sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

OS GRITOS DE DEUS A UMA GERAÇÃO INSURGENTE



O escritor cristão C. S. Lewis escreveu: "Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossas dores". O interessante desta frase é que nela aparecem três formas de Deus se manifestar: Sussurrando, falando e gritando. Quando olhamos para a História da humanidade podemos perceber momentos em que Deus está sussurrando, em outros Ele está falando, mas em outros percebemos Deus gritando à humanidade. E nós, que temos o privilégio de conhecer a Deus e a sua Palavra, podemos perceber que Deus está gritando ao mundo inteiro em nossos dias. O período intertestamentário, que é o tempo entre a última parte do Antigo Testamento e a aparição de Jesus Cristo, é conhecido como o período em que não houve nenhuma palavra profética de Deus, sendo este período conhecido como os 400 anos de silêncio. Entretanto, Deus não estava inerte neste período, pois a atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período. Deus, na verdade, estava preparando o mundo para o surgimento de Jesus Cristo.
Quando este período começou o Império Persa estava dominando o mundo. Ele, então, foi dominado pelo império Grego, sendo o mundo influenciado pela cultura grega, a qual era reprovada por Deus. Os gregos, por sua vez, foram dominados pelos romanos e o mundo, mais uma vez, é influenciado por uma cultura politeísta, mundana e que não agradava a Deus. Se a coisa já era ruim a miscigenação da cultura grega com a romana ficou ainda pior. Na mistura das culturas grega, romana e hebraica surgiram dois grupos religiosos: Os fariseus e os saduceus. E neste cenário Jesus nasceu. Os judeus, neste momento, estavam desanimados com a situação, pois mais uma vez eles estavam conquistados, oprimidos e poluídos. A esperança estava nas últimas e a fé mais ainda. Eles estavam convencidos de que a única coisa que podiam salvar a eles e a sua fé era a aparição do Messias. Neste momento Deus estava falando com eles aos gritos, mas eles não ouviram a voz de Deus, porque eles tinham em sua mente a forma como Deus deveria intervir, mas como Deus não segue nenhuma orientação humana, Ele se manifesta de forma inesperada e é rejeitado.
Não é diferente a situação hoje. Vivemos no final do período intermediário entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Se Cristo mudou o mundo em sua primeira vinda, muito mais o fará em sua segunda vinda. O mundo, influenciado pelo movimento humanista, que nada mais é do que a miscigenação condensada das culturas mundanas, reprovadas por Deus, vive tão distante de Deus quanto no início deste período, pois passado mais de dois mil anos o homem continua rejeitando a Deus. Deus, que é Eterno, executa suas ações visualizando em sua mente o plano que Ele mesmo arquitetou para a humanidade. Deus não está inerte e nem tampouco calado diante de toda a negligência do ser humano para com Ele. Assim como os judeus tinham uma mentalidade a respeito de Deus por ocasião do nascimento de Cristo, assim a humanidade tem hoje a sua concepção de Deus. Assim como os judeus estavam equivocados na forma em que Deus agiria para libertá-los do Império Romano, assim a humanidade está sendo iludida a respeito de Deus e o que Ele fará se as coisas continuarem no pé que estão. E assim como os judeus ficaram frustrados com a manifestação de Deus quando Jesus nasceu, assim a humanidade se decepcionará com suas perspectivas sobre Deus quando Jesus Cristo voltar. No entanto, em meio a toda rebeldia e deturpação da humanidade, Deus não está calado, pois assim como proclamou em alta voz ao mundo quando Cristo nasceu, assim está proclamando ao mundo de que Ele está voltando.
Deus, no Antigo Testamento, tinham os profetas que gritavam as mensagens de Deus nas esquinas das praças ou nos portais do templo. Os israelitas podiam aceitar ou recusar a mensagem, mas Deus não deixava de falar e de fazer ouvir a sua voz através dos seus profetas. Hoje, Deus não tem esses profetas, mas mesmo assim Ele se põe a gritar nas ruas os pecados da humanidade. Nada mudou, pois os mensageiros de Deus que chamam ao arrependimento não são ouvidos também hoje em dia. Eles não têm espaço nos meios de comunicação, porque não são agradáveis de ouvir e não aumenta a audiência com seus programas. Os poucos que são ouvidos são os que dão falsas mensagens de paz a um mundo que não conhece a paz. Nem por isso Deus se cala, pois um dia Ele assim falou ao seu profeta: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje. Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta (Ez 2.3-5). Os sussurros e a voz delicada de Deus não são ouvidos pela humanidade. Então, Deus tem que se fazer ouvir de uma maneira extrema e dolorosa, que às vezes é quando ocorrem coisas terríveis como um terremoto, uma tragédia imprevisível, uma catástrofe que cobre de luto não somente um país, mas o mundo. Quando isso ocorre as pessoas procuram explicações. Surgem, então, recriminações e hipóteses. No entanto, as pessoas não param para olhar para o céu e escutar os gritos de Deus. Deus gritou à humanidade nos dias de Noé, estes não o ouviram e veio o dilúvio. Deus gritou para Sodoma e Gomorra, estes não o ouviram e fogo do céu as consumiram. O que faz você pensar que hoje será diferente com o mundo virando as costas para Deus? E quanto a você, meu prezado leitor, tem ouvido os gritos de Deus? Pense nisso e que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

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