segunda-feira, 30 de julho de 2018

A VIAGEM DA VIDA E SUAS INTEMPÉRIES


É fato dizer que estamos em uma viagem rumo ao nosso destino final. E como toda viagem, a viagem da vida também é composta de diversas aventuras e nela nos deparamos com felicidades, sucessos, vitórias, conquistas, ganhos, superações, mas nela também somos surpreendidos com desventuras, infelicidades, derrotas, perdas, tragédias, infortúnios, fatalidades e adversidades. E em todos estes acontecimentos da vida, sejam bons ou ruins, não há acepção de pessoas, ou seja, basta você ter nascido e estar vivo para qualquer um deles fazer parte da sua vida. Claro que se fosse algo opcional escolheríamos somente coisas boas para nossa vida, mas a cada nascer do sol a imprevisibilidade faz parte da vida. E quantos sentem pavor só em pensar ou mencionar qualquer adversidade da vida? Quantos que acham tremenda injustiça uma pessoa boa passar por desgraças da vida? E quantos procuram a Deus somente com o interesse de Ele afastar de sua vida qualquer desventura, qualquer fatalidade que possa um dia lhe atingir? Basta você passar pelas postagens do Facebook que logo percebe que todos buscam e querem somente as aventuras da vida, não deixando margem a qualquer desventura; e claro que isso não é nenhuma anormalidade. Mas passando pelas postagens também se percebe que, mesmo não querendo ou escolhendo, muitas pessoas são alcançadas pelas desventuras da vida. Diante de todo este exposto surge a pergunta: Por que as pessoas que amam a Deus, que tentam agradar a Deus, que são fiéis a Deus enfrentam tempestades na vida? Como conciliar vontade de Deus com crises e tempestades? A verdade é que mesmo andando segundo a vontade de Deus enfrentamos nesta caminhada da vida muitas tempestades, verdadeiros tufões que nos trazem tremendas dificuldades. Isso é um fato que acontece em nossas vidas, tanto é que, talvez, você até esteja, neste momento, com algumas tensões em seu coração, enfrentando, quem sabe, um turbilhão em sua vida.
Caso o que falamos seja realidade em sua vida acompanhe nossos textos, porque neste e nos próximos textos vamos falar sobre as tempestades da vida e neles vamos nos basear na vida de um homem: O Apóstolo Paulo, especificamente em sua viagem de navio para a Itália. Paulo é um exemplo em termos de aventuras e desventuras da vida. Ele dizia: Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez (Fp 4.11,12). E logo depois destas palavras ele disse a famosa frase que repetimos constantemente: Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.13). A diferença é que Paulo tinha um histórico de vida para pronunciar esta frase. Este homem sabia o que era sofrer. E você se sente revoltado com Deus pelas tempestades da vida? A vida de Paulo não era nada fácil. Este homem dizia: Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos... até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos (1 Co 4.11-13). E qual era a reação deste homem diante de tudo isso? Ele responde: Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação (1 Co 4.12-13). Este homem um dia foi preso e em seu julgamento ele apelou para César, o que implicaria em ele ser enviado para a Itália. E depois de um tempo Paulo foi enviado de navio para a Itália para comparecer perante o imperador. Nesta viagem aconteceram muitas coisas e vamos fazer uma analogia entre esta viagem de Paulo com a viagem da vida. Acompanhe os textos e espero que Deus abençoe a sua vida com eles.
E a viagem começou e até parecia ser uma viagem promissora: Quando foi decidido que navegássemos para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial. Embarcando num navio adramitino, que estava de partida para costear a Ásia, fizemo-nos ao mar, indo conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica. No dia seguinte, chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com humanidade, permitiu-lhe ir ver os amigos e obter assistência (At 27.1-3). Vamos ás indagações: Era desejo de Paulo ir a Roma? Sim! Era propósito de Deus que Paulo fosse a Roma? Claro que era! Paulo mesmo testemunhou: Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César (At 27.23,24). E quando Paulo escreve para a Igreja em Filipos, ele estava preso em Roma e lá ele diz: Saudai cada um dos santos em Cristo Jesus. Os irmãos que se acham comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César (Fp 4.21,22). Os da casa de César não eram exatamente parentes do imperador, mas sim as pessoas que trabalhavam ali. Parece que a viagem e o testemunho de Paulo tinham rendido muitas conversões. Portanto, era desígnio de Deus que Paulo chegasse à capital do Império Romano. Então, se Paulo estava debaixo dos propósitos de Deus não era natural que se esperasse uma viagem tranquila até Roma? Uma viagem segura, sem atropelos e sem incidentes? Afinal estavam todos amparados pelos propósitos de Deus. Mas não fora assim a viagem, pelo contrário, ela foi muito turbulenta, e desta viagem vamos tirar muitas lições preciosas para nossas vidas. Espero em Deus que estas lições venham a enriquecer a sua vida. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 28 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: AS CONSEQUÊNCIAS DO DESPREZO DO VASO PELO TRABALHO DO OLEIRO


Temos falado de como somos vaso nas mãos de Deus com base no caso em que o profeta Jeremias observa um oleiro fazer um vaso de barro. Vimos da importância da obediência para ouvirmos a voz de Deus, de como ainda somos uma obra inacabada de Deus que age em nossa vida diariamente, da fragilidade do vaso e de como podemos nos quebrar nas mãos do oleiro, da reconstrução do vaso que pode ser refeito por Deus quando quebrado, das atitudes do vaso que podem interferir na obra do oleiro assim como no resultado final do vaso e por fim falamos de quando o pecado endurece o barro. Hoje terminaremos falando das consequências deste endurecimento. É fato que uma oportunidade perdida pode jamais bater em sua porta novamente. Isso acontece muito na área profissional. Às vezes, você perde um excelente emprego por não aproveitar a oportunidade do momento. Na área espiritual as oportunidades são constantes, pois a Bíblia diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). E Deus está todos os dias batendo à porta de nosso coração nos concedendo oportunidade de salvação. Mas cuidado! Porque estas oportunidades um dia cessarão e podem se transformar em desprezo.
Você já provou o desprezo de alguém? Como é triste ser desprezado! Já parou para pensar em quanto tempo você tem desprezado a Deus? Cuidado com isso! Porque depois de dar inúmeras oportunidades para alguém, Deus pode silenciar-se e fechar a porta da oportunidade para sempre. Depois de suportar inúmeras desobediências, depois de você rejeitar inúmeras oportunidades dadas por Deus, depois de você disser não a todos os chamados de Deus em sua vida, depois de você esconder-se e fugir de Deus que procura incansavelmente ao pecador, Deus pode silenciar-se e afastar-se de você por um tempo ou para sempre e te deixar sozinho neste mundo cruel, largado a viver à mercê de suas próprias paixões e pecados. O autor de Provérbios nos fala sobre isso quando diz: Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão (Pv 1.24-29).
Quais casos se quebraram em sua vida? O que necessita ser restaurado em sua vida? O caso do primeiro amor? Você perdeu o gosto pela Bíblia, pela oração e comunhão com Deus, com a igreja e com os irmãos? O caso da pureza? Você se soltou? Fez concessões? O caso da dependência? Você se envaideceu? Tornou-se autônomo, independente, autossuficiente? Perdeu a força da esperança cristã, a capacidade de crer? O caso do compromisso? Você quebrou os votos, as alianças e os pactos que fez com Deus, com o seu cônjuge, com seus pais, com seus irmãos, com seus filhos, ou com seus sócios? Você rompeu com todos os seus compromissos? Não é hora de culpar ninguém, pois somos responsáveis pelas mazelas em nossa vida, não é hora de choramingar lamentando tudo o que aconteceu na vida, não é hora de ficar prostrado no meio do caminho com as decepções e erros da vida, mas sim é hora de buscar solução, porque ainda pode não ser o fim para você. Para que isso aconteça seja um bom barro nas mãos do oleiro! Seja barro maleável nas mãos de Deus! Seja moldável e permita que o Senhor te restaure! Que a sua oração hoje ao Senhor seja assim: Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra a minha vida e faze-a de novo conforme o teu querer, pois Tu és o oleiro e eu sou o vaso!
Não perca mais esta oportunidade que a vida lhe oferece porque pode lhe ser a última delas, não adie para amanhã o essencial, aquela decisão que não pode ficar para depois, pois o amanhã pode não vir para você. Caso você sinta que está vivendo longe de Deus, não viva mais as margens da perdição, não continue com uma vida mesquinha, medíocre que não lhe leva a outro lugar a não ser para a perdição. Salve sua vida, salve sua alma, adquira em Jesus o direito de viver a eternidade feliz, desfrutando de todo gozo que Deus tem preparado para aqueles que o amam e em suas mãos depositam suas vidas. Não permita que as indagações da vida o confunda e te faça perder as oportunidades que Deus lhe oferece. Abra seu coração para Jesus. Considere que quando o vaso despreza o oleiro que o fez, pode não haver mais esperanças para ele. Não seja um vaso sem esperanças! Não viva mais infeliz, sem uma razão de viver! Ouça a voz de Deus porque a Bíblia diz: O que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal (Pv 1.31). Torna-se um barro maleável, porque para aqueles que querem ainda ser moldado pelo oleiro, Ele diz: Então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui (Is 58.9), mas para aquele que despreza o oleiro, Ele lhe vira as costas e pode deixá-lo no mar do esquecimento. Vale a pena ser um vaso nas mãos do Oleiro! Seja um deles! Que Deus te abençoe e que estas séries de textos possam te servir e lhe mostrar o caminho da vida! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 22 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: QUANDO O PECADO ENDURECE O BARRO


Temos falado de como somos vaso nas mãos de Deus baseado no caso em que o profeta Jeremias vê um oleiro fazer um vaso de barro. Vimos da importância da obediência para ouvirmos a voz de Deus, de como ainda somos uma obra inacabada de Deus, da fragilidade do vaso, da reconstrução do vaso que podemos ser refeitos por Deus quando nos quebramos e por fim falamos das atitudes do vaso que podem interferir na obra do oleiro e no resultado final do vaso. Hoje falaremos de quando o pecado endurece o barro. Deus aparece segunda vez para Jeremias e lhe diz: Assim diz o SENHOR: Vai, compra uma botija de oleiro e leva contigo alguns dos anciãos do povo e dos anciãos dos sacerdotes (Je 19.1). E em determinado momento lhe diz: Então, quebrarás a botija à vista dos homens que foram contigo e lhes dirás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se... (Je 19.10,11). Desta vez as coisas mudaram para o vaso! No primeiro momento pode-se observar que ainda havia esperanças para o vaso, que o oleiro ainda estava trabalhando na construção do vaso, que mesmo quebrando o oleiro poderia reconstruir novamente o vaso. Mas neste segundo momento não há mais esperanças para o vaso! O oleiro terminou a sua obra, o vaso não saiu perfeito, o barro se endureceu e não tem como reconstruí-lo, de maneira que a única alternativa que resta é quebrá-lo e jogá-lo fora.
Logo depois da promessa de renovação para o povo de Israel acontece algo terrível! O povo que deveria ser chamado pelo nome de Deus não ouviu o recado do Senhor, não se deixou ser moldado por Ele, não se submeteu à vontade do oleiro, antes se rebelou contra Ele. Então, novamente o Senhor manda que seja usado o produto do oleiro que é um vaso. Manda que Jeremias compre um vaso pronto, que pegue os líderes do povo e os levem para um lugar determinado e quebre o vaso diante deles. O que Deus queria dizer ao povo? A mensagem agora dizia: Vocês não se deixaram moldar, saíram das minhas mãos, endureceram e agora são como um vaso que se quebra e não pode mais ser restaurado. O vaso quebrado representa o pecado humano.  O pecado nos derruba das mãos de Deus e nos separa dele. Isaias diz: As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2). O pecado é um gesto consciente do ser humano para caminhar em outra direção que não seja no caminho de Deus e não mais nas mãos do seu Criador. Se as dificuldades são um desafio, o pecado é uma tragédia e um desafio ainda maior. E as coisas se complicam de tal forma a ponto de se tornar irremediável, porque demoramos em tomar consciência do pecado e podemos até mesmo nunca fazê-lo em tempo, pois gostamos do pecado e nos sentimos bem pecando.
Você é um vaso quebrado quando crê em Jesus, mas segue uma fé fora dos padrões da Bíblia que chama isso de idolatria. Quando você frequenta a igreja, mas durante a semana procura soluções rápidas e fáceis em outras fontes que não seja a Bíblia que chama isso de feitiçaria. Você é um vaso quebrado quando o que prevalece em sua vida é a inimizade, a porfia, o ciúme, a ira, a discórdia, as dissensões e as facções. As pessoas incluídas nestes pecados são as que gostam de brigar, pois a violência tem feito morada em seus corações e ela passa a ser o seu método de vida. São pessoas geniosas que jamais se controlam e jamais suportam qualquer desafeto, vindo depois a culpar o seu temperamento. Entretanto, a ira acalenta o ódio no coração, escondido atrás do fato de que sua raiva é justa, porque o outro mereceu, mas acessos de raiva, mesmo que por motivos justos são manifestações do pecado. Você é um vaso quebrado quando é dominado pelo ciúme e pela inveja, quando não aguenta o sucesso do outro e faz de tudo para se destacar ou prejudicar ao próximo. A inveja é pecado porque é um julgamento contra Deus, pois o invejoso parece dizer: Deus foi injusto comigo, porque deu mais dons e recursos ao outro do que a mim. Você é um vaso quebrado quando vive na discórdia por causa da ambição egoísta de seu coração, quando seu problema é querer todos os holofotes para você, quando seu prazer é semear a dissensão que separa e machuca as pessoas, quando sua preferência é pertencer a um grupo que exclui aos outros ou se exclui dos outros, pensando ser mais puro e mais legítimo.
Todas estas manifestações representam um vaso quebrado. E se você está nestes desvios, você é um vaso quebrado! E enquanto viver assim, diz a Bíblia que não haverá esperança para você e quem vive sem esperança não herdará o Reino de Deus. Você precisa se consertar com Deus e deixar que Ele refaça você. Não seja um vaso sem esperanças! Se você anda emocionalmente quebrado, saiba que Deus quer reconstruir a sua vida. Se o pecado te quebrou saiba que Deus quer consertar a sua vida. Não importa em quantos pedaços você foi despedaçado porque Deus pode fazer de você um vaso novo. Você não pode fazer isso, mas Deus pode fazer por você, porque foi Ele quem te criou e se você deixar que Ele o tome em suas mãos Ele refará a sua vida. Faça isso enquanto há tempo! Faça isso enquanto há esperanças! Pense nisso seriamente!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 20 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: QUANDO A ATITUDE DO VASO INTERFERE NA OBRA DO OLEIRO


Temos falado da forma como somos vaso nas mãos de Deus com base no caso em que o profeta Jeremias vai até a casa de um oleiro e observa ele fazer um vaso de barro. Vimos da importância da obediência para ouvirmos a voz de Deus, de como ainda somos uma obra inacabada de Deus por causa do seu agir diário em nossa vida, da fragilidade do vaso e de como podemos nos quebrar nas mãos do oleiro e por fim falamos da reconstrução do vaso que podemos ser refeitos por Deus quando nos quebramos. Hoje falaremos das atitudes do vaso que podem interferir na obra do oleiro, pois apesar do oleiro construir ou reconstruir o vaso segundo o seu querer, a reação do vaso ao manuseio do oleiro interfere no resultado final do vaso. Até aqui temos falado da maleabilidade do barro, de forma que até que o barro esteja maleável há esperança para o vaso, mas quando o barro perde a sua flexibilidade e se endurece algo terrível acontece: Acaba-se a esperança para o vaso. E é sobre isso que falaremos daqui pra frente.
Diz o texto de Jeremias que o vaso se quebrou nas mãos do oleiro, o que significa que ele não resistiu ao processo de moldagem. Para que o vaso seja moldado o barro precisa ser amassado, o que quer dizer que nas lutas e provações que passamos Deus está amassando o barro para fazer um vaso segundo a sua vontade, e se nesse processo o barro não oferece qualidade, não resiste ao processo necessário para sua formação e o vaso se quebra. E por que o vaso se quebrou? Foi imperícia do oleiro? Foi falta de cuidado do oleiro? Faltou habilidade do oleiro ao manusear o barro? Não! O oleiro não falha porque Ele é perfeito! Então, por que o vaso se quebrou? Por causa das impurezas e da má qualidade do barro! A qualidade final do vaso depende da qualidade do barro que se usa na sua fabricação. Portanto, a propriedade do nosso caráter vai depender do tipo de barro que somos. E o barro pode representar as nossas atitudes, as nossas expressões, a nossa reação quanto à ação do oleiro em nossa vida. E quais são as atitudes que caracterizam um barro ruim? Dureza de coração, incredulidade, insensibilidade, soberba, impurezas, desobediência, indisposição, pessimismo, covardia e etc. Que tipo de vaso o oleiro pode fazer com tantas impurezas? Não dá para fazer um bom vaso com esse tipo de barro! E quais as atitudes que caracterizam um barro bom? Coração quebrantado, fé, sensibilidade, humildade, pureza, obediência, coragem, disposição, otimismo e etc. Coloque tudo isso nas mãos do oleiro e verá que tipo de vaso Ele fará de você.
O primórdio dessa mensagem era para Israel e parece que esta nação era um barro de péssima qualidade. São inúmeras as referências bíblicas onde Deus questiona a situação de Israel. Ele era chamado de a vinha que deu uvas bravas (Is 5.1,2; Sl 80. 8-18), casa rebelde (Is 1.2,3) e povo sem conhecimento (Os 4.6). Todas as atitudes rebeldes de Israel com certeza limitou a ação de Deus nesta nação. O salmista confirma isso quando diz: Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha (Sl 81.13-16). E Deus vai usar o seu profeta e a profissão do oleiro para enviar ao povo a seguinte mensagem: No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe (Je 18.7,8). Isso é muito sério! Isso aconteceu com a cidade de Nínive, quando o profeta Jonas percorreu aquela cidade e pregou a sua destruição os ninivitas se arrependeram e foram poupados, pois Deus mudou a sentença proferida. Mas a mensagem de Deus ainda dizia: E, no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria (Je 18.9,10). Isso também é muito sério e aconteceu com o sul de Israel, que deixou ao Senhor, foi levado para exílio e nunca mais voltaram. O norte, que é Judá, também deixara ao Senhor e foram para o exílio, mas retornaram pela fidelidade de Deus à promessa feita a Abraão.
Tudo isso nos mostra que as nossas atitudes e comportamentos interferem na obra de Deus em nossa vida. Isso não interfere na onipotência de Deus, pois Ele tem poder absoluto sobre o barro, mas isso tem a ver com o livre arbítrio que Ele deu ao homem, de forma que as nossas atitudes, vontades e comportamentos afetam o resultado final do trabalho de Deus na formação do vaso. Portanto, se você é um vaso que o pecado destruiu, deixe-se alcançar por Deus e seja maleável ao trabalho do oleiro. Arrependa-se do seu pecado ou você prefere desprezar a riqueza da sua bondade, tolerância e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Deus está chamando você ao arrependimento! Pare de brigar com Deus, porque a Bíblia diz: Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça (Is 45.9). Todos querem ser um vaso de bênção, mas poucos estão dispostos a serem amassados pelo oleiro. Deus deseja fazer de cada um de nós um vaso perfeito para que através de nós o seu nome seja glorificado. Permita esse resultado em sua vida! pense nisso com muita seriedade!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

terça-feira, 17 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: A RECONSTRUÇÃO DO VASO QUEBRADO


Temos conversado de como somos vasos nas mãos de Deus com base no episódio em que o profeta Jeremias vai até a casa de um oleiro e observa ele fazer um vaso de barro. Vimos da importância da obediência para ouvirmos a voz de Deus, de como ainda somos uma obra inacabada de Deus, pois conforme o seu querer e o seu agir em nossas vidas somos aperfeiçoados por Deus em nosso viver, e por fim falamos da fragilidade do vaso, da forma como somos frágeis e podemos nos quebrar nas mãos do oleiro. Hoje falaremos que quando nos quebramos podemos ser refeitos por Deus. O texto de Jeremias diz: Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu (Je 18.4). Ao acompanhar o trabalho do oleiro Jeremias observa que ele coloca o barro sobre a roda e começa a construir um vaso. Mas em um determinado momento o vaso em forma se quebra nas mãos. Então, ele desfaz o vaso e começa tudo de novo. Neste momento Deus aplica a lição e diz para Jeremias usar essa comparação com o povo de Israel: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel (Je 18.6). A mensagem era clara! Deus estava dizendo ao povo que “enquanto vocês ainda estiverem se deixando moldar por mim, ainda há esperanças para vocês”!
O mais interessante neste episódio é que o oleiro não joga fora o barro que estava em suas mãos e que não estava saindo um vaso direito. Ele pega aquele mesmo barro e faz outro vaso. Isso é muito importante porque nos diz o quanto somos valorosos para Deus e por causa disso Ele não desiste de nós. Há momentos na vida em que achamos que Deus se esqueceu de nós, que Deus não se importa com a nossa dor, com nosso sofrimento, com nossas lágrimas. Achamos que Deus está sendo duro demais conosco, que parece que Ele aprecia mais a vara da disciplina do que o amor, que parece que Ele usa mais a admoestação do que o diálogo. Mas, na verdade, tudo faz parte do processo de reconstrução do vaso. E enquanto nossos olhos imediatistas estão fixos no procedimento da reconstrução, o sábio oleiro fixa seus olhos no resultado final do vaso. E sabe por que o oleiro não dispensa o barro? Porque o processo de se fazer um vaso é longo, trabalhoso, cuidadoso, meticuloso. O oleiro tem que ir longe pra escolher a argila, peneirá-la, depois colocá-la de molho, peneirá-la de novo, batê-la para que saiam as bolhas de ar que podem enfraquecer o vaso na hora de passar pelo forno. Então, o oleiro não quer jogar fora todo o trabalho que já teve. Da mesma forma Deus também não nos joga fora. Ele não nos descarta. Ele não desperdiça as lágrimas, os sofrimentos a as experiências passadas até aqui. Ele tem planos para a sua vida e por causa disso Ele não desistirá de você! Há esperança para o vaso enquanto ele estiver sendo moldável!
Só precisa de restauração aquilo que o tempo deteriorou. E porque deterioramos existe a necessidade de sermos restaurados. Deus é poderoso para nos restaurar! Ele tem profundo interesse em nos reaproveitar e refazer-nos novamente! Deus é quem restaura nossa relação com Ele. Deus é quem restaura nossa relação com o próximo. Deus é quem restaura a nossa sorte, os nossos sonhos, os nossos bens, a nossa saúde, as nossas amizades. Deus é quem restaura o nosso viver, a nossa dignidade, a nossa alegria, a nossa razão de viver e, acima de tudo, Deus é quem restaura a nossa alma. Ele é o oleiro! Ele é o restaurador! Ele reconstrói tudo conforme o seu querer, conforme a sua vontade! E Deus não faz emendas e tudo que Ele faz, Ele faz com perfeição. Deus é um oleiro paciente, de forma que quando nos colocamos em suas mãos, Ele não nos joga fora, mas nos aperfeiçoa a cada dia; e Deus trabalha conosco todos os dias. Ele nos dá novas oportunidades como deu a Pedro, que foi restaurado porque se deixou tocar pelo oleiro. Aquele jeito covarde de Pedro foi transformado num jeito corajoso através do trabalho do oleiro em sua vida porque barro nas mãos do oleiro pode se tornar em um objeto de grande beleza e utilidade.
Da mesma forma Deus quer realizar mudanças na sua vida! Se você é um vaso em que as circunstâncias da vida te quebrou deixe-se alcançar por Deus, porque Ele quer moldar você e refazer a sua vida. E grandes são os benefícios de ser um vaso moldável, tremendas são as modificações de quem é maleável, mas terríveis são os resultados de quem se endurece diante de Deus. Loucura é deixar para depois as implicações do agir de Deus em nossa vida e muitas pessoas não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A Bíblia diz que quando Jesus voltar os homens estarão vivendo completamente despercebidos do perigo, vivendo completamente desligados da possibilidade do juízo, vivendo para o agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da carne como se Deus não existisse, como se a eternidade não existisse, como se não houvesse um juízo iminente (Mt 24.38,39). E quantas vezes o homem está vivendo regaladamente no pecado, na maior festança, exatamente no próprio dia em que Deus irá chamá-lo e neste dia só resta para ele uma expectativa horrível de juízo e de condenação eterna. Não seja um barro endurecido, seco, mas deixe-se moldar pela sabedoria do oleiro, pois o sucesso da obra depende de como o barro se deixa moldar pelo oleiro! Caso tenha sido quebrado deixe o oleiro reconstruir e restaurar a sua vida! Ele sabe como fazê-lo com perfeição!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 14 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: A FRAGILIDADE DO VASO


Estamos falando de como somos vasos nas mãos de Deus, nos baseando no episódio em que o profeta Jeremias vai até a casa de um oleiro e observa ele fazer um vaso de barro. Vimos do valor da obediência para ouvirmos a voz de Deus e de como somos moldados em suas mãos em nosso viver, que conforme o seu querer e o seu agir em nossas vidas vai aperfeiçoando nosso caráter. Também vimos que ainda somos uma obra inacabada nas mãos de Deus, pois o Senhor transforma nossa vida até ao nosso último suspiro. Hoje vamos falar da fragilidade do vaso, da forma como somos frágeis e podemos nos quebrar nas mãos do oleiro. O texto de Jeremias diz: Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão... (Je 18.4). O texto não informa o que causou a quebra do vaso, simplesmente diz que ele se quebrou nas mãos do oleiro. Não se sabe como, mas o vaso em construção quebrou-se! Felizmente, o vaso quebrou-se nas mãos daquele que sabe refazer o que está quebrado, porque o oleiro toma aquele mesmo barro e torna a fazer outro vaso, agora perfeito! Isso nos ensina uma lição muito preciosa: A vida pode nos quebrar, mas quando nos quebramos nas mãos de Deus, Ele pode refazer tudo novamente.
Apesar do ser humano se sentir forte e poderoso pelo fato de ter sido criado de forma privilegiada ante aos demais seres vivos, por ser ele um animal racional, a sua fragilidade é notória diante das dificuldades da vida. Nos momentos de tribulações a sua fortaleza cai por terra e tudo aquilo que parecia tão sólido resume-se a cinzas. Nestes momentos ele percebe a sua pequenez, a sua incapacidade, a sua incompetência diante das mazelas da vida. Na verdade o homem é um ser completamente insignificante comparado à grandeza de Deus. O salmista confirma isso quando diz: Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares (Sl  8.5-8). E por causa de sua insignificância a soberba humana é descrita na Bíblia como algo meramente vã, em que as atitudes orgulhosas do ser humano são comparadas a correr atrás do vento. Portanto, para a sua realização, é extremamente necessário que o homem esteja consciente de que não consegue ultrapassar os seus limites, não consegue ir além daquilo que Deus lhe estabeleceu.
No decorrer da vida passamos por muitos momentos difíceis, em que nos sentimos quebrados, estraçalhados, acabados. Momentos em que as nuvens, que antes nos faziam sombras e nos protegiam do calor do deserto, agora se transformam em densas tempestades. Momentos que, de tão repentino que chegam, nos faz pensar que passamos do epílogo ao capítulo final de nossa vida. Pode ser o desemprego que afetou a instabilidade da família, uma crise financeira que se estabelece e coloca a todos em pé de guerra, a separação conjugal que sempre causa grandes transtornos, o rompimento de um relacionamento que parecia instável, uma depressão profunda que se abate de repente, a perda de um ente querido que causa tanta tristeza e pesar, uma enfermidade que surge e muda a rotina, uma tragédia repentina, um mergulho no deserto emocional por razão conhecida ou desconhecida. E quando isso acontece nos sentimos como o próprio vaso quebrado nas mãos do oleiro. Então, tentamos consertar a nós mesmos, até descobrirmos que não podemos fazer nada, que somos incompetentes para esta reconstrução. E esta percepção de incapacidade é o começo da mudança, da volta por cima, do revés da vida, da reconstrução do vaso pelo oleiro.
Somos um vaso muito frágil! Podemos nos quebrar sim e isso é inevitável! Mas a consequência da quebra, de permanecer quebrado ou ser reconstruído depende da atitude que tomamos diante da tragédia e do oleiro. O ser humano, diante da fragilidade humana, precisa saber que se faz necessário a intensificação de sua fé. É claro que diante de prazeres e orgulhos da vida muita gente ignora a Deus, se acha autossuficiente, mas nos momentos de queda procuram-no querendo verdadeiros milagres, acreditando que Deus é somente um resolvedor de problemas; resolvido a questão volta a sua vida mesquinha e se esquece de Deus, até que seja quebrado novamente. Então, o que somos nós neste mundo? Seres frágeis! Seres frágeis em busca de algo que nem sempre sabemos o que é. Procuramos a felicidade, procuramos a prosperidade, procuramos o sucesso, procuramos a fama, nos cercamos de cuidados e, às vezes, nos esquecemos de cuidar daquilo de mais precioso que trazemos conosco que é a nossa alma. Por isso devemos nos questionar sempre: Será que o que estou fazendo hoje vai me deixar plenamente livre e limpo para gozar da presença de Deus quando o meu dia chegar? O que responderei a Deus ao ser indagado sobre o que fiz dos meus dias aqui nesta terra? Afinal, o maior motivo de sermos quebrados á a reflexão que tal tragédia provoca, porque é nas mazelas da vida que conseguimos refletir na vida e em Deus. Que Ele nos abençoe para que nestes momentos venhamos a identificar os erros e corrigi-los, de forma que, ao sermos reconstruídos, o novo vaso seja melhor do que aquele que se quebrou. Se isso não ocorrer a quebra do vaso e o trabalho do oleiro de reconstruí-lo terá sido em vão! E isso pode levar ao oleiro a começar o processo tudo novamente! Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 2 de julho de 2018

UM VASO NAS MÃOS DO OLEIRO: SOMOS UMA OBRA INACABADA NAS MÃOS DE DEUS


Estamos falando sobre a forma como somos vasos nas mãos de Deus, tendo como base a ordem de Deus ao profeta Jeremias de ir até a casa de um oleiro e observar ele fazer um vaso com o barro em suas mãos. Vimos que assim como um bocado de barro nas mãos do oleiro vai tomando a forma de um vaso, da mesma forma nós somos moldados nas mãos de Deus em nosso viver, que conforme o seu querer e o seu agir em nossas vidas vai aperfeiçoando nosso caráter. Vimos ainda da importância da obediência para podermos ouvir a voz de Deus falando ao nosso coração. Hoje vamos ver como que ainda somos uma obra inacabada nas mãos de Deus. E a frase que citamos: "Calma: Deus ainda está trabalhando comigo!" exemplifica muito bem essa verdade. Observando o oleiro trabalhar, Jeremias viu que o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu (Je 18.4). Ele viu que o vaso estava quase pronto, mas este se deformou nas mãos do oleiro e ele teve que recomeçar seu trabalho tudo novamente. Isso nos transmite a ideia de que, apesar da nossa maturidade, ainda estamos em construção, que Deus ainda não completou o seu trabalho em nós, que mesmo sendo um vaso formado, às vezes, é necessário desfazer a forma e começar tudo novamente para que este novo vaso seja muito melhor, muito mais forte, muito mais resistente e muito mais belo que o anterior. Em tudo isso o que prevalece não é a vontade do barro e nem do vaso, mas tão somente o querer do oleiro.
Você não é obra do acaso, mas fruto da produção criadora de Deus. Deus não ignorou a sua formação quando foste gerado, pois a Bíblia diz: Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe (Sl 139.13). Foi Deus quem o criou de forma que o seu nascimento não foi uma eventualidade, uma casualidade do destino, um acidente, um imprevisto da vida. Não! O seu nascimento, a sua existência foi planejada! Deus foi quem arquitetou você, pois a Bíblia diz: Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra (Sl 139.15). E este Deus Soberano que te criou não arquitetou e se preocupou somente com o seu físico, mas Ele também estipulou o seu viver, pois a Bíblia diz: Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda (Sl 139.16). Portanto, a criação de Deus em tua vida começou lá no ventre de sua mãe e ela perdura por toda a sua existência, porque Deus não quer que você seja uma obra inacabada, mas Ele quer completar em você a obra que começou. Por isso, Deus ainda está fazendo a sua obra em sua vida, em seus relacionamentos, em seus sentimentos, em suas maneiras, em seus modos, em suas atitudes e em seus costumes, de forma que o principal da sua vida não é metas, conquistas e sonhos, mas é quem você se torna nesta caminhada. Em sua gestação Deus idealizou o seu físico, mas o seu interior, o seu caráter Ele constrói durante o seu viver, de forma que você ainda está em construção e Deus está realizando em você um projeto elaborado por Ele mesmo. Por isso, a construção de seu ser é o resultado da ação de Deus em sua vida e a meta final de Deus para você.
No texto de Jeremias o barro é Israel, tirado do Egito. Mas hoje o barro somos nós, tirados do mundo para sermos moldados conforme o querer de Deus. O importante neste processo não é permanecer inteiro, sem se quebrar, porque neste processo é inevitável a nossa quebra, pois somos imperfeitos e nos metemos em situações embaraçosas durante o nosso viver, devido ao nosso orgulho e dureza de coração, mas o essencial neste processo é ser maleável, sujeito aos manuseios do oleiro que vai torneando o barro e formando o vaso conforme o seu querer. Neste procedimento sofremos menos quando nos submetemos à ação do oleiro que utiliza os acontecimentos da vida para nos dar maturidade, para fazer de nós vasos fortes e resistentes. Neste processo o que importa é deixar que o oleiro realize o seu trabalho para que Ele faça de nós um lindo vaso, conforme arquitetado em seu coração, porque Ele olha para aquele bocado de barro, imperfeito e sujo, e enxerga nele um vaso formoso. Portanto, o que importa é sempre continuarmos, como barro, maleável nas mãos de Deus para que Ele continue e complete a sua obra em nós, pois tenho a mesma certeza de Paulo quando disse: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1.6). Portanto, meu amigo, não se entristeça com o agir e Deus em sua vida. Nem sempre este agir provocará sorrisos, pois muitas vezes decorrerá dele as lágrimas, porque Deus sabe que as lágrimas lavam as imperfeições do barro e o torna mais limpo, mais maleável, preparado para se transformar em um vaso cada dia mais forte, mais resistente e mais belo diante do oleiro. Por isso que Deus está sempre trabalhando conosco as nossas imperfeições e qualificações, transformando-as em possibilidades futuras. Somos um projeto inacabado de Deus! Ele ainda está trabalhando em nossa vida! Permita que Deus faça de você aquilo que Ele mesmo arquitetou! Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com