domingo, 26 de novembro de 2017

CORRIGINDO O PENSAMENTO

1  Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
2  nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
3  entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
4  Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
5  e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,
6  e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
7  para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
8  Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
9  não de obras, para que ninguém se glorie.
10  Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Ef 2.1-10).
Você já conhece a história, mas preciso repeti-la. Um dia Deus criou o Universo e neste Universo criou a Terra e na Terra criou os mares, os rios, as florestas, os animais e criou um ser que seria superior a todos eles e que deveria cuidar desta criação de Deus. Este ser foi criado perfeito de forma que podia até mesmo conversar face a face com Deus. Um dia este ser se contaminou com o pecado e decaiu de sua perfeição. A partir de este momento este ser não consegue mais pensar corretamente, agir impecavelmente, tomar decisões perfeitas, principalmente em se tratando de assunto espiritual. Este ser é o homem e desde a sua queda no Jardim do Éden o seu pensar é completamente desvirtuado por causa do pecado. Há muitos desvios no pensar do homem, mas quero hoje focar em apenas um o qual está relacionado com a nossa vida no porvir. A nossa vida próxima deve ser a nossa prioridade, deve ser o assunto a quem devemos dar a maior importância, porque este não é um assunto pelo qual temos ou teremos inúmeras oportunidades. Você jamais terá outra vida para se decidir. A sua cartada é única de forma que ela tem que ser certeira senão você perde o jogo sem possibilidade de revanche. As pessoas se preocupam em estudar para se formarem em uma profissão e terem um bom emprego, se preocupam e se planejam para casar e terem filhos, se preocupam financeiramente para se aposentar e terem uma vida decente na velhice, mas desprezam ou deixam em último lugar o que deveria vir em primeiro, que é se preocupar onde viveremos na eternidade, negligenciando as palavras de Jesus que disse: Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.33). E quanto a este assunto a Palavra de Deus nos alerta: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte (Pv 14.12). Isso é mais do que suficiente para você ligar o seu pisca de alerta para que não venha a cometer um grande equivoco, porque caso você o cometa saiba que este equivoco é irreparável.
O que pensamos sobre a salvação de nossa alma é o ponto de divergência dos nossos pensamentos que quero conversar hoje com você. Não pensamos mais perfeitamente, então, o que pensamos sobre a salvação pode estar equivocado. A maioria das pessoas descansam tranquilamente em uma base nada sólida. Eles pensam que são salvos por serem pessoas boas, mas a Bíblia não sustenta a ideologia de salvação pela bondade, antes, diz: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8,9).  A maioria das pessoas não entendem que, quando Adão pecou, ele passou este estado de pecado para a sua geração, de forma que já nascemos pecadores e imerecíveis da salvação. A Bíblia confirma isso quando diz: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23). A maioria das pessoas pensam que Deus é tão bom, mas tão bom que é incapaz de recusar a entrada de uma pessoa boa no céu. Deus realmente é bom, mas Ele também é extremamente justo. Ele transborda em bondade, mas também precisa cumprir a sua justiça. Percebe que há pontos divergentes em seu pensamento quanto à salvação? Percebe que pode haver um erro no seu pensar?
Para exemplificar o que estou falando quero citar o exemplo de Cornélio. A Bíblia diz que este homem era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus (At 10.2). Para você ter uma ideia do desvio de nossos pensamentos em relação ao espiritual, vendo uma pessoa com esta descrição com certeza você diria que ela é uma pessoa salva. Mas acontece que, mesmo com todas estas virtudes, Cornélio não era salvo, fato é que Deus interviu na vida de Cornélio e mandou-o chamar a Pedro para que pudesse lhe explicar o que ele realmente deveria fazer para ser salvo. A prova de que, mesmo sendo considerado um homem justo, Cornélio era equivocado em seus pensamentos, é que, quando Pedro chegou prostou-se ao chão para adorá-lo. Mas Pedro, homem de Deus, lhe disse: Ergue-te, que eu também sou homem (At 10.26). Cornélio era um homem justo, mas adorava a outros deuses, o que é severamente condenado na Bíblia. Mas Cornélio estava disposto a ouvir para confrontar seus pensamentos, ele estava disposto a fazer a coisa certa, reuniu toda a sua família e disse para Pedro: Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor (At 10.33). Então Pedro contou a história de Jesus Cristo, desde seu nascimento até a sua ressurreição, e concluiu dizendo: E nos mandou pregar ao povo e testificar que Ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos. Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados (At 10.42,43). Depois dessas palavras Cornélio se converteu e aceitou a Jesus Cristo como seu único salvador. Agora sim ele era uma pessoa salva. Agora a sua cartada foi certeira, ele fez a coisa certa e agiu conforme o querer de Deus, ele deixou de lado a sua errônea ideologia e abraçou a fé. Você pensa como Cornélio pensava? Age como Cornélio agia? Você segue as ideologias deste mundo e se prosta diante de deuses estranhos que não é o Senhor nosso Deus? Não há problema em você ser igual ao Cornélio, eu também era igual ao Cornélio. O problema é você não tomar a atitude que Cornélio tomou, é você não fazer o que ele fez. Cornélio procurou saber a verdade, não se importou com as suas tradições e não hesitou em deixar cair por terra seus pensamentos equivocados e decidiu abraçar a fé para poder viver a eternidade no céu com Cristo. Faça como Cornélio! Confesse seus pecados, aceite a Jesus e converta seu coração e então você terá seu lugar no Reino de Deus. Que Deus te conduza, como conduziu Cornélio, a tomar esta tão importante decisão! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 25 de novembro de 2017

SONHOS

1  Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.
2  Fundou-a ele sobre os mares e sobre as correntes a estabeleceu.
3  Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar?
4  O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.
5  Este obterá do SENHOR a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.
6  Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.
7  Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória.
8  Quem é o Rei da Glória? O SENHOR, forte e poderoso, o SENHOR, poderoso nas batalhas.
9  Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória.
10  Quem é esse Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória (Sl 24.1-10).
Esta semana vi um noticiário que me deixou chocado e me fez refletir muito em algumas de minhas atitudes. O documentário falava sobre a educação dos filhos, o que por si só deixou-me com muita vontade de voltar ao tempo e começar tudo de novo. No documentário, em um determinado momento, o repórter entrevistou uma família, basicamente uma menina. Ela morava em um barraco construído com telhas jogadas no lixo, tinha apenas um cômodo e nele morava o pai, a mãe e três crianças. A casa parecia estar na beira do muro de um residencial. A menina não tinha mais do que 8 ou 9 anos e cuidava o dia todo dos irmãos menores, creio que de 4 e 2 anos. O repórter fez uma pergunta para esta menina e a sua resposta tira lágrimas de qualquer um. O repórter lhe perguntou: Quais são os seus sonhos? Sem vacilar um único segundo ela respondeu: Eu não tenho sonhos! Naquele momento pensei nos meus sonhos, em todo o egoísmo dos meus sonhos, nos sonhos não realizados, na tristeza, na dor de ver meus sonhos adiados a cada ano que se passa, na ingratidão nossa para com Deus.
Enquanto você sonha há esperança e você se sente motivado a prosseguir, mas como prosseguir sem esperança? Como prosseguir sem sonhos? Como é viver sem esperança? Como é viver sem sonhos? Porque pior do que viver triste, pior do que viver uma vida miserável é ter uma vida sem sonhos, sem esperança, porque tudo aquilo afeta basicamente o seu exterior, mas a falta de esperança afeta o seu interior, e a dor do coração, a dor da alma é a maior de todas as dores. Aquela menina estava dizendo que não tinha esperança de sair daquele mísero barraco, daquela mísera vida, de frequentar uma escola, de ter um lar decente, de ter o mínimo para sobreviver, de ver seus pais em um emprego digno e seus irmãos em uma creche. Aquela menina não tinha nem mesmo os sonhos mais básicos, aquilo que ela deveria ter por direito. E nós, que temos além do básico, sonhamos com lazer, lazer e lazer. Que egoísmo! Que ingratidão!
Vivemos em um país predominantemente cristão. Dificilmente encontraremos alguém em nosso país que nunca ouviu falar de Deus, do céu, da esperança eterna. Há muitas pessoas em nosso país que choram, que sofrem, que vivem na miséria, que também não tem o mínimo para sobreviver, pessoas que também podem ter seus sonhos nublados pelas intempéries da vida, mas são pessoas que já ouviram falar de Deus, que sabem que existe um Deus no céu, que sabem que existe um céu, um paraíso, que podem ter pelo menos a esperança da eternidade em seus corações. Eles podem até recusar esta promessa, contudo sabem que ela existe. Mas aquela menina não vivia no Brasil e é bem provável que viva em um país onde não se pode pregar o Evangelho e caso não more com certeza muitas como ela moram. Isso me comoveu e me motiva a publicar ainda mais na internet para levar uma mensagem de consolo, de esperança àquelas pessoas oprimidas, que sofrem, que choram, tanto às que nada possuem como àquelas que têm tudo na vida, pois o sofrer não é exclusividade de pobres. Mas como alcançar alguém sem acesso à internet? Como alcançar alguém sem pelo menos o sonho de um dia ter acesso a ela? Eu me senti a pessoa mais impotente deste mundo e percebi que o que faço é o mínimo, do mínimo, do mínimo, que vivo mergulhado em um comodismo total e ainda assim murmurando muitas vezes. Lá no céu quero aplaudir de pé àqueles que saíram de seu comodismo e foram aos campos que se encontravam branqueados para a ceifa, pessoas que pagaram o preço, pessoas que não se incomodaram com as opiniões humanas, que não se acovardaram diante das ameaças, que se sensibilizaram quando Jesus disse: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mt 9.37).
Lembrei-me de um texto da Bíblia que diz: E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões (Jl 2.28). Quanto mais nos aproximamos da velhice mais vai se dissipando nossos sonhos. O tempo vai ficando curto e você começa a perceber que muitos deles serão apenas sonhos e que nunca se tornarão realidade. O que me impressiona neste texto é que a Bíblia diz que OS VOSSOS VELHOS SONHARÃO. Esse é o meu Deus! Ele é incrível! Incomparável! Ele diz que quando nossos sonhos poderiam estar morrendo por causa da idade que aí sim deveríamos sonhar, que aí sim é que temos motivos para sonhar. E sabe por quê? Porque aquilo que nós pensamos que é o fim na verdade é apenas o começo! Quando nós pensamos que já tivemos o melhor, que já vivemos o melhor estamos absolutamente enganados, porque o melhor ainda está por vir. Percebe que é na eternidade, na vida próxima onde está a realização dos nossos maiores sonhos? Vida eterna, vida plena, vida sem tristeza, vida sem miséria, lá a felicidade é permanente, ela nunca será circunstancial.
Deus que maravilha são as suas promessas! Eu não tenho como levar esta mensagem até aquela menina sem sonhos, para que ela possa sonhar, mas Tu podes Senhor, diga a ela que ela pode sonhar sim, diga-lhe que Tu és um Deus presente na vida dos pobres e dos oprimidos, que Tu não és como um governo corrupto e negligente, mas que o Senhor tem preparado o melhor deste Universo para os oprimidos, para os miseráveis, para aqueles que nada possuem neste mundo, mas que tem um tesouro no céu, para aqueles que mal têm onde se abrigar neste mundo, mas tem por direito uma mansão celestial por serem herdeiros de Deus, para aqueles que vivem os sonhos de Deus, que com certeza são muitos melhores que os nossos. Faça isso Senhor, não deixe aquela menina desamparada, não deixe nenhum de seus filhos desamparados. Eu sei que Tu jamais deixarás porque Tu és um Deus completamente fiel e infinitamente bondoso. E você que está lendo estas palavras que elas possam te levar a repensar os seus sonhos. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 18 de novembro de 2017

A IMPOTÊNCIA DA SABEDORIA HUMANA QUANTO AOS MISTÉRIOS DE DEUS

18  Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio.
19  Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.
20  E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos (1 Co 3.18-20).
Constantemente vemos grupos de pessoas em algum programa na televisão discutindo sobre temas espirituais. Ali cada um dá a sua opinião e expõe o que “acha” sobre o assunto. Todos eles dão conselhos espirituais e mostram um rumo a seguir. Mas acho muito perigoso dar ouvidos a estas mesas redondas porque elas estão cheias de “achismo” e completamente vazias de experiências sobre o assunto. Como que você pode falar de Deus sem ter uma única experiência real com Ele? Achar, pensar e ter a certeza da existência de Deus é totalmente diferente de “sentir” Deus. Uma pessoa regenerada por Deus sente quando Deus entra em sua vida, em seu interior e sabe por quê? Primeiro porque a paz que sentimos quando Deus entra em nossa vida é sem igual, sem qualquer comparação, vai muito além de consolo, de alívio, pois nos deixa tão leve que nos sentimos sobre as nuvens. Segundo por causa da transformação que a presença de Deus provoca na vida. A pessoa, em cujo coração Deus entra, jamais permanece igual ao que era. Sua boca não fala mais as mesmas palavras, suas atitudes se tornam diferentes, seu humor é tratado a cada dia com um ingrediente novo, os lugares em que ela frequentava são renovados, as coisas que ela curtia mudam de cara, ela não consegue mais achar graça em muitas coisas. É uma transformação inexplicável de forma que quem não passa por ela não consegue discerni-la. Estas pessoas transformadas por Deus é que tem autoridade para falar sobre Ele porque o conhece pessoalmente. Elas continuam sendo pecadoras porque elas foram regeneradas e não glorificadas. A regeneração é um ato que acontece conosco enquanto ainda vivemos neste mundo e não nos torna santos no sentido de não termos mais pecado, enquanto que a glorificação é um ato que acontecerá no céu e lá sim não iremos mais pecar. O que diferencia um regenerado de uma pessoa não regenerado é a atitude dele em relação ao pecado. Enquanto o regenerado se humilha diante de Deus todos os dias confessando os seus pecados, o não regenerado se acha um “santinho”.
Outra coisa que deve abrir nossos olhos quanto a estas mesas redondas diz respeito à Bíblia. Como que uma pessoa pode falar da Bíblia sem nunca lê-la? Deus não deixou outra coisa pelo qual podemos conhecê-lo a não ser a Bíblia (com exceção da natureza que reflete a glória de Deus por ser Ele o seu criador). Não importa o que os cientistas, você ou qualquer outra pessoa pensa sobre a Bíblia. A opinião humana não desqualifica a Bíblia. A Bíblia é tão odiada que se ela não tivesse a sua origem em Deus ela já teria sido a muito eliminada deste mundo. Deus não a deixou neste mundo para que ela seja colocada em uma mesa redonda e discutida quanto a sua credibilidade. Deus a deixou neste mundo para revelar aos homens a sua vontade, sendo aceita pela fé e não pela razão. Não importa se cada um a interpreta de uma maneira diferente, isso é normal porque não somos iguais e cada um pensa diferente do outro, mas isso não significa que quem a interpretar erroneamente está justificado. Se você receber um recado de um amigo e não interpretá-lo corretamente, conforme ele estava se expressando, com certeza haverá conflito na informação passada.
Fato é que a sabedoria humana não pode explicar Deus e os seus mistérios. Um dia o rei Nabucodonosor teve um sonho (Dn 2) e ele entendeu que este sonho era diferente, que era um recado divino, pois creio que este não foi o único sonho que ele teve, mas este o deixou encabulado. Ele chamou todos os seus magos, feiticeiros e encantadores, mas diz a Bíblia que nenhum deles conseguiu interpretar o sonho. Um dia o rei Belsazar estava festando e de repente uns dedos escreveram umas palavras na parede (Dn 5). Novamente são chamados os magos, os feiticeiros e os encantadores, mas nenhum deles pôde interpretar o significado daquelas palavras, porque elas eram um recado de Deus e a sabedoria humana é impotente para interpretar Deus, ela não pode discernir as coisas espirituais, somente um homem de Deus, com o Espírito de Deus poderia fazê-lo, por isso chamaram a Daniel e ele passou ao rei a informação correta de Deus. A sabedoria humana não pode ajudar um homem aflito em rebelião contra Deus. Por isso que o homem decaído se aprofunda cada vez mais no abismo em que caiu, porque o homem afastado de Deus passa por muitas angústias, e onde ele tende a procurar uma saída para suas angústias? Onde as pessoas quando estão desesperadas correm? Nos sábios deste mundo, nos místicos, nos feiticeiros, nas cartomantes, na astrologia, mas eles não encontram respostas adequadas nessas pessoas, porque a Bíblia diz que Deus confunde a sabedoria do mundo com os seus mistérios.
Quando alguém ainda não se converteu pode ser porque ele ainda não foi suficientemente quebrantado. O que falta para você se humilhar diante de Deus, para se dobrar aos pés do Deus Todo Poderoso? Você é muito orgulhoso para se prostrar? Acha-se muito importante ou bom demais para se humilhar? Cuidado! Deus pode ir às últimas consequências para te quebrantar! O grande perseguidor da igreja, Saulo de Tarso, só é convertido quando Jesus o joga no chão e ele, cego, humildemente se volta para Jesus, totalmente quebrantado e Deus jamais despreza um coração quebrantado. Erga seus olhos ao céu enquanto é tempo e o tempo de Deus é agora. É melhor ser quebrado por Deus agora do que perecer eternamente no inferno. Reconheça hoje a Soberania de Deus na sua vida e volte-se para o Senhor! Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

NADA IMPEDE DEUS

23  Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.
24  E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
25  Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?
26  Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível (Mt 19.23-26).
Diz a Bíblia que Jesus, estando além do rio Jordão, na região da Jordânia, recebeu a notícia de que Lázaro, a quem Ele muito amava, estava gravemente enfermo. Jesus estava a dois dias de viagem até onde Lázaro se encontrava e ainda demorou dois dias naquele lugar, antes de sair para ir até Lázaro. Pelo fato da Bíblia dizer que quando Jesus chegou Lázaro já estava morto havia quatro dias, podemos afirmar que, quando a notícia da enfermidade chegou até Jesus, Lázaro já estava morto, ou pelo menos morreu naquele mesmo dia. Quando Jesus recebeu a notícia da enfermidade de Lázaro, Ele disse: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado (Jo 11.4). Marta e Maria estavam apavoradas com a gravidade da enfermidade de Lázaro, mas Jesus não. Marta e Maria viam a desgraça à porta, mas Jesus via a oportunidade. Isso nos ensina que a gravidade da situação não importa para Deus. Às vezes, achamos que os nossos problemas e a nossa situação é tão complicada que nem Deus conseguirá dar jeito. Facilmente nos esquecemos de que os impossíveis dos homens são possíveis para Deus (Lc 18.27), que para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível (Mc 10.27), mas jamais devemos nos esquecer de que para Deus nunca haverá impossíveis em todas as suas promessas (Lc 1.37). Quantas vezes oramos a Deus, entregamos a situação em suas mãos, mas lá no fundo achamos impossível que até mesmo Deus consiga reverter a situação, quantas vezes não achamos que a perda foi tão grande, que o trauma foi tão profundo que nem mesmo Deus conseguirá restaurar nossa vida.
Apesar da gravidade da situação, diz a Bíblia que Jesus ainda demorou dois dias para sair de onde estava para ir até Lázaro. Isso nos ensina de que o tempo não importa para Deus. Somos tão imediatistas, tão ansiosos que queremos ver Deus agindo logo para resolver nossa situação, mas o relógio de Deus parece não harmonizar com o nosso. Quando Deus demora muito para nos responder, logo começamos a achar que parece que Deus não entendeu a gravidade da situação, parece que Ele não deu muita atenção ao nosso pedido, parece que Ele não está se importando com a nossa situação, parece que Ele não está muito interessado no nosso caso, Ele parece não se importar que aquilo pelo qual tanto clamamos nos faça sofrer tanto e traga tantas angústias para nossa vida. E o pior é que você vê as coisas se complicando a cada dia e você se encontra em um emaranhado sem fim de forma que chega uma hora em que você acha que é tarde demais, até mesmo para Deus. Mas nunca é tarde para Deus, porque Deus jamais chega atrasado, nem mesmo por um segundo e quando Deus age não importa em como estão ou ficaram as coisas, porque a gravidade da situação não importa para Deus.
Quando Jesus chegou Lázaro já estava morto e sepultado há quatro dias. Isso nos ensina de que as condições não importam para Deus. Às vezes carregamos uma culpa por anos porque pensamos que Deus jamais nos perdoará pelo que fizemos ou somos, achamos nosso pecado tão hediondo que nem conseguimos confessá-lo a Deus, temos vergonha até mesmo de mencioná-lo para Ele. Quantas vezes rejeitamos o convite de Deus porque nos achamos tão vil de forma que nem Deus nos aceita. Desacreditamos que Deus pode tomar um abominável pecador e transformá-lo em um filho amado, totalmente regenerado e transformado. Se Deus fez isso com um corpo já em putrefação o mesmo poderá fazer com o mais vil pecador. Por isso não importa em como está a tua vida, não importa em quantos anos você tenha rejeitado a Deus, não importa o que você é ou tenha feito no passado, Deus pode transformar e salvar a sua vida, porque Ele tem o poder de erguer do pó o desvalido e do monturo, o necessitado (Sl 113.7).
Havia uma crença entre os judeus de que não existia mais esperança para uma pessoa que estava morta por mais do que três dias. Porque para eles, a essa altura, o corpo já apresentava sinais visíveis de decomposição e a alma, que eles pensavam pairar sobre o corpo por três dias, já havia partido. Jesus veio para pôr por terra todas as crenças infundadas. Foi o que aconteceu quando Lázaro, depois de quatro dias, ressuscitou. As pessoas achavam que não havia mais esperanças para Lázaro reviver, mas o que aos homens parece ser impossível é possível para Deus. Quando Deus age Ele põe por terra nossa tradição, nosso “achismo”, nossos medos, nossas dúvidas, nosso orgulho porque ninguém consegue explicar Deus e a sua forma de agir. Quando Deus age Ele restaura todas as coisas, não importa em quanto elas pioraram, não importa o estado em que elas chegaram, não importa o quanto de tempo tenha passado porque nem o tempo e nem as condições podem limitar Deus. Portanto, meu amigo, não se preocupe com o tamanho do seu problema, mas concentre sua fé na infinidade do poder de Deus. Que Ele te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 11 de novembro de 2017

A VIDA

1  Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer;
2  antes que se escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida, e tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro;
3  no dia em que tremerem os guardas da casa, os teus braços, e se curvarem os homens outrora fortes, as tuas pernas, e cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os teus olhos nas janelas;
4  e os teus lábios, quais portas da rua, se fecharem; no dia em que não puderes falar em alta voz, te levantares à voz das aves, e todas as harmonias, filhas da música, te diminuírem;
5  como também quando temeres o que é alto, e te espantares no caminho, e te embranqueceres, como floresce a amendoeira, e o gafanhoto te for um peso, e te perecer o apetite; porque vais à casa eterna, e os pranteadores andem rodeando pela praça;
6  antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço,
7  e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.1-7).
Como descrever sobre a vida? Como descrever sobre algo que todos têm, mas ao mesmo tempo tão individualizado? A vida de duas pessoas podem até se cruzarem em determinado ponto e, a partir daí, seguirem juntas até ao fim, mas mesmo assim a individualidade não ficará para trás. Isso porque cada um de nós tem uma história de vida, cheias de particularidades, e muitas delas únicas. Às vezes, passamos a maior parte da vida ao lado de uma pessoa e passamos, a cada dia, a conhecer profundamente aquela pessoa, seus gostos, seu caráter, suas atitudes, mas mesmo assim podemos, depois de muito tempo, sermos surpreendido com algo novo que desconhecíamos sobre ela, que nunca havíamos percebido nela. Gosto muito de um ditado em que diz que a vida é uma caixinha de surpresas. E isso é verdade! Nada sabemos de como será o próximo dia de nossa vida; e nem mesmo em como terminará o atual. Quem já não teve a sua vida deslumbrantemente transformada de um dia para outro? Quem já não teve a sua vida tragicamente mudada de um dia para outro? Neste sentido é muito sábio o conselho de Jesus quando diz: Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal (Mt 6.34). Há! Mas como é difícil controlar a ansiedade! Quando tudo vai bem a alegria sobrepõe a ansiedade, mas quando as coisas vão mal ela corrói nosso coração como um câncer.
Não é apenas a particularidade da vida que nos impressiona, sua instabilidade também é um grande mistério. Nossa vida é cheia de altos e baixos, em um dia estamos sorrindo para as estrelas, no outro encharcamos o travesseiro de tanto chorar, em um dia estamos vigorosamente saudável, em outro nos encontramos no leito da enfermidade, em um dia estamos bem humorados, aceitando qualquer brincadeira, em outro damos coices até no amigo que nos ampara; mudanças extremas de uma hora para outra! Quantos que não dormem ricos e acordam pobres? Enquanto que outros dormem pobres e acordam ricos! Quantos que não dormem saudáveis e acordam enfermos? E outros que nem sequer chegam a acordar! Apesar de tantas instabilidades a vida é muito preciosa, mas até nisso encontramos tremendas divergências entre um e outro, pois enquanto uns dariam toda a sua fortuna para prolongá-la, outros estão acabando com a sua por vontade própria.
A vida é única e passageira. Diante disso todos são unânimes em pensar que se deve aproveitar ao máximo a vida. Salomão também pensava assim, pois disse: Pelo que vi não haver coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua recompensa; quem o fará voltar para ver o que será depois dele (Ec 3.22)? Mas até nisso divergimos entre uns e outros. Alguns sabem realmente aproveitar a vida sem colocá-la em risco ou prejudicá-la drasticamente no futuro, enquanto que outros, por desejarem o máximo, atrelam à vida consequências danosas que tirará, no futuro, todo o brilho e vigor da vida, isso quando não a perdem em sua plenitude. Também é fato que, o que é bom e diversão para uns pode não ser bom para outros, de forma que somente você sabe qual a melhor maneira de aproveitar a sua vida. Entretanto, não deve se esquecer de que duas coisas devem andar juntas: Proveito e preservação da vida, porque duas coisas jamais irão se separar por mais que você queira: Proveito e consequência. Assim é a vida, um grande dilema que, quando começamos a entendê-la e desvendar os seus mistérios está na hora de partir e ir embora para sempre. Gostei muito deste verso que a minha amiga Eliane Torres escreveu:
Cheia de altos e baixos
Assim é a vida,
Um círculo consequente,
Dolorida como uma ferida,
Calorosa como uma despedida.
A vida é uma flor,
Suas pétalas caem,
Seu vigor desvanece,
Ninguém se atenta, ninguém percebe,
Mas é um milagre que todos os dias se repete.
Diante do dilema da vida, deixo nestas palavras mais um de tantos conselhos que circulam por aí. De todos os que já ouvi nenhum é tão completo como ele, pois este não separa o proveito da consequência, coisa que todos os demais o fazem. Este conselho diz: Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade (Ec 11.9-10). Como somos individuais somente você pode decidir por você. Pense nestas palavras e decida e que Deus te abençoe e te ilumine nesta tão importante decisão! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmal.com


sábado, 4 de novembro de 2017

O TEMPO QUE CURA – 2° PARTE

1  Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2  Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3  Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4  E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
5  E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6  Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
7  O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
8  Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.1-8).
Falamos na primeira parte das dificuldades que passamos em nossa jornada neste mundo, em como que, ao longo dela, somos vítimas de tantos sofrimentos. Falamos também que, apesar das dificuldades que passamos, há espaço na vida para contemplarmos o amor de Deus e o texto que citamos como base reflete a maravilha deste amor. Este texto diz: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). Deus está dizendo que não nos lembraremos das coisas que hoje vivemos neste mundo, amaldiçoado por causa do pecado, e temos discorrido sobre como será possível esquecer tanta angústia e sofrimento. Mencionamos aquele que é o melhor remédio para curar as feridas: O tempo! E que teremos toda a eternidade para esquecer as mazelas dessa vida, o que significa que teremos o tempo necessário para esquecer as coisas horríveis pelas quais vimos e passamos neste mundo. Claro que as condições em que viveremos a eternidade são fundamentais para o esquecimento das nossas angústias, e este é o assunto de hoje.
Falamos ainda que há um “final feliz”, um “feliz para sempre” reservado aos filhos de Deus. Mas, infelizmente, existe também “angústias eternas”, um “triste fim” destinado àqueles que, neste mundo, se comportaram como ímpios e incrédulos. A forma como você viverá a eternidade será fator decisório para o esquecimento das aflições que aqui passamos. Se você viver as maravilhas do Céu passará por gozos inimagináveis para a mente humana, de forma que sentirás aliviado e recompensado pela graça de Deus, de tal forma que as angústias de hoje se tornarão irrelevantes no Céu. Mas se você viver nos horrores do inferno – e acredite, ele é real – viverá em constante remorso pela vida ímpia e incrédula que o conduziu até lá, e quem vive em contínua culpa jamais tem paz, de forma que o remorso e a culpa não permitem o esquecimento das coisas.
As maravilhas do Céu são fatores tremendamente motivadores para a vida cristã. Sabemos que quem consola e fortalece é o Espírito Santo, mas Ele não faz isso por si só, como que se fosse uma força ligada em uma tomada, Ele utiliza argumentos para isso e o aplica em nossa vida, e as maravilhas do Céu são os mais ricos argumentos que aguça a esperança e a fé em nosso coração. E quais são estas maravilhas? A maravilha de ter todas as nossas lágrimas enxutas, isso é consolo definitivo. A maravilha de ter um corpo imortal, que nunca mais adoecerá ou morrerá. A maravilha de possuir uma mansão no lugar mais perfeito que possa existir, um lugar em que nunca mais haverá qualquer corrupção ou injustiças sociais; A maravilha de saber que no Céu nunca mais haverá qualquer maldição, guerra, fome, morte, luto, lágrimas, provações, tentações, angústias e sofrimentos, ou seja, é o verdadeiro “final feliz”, é o real “feliz para sempre” da história dos filhos de Deus. Você é como eu, que se encanta com estas promessas? Seu coração vibra quando lê sobre elas? Sua esperança reacende quando escuta estas palavras? Sente-se motivado a perseverar por causa destas promessas? Pois acredite, nem tudo sobre o Céu nos foi contado. O Hino 498 do Cantor Cristão, intitulado Bela Cidade, diz:
Tenho lido da bela cidade, construída por Cristo nos céus;
É murada de jaspe luzente, e juncada áureos troféus.
E no meio da praça eis o rio, do vigor e da vida eternal;
Mas metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal.
Jamais se contou ao mortal, jamais se contou ao mortal;
Metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal!
Tenho lido das belas moradas, que Jesus foi no céu preparar;
Onde os crentes fiéis para sempre, mui felizes irão habitar.
Nem tristeza nem dor nem gemidos, entrarão na mansão paternal;
Mas metade do gozo celeste, jamais se contou ao mortal.
Tenho lido das vestes brilhantes, das coroas que os santos terão;
Quando o Pai os chamar e disser-lhes: Recebei o eternal galardão.
Tenho lido que os santos na glória, pisarão ruas de ouro e cristal;
Mas metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal.
Paulo, falando dos nossos sofrimentos neste mundo, disse: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18). Isso nos deixa a impressão de que nem tudo sobre o Céu nos foi contado. Em outra oportunidade, quando ele testemunha de quando foi arrebatado ao Céu, disse que: Foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir (2 Co 12.4). Parece que ele não escreveu sobre tudo que viu e ouviu no Céu. Se o pouco que sabemos do Céu já nos deixa encantados por ele, imagina se soubéssemos de tudo! A Bíblia fala bastante sobre a vida eterna, sobre o céu, porém não nos dá muitos detalhes a respeito dos pormenores de como será essa nossa vida lá e quais serão todas as transformações pelas quais iremos passar para viver essa vida no Céu. Tudo que posso lhe afirmar hoje é que, as maravilhas do Céu serão de tal magnitude que nos farão esquecer as mazelas dessa vida terrena, seu brilho será tão intenso que ofuscará as trevas pelas quais passamos nesta vida. Diante destas palavras deixo a pergunta: Não vale a pena qualquer sacrifício para ganhar esta vida? O maior sacrifício já foi feito por Jesus Cristo lá na cruz e Ele afirma que quem não tomar a sua cruz e segui-lo não é digno dele (Mt 10.38). Todos querem os benefícios de Cristo, mas poucos estão dispostos às consequências de tê-lo, muitos querem o gozo do Céu aqui na terra, querem ir para o Céu, mas feliz e contente sem passar pelas aflições, mas carregar uma cruz não é moleza, e chegar ao Céu sem ela é em vão, não entrará, ficará do lado de fora, porque a porta do Céu é Jesus, mas a chave para abrir essa porta é a cruz. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O DIA DE FINADOS

19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos (Lc 16.19-31).
Hoje é o dia em que celebramos àqueles que partiram. Neste dia, quero escrever sobre a parábola do homem rico e do mendigo Lázaro que Jesus contou. Ela é uma estória fictícia, mas Jesus a contou para transmitir grandes verdades. Jesus é o Mestre dos mestres, e Ele sabia muito bem como transmitir um ensino de forma impactante. Quero deixar bem claro que não sou contra homenagear àqueles que partiram e nem esta parábola condena a isso, mas sou a favor do que ela nos ensina quanto à questão dos mortos. Abraão, quando Sarah, sua mulher, faleceu, adquiriu um terreno e lá fez o túmulo de sua esposa, lugar que foi honrado pela sua descendência, mas nada mais, além disso, está registrado quanto a isso, um fato histórico que demonstra a consciência que os patriarcas tinham do que está escrito em Hebreus: Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). Mas o mesmo não se pode dizer do livro apócrifo de Macabeus em que relata a sua satisfação de orar pelos mortos. Pelo menos o livro relata a satisfação de Macabeus em realizar tal coisa, e não de Deus, que condena tal cerimônia.
Quero destacar duas coisas importantes na parábola de Jesus. Primeiro é o fato de vermos, na parábola, o homem rico clamando a Deus. Creio que em nenhum momento de sua vida terrena este homem preocupou-se em clamar a Deus. Agora, depois de sua morte, quando não pode mais acontecer a reversão de sua situação, ele está clamando, mas é tarde demais, porque ele não vive mais na Terra, ele não faz mais parte do mundo dos vivos, ele já esta sentenciado ao seu destino final e eterno, o destino que ele escolheu aqui na Terra, o destino fruto de suas decisões e de suas atitudes tomadas enquanto vivo! Ele não está lá porque era rico, mas está lá porque, quando vivo desprezou uma vida de piedade nas mãos de Deus. Independentemente de ser verdade ou não este desprezo na vida deste homem em sua estória, este fato é a realidade de muitas pessoas na vida real, porque a quantos hoje que não acham o mínimo de tempo para uma oração a Deus, uma única atitude de gratidão a Deus, um único momento de quebrantamento diante de Deus, não reserva um único dia para adorar ao Deus Criador de todas as coisas. Tais pessoas estão cometendo o mesmo erro deste homem rico, e não é por causa de riqueza porque há muitos pobres entre eles. Essas pessoas se esquecem, da mesma forma que aquele homem rico se esqueceu, de que é aqui na Terra que se decide onde passaremos a eternidade: No Céu ou no inferno, porque somente na vida terrestre que podemos nos converter, de forma que a morte estabelece a nossa condição definitiva: Ou o Céu para sempre ou o inferno para sempre! Se este destino for o Céu não haverá mais necessidade de clamar porque lá no Céu vemos as pessoas praticarem um único exercício de devoção: O louvor. E caso seja o inferno clamar é totalmente desnecessário, porque Deus não ouvirá mais nenhum clamor; um grande abismo existe entre o Céu e o inferno! Não há ligação entre eles!
A segunda coisa é o paradoxo existente nesta parábola: Aqui na Terra vemos os vivos clamando pelos mortos, pensando que ainda pode haver oportunidade de salvação para eles, enquanto que no inferno vemos os mortos clamando para que algum morto volte para alertar aos vivos a ouvirem e atenderem a pregação do Evangelho. Aqui vemos os vivos seguirem tradições, mesmo que estas as levem ao inferno, enquanto que no inferno vemos os mortos não se importarem com elas, pois por causa delas estão lá e não querem essa realidade para nenhum de seus parentes. Era justamente por isso que o homem rico clamava para alguém dos mortos voltar até seus parentes, pois dizia: A fim de não virem também para este lugar de tormento (Lc 16.28). Ele estava pensando em seu exemplo, que nunca deu ouvidos a um vivo quando falava da eternidade, mas se algum morto tivesse voltado, pensa ele que seria diferente e teria ouvido, ele acha que o mesmo aconteceria com seus parentes que ainda tinham chances, enquanto que a dele cessou. O problema é que salvação é uma questão de fé, não se ganha pela razão, e fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem (Hb 11.1).
Nenhum morto voltará a Terra para alertar algum ser vivo, pois aprouve a Deus dar ao homem apenas uma oportunidade de vida e depois dela vem o acerto de contas. Também aprouve a Deus a salvação ser adquirida durante esta única vida terrena, e isso através da pregação do Evangelho. No além não haverá a pregação do Evangelho, ouça-o enquanto ainda pode fazê-lo! E quanto ao dia de hoje, gostei muito de uma poesia de Thiago Miranda, intitulada Dois de novembro, que diz:
Hoje é o dia da saudade
De pessoas que a gente
Queria tanto abraçar
Pra aquecer o coração.
Parece nem ser verdade,
Mas a dor, de tão pungente,
Nos faz reacreditar
E penar de solidão.
Portanto, mais que os que foram
Celebre quem tens ao lado
Se junte pra recordar.
No amanhã nunca se sabe
Se um deles vai ser lembrado
Ou se de ti vão se lembrar.
Ela reflete muito bem no verdadeiro significado que deve ter o dia de hoje. Pense sobre isso com muita seriedade; não seja negligente e não menospreze a eternidade de sua alma! Que Deus te abençoe! Amém
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com