sábado, 4 de novembro de 2017

O TEMPO QUE CURA – 2° PARTE

1  Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2  Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3  Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4  E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
5  E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6  Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
7  O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
8  Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.1-8).
Falamos na primeira parte das dificuldades que passamos em nossa jornada neste mundo, em como que, ao longo dela, somos vítimas de tantos sofrimentos. Falamos também que, apesar das dificuldades que passamos, há espaço na vida para contemplarmos o amor de Deus e o texto que citamos como base reflete a maravilha deste amor. Este texto diz: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). Deus está dizendo que não nos lembraremos das coisas que hoje vivemos neste mundo, amaldiçoado por causa do pecado, e temos discorrido sobre como será possível esquecer tanta angústia e sofrimento. Mencionamos aquele que é o melhor remédio para curar as feridas: O tempo! E que teremos toda a eternidade para esquecer as mazelas dessa vida, o que significa que teremos o tempo necessário para esquecer as coisas horríveis pelas quais vimos e passamos neste mundo. Claro que as condições em que viveremos a eternidade são fundamentais para o esquecimento das nossas angústias, e este é o assunto de hoje.
Falamos ainda que há um “final feliz”, um “feliz para sempre” reservado aos filhos de Deus. Mas, infelizmente, existe também “angústias eternas”, um “triste fim” destinado àqueles que, neste mundo, se comportaram como ímpios e incrédulos. A forma como você viverá a eternidade será fator decisório para o esquecimento das aflições que aqui passamos. Se você viver as maravilhas do Céu passará por gozos inimagináveis para a mente humana, de forma que sentirás aliviado e recompensado pela graça de Deus, de tal forma que as angústias de hoje se tornarão irrelevantes no Céu. Mas se você viver nos horrores do inferno – e acredite, ele é real – viverá em constante remorso pela vida ímpia e incrédula que o conduziu até lá, e quem vive em contínua culpa jamais tem paz, de forma que o remorso e a culpa não permitem o esquecimento das coisas.
As maravilhas do Céu são fatores tremendamente motivadores para a vida cristã. Sabemos que quem consola e fortalece é o Espírito Santo, mas Ele não faz isso por si só, como que se fosse uma força ligada em uma tomada, Ele utiliza argumentos para isso e o aplica em nossa vida, e as maravilhas do Céu são os mais ricos argumentos que aguça a esperança e a fé em nosso coração. E quais são estas maravilhas? A maravilha de ter todas as nossas lágrimas enxutas, isso é consolo definitivo. A maravilha de ter um corpo imortal, que nunca mais adoecerá ou morrerá. A maravilha de possuir uma mansão no lugar mais perfeito que possa existir, um lugar em que nunca mais haverá qualquer corrupção ou injustiças sociais; A maravilha de saber que no Céu nunca mais haverá qualquer maldição, guerra, fome, morte, luto, lágrimas, provações, tentações, angústias e sofrimentos, ou seja, é o verdadeiro “final feliz”, é o real “feliz para sempre” da história dos filhos de Deus. Você é como eu, que se encanta com estas promessas? Seu coração vibra quando lê sobre elas? Sua esperança reacende quando escuta estas palavras? Sente-se motivado a perseverar por causa destas promessas? Pois acredite, nem tudo sobre o Céu nos foi contado. O Hino 498 do Cantor Cristão, intitulado Bela Cidade, diz:
Tenho lido da bela cidade, construída por Cristo nos céus;
É murada de jaspe luzente, e juncada áureos troféus.
E no meio da praça eis o rio, do vigor e da vida eternal;
Mas metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal.
Jamais se contou ao mortal, jamais se contou ao mortal;
Metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal!
Tenho lido das belas moradas, que Jesus foi no céu preparar;
Onde os crentes fiéis para sempre, mui felizes irão habitar.
Nem tristeza nem dor nem gemidos, entrarão na mansão paternal;
Mas metade do gozo celeste, jamais se contou ao mortal.
Tenho lido das vestes brilhantes, das coroas que os santos terão;
Quando o Pai os chamar e disser-lhes: Recebei o eternal galardão.
Tenho lido que os santos na glória, pisarão ruas de ouro e cristal;
Mas metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal.
Paulo, falando dos nossos sofrimentos neste mundo, disse: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18). Isso nos deixa a impressão de que nem tudo sobre o Céu nos foi contado. Em outra oportunidade, quando ele testemunha de quando foi arrebatado ao Céu, disse que: Foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir (2 Co 12.4). Parece que ele não escreveu sobre tudo que viu e ouviu no Céu. Se o pouco que sabemos do Céu já nos deixa encantados por ele, imagina se soubéssemos de tudo! A Bíblia fala bastante sobre a vida eterna, sobre o céu, porém não nos dá muitos detalhes a respeito dos pormenores de como será essa nossa vida lá e quais serão todas as transformações pelas quais iremos passar para viver essa vida no Céu. Tudo que posso lhe afirmar hoje é que, as maravilhas do Céu serão de tal magnitude que nos farão esquecer as mazelas dessa vida terrena, seu brilho será tão intenso que ofuscará as trevas pelas quais passamos nesta vida. Diante destas palavras deixo a pergunta: Não vale a pena qualquer sacrifício para ganhar esta vida? O maior sacrifício já foi feito por Jesus Cristo lá na cruz e Ele afirma que quem não tomar a sua cruz e segui-lo não é digno dele (Mt 10.38). Todos querem os benefícios de Cristo, mas poucos estão dispostos às consequências de tê-lo, muitos querem o gozo do Céu aqui na terra, querem ir para o Céu, mas feliz e contente sem passar pelas aflições, mas carregar uma cruz não é moleza, e chegar ao Céu sem ela é em vão, não entrará, ficará do lado de fora, porque a porta do Céu é Jesus, mas a chave para abrir essa porta é a cruz. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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