sábado, 27 de janeiro de 2018

PERDENDO O CHÃO SEM VOAR



18  Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (1 Ts 5.18).
Às vezes, Deus te deixa perder o chão para você descobrir que pode voar. Hoje parei diante dessa frase para refletir um pouco. As lutas fazem parte da vida e nessas constantes batalhas somos surpreendidos com vitórias e derrotas. Claro que queremos e buscamos sempre a vitória, mas é utopia pensar que elas sempre farão parte da vida. Quando estamos no meio da luta temos a tendência de nos apegarmos a Deus e buscarmos frases como esta para alçar nossa esperança e renovar nossas forças para prosseguirmos. Sempre faço isso em minhas lutas, mas hoje, diante dessa frase, me deparei com outra que minha mente respondeu espontaneamente: Já perdi o chão muitas vezes e não voei. Primeiramente, repreendi meu íntimo por achar falta de fé e pessimismo, mas depois pensei: Mas isso não foi real em minha vida tantas vezes? Não me considero um homem sem fé e muito menos um pessimista, mas me considero um homem prático e realista.
Lembrei-me de outras frases parecidas, todas com o intuito de revigorar nossas forças. Uma delas fala que, quando estiveres frente ao mar, se Deus não abrir o mar para você passar, Ele te fará andar sobre ele. Outra fala a respeito de você passar pelo fogo e não se queimar. Pensei em tantas vezes que Deus abriu o mar para que eu pudesse passar, em tantas que o mar não foi aberto, mas Ele me tomou pelas mãos e me fez passar pelo mar; também pensei nas tantas vezes que passei pelo fogo e não me queimei. Mas, novamente pensei em tantas outras que o mar não se abriu e, quando tentei passar por ele me afoguei, em tantas outras que passei pelo fogo e me queimei, algumas ficando tostado, em outras com queimaduras de terceiro grau. E mais uma vez a repreensão do meu subconsciente: Mas hoje você está com um baixo astral, hem? Respondi: Não! Estou apenas sendo prático e realista! Afinal, não é utopia pensar que a vitória sempre fará parte de nossa vida? Quando eu estava quase me convencendo me veio outro pensamento: E como fica a velha história de que pensamentos positivos atraem coisas boas e pensamentos negativos atraem desgraças? Desmoronou tudo e novamente tive que reconstruir minhas teorias.
Primeiro eu precisava entender porque as pessoas falam tanto isso quando estão em batalha. Pensei comigo mesmo: Mas elas estão certas! Jamais podemos entrar em uma batalha esperando a derrota! Perdi o chão? Ótimo! Deus vai me fazer voar! Surgiu o mar? Sem problema! Deus vai abrir o mar e se isso não acontecer Deus vai me fazer andar sobre ele! É assim mesmo que devemos agir. É isso que Deus quer nos falar quando diz: Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Is 41.10). Pensei comigo mesmo: Então, qual é o meu problema hoje? Encontrei duas palavras que explicavam a minha inquietação. A primeira é “decepção”. Como é triste quando você sofre uma decepção na vida. Não é nada fácil lidar com a situação quando você recebe algo totalmente inverso daquilo que esperava, ou seja, esperava uma grande vitória e de repente a derrota te surpreende. A outra palavra faz toda diferença nessa situação, esta palavra é “submissão”. Quando somos conscientes de que o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta final vem do SENHOR (Pv.16.1) a submissão se torna consequência, mas o problema é que a nossa geração está sendo preparada para aceitar apenas a vitória, pois os pregadores de hoje pregam somente mensagens motivacionais e muitos deles consideram a derrota uma maldição, coisa de pessoas fracas na fé.
Acontece que não é isso que a Bíblia nos mostra. Ela nos mostra as maravilhas que Deus pode realizar em nossas derrotas. Vamos começar por Jesus Cristo? Quando olhamos sua vida até a cruz só nos resta pensar em derrota, mas quando olhamos para a sua ressurreição vemos a maior de todas as vitórias. O Apóstolo Pedro só se tornou um grande homem somente depois de uma enorme derrota pelo seu medo e covardia. Saulo, de Tarso, somente se tornou o renomado Apóstolo Paulo depois de uma grande derrota enquanto lutava pelos seus ideais e assassinava os cristãos. Estes homens não eram amaldiçoados e nem eram fracos na fé; eles viveram uma vida normal cercada de vitórias e derrotas. Portanto, meu amigo, tem tido vitórias? Aleluia! Saboreie o bálsamo suave da vitória! Tem sofrido derrotas! Submeta-se àquele que é Soberano e dê graças a Deus, mas não permita que o fel da derrota amargure a sua vida. Não fique se martirizando diante de Deus como se fosse uma vítima por ter pedido pão e recebido pedra. Não se sinta fraco e nem amaldiçoado. Levante a cabeça, reavalie a situação, corrija o que for preciso e siga em frente. Lembre-se de que os amigos de Daniel andaram por entre o fogo e não se queimaram, mas milhares de cristãos morreram queimados nas piras do imperador Nero que iluminavam seu jardim com as tochas humanas, mas nem assim foram derrotados, antes, cantaram o hino da vitória no outro lado da vida. Prepare-se para cantar o seu também! Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 21 de janeiro de 2018

O QUE FICA?



Você sabe o que acontece com o nosso corpo depois que ele morre? Em apenas três dias as unhas se desgrudam da pele. Em quatro dias os cabelos do nosso corpo caem. Após cinco dias, o cérebro, os músculos e a pele começam a se decompor. Após seis dias, a pele fica escura e a carne se desprende dos ossos. Sessenta dias depois apenas o esqueleto permanece. E onde foi parar toda aquela vaidade que aquele corpo ostentava? Para onde foi toda a inveja que ocupava o coração e que tanto mal causou a tantas pessoas? Para onde foi todo aquele orgulho que tanto cegou a ponto de fazer a pessoa achar que o mundo girava em torno de si mesma e que todos ao seu redor eram seus súditos? O que aconteceu com todo aquele egoísmo que fazia a pessoa pensar somente em si mesma e a querer apenas a satisfação de seus próprios desejos? Que fim levou toda aquela maldade que prejudicou a vida de tantos, os fazendo sofrer e chorar? Qual foi o destino de todo aquele ódio instalado no coração, incapaz de perdoar, mas autossuficiente a ponto de matar seu irmão? Foi tudo consumido pela terra? Não! Não foi! Se fôssemos como os animais poderíamos dizer que sim, mas não somos como os animais.
Quando Deus criou os animais Deus assim o fez: Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom (Gn 1.20-25). Entretanto, quando Deus criou o homem Ele assim o fez: Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1.26-27, 2.7). O homem é diferente! Ele tem um ingrediente a mais além do corpo! Ele possui uma alma a qual não morre como o corpo!
Ao falar da morte, o sábio Salomão falou o que acontece com o homem quando este morre: E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.7). Dois elementos, dois destinos. O corpo, que ostenta uma aparência ilusória, mas em sua essência possui uma qualidade vã, volta para a sua origem, que é o pó da terra. Mas o espírito é diferente! Este volta para aquele que é a origem da vida, àquele que dele saiu! O espírito volta para Deus! Assim como o homem veio ao mundo ele volta? Ele veio ao mundo nu, de mãos vazias e é assim que ele volta? Não! Lembre-se: São dois elementos: Corpo e alma. Ambos vieram vazios, sem nada, apesar de que o espírito veio com talentos, mas neste sentido o corpo veio saudável, com saúde; mbos possuíam coisas abstratas. O primeiro, o corpo, volta como veio ao mundo: Sem nada, porque tudo ficou para trás, seja o quanto que for. Porém, o segundo, a alma, esta não volta de mãos vazias, pois a Bíblia diz: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham (Ap 14.13). Eles voltam para Deus levando em sua companhia as suas obras, as suas decisões, as suas atitudes, as suas palavras, as ideologias pelas quais lutaram, defenderam e que nortearam a sua vida. Eles chegaram com suas vidas vazias, mas retornam com tudo aquilo que viveram. E por que retornamos assim? Paulo nos responde: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5.10).
É mais ou menos assim: Deus criou você não para morrer, mas para viver eternamente. Haveria no mundo dois tipos de pessoas: As boas e as más, ou seja, os justos e os ímpios. Para isso Deus reservou dois destinos: O céu e o inferno. O primeiro seria um lugar para recompensar os justos pela sua integridade, e o segundo para colocar os ímpios que, com sua incredulidade e dureza de coração rejeita a Deus e aos seus mandamentos. Isso é na eternidade. Acontece que, antes da eternidade, Deus coloca tanto o justo como o ímpio, juntos, para viverem uma breve vida neste mundo. Apesar de sua brevidade, esta vida é extremamente importante, porque é nela em que é selado o nosso destino. Tanto o justo como o ímpio recebem a mesma coisa: Um corpo, uma alma, uma oportunidade. Esta oportunidade se estende ao tempo de sua permanência aqui. Quando este tempo acaba o corpo é descartado e volta somente o espírito, levando consigo as suas crenças. Estas definirão o seu destino. Depois que todos passarem por esta experiência (Somente Deus sabe quantos são), Deus mandará os espíritos de volta, agora para aquilo que chamamos de ressurreição do corpo. Agora, este corpo é tão eterno quanto a alma e ambos viverão em seus destinos selados pela vida que tiveram aqui na terra. Entendeu a importância da vida? Entendeu o porquê você está aqui? Entendeu por que você nasceu? Entendeu o que é que fica, o que é que permanece? Caso você tenha percebido atende ao que Jesus lhe diz: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6.19-21). Que Deus te abençoe a desvendar este mistério! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

OS GRITOS DE DEUS A UMA GERAÇÃO INSURGENTE



O escritor cristão C. S. Lewis escreveu: "Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossas dores". O interessante desta frase é que nela aparecem três formas de Deus se manifestar: Sussurrando, falando e gritando. Quando olhamos para a História da humanidade podemos perceber momentos em que Deus está sussurrando, em outros Ele está falando, mas em outros percebemos Deus gritando à humanidade. E nós, que temos o privilégio de conhecer a Deus e a sua Palavra, podemos perceber que Deus está gritando ao mundo inteiro em nossos dias. O período intertestamentário, que é o tempo entre a última parte do Antigo Testamento e a aparição de Jesus Cristo, é conhecido como o período em que não houve nenhuma palavra profética de Deus, sendo este período conhecido como os 400 anos de silêncio. Entretanto, Deus não estava inerte neste período, pois a atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período. Deus, na verdade, estava preparando o mundo para o surgimento de Jesus Cristo.
Quando este período começou o Império Persa estava dominando o mundo. Ele, então, foi dominado pelo império Grego, sendo o mundo influenciado pela cultura grega, a qual era reprovada por Deus. Os gregos, por sua vez, foram dominados pelos romanos e o mundo, mais uma vez, é influenciado por uma cultura politeísta, mundana e que não agradava a Deus. Se a coisa já era ruim a miscigenação da cultura grega com a romana ficou ainda pior. Na mistura das culturas grega, romana e hebraica surgiram dois grupos religiosos: Os fariseus e os saduceus. E neste cenário Jesus nasceu. Os judeus, neste momento, estavam desanimados com a situação, pois mais uma vez eles estavam conquistados, oprimidos e poluídos. A esperança estava nas últimas e a fé mais ainda. Eles estavam convencidos de que a única coisa que podiam salvar a eles e a sua fé era a aparição do Messias. Neste momento Deus estava falando com eles aos gritos, mas eles não ouviram a voz de Deus, porque eles tinham em sua mente a forma como Deus deveria intervir, mas como Deus não segue nenhuma orientação humana, Ele se manifesta de forma inesperada e é rejeitado.
Não é diferente a situação hoje. Vivemos no final do período intermediário entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Se Cristo mudou o mundo em sua primeira vinda, muito mais o fará em sua segunda vinda. O mundo, influenciado pelo movimento humanista, que nada mais é do que a miscigenação condensada das culturas mundanas, reprovadas por Deus, vive tão distante de Deus quanto no início deste período, pois passado mais de dois mil anos o homem continua rejeitando a Deus. Deus, que é Eterno, executa suas ações visualizando em sua mente o plano que Ele mesmo arquitetou para a humanidade. Deus não está inerte e nem tampouco calado diante de toda a negligência do ser humano para com Ele. Assim como os judeus tinham uma mentalidade a respeito de Deus por ocasião do nascimento de Cristo, assim a humanidade tem hoje a sua concepção de Deus. Assim como os judeus estavam equivocados na forma em que Deus agiria para libertá-los do Império Romano, assim a humanidade está sendo iludida a respeito de Deus e o que Ele fará se as coisas continuarem no pé que estão. E assim como os judeus ficaram frustrados com a manifestação de Deus quando Jesus nasceu, assim a humanidade se decepcionará com suas perspectivas sobre Deus quando Jesus Cristo voltar. No entanto, em meio a toda rebeldia e deturpação da humanidade, Deus não está calado, pois assim como proclamou em alta voz ao mundo quando Cristo nasceu, assim está proclamando ao mundo de que Ele está voltando.
Deus, no Antigo Testamento, tinham os profetas que gritavam as mensagens de Deus nas esquinas das praças ou nos portais do templo. Os israelitas podiam aceitar ou recusar a mensagem, mas Deus não deixava de falar e de fazer ouvir a sua voz através dos seus profetas. Hoje, Deus não tem esses profetas, mas mesmo assim Ele se põe a gritar nas ruas os pecados da humanidade. Nada mudou, pois os mensageiros de Deus que chamam ao arrependimento não são ouvidos também hoje em dia. Eles não têm espaço nos meios de comunicação, porque não são agradáveis de ouvir e não aumenta a audiência com seus programas. Os poucos que são ouvidos são os que dão falsas mensagens de paz a um mundo que não conhece a paz. Nem por isso Deus se cala, pois um dia Ele assim falou ao seu profeta: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje. Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta (Ez 2.3-5). Os sussurros e a voz delicada de Deus não são ouvidos pela humanidade. Então, Deus tem que se fazer ouvir de uma maneira extrema e dolorosa, que às vezes é quando ocorrem coisas terríveis como um terremoto, uma tragédia imprevisível, uma catástrofe que cobre de luto não somente um país, mas o mundo. Quando isso ocorre as pessoas procuram explicações. Surgem, então, recriminações e hipóteses. No entanto, as pessoas não param para olhar para o céu e escutar os gritos de Deus. Deus gritou à humanidade nos dias de Noé, estes não o ouviram e veio o dilúvio. Deus gritou para Sodoma e Gomorra, estes não o ouviram e fogo do céu as consumiram. O que faz você pensar que hoje será diferente com o mundo virando as costas para Deus? E quanto a você, meu prezado leitor, tem ouvido os gritos de Deus? Pense nisso e que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A PALAVRA CHAVE HOJE É: DESAFIO

Estamos no primeiro dia do ano e não há palavra melhor para se refletir neste dia além de “desafio”, porque viver é um grande desafio e hoje estamos diante de 365 desafios, já que cada dia é um desafio para nossas vidas. Diante disso a melhor coisa é não se iludir. Claro que desejamos a todos um feliz ano novo e um ano repleto de alegria, sucesso e prosperidade, principalmente para nós mesmos, mas assim como o ano que passou pode se resumir em bons e maus momentos, este novo ano que está diante de nós com certeza nos proporcionará tanto momentos de prazer e alegria, como também de choro e tristezas. É utopia esperar que seja diferente! Quando você começa o ano ansioso pelas belas surpresas que o novo ano te reserva, mas convicto de que junto virão algumas intempéries, alguns vírus nocivos que invadirão seu interior e contaminarão seu temperamento, você não é pego de surpresa e o impacto da decepção é menor. E isso não é ser pessimista, mas sim prático. Não é ser masoquista, mas sim ágil para superar os desafios que nos sobrevirão a cada dia. Além do mais, sucesso e prosperidade não se resumem em momentos alegres, eles têm muito mais a ver com lutas e dificuldades.

Uma vida de sucesso é uma vida de aprendizado e crescimento e estas coisas você não adquire nas farras, nas bebedeiras, nas diversões da vida, mas sim nos momentos de impactos negativos que tira a tranquilidade da vida. Em nossos momentos alegres da vida, quando tudo vai bem, somos tentados a sermos arrogantes, soberbos, presunçosos. É nos momentos de desespero e angústia que somos mais humildes e maleáveis, mais aptos para o aprendizado; são nestas horas que a vida nos impulsiona para o crescimento. Diante disso podemos ver que as dificuldades da vida não são nocivas para nós, pois é graças a elas que nos tornamos pessoas melhores. Começar o ano desejando que as dificuldades da vida passe longe de você é o mesmo que desejar um ano sem crescimento, sem experiências que realmente moldem ao nosso caráter, seria terminar o ano da mesma forma que você começou, ou seja, seria uma perda de tempo. Não estou lhe dizendo para ser um masoquista a ponto de desejar dificuldades para sua vida, mas sim que viva consciente de que elas fazem parte da vida e trás para nós grandes benefícios.

Quando pensamos em desafio precisamos pensar também em outra palavra: Superação. Todos nós queremos superar nossos desafios e limites, ninguém deseja ser um perdedor, antes, todos querem ser vencedores. Para que isso aconteça precisamos de atitude. Ficar prostrado, lamentando-se a cada dificuldade que surge, murmurando por causa de coisas que não dão certo, reclamando das coisas que tiram a tranquilidade e dificulta a vida, não nos faz superar os desafios. Atitudes assim nos deixam para baixo e sem forças de superar qualquer obstáculo. Quando o caldo da vida se entorna a melhor coisa é encará-lo de frente, agir com coragem e ousadia; atitude covarde fará com que as coisas fiquem ainda piores, além de nos fazer sofrer ainda mais. Perdeu relacionamento? Por mais que você ame siga em frente. Valorize-se e tenha a certeza que quem perdeu foi o outro lado e não você. Supere! Perdeu um ente querido? Chore o tanto que for preciso, viva o luto que precisa ser vivido, mas depois siga em frente porque a vida continua. Pense que se seu ente querido pudesse entrar em contato com você era isso que ele lhe diria, ele iria te estimular a seguir em frente e que mesmo com saudades ele te desafiaria a superar a perda! Perdeu o emprego? Não se desespere, permita que a vida lhe proporcione novos horizontes e, quem sabe, até novos lugares. Qualifique-se e torna-se um profissional ainda melhor para provar àqueles que te dispensaram que foram eles que perderam e não você. Prove para você mesmo de que você é muito melhor e muito mais capaz do que eles pensam. Supere!

Superar não é nada fácil! É sinônimo de luta! Seguir em frente é a melhor opção, mas fazer isso requer de nós muito esforço; ficar prostrado e murmurando é muito mais prático e cômodo. Neste ponto há algo que precisa ser debatido e vencido: A solidão. Às vezes, achamos que somos fortes o suficiente para superar sozinhos e não buscamos ajuda, nisso corremos o risco de empreendermos grandes esforços nas lutas e sermos vencidos pela exaustão, e por não termos alguém para nos amparar caímos e somos derrotados. Não seja derrotado pelo orgulho, se preciso for, quando as coisas se complicarem para o teu lado, quando a luta estiver dura demais peça ajuda. Sempre há alguém que quer estar presente com você em suas lutas. Deus, neste primeiro dia do ano, lhe diz: Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Is 41.10). Ele te desafia a encarar o novo ano não somente com esperança, mas acima de tudo com coragem, pois hoje Ele te diz: Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Js 1.9). Ande com Deus e verás o quanto ficará melhor a tua caminhada por este mundo. Que Deus te abençoe e te conduza a superar os 365 desafios que estão à sua frente! Amém!

Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com