenta a causa juntamente com a solução. Um dia Ele disse: No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). Ele nos deixa seu exemplo de vitória, de que, por mais difícil que esteja é necessário seguir em frente e ir até ao fim. Jesus podia ter desistido da cruz em qualquer momento da vida, desde o Getsêmani até ao momento em que a colocaram sobre seus ombros para carregá-la, mas Ele não desistiu e mesmo sofrendo a mais cruel humilhação e dor foi até ao fim. Assim como nós que um dia podemos desistir e por fim à nossa vida, Jesus também podia ter desistido e ouvido aquelas pessoas que o desafiaram a descer da cruz para que pudessem crer nele, mas Ele não desceu porque nasceu para um objetivo e independente de como as coisas se tornariam Ele não desistiria, pois Ele disse: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10.10). Ele sabia da nossa difícil tarefa de viver e quer tornar esta nossa dura vida mais amena, para isso Jesus nos oferece um ingrediente indispensável: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (Jo 14.27). Agora, em meio às amarguras da vida há esperança de uma vida melhor, uma vida mais feliz, com mais consolo, com mais apoio, com mais presença de um verdadeiro amigo.
Há momentos em que estamos vivos, mas estamos como que mortos por dentro. Às vezes, você encontra alguém na rua, cumprimenta, recebe sorrisos e abraços, mas na verdade aquela pessoa está tremendamente amargurada. Quantas vezes não estamos quietos, calmos, tranquilos, enquanto que acontece uma verdadeira guerra dentro de nós, pois lá no íntimo estamos em conflito, ou decepcionados, ou revoltados, ou amargurados e, algumas vezes, nem mesmo sabemos a razão de nossa tristeza. Quando isso acontece seguir sozinho é suicídio ou pelo menos sofrer ainda mais. Nesta hora precisamos de um ombro amigo. Salomão disse: Como o óleo e o perfume alegram o coração, assim, o amigo encontra doçura no conselho cordial (Pv 27.9). Amigo, não torne a vida ainda mais difícil de ser vivida. Caso você esteja chorando por dentro não sofra sozinho, deixe o orgulho de lado e peça ajuda. Procure um ombro para inclinar a cabeça e chorar um pouquinho, mas não qualquer ombro, para isso tem que ser um ombro amigo. Caso você não encontre nenhum amigo, saiba que Jesus é o nosso verdadeiro amigo. Não é qualquer um que vai lhe dizer: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (Mt 11.28). É nos momentos mais difíceis da vida, quando quase todos te deixam à mercê da vida, que Jesus lhe oferece apoio. Nisso conhecemos o verdadeiro amigo. Que Deus te abençoe a encontrar a vida plena que Ele veio nos oferecer! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com