1 Portanto, também nós, visto que temos
a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e
do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira
que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador
da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a
cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus
(Hb 12.1,2).
Mais um final de ano se aproxima e este é um
tempo de reflexão. Tempo para analisarmos a nossa vida e realizarmos um balanço
geral. Tempo de verificarmos o que fizemos ou deixamos de fazer no decorrer do
ano, quais os projetos que foram realizados, quais os sonhos que foram
alcançados e aqueles que, mais uma vez precisam ser adiados. Ao realizarmos
este balanço, podemos verificar que houve bons e maus momentos, vitórias e
derrotas, ganhos e perdas. Quando olhamos para trás e vemos as coisas que se
passaram encontramos um grande desafio: O de voltarmos nossos olhos para o
futuro e, pela experiência adquirida nos dias que passaram, propusermos em
nosso coração a disposição de seguir em frente, de não ficarmos prostrados no
meio do caminho lamentando-se pelas perdas e derrotas, mas aprender com os
erros e vibrar pelas vitórias adquiridas. Também é tempo de renovarmos ou
firmarmos aliança com Deus. Tempo de analisar as promessas feitas, os
compromissos firmados de ser uma pessoa melhor, mais cooperativa, mais
compreensiva, mais paciente, mais amorosa e muito mais experiente. Em tudo isso
somos desafiados pelo autor de Hebreus a seguirmos em frente olhando firmemente
para o Autor e Consumador da fé, Jesus Cristo (Hb 12.1,2).
Por pior que tenha sido o ano passado, com
certeza há muitas razões para agradecermos e darmos graças ao nosso bom Deus.
Houve derrotas? Pense na experiência que elas te propuseram. Houve perdas?
Pense que não era seu o que perdeu, pois ninguém perde o que realmente lhe pertence.
Perdeu relacionamento? Pense que foi libertado para encontrar alguém muito
melhor. O salmista, ao realizar uma dessas reflexões, disse: Que darei ao
SENHOR por todos os seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação e
invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de
todo o seu povo (Sl 116.12-14). Ele escreve estas palavras porque, em dado
momento de sua vida, laços de morte o cercaram e angústias do inferno se
apoderaram dele, tamanha foi a sua tribulação, mas o Senhor o livrou e o
libertou da morte, das lágrimas e da queda. Agora, como gesto de gratidão, ele
resolve continuar invocando ao Senhor. Que sejamos assim, que as tribulações da
vida não sirvam para interromper nossa adoração, que não sirvam para nos rebelarmos
contra Deus, que não sirvam para tirar nosso ânimo, nos tornando pessoas
amargas e inertes no meio do povo de Deus, mas sirvam para nos aproximar ainda
mais de nosso Pai Celeste, que sirvam para nos tornar pessoas muito mais fortes
do que éramos.
Com certeza, ao refletir neste final de ano, ao
realizar um balanço da vida, você encontrará a sua frente decisões a serem
tomadas. Quem sabe haja dúvida se continua ou não no seu emprego, se continua
no seu ramo ou diversifica seu conhecimento para abrir novos horizontes, se
entra ou não em uma universidade, se continua insistindo naquele relacionamento
enrolado ou se permite a um novo relacionamento, se chegou ou não o momento de
consolidar o relacionamento e se casar, se vai ou não ser pai ou mãe, se abandona
ou não aquele vício que te persegue. E na área espiritual decidir se agradece
ou não a Deus, se muda ou não de vida, se tenha ou não uma dedicação maior na
igreja, se tenha ou não uma vida mais consagrada, mais fiel a Deus. Em tudo
isso devemos pedir a Deus por sabedoria para tomarmos decisões tão importantes,
para termos a certeza de que Deus esta a frente de tudo e que não estamos sendo
precipitados, impulsionados pela nossa ansiedade. Esta certeza nos dará
tranquilidade para seguirmos nossos rumos na direção certa. Os nossos sonhos e
aspirações só poderão ser alcançados se tivermos fé e perseverança, pois se a
cada obstáculo que tivermos que transpor pensarmos ser difícil de
ultrapassá-lo, jamais há de sermos vitoriosos e nunca chegaremos a lugar algum.
Há um grande mal que cerca a nossa vida que é o
mal de deixarmos para trás os compromissos firmados neste balanço da vida que
realizamos a cada final de ano, principalmente com Deus. Iniciamos o ano a todo
vapor, transbordando disposição e vontade de mudar, de fazer diferente, mas no
decorrer do tempo relaxamos e começamos a deixar de cumprir com nossas
obrigações firmadas. Logo achamos que não vale a pena a mudança e, mais uma
vez, permitimos que os afazeres nos tornem seus prisioneiros e nos acomodamos.
Sejamos perseverantes, não venhamos a permitir que o tempo desgaste nossa
disposição de mudar de vida e de servirmos ao Senhor. Lembremos que os
cumprimentos dos nossos votos são um sinal de gratidão a Deus pelos seus
benefícios realizados em nossa vida. Além do mais, fim de ano também é tempo de
revigorarmos nossas forças porque está diante de nós um novo ano, 365 dias para
serem vividos. Que eles não sejam monótonos e que nem venham a serem
desperdiçados, mas muito bem aproveitados, a cada um deles. Que Deus assim te
abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com