1 Vi
novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar
já não existe.
2 Vi
também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3 Então, ouvi grande voz vinda do trono,
dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles
serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4 E
lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá
luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
5 E
aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa
e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da
água da vida.
7 O
vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
8 Quanto,
porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que
lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap
21.1-8).
Falamos na primeira parte das dificuldades
que passamos em nossa jornada neste mundo, em como que, ao longo dela, somos
vítimas de tantos sofrimentos. Falamos também que, apesar das dificuldades que
passamos, há espaço na vida para contemplarmos o amor de Deus e o texto que citamos
como base reflete a maravilha deste amor. Este texto diz: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança
das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). Deus está
dizendo que não nos lembraremos das coisas que hoje vivemos neste mundo,
amaldiçoado por causa do pecado, e temos discorrido sobre como será possível esquecer
tanta angústia e sofrimento. Mencionamos aquele que é o melhor remédio para
curar as feridas: O tempo! E que teremos toda a eternidade para esquecer as
mazelas dessa vida, o que significa que teremos o tempo necessário para
esquecer as coisas horríveis pelas quais vimos e passamos neste mundo. Claro
que as condições em que viveremos a eternidade são fundamentais para o
esquecimento das nossas angústias, e este é o assunto de hoje.
Falamos ainda que há um “final feliz”, um
“feliz para sempre” reservado aos filhos de Deus. Mas, infelizmente, existe também
“angústias eternas”, um “triste fim” destinado àqueles que, neste mundo, se
comportaram como ímpios e incrédulos. A forma como você viverá a eternidade
será fator decisório para o esquecimento das aflições que aqui passamos. Se
você viver as maravilhas do Céu passará por gozos inimagináveis para a mente
humana, de forma que sentirás aliviado e recompensado pela graça de Deus, de
tal forma que as angústias de hoje se tornarão irrelevantes no Céu. Mas se você
viver nos horrores do inferno – e acredite, ele é real – viverá em constante
remorso pela vida ímpia e incrédula que o conduziu até lá, e quem vive em contínua
culpa jamais tem paz, de forma que o remorso e a culpa não permitem o
esquecimento das coisas.
As maravilhas do Céu são fatores
tremendamente motivadores para a vida cristã. Sabemos que quem consola e
fortalece é o Espírito Santo, mas Ele não faz isso por si só, como que se fosse
uma força ligada em uma tomada, Ele utiliza argumentos para isso e o aplica em
nossa vida, e as maravilhas do Céu são os mais ricos argumentos que aguça a
esperança e a fé em nosso coração. E quais são estas maravilhas? A maravilha de
ter todas as nossas lágrimas enxutas, isso é consolo definitivo. A maravilha de
ter um corpo imortal, que nunca mais adoecerá ou morrerá. A maravilha de
possuir uma mansão no lugar mais perfeito que possa existir, um lugar em que
nunca mais haverá qualquer corrupção ou injustiças sociais; A maravilha de
saber que no Céu nunca mais haverá qualquer maldição, guerra, fome, morte,
luto, lágrimas, provações, tentações, angústias e sofrimentos, ou seja, é o
verdadeiro “final feliz”, é o real “feliz para sempre” da história dos filhos de
Deus. Você é como eu, que se encanta com estas promessas? Seu coração vibra
quando lê sobre elas? Sua esperança reacende quando escuta estas palavras?
Sente-se motivado a perseverar por causa destas promessas? Pois acredite, nem
tudo sobre o Céu nos foi contado. O Hino 498 do Cantor Cristão, intitulado Bela
Cidade, diz:
Tenho lido da bela cidade, construída por
Cristo nos céus;
É murada de jaspe luzente, e juncada áureos
troféus.
E no meio da praça eis o rio, do vigor e da
vida eternal;
Mas metade da glória celeste, jamais se
contou ao mortal.
Jamais se contou ao mortal, jamais se contou
ao mortal;
Metade da glória celeste, jamais se contou ao
mortal!
Tenho lido das belas moradas, que Jesus foi
no céu preparar;
Onde os crentes fiéis para sempre, mui
felizes irão habitar.
Nem tristeza nem dor nem gemidos, entrarão na
mansão paternal;
Mas metade do gozo celeste, jamais se contou
ao mortal.
Tenho lido das vestes brilhantes, das coroas
que os santos terão;
Quando o Pai os chamar e disser-lhes: Recebei
o eternal galardão.
Tenho lido que os santos na glória, pisarão
ruas de ouro e cristal;
Mas metade da glória celeste, jamais se
contou ao mortal.
Paulo,
falando dos nossos sofrimentos neste mundo, disse: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não
podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18). Isso nos
deixa a impressão de que nem tudo sobre o Céu nos foi contado. Em outra
oportunidade, quando ele testemunha de quando foi arrebatado ao Céu, disse que:
Foi arrebatado ao paraíso e ouviu
palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir (2 Co 12.4).
Parece que ele não escreveu sobre tudo que viu e ouviu no Céu. Se o pouco que
sabemos do Céu já nos deixa encantados por ele, imagina se soubéssemos de tudo!
A Bíblia fala bastante sobre a vida eterna, sobre o céu, porém não nos dá
muitos detalhes a respeito dos pormenores de como será essa nossa vida lá e quais
serão todas as transformações pelas quais iremos passar para viver essa vida no
Céu. Tudo que posso lhe afirmar hoje é que, as maravilhas do Céu serão de tal magnitude
que nos farão esquecer as mazelas dessa vida terrena, seu brilho será tão
intenso que ofuscará as trevas pelas quais passamos nesta vida. Diante destas
palavras deixo a pergunta: Não vale a pena qualquer sacrifício para ganhar esta
vida? O maior sacrifício já foi feito por Jesus Cristo lá na cruz e Ele afirma que
quem não tomar a sua cruz e segui-lo não é digno dele (Mt 10.38). Todos querem os
benefícios de Cristo, mas poucos estão dispostos às consequências de tê-lo, muitos
querem o gozo do Céu aqui na terra, querem ir para o Céu, mas feliz e contente sem
passar pelas aflições, mas carregar uma cruz não é moleza, e chegar ao Céu sem ela
é em vão, não entrará, ficará do lado de fora, porque a porta do Céu é Jesus, mas
a chave para abrir essa porta é a cruz. Pense nisso!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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