quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MOMENTO DE REFLEXÃO

1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus (Hb 12.1,2).
Mais um final de ano se aproxima e este é um tempo de reflexão. Tempo para analisarmos a nossa vida e realizarmos um balanço geral. Tempo de verificarmos o que fizemos ou deixamos de fazer no decorrer do ano, quais os projetos que foram realizados, quais os sonhos que foram alcançados e aqueles que, mais uma vez precisam ser adiados. Ao realizarmos este balanço, podemos verificar que houve bons e maus momentos, vitórias e derrotas, ganhos e perdas. Quando olhamos para trás e vemos as coisas que se passaram encontramos um grande desafio: O de voltarmos nossos olhos para o futuro e, pela experiência adquirida nos dias que passaram, propusermos em nosso coração a disposição de seguir em frente, de não ficarmos prostrados no meio do caminho lamentando-se pelas perdas e derrotas, mas aprender com os erros e vibrar pelas vitórias adquiridas. Também é tempo de renovarmos ou firmarmos aliança com Deus. Tempo de analisar as promessas feitas, os compromissos firmados de ser uma pessoa melhor, mais cooperativa, mais compreensiva, mais paciente, mais amorosa e muito mais experiente. Em tudo isso somos desafiados pelo autor de Hebreus a seguirmos em frente olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus Cristo (Hb 12.1,2).
Por pior que tenha sido o ano passado, com certeza há muitas razões para agradecermos e darmos graças ao nosso bom Deus. Houve derrotas? Pense na experiência que elas te propuseram. Houve perdas? Pense que não era seu o que perdeu, pois ninguém perde o que realmente lhe pertence. Perdeu relacionamento? Pense que foi libertado para encontrar alguém muito melhor. O salmista, ao realizar uma dessas reflexões, disse: Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo (Sl 116.12-14). Ele escreve estas palavras porque, em dado momento de sua vida, laços de morte o cercaram e angústias do inferno se apoderaram dele, tamanha foi a sua tribulação, mas o Senhor o livrou e o libertou da morte, das lágrimas e da queda. Agora, como gesto de gratidão, ele resolve continuar invocando ao Senhor. Que sejamos assim, que as tribulações da vida não sirvam para interromper nossa adoração, que não sirvam para nos rebelarmos contra Deus, que não sirvam para tirar nosso ânimo, nos tornando pessoas amargas e inertes no meio do povo de Deus, mas sirvam para nos aproximar ainda mais de nosso Pai Celeste, que sirvam para nos tornar pessoas muito mais fortes do que éramos.
Com certeza, ao refletir neste final de ano, ao realizar um balanço da vida, você encontrará a sua frente decisões a serem tomadas. Quem sabe haja dúvida se continua ou não no seu emprego, se continua no seu ramo ou diversifica seu conhecimento para abrir novos horizontes, se entra ou não em uma universidade, se continua insistindo naquele relacionamento enrolado ou se permite a um novo relacionamento, se chegou ou não o momento de consolidar o relacionamento e se casar, se vai ou não ser pai ou mãe, se abandona ou não aquele vício que te persegue. E na área espiritual decidir se agradece ou não a Deus, se muda ou não de vida, se tenha ou não uma dedicação maior na igreja, se tenha ou não uma vida mais consagrada, mais fiel a Deus. Em tudo isso devemos pedir a Deus por sabedoria para tomarmos decisões tão importantes, para termos a certeza de que Deus esta a frente de tudo e que não estamos sendo precipitados, impulsionados pela nossa ansiedade. Esta certeza nos dará tranquilidade para seguirmos nossos rumos na direção certa. Os nossos sonhos e aspirações só poderão ser alcançados se tivermos fé e perseverança, pois se a cada obstáculo que tivermos que transpor pensarmos ser difícil de ultrapassá-lo, jamais há de sermos vitoriosos e nunca chegaremos a lugar algum.
Há um grande mal que cerca a nossa vida que é o mal de deixarmos para trás os compromissos firmados neste balanço da vida que realizamos a cada final de ano, principalmente com Deus. Iniciamos o ano a todo vapor, transbordando disposição e vontade de mudar, de fazer diferente, mas no decorrer do tempo relaxamos e começamos a deixar de cumprir com nossas obrigações firmadas. Logo achamos que não vale a pena a mudança e, mais uma vez, permitimos que os afazeres nos tornem seus prisioneiros e nos acomodamos. Sejamos perseverantes, não venhamos a permitir que o tempo desgaste nossa disposição de mudar de vida e de servirmos ao Senhor. Lembremos que os cumprimentos dos nossos votos são um sinal de gratidão a Deus pelos seus benefícios realizados em nossa vida. Além do mais, fim de ano também é tempo de revigorarmos nossas forças porque está diante de nós um novo ano, 365 dias para serem vividos. Que eles não sejam monótonos e que nem venham a serem desperdiçados, mas muito bem aproveitados, a cada um deles. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 5 de dezembro de 2009

CUIDADO COM PRÁTICAS PAGÃS

7  Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.
8  Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão.
9  Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho.
10  Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas.
11  Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2 Jo 1.7-11).
A Igreja está cada vez mais envolvida com o misticismo. É até de admirar a forma como o homem moderno deixa de lado a máscara do racionalismo e se empenha na busca pelo místico. Os cultos de muitas igrejas perderam as origens da tão abençoada reforma, a qual restaurou o verdadeiro sentido do culto de adoração a Deus, de forma que hoje, diversos objetos são abençoados e empregados como canais de bênção nos cultos, onde eles são ungidos com o objetivo de transmitir ao fiel algum tipo de benefício, alguma suposta bênção. E qual deve ser a atitude do cristão com relação ao uso desses objetos nos cultos? Esta pergunta toca num ponto confuso para os cristãos de nosso país, predominantemente místico, com diversas ideologias que adotam práticas pagãs. E a parte triste desta história é que algumas igrejas cristianizaram estas práticas e fundiram elementos culturais e religiosos à fé cristã. E este problema tomou proporções preocupantes porque “parece que o conceito de cristianização dessas práticas deu certo”. E sabe por quê? Não foi porque Deus foi glorificado, exaltado, adorado e honrado, sendo este o verdadeiro objetivo do culto, mas tão somente porque atraiu multidões; e por causa disso o número dos adeptos que adota essa prática aumenta a cada dia. São lideres religiosos preocupados tão somente com o quantitativo de fiéis e desprezam completamente o qualitativo de sua fé. E, puxados a confiar nas experiências, nos esquecendo das Escrituras, somos muitas vezes tentados (ou até mesmo pressionados) a copiar tais movimentos para que venhamos a adquirir os mesmos resultados: Aliciar multidões. E embora os usuários destas práticas pagãs insistam que os objetos abençoados no culto funcionam apenas como “apoio” para a fé, ao fim, eles acabam sendo usados como talismãs e fetiches, tornando-se objetos “carregados de poder espiritual”.
A ideia que está por detrás desse uso religioso é o de que as entidades espirituais podem ser atingidas através dos sentidos como cheiro, cores e gosto. E as igrejas que abençoam objetos para serem usados como canais de bênçãos, argumentam que a prática e o uso desses objetos têm base na Bíblia, de forma que são aceitas somente porque estão registradas na Bíblia, sem procurar entender exatamente o que aconteceu e por que foi registrado e, principalmente, se isso é ou não normativo para a fé. Alguns dos objetos usados eram coisas pessoais de homens de Deus, como a capa de Elias, o bordão de Eliseu, as vestes de Jesus, os lenços e aventais de Paulo e a sombra de Pedro. O propósito das narrativas desses episódios foi mostrar o extraordinário poder de Deus na vida desses homens, e não em seus objetos. Esse poder era tão grande que emanava até das coisas com as quais eles tinham contato diário e estas coisas se tornavam canais através dos quais esse poder era transmitido, tudo para comprovar aos homens que a mensagem pregada por eles vinha realmente da parte de Deus. Portanto, o segredo, a força, o poder estava nos homens de Deus e não em seus objetos, de forma que se não fosse a piedade daqueles homens, aqueles objetos eram apenas um objeto normal como qualquer outro. A ênfase da narrativa é o poder de Deus na vida destes homens e não em seus objetos.
Claro que cremos que Deus faz milagres hoje. Cremos que Ele poderia usar o que quisesse para isso. Entretanto, cremos também que Deus nos revela em sua Palavra os seus caminhos e seus meios de agir, para que não sejamos iludidos pelo erro religioso. A Bíblia diz que todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho (2 João 9). Esta advertência foi feita há muito tempo, mas ainda permanece válida em nossos dias e como ela é atual! Parece que muitos cristãos estão sentindo “coceiras nos ouvidos” à procura de nova doutrina, conforme nos diz Paulo: Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos (2 Tm 4.3). Isso acontece porque as verdades básicas e fundamentais do Evangelho de Jesus Cristo não são suficientes para alguns e isso lhes faz desejarem ensinamentos novos que os tornem mais cristãos, mais espirituais, mais próximos de Deus sem ser pelo caminho da santificação.
O que leva as pessoas a utilizarem a prática pagã do uso de objetos abençoados na verdade não é a fé, mas a busca de soluções imediatas para os problemas da vida. E isso se torna tão obsessivo que leva à aceitação de ideias e práticas conflitantes com a Palavra de Deus. Além disso, o incrédulo, para sustentar a sua fé, precisa de algo palpável. Tomé somente acreditaria na ressurreição de Jesus Cristo se o tocasse com as próprias mãos (Jo 20.25), mas a fé e a convicção de coisas que se não veem. Devemos ter a conscientização de que as Escrituras não sustentam a ideia de objetos que carregam poder e assumir uma postura cristã prudente perante esta questão. Se você está enfrentando grandes dificuldades na vida, se a tribulação assola sua vida há muito tempo, se houve perdas que abalaram a sua vida, não procure a solução no misticismo, mas confie somente e tão somente naquele que tudo pode, naquele que pode realizar o impossível e tudo faz conforme o conselho de sua vontade. Descanse no Senhor e lembre-se de que Ele jamais será influenciado por qualquer coisa que venhamos a utilizar, mesmo que o façamos com sinceridade e fervor, pois Ele vê somente o coração e somente o coração importa para Deus. Que o Senhor te abençoe e que venhas a encontrar descanso neste Pai tão amoroso que é o nosso Deus! Amem!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 31 de outubro de 2009

LOUVOR CONSTANTE LOUVOR

1  Bendirei o SENHOR em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
2  Gloriar-se-á no SENHOR a minha alma; os humildes o ouvirão e se alegrarão.
3  Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.
4  Busquei o SENHOR, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores.
5  Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.
6  Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações.
7  O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.
8  Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.
9  Temei o SENHOR, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem (Sl 34.1-9).
Bendirei o SENHOR em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios (Sl 34.1). Este é o versículo preferido de muitas pessoas. Constantemente ouvimos este verso sair dos lábios de alguém (e alguns o podem fazer até com autoridade) ou o lemos em algum quadro ou adesivo por aí. Realmente ele é um dos versos mais bonitos da Bíblia, mas praticá-lo não é nada fácil. A primeira parte é simples: Bendirei ao SENHOR. Bendizer a Deus é magnífico, esplêndido, maravilhoso e nossa alma se regozija e nosso coração explode de alegria quando louvamos a Deus. Mas, a segunda parte nos diz quando devemos fazer isso: Em todo o tempo. E o salmista reforça: O seu louvor estará sempre nos meus lábios. Isso transmite a ideia de constância. Isso significa que o nosso louvor a Deus dever ser constante, contínuo, sem interrupção, ou seja, em qualquer ocasião e de qualquer modo eu louvarei ao SENHOR. Percebe agora que a prática deste verso é muito mais difícil do que carregá-lo em um adesivo no carro?
Quando tornamos este verso parte de nossa vida, aprendemos a bendizer ao SENHOR sempre. Bendizer significa falar bem de alguém, elogiar alguém. Isto quer dizer que falarei bem de Deus qualquer que seja a minha situação, de alegria ou de dor. Às vezes, na alegria falamos que Deus é bom, mas na dor achamos Deus atroz, nos bons momentos dizemos que Deus está nos abençoando, mas nos momentos difíceis achamos que Deus nos virou as costas, nos momentos de bênçãos falamos que Deus ouve e responde as orações, mas no tempo de escassez achamos que Deus está indiferente com nossa situação. Não deve ser assim o nosso louvor, devemos bendizer a Deus em todo tempo, o louvor ao SENHOR deve estar sempre em nossos lábios, nem que tenhamos que fazê-lo com lágrimas profundas. Isto não significa que estaremos sempre felizes, que teremos somente bons momentos na vida, que a dificuldade nunca vai nos abater, que os momentos críticos da vida nunca vão nos abalar, que nunca nos entristeceremos, que nunca choraremos na hora da dor, da decepção e da amargura. Na Bíblia, encontramos Davi, autor deste Salmo, em várias situações: Alegre, triste, amargurado, aflito, decepcionado, com fartura, com escassez, livre, encurralado, cercado, vitorioso, derrotado, só que nunca o encontramos maldizendo ao SENHOR, pelo contrário, sempre bendizendo e glorificando a Deus por tudo e em todo tempo. Encontramos Davi chorando sim, mas maldizendo a Deus nunca.
Jó também é um exemplo de louvor e adoração independentemente das circunstâncias. Em um só dia ele perdeu tudo, todos seus bens e todos os seus filhos e filhas, e o que ele disse? Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR (Jó 1.21)! Em outro dia Jó perdeu a sua saúde, sendo acometido de chagas terríveis e qual foi a sua reação quando sua própria esposa lhe manda amaldiçoar a Deus? Ele disse para ela: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios (Jó 2.10). Depois de tudo isso Jó lançou diante de Deus toda a sua angústia: Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura. Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados? Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água? Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação (Jó 3.20-26). Jó não engoliu em seco e retraiu a sua dor, mas a apresentou diante de Deus.
Bendizer a Deus não é emudecer seus lábios diante da adversidade, não é retrair seu choro diante da angústia, não é ignorar seus sentimentos, suas tristezas, suas decepções, suas desilusões, mas é dizer a Deus que está doendo, que você está sofrendo, é derramar lágrimas diante daquele que pode enxugá-las, é pedir socorro para aquele que pode socorrer, é esperar naquele que pode livrar, é descansar nos braços daquele que pode consolar. Quem não bendiz a Deus revolta-se contra Ele, contra aquele que tudo pode e tudo faz como lhe apraz. Como está a sua vida? As circunstâncias da vida são instáveis e podem mudar a qualquer momento, tanto para melhor quanto para pior, seu louvor tem sido inconstante tanto quanto as circunstâncias? Oxalá você aprenda, como Davi, a louvar a Deus constantemente, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, assim como consiga lançar diante do SENHOR toda a sua ansiedade, depositar diante dele todas as suas lágrimas e esperar nele o livramento de sua alma e o consolo para o seu coração. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A GLÓRIA DE JESUS CRISTO

3  Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.
4  João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono
5  e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,
6  e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
7  Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!
8  Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso (Ap 1.3-8).
O livro de Apocalipse é um relato da revelação de Jesus Cristo à sua Igreja através do Apóstolo João. Apocalipse não apresenta Jesus como um servo, como alguém que se humilha, como o mestre que toma uma bacia e uma toalha para lavar os pés de seus discípulos. Jesus também não é apresentado ali como alguém que está com fome, cansado ou com sede, ou como alguém que é apanhado, preso, acorrentado, açoitado, cuspido, torturado e humilhado. Apocalipse é o livro que relata a vitória de Jesus Cristo, a sua conquista, a sua vitória, o seu Reino e, principalmente, a sua volta. Portanto, Apocalipse revela a glória de Jesus Cristo, apresenta o Cristo Glorioso, Eterno, Bendito, Soberano, Vencedor; o Cristo que reina e que um dia voltará. Revela aquele que é o começo e o fim, aquele que tem olhos de fogo porque a tudo vê e a tudo sabe. Revela tanto aquele que está à porta dos corações batendo e pedindo para entrar, para salvar, como aquele que está sentado no Trono para julgar as nações. Apocalipse apresenta Jesus Cristo subjugando a todos os seus inimigos definitivamente.
Jesus disse antes de subir ao céu: E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século (Mt 28.20). Esta promessa nos dá a certeza de que Jesus está em nosso meio, habitando no coração daqueles que professam Seu nome. Jesus é o Senhor da Igreja, o cabeça da Igreja, o dono da Igreja, Ele reina sobre ela e Ele está presente na Igreja. Jesus está aqui porque é promessa dele e Ele está em nosso meio da mesma maneira como esteve no passado, com palavras de vida eterna, com palavras doces e meigas, oferecendo a você consolo, amparo, esperança, forças para prosseguir em frente, ânimo para perseverar e não esmorecer, mostrando o seu exemplo de como venceu para nos motivar a ser também um vencedor e, acima de tudo, oferecendo uma oportunidade de salvação, de libertação. Jesus é aquele que sonda seu coração, que conhece a sua vida, os seus pensamentos, as suas lutas, as suas angústias, as suas lágrimas, os seus dramas, os seus sonhos e Ele quer te ajudar, quer estar com você, quer caminhar ao seu lado.
Jesus é o nosso Rei. Ele é o Rei dos reis, o Rei que ama, que governa pelo amor e não pela força, não no sentido de esmagar seus súditos, mas de ajudá-los. Ele é o Rei que deu a sua vida pelos seus súditos. Ele é o Rei que ama seus súditos, o Rei que nos guarda, que nos protege, que ampara os necessitados, que consola os oprimidos, o Rei abençoador e jamais opressor. Ele é o Rei que conhece cada um de seus súditos. Por isso, quando você está sozinho, em um lugar distante, em que ninguém te conhece, que ninguém sabe quem é você, os olhos de Jesus te acompanha. Ele sabe quem é você, Ele sabe por onde você anda e o que anda fazendo, ele sabe o que você pensa e o que você fala, ele sabe o que você deseja e o que você maquina em sua mente, nada fica escondido do olhar penetrante do Senhor Jesus. Antes de você falar qualquer palavra, antes de você maquinar um pensamento, Ele já sabe, porque Jesus é Soberano e Eterno. Nenhum reino, nenhum homem, nenhum poder político, econômico, social e religioso pode resistir ao Senhorio de Jesus Cristo. Na História podemos ver Impérios que se levantaram e caíram, reis que subiram ao trono e desceram, homens que, na sua insignificância, conspiraram contra Ele, blasfemaram contra Ele, insultaram-no, mas caíram e cobriram-se de pó, mas Jesus permanece, porque Ele é Eterno, porque Ele é Senhor da História.
Jesus triunfou sobre a morte, venceu a morte. Jesus ressuscitou e arrancou o veneno da morte, o aguilhão da morte e conquistou para você e para mim a imortalidade. Agora, você não precisa mais temer a morte, e como Paulo pode perguntar: Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão (1 Co 15.55)? Porque Jesus Cristo não é aquele que esteve vivo, mas está morto, mas Jesus é aquele que esteve morto, mas está vivo. Ele não está em um crucifixo, Ele não está dependurado em uma cruz, Ele não está preso no túmulo. Ele está vivo e Ele reina, por isso, você não precisa temer a vida, nem a enfermidade e nem mesmo a morte, não precisa ficar inseguro, ter medo do amanhã e nem viver ansioso, porque aquele que vive é seu Deus, é seu Senhor, é seu Pastor, é seu amigo, é seu companheiro e Ele jamais vai abandonar você. Ainda que você desça ao vale da sombra da morte Ele vai estar do seu lado, ainda que você atravesse noites escuras, Ele vai estar te iluminando, ainda que você esteja sozinho e abandonado, ele vai estar te consolando. Jesus nunca vai desamparar você porque Ele te ama. Jesus se importa por você. Jesus sabe o seu nome. Jesus conhece a sua família, conhece o seu passado, conhece o que você está sentindo, conhece as tuas lágrimas, conhece o que aflige o seu coração. Você é muito precioso para Jesus e Ele quer te salvar, quer livrar você de sua prisão, da sua angústia, da sua dor, do seu passado, do seu pecado. Entregue a sua vida a Ele agora mesmo, jogue-se nos braços de Jesus sem medo, sem restrições e você terá uma paz sem igual em seu coração e terás ainda a certeza da vida eterna. Que Jesus te abençoe a tomar esta atitude! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CONSOLO PARA OS OPRIMIDOS

1  Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos.
2  Pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem;
3  porém mais que uns e outros tenho por feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol (Ec 4.1-3).
Hoje quero refletir no texto que diz: Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora (Rm 8.22). Quando penso no sofrimento da humanidade, nas pessoas que choram e que tanto sofrem me vem ao coração o clamor: Maranata! Vem Senhor Jesus! Porque somente com a vinda de Cristo que deixaremos de chorar e de ver pessoas passando por agonias sem fim neste mundo. A Queda do homem é a origem e causa de seu sofrimento, a qual desencadeou muitas razões para tanta aflição neste mundo. O desequilíbrio social é uma delas e tem sido uma das que mais tem afligido a humanidade. Quando olhamos para este mal, dificilmente deixamos de pensar que parece haver tremenda injustiça da parte de Deus pela forma como uns são favorecidos com tanto enquanto que outros são penalizados por possuírem tão pouco ou até mesmo quase nada. Não é fácil ver tanta fartura na mesa de uns e tanta escassez, fome e miséria na mesa de outros. Entretanto, esta desigualdade não é culpa de Deus, mas do próprio homem que fez sua escolha lá no Jardim do Éden. Tanto Adão como Eva eram completos quando viviam no Jardim, nada lhes faltavam e nenhum deles era melhor que o outro e nem um possuía mais que o outro. Esta igualdade acabou quando desobedeceram a Deus. Ao serem expulsos do Éden por causa do pecado, a igualdade entre ambos já não era a mesma, pois Deus já havia colocado restrições à mulher em relação ao homem. A partir daí a desigualdade no mundo só cresceu e oprime a humanidade até hoje.
Outro fator que contribui para aumentar a aflição no mundo é o egoísmo da natureza humana. Cada um pensa somente em si próprio e está preocupado tão somente com seu bel prazer. Apesar de esse pensar em si próprio estar presente em todos os tempos da história da humanidade, nos dias de hoje o vemos muito mais acentuado. Isso não deve nos deixar surpresos porque Paulo, falando sobre os últimos dias, disse: Pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes (2 Tm 3.2). Paulo descreve aqui um panorama geral dos dias de hoje. Este egoísmo do homem oprime seu próximo e faz as pessoas não se preocuparem com a dor alheia, de forma que as lágrimas dos oprimidos refletem a falta de amor, compaixão e misericórdia existente entre os seres humanos. Na maior aflição de minha vida, uma pessoa muito querida me disse: Não se abate por causa das pessoas porque ninguém está nem aí para você. E é isso mesmo que acontece por aí, pois poucos se importam com suas lágrimas, com seu sofrimento, com sua dor, com sua aflição.
A última coisa que espalha angústia e sofrimento entre as pessoas é a violência do homem. É impressionante a insensibilidade do homem quanto à dor de seu próximo. É triste de ver a capacidade do homem de maltratar e até mesmo matar àquele que lhe pede por clemência e misericórdia. Desde Caim a violência acompanha a humanidade de forma que desde lá sempre houve violência sobre a terra, mas parece que nunca de uma forma tão intensa e abrangedora como nos dias de hoje. Foi o tempo em que o homem tinha medo apenas das guerras e das tragédias da natureza. Hoje, seu maior medo é o próprio homem e este pavor nos faz sentir totalmente desprotegidos e prisioneiros dentro de nossa própria casa, mas o pavor da violência somente dominará nossas vidas se o permitirmos. O ponto de partida para uma sociedade não violenta é o exercício da solidariedade e da empatia, que é quando sentimos a dor do outro como se fosse a nossa.
Salomão fala das opressões e injustiças que há debaixo do sol: Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos (Ec 4.1). Ele diz que os oprimidos não eram consolados, que não havia paz para os aflitos. Quando lemos o Evangelho, vemos que foi para este fim que Jesus Cristo veio ao mundo, para consolar e amparar os aflitos. Sua missão era quebrar as cadeias da opressão do pecado e libertar o homem de sua escravidão, oferecendo-lhe a vida eterna. Jesus se tornou o consolador da humanidade e traz a esperança de que o poder dos opressores um dia será quebrado. Suas palavras são como bálsamo para o coração aflito: Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11:28-30). As palavras de Jesus trazem a certeza de que há repouso em seus braços de amor, que há consolo na aflição, que há conforto na opressão. Ainda que o poder do inimigo pareça destruidor, nós podemos ter a certeza de que no Calvário a vitória já foi garantida. Portanto, meu amigo, se você está amargurado e aflito, Jesus pode aliviar a sua alma e te trazer paz e descanso. Se você se sente oprimido por alguma coisa, ou por alguém, levante os seus olhos para o alto, coloque o joelho no chão, e clame àquele que pode te consolar, que pode te guiar, que pode te salvar e te dar descanso, alívio e paz. Que o poder revigorador de Jesus Cristo tome conta da sua vida nesta hora e para sempre! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sábado, 3 de outubro de 2009

O QUEBRA-CABEÇA DA VIDA

11  Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim (Ec 3.11).
Afinal de contas, por que estou aqui? Creio que esta pergunta já tenha passado pela sua cabeça algum dia. Caso isso tenha acontecido, ou caso esta pergunta te incomode, não se desespere, você não está sozinho nessa, pois esta é uma das indagações mais importantes da vida do homem. Mas, não deixe de procurar uma resposta, ou melhor, não deixe de encontrar “a resposta” a esta pergunta. Quando encontrar a resposta sua vida mudará, pois terá encontrado os encaixes das peças do quebra-cabeça de sua vida e poderá montá-lo com uma compreensão sem igual. Esta resposta mudará suas perspectivas, transformará suas decisões, tranquilizara seu espírito e torná-lo-á uma pessoa realizada e preparada para passar a eternidade em gozo e glória na presença daquele que é “a resposta”.
Não te incomodes com o que vou lhe dizer, mas a resposta sobre os propósitos reais de nossa existência está na Bíblia. Não sei qual o seu pensamento sobre a Bíblia. Talvez tenha a velha opinião de que “papel aceita tudo”, “quem a escreveu foram homens e não Deus”. Aliás, gostaria que isto te incomodasse ao ponto de fazê-lo investigar e descobrir verdades que o conscientizará a respeito da Bíblia. De qualquer forma, a resposta que procuramos está na Bíblia! Seja qual for sua opinião sobre a Bíblia, não poderá discordar da resposta que ela dá, pois verá que ela oferece a opção mais vantajosa para sua existência e aponta verdadeiros propósitos para sua vida.
A primeira pergunta do Breve Catecismo diz: Qual é o fim principal do homem? Com base na Bíblia, responde: O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre. Pode percorrer todas as respostas que a filosofia dá a esta pergunta e verá que nenhuma satisfaz e é tão completa como esta que a Bíblia oferece. O homem pode gozar todos os prazeres que este mundo oferece e ainda assim não ser totalmente feliz. Pode ter uma vida farta em que nada lhe falta e tenha tudo que seu coração deseja, e mesmo assim sentirá que algo está lhe faltando. E sabe por quê? Porque nós fomos criados por Deus. Ele nos deu o espírito da vida e, mesmo com a morte, nos deu a eternidade, de maneira que somente nos completamos nele. Jamais teremos vida plena longe de Deus, pois sem Ele estamos incompletos. A paz, a satisfação, a alegria de viver encontraremos somente em Deus. A Bíblia nos diz que:
7  Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.
8  Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.
9  Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos (Rm 14.7-9).
Agora, vou lhe incomodar mais um pouco, se a Bíblia diz que somos eternos, como pode ser isso se morremos? Talvez, você seja um daqueles que acha que morreu acabou, pensa que a morte é o fim de tudo, pois nada existe depois dela. Digo a você que a morte não é o fim, mas sim o começo de uma nova existência. Ela é o fim de nossa vivência na terra, para o começo de uma vida no além, no desconhecido, mas real. Ela é o fim das oportunidades, porque com a morte, encerra toda possibilidade de se adquirir qualquer direito que nos beneficia no além. Partimos para a eternidade com nossos direitos adquiridos aqui na terra. Deus, que é eterno, estendeu a eternidade ao homem, mas deu-lhe um curto período de tempo em uma existência terrena para que, durante esta vida, fizesse uma escolha sobre como e onde viveria a eternidade, se escolher andar no caminho de Deus, viverá o gozo eterno na presença e no lar que Deus preparou para seus filhos, se escolher os prazeres deste mundo, viverá a perdição eterna, separado para sempre de Deus. Agora, pense comigo, se aqui na terra somos infelizes quando separados de Deus nesta breve vida, muito mais o seremos na eternidade quando banidos de vez de sua presença. Talvez, você esteja pensando: imagine, Deus é bom demais para fazer uma injustiça desta. Deus é incapaz de fazer algo assim. A Bíblia nos diz:
33  Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
34  Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?
35  Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?
36  Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém (Rm 11.33-36)!
Não perca a oportunidade que a vida lhe oferece, não adie para amanhã o essencial, aquela decisão que não pode ficar para depois, pois o amanhã pode não vir para você. Caso você sinta que está vivendo longe de Deus, não viva mais as margens da perdição, não continue com uma vida mesquinha, medíocre que não lhe leva a outro lugar a não ser para a perdição. Salve sua vida, salve sua alma, adquira em Jesus o direito de viver a eternidade feliz, desfrutando de todo gozo que Deus tem preparado para aqueles que o amam e em suas mãos depositam suas vidas. Não permita que as indagações da vida o confunda e te faça perder as oportunidades que Deus lhe oferece. Abra seu coração para Jesus e, então, poderá dizer estas palavras e ter esta bendita esperança:
23  Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.
24  Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
25  Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
26  Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
27  Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo.
28  Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos (Sl 73.23-28).
Que o Senhor te abençoe na imensidão de sua graça e de sua misericórdia. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O TEMPO DE DEUS

1  Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:
2  há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3  tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4  tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria;
5  tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6  tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7  tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8  tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz (Ec 3.1-8).
Há momento em que nossa caminhada fica tão difícil que não é fácil entender e aceitar os caminhos de Deus, porque não é nada fácil esperar o tempo de Deus. Isso porque aos nossos olhos parece que Deus está sempre atrasado. A nossa ansiedade é tanta que parece que Deus não tem em seu dicionário a palavra “urgente”. Parece que Deus está totalmente despreocupado, não está nem ai com a minha situação, com o quanto estou sofrendo. Parece que Deus não está bem informado quanto ao pé que estão as coisas por aqui. Às vezes, achamos Deus tão lerdo quanto uma tartaruga para vir ao nosso socorro. Realmente, não é nada fácil compreender e aceitar os pensamentos e os caminhos de Deus. Apesar de haver divergências entre o nosso pensar e o agir de Deus, isso não quer dizer que estamos corretos e Deus errado. A Bíblia diz que é ao contrário: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8-9).
Pensamos dessa forma porque somos imediatistas demais e não temos paciência nenhuma para esperar o tempo de Deus. Também pesa o fato de não gostarmos de sofrer e, quando a dor aperta o coração, queremos que ela vá logo embora. É muito difícil confiar e esperar em Deus na adversidade. Há um episódio na Bíblia que descreve uma confiança e um descanso em Deus que poucos conseguem. Ele diz: Pedro, pois, estava guardado no cárcere... Quando Herodes estava para apresentá-lo, naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas à porta guardavam o cárcere (At 12.5,6). Pedro estava preso, sabia que Tiago estava morto, executado a mando de Herodes, e que ele seria o próximo a ser executado; Pedro sabia que a sua sentença de morte já estava lavrada. Mas, diz o texto que ele dormia na noite em que, no dia seguinte, deveria ser executado. Isso é maravilhoso! Possivelmente, qualquer outra pessoa ficaria desesperada, não conseguiria dormir nem por um instante naquela noite. Apesar de estar preso, apesar de estar algemado, apesar de estar guardado por segurança máxima, Pedro dormia, porque descansava na Soberana Providência de Deus e naquela noite ele seria libertado pelo anjo de Deus das mãos de Herodes.
Pedro estava preso havia vários dias, mas somente na última noite ele foi libertado. Deus poderia tê-lo livrado da prisão logo no primeiro dia. Deus poderia ter fulminado Herodes no momento em que pôs a mão em Pedro. Mas, Deus somente manifestou seu braço libertador no último dia, na última noite, na última vigília, no último momento. Quantas vezes isso não acontece em nossas vidas? Quantas vezes não somos socorridos em nosso último suspiro, quando estávamos como um afogado, apenas com as mãos de fora pedindo socorro? Portanto, quando nos sentimos encurralados, entrincheirados pelas forças do mal que atacam com grande voracidade, quando parece que o mal está prevalecendo, quando parece que as coisas estão fora de controle a mão da Providência de Deus age e nos mostra que Ele está rigorosamente dirigindo os acontecimentos de nossa vida. Assim é o agir sábio de Deus, que nos prova no último instante que quando tudo estiver perdido Ele tem a solução.
A situação de Pedro parecia irremediável, parecia uma causa perdida, mas ele foi libertado e não sofreu o dano. Quando você se encontrar da mesma maneira, quando se encontrar em uma situação de encurralamento, de circunstâncias insolúveis, quando a ação do mal parecer tamanha que te faz sentir que não conseguirá superar, quando pensar que a situação está irrecuperável, perdida, não se esqueça de que há esperança, porque sempre há solução quando nos voltamos ao Deus Todo-Poderoso. Não há causa perdida quando esperamos em Deus, não há problema insolúvel quando buscamos a face do Onipotente, não há situação irreparável quando entendemos que Deus está no Trono e governa os Céus e a Terra. Quantas vezes pensamos que Deus tem que agir no nosso tempo, dentro da nossa agenda, dentro do nosso calendário, no momento da nossa oração. Mas Deus é Deus e Ele age quando quer e da forma que quer. O tempo de Deus não é o nosso, mas há uma verdade inegável: Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46.1). Jamais devemos duvidar disso, portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam (Sl 46.1-2). Saiba que os planos de Deus são misteriosos para quem confia nele, surpreendente para quem espera nele, maravilhosos para quem crê nele e benção para quem dele recebe! Que o seu coração encontre descanso neste Deus tão maravilhoso! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 20 de setembro de 2009

QUANDO O MAL SE TORNA EM BEM

12  Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam (Tg 1.12).
A Bíblia diz: Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.2-4). Quando o sofrimento nos abate nossa mente vaga em perguntas perturbadoras: Se Deus realmente me ama por que estou sofrendo? Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam em minha vida se Ele é bom? Por que Deus não impede que tragédias e acidentes aconteçam? Se estas perguntas tem lhe tirado a paz, quem sabe hoje encontraremos respostas a elas.
Conta uma história que certo homem cristão, de baixa renda, resolveu investir todas as suas economias na construção de uma casa de madeira no único terreno que possuía. Ele dedicou todo o tempo e capricho para que sua casa ficasse bela, a despeito da simplicidade. A casa passou a ser a realização daquele homem. Algum tempo depois de ter edificado a sua casa, veio uma tempestade com fortes ventos que a derrubaram. A frustração do pobre homem gerou rebeldia e, como consequência, ele deixou de ir à igreja. Então, o ministro da igreja foi visitá-lo para investigar o motivo das faltas. Ao que o homem respondeu: Como é que eu posso voltar para uma igreja e adorar a um Deus que permite que uma tempestade destrua a única coisa que eu tinha? Aquela pergunta fez o pastor pensar por alguns instantes para depois responder: Deus ama a você mais do que ama a sua casa. Ele sabe que a casa só permanece edificada sem a tempestade destruidora. Mas, Ele também sabe que para edificar os melhores homens é imprescindível que venham tempestades destruidoras. O objetivo de Deus é edificar homens e não casas.
As palavras sábias daquele ministro mostram a realidade da provação em nossas vidas e é uma das respostas às perguntas acima. Às vezes, o nosso sofrimento é simplesmente comum à vida, e pode vir de uma causa igualmente comum, normal à vida: como uma doença, como a morte de um ente querido, como um acidente ou uma tragédia. Às vezes, trazemos sofrimento sobre nós mesmo como resultado de nossas escolhas: Perder todo o nosso dinheiro por apostar em jogos, perder a estabilidade financeira por más escolhas, adquirir um câncer de pulmão após anos fumando, adquirir uma cirrose por causa de bebedeira, contrair uma doença contagiosa por ter uma vida promíscua, desobedecer a Deus trazendo com isso o juízo e a correção de Deus. Entretanto, às vezes, o sofrimento na vida do cristão é apenas uma provação.
A provação é um sofrimento que visa nos aperfeiçoar como cristãos, ela tende a desenvolver o nosso caráter nos tornando mais fortes. Deus prova a nossa fé, nos coloca sob testes porque quer que cresçamos fortes. A provação é ainda uma prova de nossa fidelidade que resulta em crescimento espiritual. Há um hino que ilustra o propósito de Deus na provação, ele diz: Os espinhos tantos, que nos vem sangrar, são remédios santos para nos curar. Onde existe a graça que nos vem dos céus
tudo o que se passa mostra o amor de Deus.
Assim como o aço é aperfeiçoado no fogo e o atleta por meio de exercícios forçados, da mesma forma as tribulações cooperam para forjar em nós um caráter resistente e apto para instruir e ajudar a outros que também sofrem. Portanto, o sofrimento que vem como provação de Deus deve resultar em nós o aperfeiçoamento de nossa fé, porque as diferentes provações são testes para a nossa fidelidade, visando produzir em nós perseverança que redunda em maturidade e integridade.
As provações são diversas, de muitas formas, contudo, se as provações são várias, igualmente é a graça de Deus que opera em nós. A Bíblia nos diz: servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus  (1 Pd 4.10). Multiforme significa muitas formas. Este texto nos ensina que para cada sofrimento, para cada provação, existe uma graça suficiente de Deus para ela. É quando Deus torna todo o mal que nos sobrevém e o transforma em bem. Muitos têm pregado que o cristão não pode passar por momentos difíceis em sua vida, que ele deve ter sempre do bom e do melhor. Os momentos difíceis são tomados por esses pregadores como “maldição”, como um “cair da graça” ou um “castigo de Deus”. Tais pessoas se esquecem de que a provação é usada por Deus para moldar o nosso caráter. Portanto, meu prezado, não se espante com o sofrimento, não se desanime com as dificuldades, não se desespere com as lágrimas, mas percebas como tuas lágrimas têm aproximado você de Deus. Agindo assim sentirás o afago consolador do abraço amigo do Senhor Jesus. Que Ele te abençoe. Amém.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 13 de setembro de 2009

DEUS SEMPRE TEM UM MEIO PARA NOS LIBERTAR DA CRISE

1  Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos.
2  Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3  Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas.
4  Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.
5  Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.
6  Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou.
7  Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto (2 Rs 4.1-7).
As crises fazem parte da vida. Aqueles que pregam que crise é maldição e por isso aqueles que estão com Deus não podem passar por crises, pregam uma verdadeira utopia. As bênçãos de Deus é algo real em nossas vidas, mas isso não significa que vamos viver sem dificuldades, sem sofrimentos, sem angústias, sem crises e sem provações. Além do mais se atentarmos o coração em viver  para Cristo e de acordo com a vontade de Deus, com toda certeza seremos afligidos em muitos momentos da vida, afinal, vivemos em um mundo rebelde, infiel a Deus e amaldiçoado pelo pecado, as circunstâncias aqui não são favoráveis ao justo. O que precisamos entender é que aqui não é o céu, aqui não é o lugar do nosso descanso. Mas isso não significa que Deus não está presente e nem está operando na vida de seus filhos, pois Ele está presente, principalmente quando estamos no meio de uma crise. Ele não nos deixa só e ao seu tempo nos ajuda e nos liberta, porque Deus, por mais sombrio que esteja a nossa situação, sempre tem um meio de nos libertar.
Há uma história na Bíblia que ilustra muito bem isso. Certo dia uma mulher casada e cujo marido morrera, procurou o profeta Eliseu com um grave problema: seu marido falecido lhe deixara dívidas a serem pagas e ela não possuía dinheiro, nem posses e nem reservas para quitá-las. A viúva teria que aceitar que seus filhos fossem levados como escravos porque, em casos como esse, a lei permitia que o credor viesse até à casa do devedor e levasse algum filho como escravo como quitação da dívida. Aquela mulher estava vivendo uma crise sem precedentes, ela realmente estava com um grande problema, sem dinheiro e com a possibilidade de ficar sem seus filhos.
A primeira lição que tiramos dessa história está nas atitudes da mulher. Primeiramente, ela não se entregou à crise, mas procurou ajuda. E ela procura a ajuda certa: um servo de Deus. Ela clama ao profeta que a ajude e essa atitude fez diferença em sua vida. Muitas pessoas estão em crise, mas não procuram ajuda, são orgulhosas demais para fazerem isso, enquanto que outras procuram ajuda em fontes erradas, que não jorram a solução de que necessitam. Em seguida, nota-se que aquela mulher confiou na palavra do profeta, pois ela fez tudo conforme ele mandou, e olha que o profeta a mandou fazer algo muito estranho. Não há como negar que aquela mulher teve uma atitude de fé e podemos ver a sua fé desde o seu pedido de socorro até ao momento em que ela obedeceu à ordem do profeta. Às vezes, as pessoas vencem o seu orgulho e pedem ajuda, mas quando ouvem a razão do seu problema e a solução para ele agem com incredulidade e/ou indiferença porque não estão dispostos a pagar o preço e preferem continuar a viver em seu mundinho solitário e triste. Aquela mulher teve sucesso, porque ela busca ao Senhor e obtêm o socorro divino no momento de sua maior crise.
Buscar ao Senhor implica ter fé. Todas as vezes que confiamos em Deus e fazemos tudo que Ele diz, mesmo sem compreendermos no momento, aprofundamos nossa fé em Deus. A obediência é uma condição para obter intimidade com Deus. Parece algo fácil de fazer, mas na verdade não é tão fácil assim, pois temos uma natureza tendente para a desobediência e rebeldia. Não temos outra saída, outro socorro além do Senhor, e a viúva sabia disso. Na sua atitude de buscar ao Senhor, ela também deixa transparecer a sua incapacidade para resolver a crise, pois em seu clamor reconhece que não possuía forças e nem sabia o que fazer. Às vezes, quando estamos angustiados, achamos que a vida é assim mesmo, que às vezes se perde e às vezes se ganha, atitude que nos impede de buscarmos ajuda e de clamarmos àquele que pode nos livrar, mas devemos seguir o exemplo desta mulher, buscando e confiando em Deus na hora da crise.
A segunda lição está na provisão milagrosa de Deus que vem através de algo que ela tinha em sua casa: uma botija de azeite. No tempo de Eliseu, esse era um produto de custo elevado, mas era pouco azeite, apenas uma botija e tudo indica que era pequena, mas o pouco para nós é o suficiente para Deus. Às vezes, ficamos constrangidos em oferecer algo a Deus por acharmos que é pouco demais. Às vezes, ficamos à expectativa de grandes coisas, esperando grandes milagres e deixamos os pequenos detalhes passar despercebidos. Grandes milagres podem acontecer uma única vez durante a vida, mas pequenos milagres nos cercam todos os dias.
A última lição que tiramos deste episódio é o benefício da graça de Deus. Neste caso, a graça de Deus trouxe a bênção na medida certa para essa mulher. Ela clamou a quem poderia derramar graça sobre a sua vida. Tudo que precisamos é da graça de Deus. Não somos merecedores de nada, mas é a graça de Deus que nos mantém vivos. Essa mesma graça, que agiu no passado, age hoje para nos fortalecer. Deus nos ensina que a sua graça é suficiente para vivermos em toda e qualquer situação. Não há lugar e/ou situação em que a graça de Deus não possa nos alcançar, por isso, que venhamos a descobrir a graça de Deus em meio às tribulações da vida. Deus quer nos ensinar através das dificuldades e tenha a certeza de que Ele sempre tem um meio para resolver a crise que assola o seu coração. Que tenhamos um viver abundante na sua graça e uma confiança plena em sua libertação. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A GRANDEZA DO AMOR DE JESUS POR VOCÊ

11  Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.
12  O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa.
13  O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas.
14  Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,
15  assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.
16  Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.
17  Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.
18  Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai (Jo 10.11-18).

 Quando esteve neste mundo, Jesus disse: Como o Pai me amou, também eu vos amei ... (Jo 15.9). Quem não se sente bem ao lado daquela pessoa que nos faz sentir amado(a)? Qual companheiro(a) não vive tranquilo(a), seguro(a), ao lado daquele(a) que expressa seu amor com palavras e com gestos marcantes? Sentir-se amado(a) levanta a nossa autoestima, alegra nosso coração e nos revigora dia-a-dia. Esse amor que tanto nos alegra é um amor condicional, vindo de pessoas que, mesmo nos amando, podem um dia nos desiludir, nos decepcionar e até mesmo deixar de nos amar. Hoje, quero lhe apresentar um amor diferente, um amor incondicional de alguém que jamais irá lhe decepcionar, pois Ele já provou o quanto te ama de uma maneira inquestionável, quando entregou a sua própria vida em seu favor, morrendo em seu lugar, sacrificando-se por você, esvaziando-se de toda a sua glória no céu e vindo a este mundo em figura de homem, tudo para lhe dar salvação, para lhe presentear com a glória eterna. Estou falando do amor de Jesus, este que, por amor a você, foi maltratado, humilhado, rejeitado e morto em uma cruz.

Jesus te ama demais e sabe de que maneira Ele te ama? Diz a Bíblia que Ele te ama com amor eterno: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí (Je 31.3). Jesus te ama para sempre! Jamais te pedirá divórcio! Jamais te abandonará! Ele nunca deixará você na mão porque Jesus jamais deixará de te amar. Jesus te ama com amor perseverante: Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (Jo 13.1). Por mais perseguido e rejeitado que foi Jesus não desistiu de sua missão, Ele não desistiu da cruz. O Diabo até tentou lá no deserto, mas ele não teve êxito. Ele tentou novamente em um último esforço desafiando Jesus a descer daquela cruz, mas Jesus não desceu porque Jesus te amou até o fim e não desistiu de te salvar. Jesus te ama com um amor sacrificial: Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave (Ef 5.2). Jesus aceitou aquela cruz por causa do seu amor por você. Não havia outra solução para a tua salvação, porque se houvesse Deus não teria permitido tamanha crueldade com Seu Filho. Deus o fez porque havia um grande propósito: A tua salvação. Por isso Deus não o terá por inocente se rejeitar a esta salvação ou se você a procurar em outra fonte que não seja Jesus, porque o preço que Ele pagou por ela foi extremamente alto. E por fim Jesus te ama de uma maneira incondicional: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Quer uma prova maior de amor? Jesus te ama tanto que morreu por você, que se entregou na cruz por você. Este é o tipo do amor que Jesus tem por você.
Nosso amor sempre é condicional. Amamos as pessoas que nos amam, amamos as pessoas que nos são agradáveis, amamos as pessoas que merecem o nosso amor, amamos aqueles que correspondem ao nosso amor, mas Deus é tão tremendo e Jesus é tão maravilhoso, que Ele nos amou quando nós ainda éramos seus inimigos, quando nós não o buscávamos, quando não o queríamos, quando fugíamos dele, quando o rejeitávamos, quando o ofendemos. Você é capaz de amar alguém que te ofende? Você é capaz de amar alguém que te rejeita? Pois saiba que Jesus assim te amou. Nós nos desiludimos com as pessoas, abandonamos as pessoas, rejeitamos as pessoas, mas Jesus jamais fará isso conosco. Ele nunca desiste de nós, mesmo quando tropeçamos, mesmo quando caímos, mesmo quando somos infiéis, Ele permanece fiel; o seu amor jamais cessa de nos buscar, pois Ele é o bom pastor e o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas e quando uma ovelha se desgarra do rebanho Ele vai atrás dela procurá-la; não a deixa perdida e sofrendo fora do rebanho.
Jesus se importa por você, Jesus sabe o seu nome, Jesus conhece a sua família, Jesus conhece o seu passado, Jesus sabe o que você está sentindo neste momento, Jesus conhece o seu futuro. Você é muito precioso para Jesus. Se você crê nele, se você já foi lavado pelo Seu sangue, se já foi remido pelo Seu sangue, você é filho dele, você é herdeiro dele, você é ovelha dele, você é propriedade exclusiva dele, você é habitação dele, você é a menina dos olhos dele, você é a herança dele, você é a delicia dele, você é extremamente precioso para Jesus porque Ele ama você demasiadamente. Ele morreu por você, Ele verteu seu sangue por você, Ele morreu em seu lugar, em seu favor, para dar a você perdão, para dar a você redenção, para dar a você restauração, para dar a você a vida eterna.
Jesus te ama, mas Ele também é extremamente justo. Portanto, caso você o rejeite, Ele não poderá deixar de te punir com a perdição eterna, porque tão grande quanto o Seu amor é a Sua justiça. Que Jesus te abençoe para que não venhas a rejeitar esta salvação que lhe é oferecida gratuitamente no dia de hoje! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DEUS NÃO DESPERDIÇA SOFRIMENTO

1  Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.
2  Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos.
3  Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.
4  Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.
5  Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.
6  Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.
7  Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.
8  Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.
9  Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.
10  Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.
11  E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
12  Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas.
13  Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.
14  Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado (Sl 73.1-14).
Quando estamos sofrendo, angustiados, surgem em nosso interior inúmeras perguntas. São questões sérias, graves e muitas delas ficarão sem respostas. Aliás, ao longo da vida, muitas vezes, o silêncio de Deus nos incomodará mais do que o próprio sofrimento, assim como as orações não respondidas (conforme gostaríamos que fossem) há de nos afligir mais do que aquelas que foram atendidas, porque as razões de passarmos por angústias são, na maior parte das vezes, ocultadas ao nosso entendimento e a falta de sentido pelo que estamos passando nos deixam inseguros. Perguntas como: Por que o justo sofre? Por que passamos por lutas? Por que nossos amigos, que não tem o mesmo compromisso que temos com Deus, parecem ter uma vida muito melhor que a nossa? Por que aquela pessoa que nunca botou o pé em uma igreja, nunca abriu a Bíblia, nunca fez uma oração, parece ter uma vida muito mais calma e serena que a nossa? Eles parecem não passar por tempestades, eles parecem navegar por mares calmos, enquanto nós cruzamos os oceanos mais tempestuosos da vida.
Nunca devemos nos esquecer de que um justo não vive em uma estufa, não vive em uma redoma de vidro, não está protegido das intempéries da vida, pois passa pelas lutas como qualquer outra pessoa. Ser justo não significa ser imune ao sofrimento, às tragédias, aos acidentes e muito menos às tribulações da vida. Entretanto, com toda convicção podemos afirmar que o justo é guardado e protegido por Deus nas tribulações da vida e sai delas muito mais perto de Deus e muito mais fortalecido na fé do que quando nelas entrou. E sabe por quê? Porque “O justo, ainda morrendo, tem esperança” (Pv 14.32), e quando se tem esperança tudo é diferente, quando se vê a luz no fim do túnel, por mais escuro que esteja o caminho, tudo muda, e mesmo apalpando por causa da escuridão seguimos em frente pela esperança da luz que enxergamos no final. Lembre-se de que Deus não livrou a Daniel da cova dos leões, mas na cova protegeu-o dos leões. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha de fogo, mas na fornalha guardou-os do fogo. Deus não nos livra do deserto, mas não nos deixa lá sozinhos, pois Ele passa o deserto conosco.
Talvez você esteja enfrentando algumas lutas e algumas perdas em sua vida. Quem sabe está sofrendo baixas em sua vida financeira e isso angustia muito o seu coração. Talvez sua vida mudou inesperadamente e você, que antes era tão feliz, agora tudo que faz é chorar. Talvez esteja passando pelo drama de ver seus filhos fugirem das suas mãos, do seu controle e isso esmaga o seu coração. Talvez esteja enfrentando o drama de uma doença séria, grave, que se estabeleceu em seu corpo e tem feito você gastar seu tempo e seus recursos, mas não tem tido o retorno que esperava. Talvez esteja vivendo o drama de um casamento machucado, cheio de incompreensão, enquanto esperava mais presença, mais companhia, mais compreensão, mais carinho, mais amor e ansiava pela presença de seu cônjuge do seu lado para ser uma escora, um amparo, mas você está só. O que fazer nestas ocasiões? Nesta hora vêm as perguntas mais inquietantes de nossa alma: Por que Deus? Por que comigo? Por que nesta hora? Por que sofrimento com tamanha intensidade? Eu estou sofrendo, por que minha dor não cessa? Por que perdi minha saúde? Por que perdi meus bens? Por que perdi um ente querido? Por que o Senhor não escuta a minha voz? Por que o Senhor não acaba logo com todo esse sofrimento? Por que o Senhor não me leva logo e acaba com toda essa dor? Talvez você esteja passando por noites muito longas buscando respostas, explicações, mas a única resposta que você tem é o barulho da tempestade que assola a sua vida.
Quero lhe dizer nesta hora que Deus é fiel e Ele está no controle e Ele sabe o que está fazendo. Quando você não puder explicar o que Deus está fazendo na sua vida, você precisa entender que Deus é Soberano e que Ele está com as rédeas de sua vida em Suas mãos. Saiba que Ele está levando você para algo maior e melhor, pois Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Lembre-se de que o sofrimento é a escola superior do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida, de forma que quando Deus nos permite sofrer é porque está nos dando um curso avançado, a prova disso é que depois da tempestade passamos a conhecer Deus melhor. Não importa o que você esteja passando saiba que Deus não está colocando um ponto final em sua situação, mas apenas uma vírgula, porque Deus, em silêncio, está lutando por você. Tenha a certeza de que não há crise que Deus não possa reverter e que os desígnios de Deus não podem ser frustrados, de forma que se você não encontra explicações entenda que o seu Deus é Onipotente e que, no tempo dele, e não no seu Ele poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança! Não desanime! Não fique prostrado no meio do caminho! Não entregue os pontos! Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida, Ele quer ser seu amparo, Ele quer ser seu sustentador. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
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