Você
sabe o que acontece com o nosso corpo depois que ele morre? Em apenas três dias
as unhas se desgrudam da pele. Em quatro dias os cabelos do nosso corpo caem.
Após cinco dias, o cérebro, os músculos e a pele começam a se decompor. Após
seis dias, a pele fica escura e a carne se desprende dos ossos. Sessenta dias
depois apenas o esqueleto permanece. E onde foi parar toda aquela vaidade que
aquele corpo ostentava? Para onde foi toda a inveja que ocupava o coração e que
tanto mal causou a tantas pessoas? Para onde foi todo aquele orgulho que tanto
cegou a ponto de fazer a pessoa achar que o mundo girava em torno de si mesma e
que todos ao seu redor eram seus súditos? O que aconteceu com todo aquele
egoísmo que fazia a pessoa pensar somente em si mesma e a querer apenas a
satisfação de seus próprios desejos? Que fim levou toda aquela maldade que prejudicou
a vida de tantos, os fazendo sofrer e chorar? Qual foi o destino de todo aquele
ódio instalado no coração, incapaz de perdoar, mas autossuficiente a ponto de
matar seu irmão? Foi tudo consumido pela terra? Não! Não foi! Se fôssemos como
os animais poderíamos dizer que sim, mas não somos como os animais.
Quando
Deus criou os animais Deus assim o fez: Disse
também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves
sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, Deus os grandes animais
marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas,
segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus
que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e
enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Disse também
Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais
domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se
fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais
domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua
espécie. E viu Deus que isso era bom (Gn 1.20-25). Entretanto, quando Deus
criou o homem Ele assim o fez: Também
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra. Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então, formou o
SENHOR Deus ao homem do pó da terra e
lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1.26-27, 2.7). O homem é
diferente! Ele tem um ingrediente a mais além do corpo! Ele possui uma alma a qual
não morre como o corpo!
Ao
falar da morte, o sábio Salomão falou o que acontece com o homem quando este
morre: E o pó volte à terra, como o era,
e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.7). Dois elementos, dois
destinos. O corpo, que ostenta uma aparência ilusória, mas em sua essência
possui uma qualidade vã, volta para a sua origem, que é o pó da terra. Mas o
espírito é diferente! Este volta para aquele que é a origem da vida, àquele que
dele saiu! O espírito volta para Deus! Assim como o homem veio ao mundo ele
volta? Ele veio ao mundo nu, de mãos vazias e é assim que ele volta? Não!
Lembre-se: São dois elementos: Corpo e alma. Ambos vieram vazios, sem nada,
apesar de que o espírito veio com talentos, mas neste sentido o corpo veio
saudável, com saúde; mbos possuíam coisas abstratas. O primeiro, o corpo, volta
como veio ao mundo: Sem nada, porque tudo ficou para trás, seja o quanto que
for. Porém, o segundo, a alma, esta não volta de mãos vazias, pois a Bíblia
diz: Bem-aventurados os mortos que, desde
agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas
fadigas, pois as suas obras os
acompanham (Ap 14.13). Eles voltam para Deus levando em sua companhia
as suas obras, as suas decisões, as suas atitudes, as suas palavras, as
ideologias pelas quais lutaram, defenderam e que nortearam a sua vida. Eles
chegaram com suas vidas vazias, mas retornam com tudo aquilo que viveram. E por
que retornamos assim? Paulo nos responde: Porque
importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o
mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5.10).
É
mais ou menos assim: Deus criou você não para morrer, mas para viver
eternamente. Haveria no mundo dois tipos de pessoas: As boas e as más, ou seja,
os justos e os ímpios. Para isso Deus reservou dois destinos: O céu e o
inferno. O primeiro seria um lugar para recompensar os justos pela sua
integridade, e o segundo para colocar os ímpios que, com sua incredulidade e
dureza de coração rejeita a Deus e aos seus mandamentos. Isso é na eternidade.
Acontece que, antes da eternidade, Deus coloca tanto o justo como o ímpio,
juntos, para viverem uma breve vida neste mundo. Apesar de sua brevidade, esta
vida é extremamente importante, porque é nela em que é selado o nosso destino.
Tanto o justo como o ímpio recebem a mesma coisa: Um corpo, uma alma, uma
oportunidade. Esta oportunidade se estende ao tempo de sua permanência aqui.
Quando este tempo acaba o corpo é descartado e volta somente o espírito,
levando consigo as suas crenças. Estas definirão o seu destino. Depois que
todos passarem por esta experiência (Somente Deus sabe quantos são), Deus
mandará os espíritos de volta, agora para aquilo que chamamos de ressurreição
do corpo. Agora, este corpo é tão eterno quanto a alma e ambos viverão em seus
destinos selados pela vida que tiveram aqui na terra. Entendeu a importância da
vida? Entendeu o porquê você está aqui? Entendeu por que você nasceu? Entendeu
o que é que fica, o que é que permanece? Caso você tenha percebido atende ao
que Jesus lhe diz: Não acumuleis para vós
outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões
escavam e roubam; mas ajuntai para vós
outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não
escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu
coração (Mt 6.19-21). Que Deus te abençoe a desvendar este mistério! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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