domingo, 25 de fevereiro de 2018

O SOFRIMENTO DE JESUS CRISTO



Há muito sensacionalismo hoje correndo pela internet da imagem de Jesus Cristo crucificado. Não quero aqui amenizar o sofrimento de Jesus na cruz, mas são imagens fortes, com Jesus Cristo todo ensanguentado e ferido por todo o corpo. São imagens que chocam, mas creio que não demonstram a realidade do sofrimento de Jesus, pois são frutos da imaginação e da produção do homem em um estúdio de filmagem. O maior sofrimento de Jesus Cristo foi espiritual e não físico, pois Ele era inocente e foi considerado culpado, Ele era justo e foi executado por um crime que não cometeu, Ele era o Filho de Deus e não foi tratado como tal, Ele era o Messias Prometido e foi rejeitado, Ele é o Supremo Juiz e foi julgado e condenado por seus subordinados, Ele é Deus e foi zombado e maltratado pelos soldados, Ele é a água viva que desceu do céu e recebeu vinagre para beber. Ele podia, com um simples gesto, fazer cinzas de todos aqueles que o subjulgava e nada fez, Ele podia chamar ao exército celeste, que a Ele é subordinado, mas sofreu calado até o fim. Estes sim foram os maiores sofrimentos de Jesus Cristo!
As imagens que hoje são espalhadas pela internet não condizem nem com a realidade da morte de Cristo e nem com a realidade humana, pois creio que o homem perde a sua consciência antes de ficar no estado em que apresentam Cristo, e Jesus, quando morreu, estava consciente, pois pôde ainda pronunciar suas últimas palavras: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23.46)! Isso não quer dizer que Ele não tenha sofrido fisicamente e nem que Ele não estava ensanguentado. Jesus foi chicoteado como os demais condenados, isso significa que as suas costas estavam toda ferida e ensanguentada. Havia muito sangue em sua cabeça, em seu rosto e até pelo corpo, mas em função da coroa de espinho que lhe cavaram na cabeça. Ele carregou a cruz por algum tempo, com certeza feriram seu ombro e seus braços, mas a maior dor física e o maior sofrimento foram na cruz, pois Jesus não foi amarrado na cruz, mas sim pregado nela. Creio que Jesus não foi pregado pelas mãos, pois elas não aguentariam seu peso sem se rasgarem, mas Ele foi pregado pelos pulsos. Pensem na dor que isso causou! Seus pés também não foram amarrados, mas sim pregados. Imaginem o quanto isso deve ter sido dolorido! Isso causou grande sofrimento, pois para Jesus poder respirar Ele tinha que se manter em pé na cruz, por isso que eles quebravam as pernas dos crucificados depois de um tempo, para não erguerem o corpo e morrerem logo asfixiados, mas Jesus morreu antes disso.
Não precisamos de nenhuma imagem trabalhada em um estúdio para termos a consciência do sofrimento de Jesus Cristo. Podemos resumir tudo em algumas palavras: Jesus era o Filho Unigênito de Deus, deixou todo o seu esplendor e toda a sua glória do céu e nasceu neste mundo como homem, onde conheceu e viveu a miséria humana, a fome, a sede, o choro, a dor e a morte, conheceu a rejeição, o egoísmo humano, a ingratidão humana e a injustiça humana, foi torturado e morto pela morte mais cruel que existia na época. E tudo isso por causa de que? Por causa de uma criatura que Ele ajudou a criar. Ao criar a luz Deus disse: Haja luz. No segundo dia Deus disse: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. No terceiro dia Deus disse: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. Quando criou as florestas Deus disse: Produza a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto. Quando criou o sol e as estrelas Deus disse: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite. Quando criou os peixes e as aves Deus disse: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra. Quando criou os animais Deus disse: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie. Mas quando chegou a vez do homem Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Jesus Cristo estava lá participando da criação de Deus.
Este homem pouco tempo depois lhe vira as costas. Mas Jesus amou tanto este ser, que Ele mesmo ajudou a criar, que não suportou a ideia de ele ser expulso para sempre de sua presença. Ele já havia presenciado a expulsão dos anjos caídos do céu e sabia muito bem o que significaria isso para o homem, pois era um caminho sem volta. Para evitar isso, Ele mesmo se ofereceu ao Pai como sacrifício pela culpa do homem, de forma que aquela imagem que contemplamos na internet (não a sensacionalista), Jesus a contemplou no princípio, pois sabia muito bem o que lhe aconteceria, mas mesmo assim se ofereceu para remir àqueles que o rejeitou. Portanto, se há uma causa em todo o sofrimento de Jesus foi o amor que Ele sentiu por você. Se não fosse este amor você nasceria como um anjo caído, sem nenhuma esperança de restauração, mas por causa deste amor há esperança. Entretanto, este sacrifício não possui nenhuma magia em si mesmo, é necessário você tomar uma atitude e esta atitude mudará seu destino. Caso sua atitude seja de aceitar a Cristo serás remido por Ele e Jesus mudará seu destino e o trará de volta para o Deus que te criou, mas caso sua atitude seja de rejeição, de recusa deste sacrifício, seu destino nada mudará e você seguirá pelo rumo que Adão escolheu, pois você é seu descendente. É por isso que a Bíblia diz: Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus (Jo 3.18). Pense nisso quando veres uma imagem de Jesus crucificado. Ele não quer que sintas pena dele pelo que aconteceu, mas sim que tomes uma atitude!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 18 de fevereiro de 2018

UM TOQUE MALIGNO SUPERVISIONADO POR DEUS



Pelas postagens do Facebook pode-se perceber o quanto as pessoas tem pavor de serem alcançadas pelo mal e realmente seria masoquismo desejar tal coisa. Mas hoje quero lhe falar que Satanás pode até nos tocar com a permissão de Deus, mas ele jamais poderá frustrar os propósitos de Deus em nossa vida. Você conhece a história de Jó? Diz a Bíblia que um dia Deus elogiou a integridade e retidão de Jó a Satanás (Jó 1.8) e ele, com toda a sua malignidade, respondeu: Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face (Jó 1.11). Satanás desafiou a Deus dizendo que se Ele retirasse as suas bênçãos da vida de Jó ele blasfemaria contra Deus, pois Jó era extremamente rico. Então, veio de Deus o que nos provoca arrepios se Ele o fizesse conosco: Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão (Jó 1.12). Deus colocou tudo o que Jó possuía nas mãos de Satanás. Observe a limitação de Satanás, pois ele podia fazer o que quisesse com os bens de Jó, mas não podia tocar nele. Nisso você pode perceber a diferença entre o amor de Deus e a maldade de um anjo caído, pois em um só dia Satanás tirou, tragicamente, quase tudo que Deus, amorosamente, deu a Jó no percurso de sua vida, inclusive seus filhos. A única coisa que Satanás preservou de Jó foi a sua esposa, mas não foi por bondade, mas sim para usá-la como um ingrediente final para tentar conseguir seus propósitos, pois quando tudo aconteceu Jó disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR (Jó 1.21)! Mas a sua esposa lhe falava: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9). Satanás conhecia muito bem o coração do homem, de como ele se apega aos seus bens a ponto de colocá-los no mais alto pedestal de suas vidas. Mas há algo com que Satanás não contava: O amor de Jó pelo SENHOR seu Deus! Jó amava a Deus mais do que aos seus bens e a sua própria família. Jesus disse: Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim (Mt 10.37). Creio que o maior pavor de sermos alcançados pelo mal não é pelo próprio mal em si, mas sim pelo fato de conhecermos nosso apego pelas coisas que possuímos e o medo de ficarmos sem elas.
Nada restou para Satanás a não ser voltar para Deus e reconhecer seu fracasso e ouvir de Deus a respeito de Jó: Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa (Jó 2.3). Mas Satanás não dá o braço a torcer e incita novamente com sua maldade: Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face (Jó 2.5). E a resposta de Deus novamente nos trás arrepios caso fosse conosco: Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida (Jó 2.6). Mais uma vez Deus limita a Satanás, pois ele podia tocar somente no corpo de Jó, mas não podia matá-lo. Isso nos trás consolo e segurança nas palavras de João que diz: Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca (1 Jo 5.18). E Jesus que diz: As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Jo 10.27,28). E novamente podemos ver a maldade de Satanás, pois ele saiu da presença do SENHOR e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Mas Satanás não contava com o fato de que Jó amava a Deus mais do que a sua saúde e ao seu corpo. No final de sua provação, Jó encerra suas palavras dizendo para Deus: Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem (Jó 40.5). Deus se torna tão real na vida de Jó quanto o ar que ele respira.
Talvez, você esteja se perguntando: Como é que um mal pode cooperar para o bem de um servo ou de uma serva de Deus? É importante você saber que Deus é Soberano e Satanás é um anjo caído, que Satanás não pode agir contra ninguém sem a permissão de Deus. Ele não pode tocar em um filho de Deus sem que Deus lhe permita, não pode tocar na sua vida sem que Deus o permita. Deus permitiu Satanás tocar em Jó, mas o que ele conseguiu foi colocar Jó ainda mais perto de Deus. Muitas vezes, Deus usa até mesmo a Satanás para cumprir os seus propósitos eternos e soberanos.
Saiba ainda que Deus não nos censura por pedimos livramento do sofrer.  O fato de você ser um cristão não significa que você perdeu a sua humanidade, a sua sensibilidade, a sua capacidade de sentir dor e de questionar esta dor. O cristão não é masoquista, o cristão não gosta de sofrer, e nem Deus permite o sofrimento apenas pelo sofrer, Deus não é sádico. Então, quando você estiver passando por um momento difícil lança a sua voz ao céu, chore, grite por socorro, faça a sua oração, faça o seu clamor, pois em nenhum momento na Bíblia Deus nos reprova por nós abrirmos o peito, por nós esprememos o pus da ferida que lateja e dói dentro de nós, pelo contrário, Deus nos ensina a lançarmos sobre Ele todas as nossas ansiedades. E se você ler o livro de Jó vai ver que Jó não é aquele homem paciente, aquele homem que se assentou em um cantinho e aceitou o sofrimento e ficou lá caladinho, suportando a dor, mas se existe uma coisa que Jó fez foi abrir o bico, foi abrir a alma, foi abrir o peito e perguntar para Deus: Por que estou sofrendo Deus? Até Jesus, quando estava no Getsêmani, disse: Pai, se possível, passa de mim esse cálice. Então, você não é menos crente quando você, na sua dor, extravasa essa angústia que está no seu peito e pede a Deus livramento dessa dor. Que Deus te abençoe a ser forte e corajoso! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

E CINZAS FOI TUDO QUE SOBROU!


Hoje é o dia de você ver a ressaca dos foliões! O dia de você olhar e ver pessoas amanhecendo nas praias, dormindo, inconscientes pelo cansaço ou pelo excesso da bebida. O dia de olhar para a expressão da pessoa e ver estampado todo o excesso cometido. O dia das buscas pelos remédios para amenizar a ressaca, a dor que sobrou da folia. O dia de muitos acordarem e ter como última lembrança apenas o que aconteceu dois ou três dias antes, pois o mesmo ou a mesma nem sabe e nem lembra o que fez nestes dias de folia. O dia de muitos faltarem ao emprego ou estar ali presente apenas para bater ponto por não se encontrar em condições de trabalhar. Toda aquela folia, toda aquela algazarra, todos os abusos cometidos das formas mais variáveis possíveis em busca da curtição, não foram suficientes para embelezar a formosura do rosto em um sorriso de paz e satisfação. O que impressiona é que mesmo com todo este efeito colateral do carnaval as pessoas ainda falam que já começam a contar os dias para o ano que vem. E assim, ano após ano, folia após folia, vão se vivendo na extravagância do pecado.
Parece que toda aquela nudez, todo aquele sensualismo, toda aquela entrega de corpo e alma à devassidão é a coisa mais natural do mundo. Parece que a folia do carnaval é um passe livre legalizado para homens e mulheres agarrarem e transarem com quantos poderem, beberem e se embriagarem à vontade, despirem-se e provocarem com danças sensuais. Parece que o fato de tudo o que fizermos ficar gravado nos registros de Deus não tem nenhum peso, não tem nenhuma importância. Mas independente do desprezo do homem por este fato, todas as nossas ações são registradas por Deus e compareceremos perante Ele para prestar contas de cada uma delas. Se hoje você percebe que toda aquela folia virou em nada mais do que cinzas, imagine o que você sentirá naquele dia em que estiver perante Deus para o ajuste de contas, porque hoje você ainda tem a oportunidade de arrependimento e mudar de vida, mas naquele dia não haverá mais oportunidade, apenas as consequências das nossas atitudes, a colheita daquilo que semeamos na terra durante a nossa existência.
A ânsia de participar de uma festa tão carnal é tanta que muitos resistem em parar. Já esgotaram seus corpos, já cometeram todos os tipos de excessos possíveis, parecem mais zumbis cambaleando pelas ruas, tentando prolongar o máximo possível os dias de uma festa que se tornará trágica na vida de muitos, com consequências terríveis como uma gravidez indesejada ou a contração de uma doença contagiosa. E para aqueles que ainda estão no clima da folia, desprezando todo o peso da consciência, ignorando os avisos do corpo pelos excessos cometidos, desafio a olhar para o seu íntimo e dizer do fundo de seu coração se toda essa alegria, se toda essa paz que você tenta transmitir é verdadeira, é genuína, e se ela resiste a uma tragédia, a uma consequência maldita destes dias devassos, a ponto de, mesmo assim, você afirmar que valeu a pena tudo o que fez. Mas diante de tal resultado você não poderia dizer isso porque você mesmo poderá ver que de toda folia não sobrou nada além de cinzas!
Como é diferente aquele que aproveitou o feriado para descansar, para repor as energias, para cuidar da saúde, do bem-estar, aproveitou para passear com a família, reforçar os laços familiares. Como é diferente aquele que aproveitou o feriado prolongado para participar de um retiro espiritual, de reforçar os laços fraternais da irmandade cristã, cantando, louvando, estudando, brincando e se divertindo genuinamente. Hoje eles estão com um sorriso estampado no rosto, com o coração cheio de paz e uma consciência tranquila por terem feito a melhor escolha. Estes motivos nos levam a preferir a paz de Cristo, a alegria genuína de Cristo, porque a paz e a alegria de Cristo é contagiante e ninguém a pode tirar do nosso interior, nem mesmo as tragédias, nem mesmo a doença, nem mesmo a própria morte. Isso sim é alegria suficiente, plena, satisfatória, completa que resiste a tudo e a todos. E para você, carnavalesco, que precisou passar quatro dias na folia para se alegrar, digo a você as palavras do salmista que diz: Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles (Sl 4.7). Pense nisso.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A GRANDE CONFISSÃO

Um dia Jesus quis saber pelos seus discípulos o que o povo pensava e dizia a seu respeito. As respostas foram inúmeras, pois uns achavam que Jesus era João Batista, outros achavam que era Elias, alguns pensavam que era o profeta Jeremias, enquanto que outros achavam que era algum dos profetas (Mt 16.13). Por fim Jesus quis saber o que os discípulos pensavam a respeito dele, foi quando Pedro fez a maior de todas as confissões: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Este modo de pensar a respeito de Jesus Cristo fez grande diferença quando Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus (Mt 15.12)? Aqueles que tinham uma definição equivocada de Jesus responderam: Crucifica-o! Se esta pergunta tivesse sido feita àqueles que tinham uma definição verdadeira de Jesus, com certeza a resposta seria: Coroai-o, porque Ele é o Rei dos reis! Até mesmo o iníquo e incrédulo Pilatos reconheceu a inocência de Jesus quando perguntou à multidão: Que mal fez ele (Mt 15.14)? Mas aqueles que pensavam erroneamente a respeito de Jesus insistiam: Crucifica-o! Esta atitude não estava fora dos padrões normais daquele povo. Eles pensavam que Jesus era um simples profeta e matar a seus profetas era algo que o povo havia feito muitas vezes!

O que pensamos de Jesus Cristo faz grande diferença e direciona nossas atitudes quanto a Ele. Jesus era o Messias Prometido, o Filho do Deus vivo. Mas o povo o considerava apenas um grande profeta. O povo, gritando alvoroçadamente para crucificar a Jesus, foi o ápice de uma atitude de desprezo e rejeição, porque o povo nunca teve uma atitude de reconhecimento pelo seu Messias. As multidões que seguiam a Jesus estavam interessadas apenas nos milagres que Ele realizava e nas belas palavras que Ele falava, mas eles apenas achavam estas palavras bonitas, porque elas não fizeram diferença em suas vidas quando Pilatos colocou o destino de Jesus nas mãos do povo. Enquanto Jesus convinha para eles tudo bem. Faltou vinho na festa? Jesus providencia o vinho. Aplausos para Jesus! Faltou pão? Jesus providencia pão e peixe para o povo comer. Aplausos para Jesus! Jesus cura, fazendo cegos veem, paralíticos andarem, Aleluia! Aplausos para Jesus! Jesus cura, mas permite que a manada de porcos caia em um precipício. Agora Jesus foi inconveniente com nossos valores, pois nossos porcos valem mais que nossos doentes. Fora Jesus! Você pode até estar pensando: Mas o povo recebeu a Jesus em Jerusalém clamando: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas (Mt 21.9)! Mas o povo fez isso mais movido pelo Espírito de Deus do que por eles mesmos, pois Jesus disse quando foi questionado pelos fariseus: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão (Lc 19.40). Mas esta mesma multidão mudou rapidamente de atitude, pois poucos dias depois gritavam: Crucifica-o! Começaram a mudar de ideia a respeito de Jesus logo em sua chegada, quando este expulsou do Templo tanto os cambistas como os que compravam deles; rapidamente Jesus se tornou inconveniente para eles.

A atitude daqueles que confessavam que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, era completamente diferente. Eles não seguiam a Jesus interessados nas curas e nos milagres, antes, seguiam a Jesus com abnegação, tanto que chegaram a dizer para Jesus: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós (Mt 19.27)? As palavras de Jesus não eram vazias para eles, antes, alimentavam suas desiludidas e decepcionadas almas com esperança. Eles não questionavam o discurso de Jesus, antes, creram em cada palavra dita por Ele. Eles não colocavam obstáculos às ordens de Jesus, antes, faziam tudo conforme Ele lhes ordenava. Na crucificação, por nada poderem fazer para ajudar a Jesus, seguiram-no de longe. Quando tudo acabou a multidão foi cada um para suas casas e se esquecerem de tudo, mas os discípulos foram diferentes, eles continuaram com seu Mestre porque a confissão de seus lábios era verdadeira. Não deixaram Jesus na cruz a mercê de carniceiros, antes, prepararam para Ele um túmulo, onde colocaram seu corpo e continuaram a se reunir em torno de sua Palavra.

Nada é diferente nos dias de hoje. Multidões confessam a Jesus e chegam a Ele, mas apenas interessados em milagres, curas e prosperidade. Muitos buscam apenas o bem-estar que a cristandade oferece, enquanto que outros nem sabem o porquê de confessar a Jesus, fazem apenas porque veem os outros fazerem; multidões continuam a seguir a Cristo apenas pela conveniência. As maiores heresias que surgiram a respeito de Jesus Cristo advêm de homens que detêm uma visão equivocada de Jesus, fato que os leva a dizerem aberrações a respeito da Pessoa de Cristo. Mas aqueles que têm a mesma visão dos discípulos de Jesus creem que Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estes o adoram em espírito e em verdade e estes são os adoradores procurados pelo Pai para adorarem ao Seu Filho (Jo 4.23). Tenha você esta concepção de Jesus Cristo e seja um verdadeiro discípulo dele e serás recompensado no Reino dos Céus e não neste mundo! Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 4 de fevereiro de 2018

SENDO PREPARADO PARA RECEBER A IMORTALIDADE



A famosa propaganda do Banco Bamerindus dizia: “O tempo passa, o tempo voa...” E como voa! É uma ansiedade tão grande para chegar logo na casa dos vinte para alcançar a maioridade e depois torcer para o tempo ir mais devagar, mas não adianta, ele não para, pois depois dos vinte ele parece decolar para uma viagem frenética até seu destino final. Nesse tempo que voa, a cada dia que passa, sentimos as mudanças do nosso corpo e começamos a perceber que, desde que nascemos o gráfico do nosso corpo não é crescente, mas sim decrescente. A Bíblia confirma isso. Jó disse: O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece (Jó 14.1,2). Ele está se referindo ao corpo, que nasce belo e formoso, com todo vigor, e morre velho e falido, como a flor, tão esplendorosa em seu nascimento, mas termina sua existência murcha. O salmista fala a mesma coisa quando diz: Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar (Sl 103.15,16).
Esta mudança radical do corpo faz as pessoas temerem a velhice, mas este é o destino de todos e independente de estarmos ou não preparados vamos chegar lá. Alguns se adaptam rápido e vivem no ritmo da vida, enquanto que outros demoram um pouco para entrar na dança, mas para alguns esse fato tão natural é traumatizante. A velhice é um dos maiores desafios da ciência. Descobrir a forma de neutralizar os efeitos do envelhecimento é o sonho de qualquer cientista e os arquibilionários dariam toda a sua fortuna pela “fonte da juventude”. Mas o mais longe que a ciência chegou até agora foi amenizar a situação, fazendo da indústria do bem-estar uma das mais prósperas dos últimos anos. E não há nada de errado em se buscar viver melhor, de uma forma mais agradável, mais feliz, desde que isso não vire obcessão. Mas a velhice pode ser encarada de outra forma. Apesar de a imortalidade ser tão ansiada nesta vida, ela é uma realidade para o homem, mas não nesta vida, e sim na pós-vida. Paulo, falando sobre a ressurreição do corpo, disse que nem todos ressuscitarão, porque alguns estarão vivos quando ela ocorrer. Mas ele disse que estes vivos serão transformados, porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade (1 Co 15.53).
Pensando nisso podemos encarar o envelhecimento como uma cerimônia, como uma preparação para recebermos a imortalidade. Na imensurável sabedoria de Deus, antes de Ele nos conceder a imortalidade, nos faz passar pela mortalidade, antes de nos conceder um corpo imortal, Ele nos concede um corpo mortal, antes de nos dar a vida eterna, Ele nos faz viver em um casulo, de forma que, quando este casulo se romper estaremos prontos e renasceremos imortais. E não é isso que está acontecendo comigo e com você? Não estamos vivendo em um corpo que está falindo? Um corpo que está perdendo seu vigor? Não temos que ficar deprimidos com as chagas do envelhecimento. Sei que não é nada fácil perder o vigor, perder a saúde, conviver com dores, mudar o estilo de vida em função de doenças, mas na verdade o corpo está como que expurgando todo este mal que nada mais é do que um intruso que penetrou surdinamente na criação de Deus. É isso que Paulo quer nos falar quando diz: Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo (que é nosso corpo) se desfizer, temos da parte de Deus um edifício (outro corpo), casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo (neste corpo), gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial (novo corpo); Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo (neste corpo) gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto (2 Co 5.1-5). Portanto, meu amigo, não estamos morrendo, mas sim sendo preparados para recebermos a imortalidade.
Não podemos nos esquecer de que fomos criados com dois elementos: Corpo e alma. Se por um lado o corpo nasce para a decadência, o mesmo não se pode dizer da alma. A cada dia que passa o corpo vai morrendo e a alma vai adquirindo mais e mais experiências. Se você passou pela adolescência e pela juventude sabe muito bem o quanto isso é uma realidade. É por isso que todo pai e toda mãe tem sempre os mesmos conselhos para os filhos, porque eles já viveram o que hoje eles vivem, eles já pensaram como hoje eles pensam, eles já passaram pelo ciclo da transformação que hoje eles estão passando e procuram evitar que a passagem deste ciclo seja menos doloroso para seus filhos do que foi para eles. E do ponto de vista espiritual há uma última coisa a se pensar, que na realidade deve vir em primeiro lugar. Apesar de todos receberem a imortalidade, nem todos vão para o mesmo lugar, pois há um destino em que a presença de Deus será uma realidade, enquanto que o outro destino tem como fatalidade a completa ausência de Deus. Não há meio termo. Ou você vai para o primeiro ou vai para o segundo. Portanto, neste casulo em que a sua alma hoje vive você decidirá o seu destino final e depois de concretizado a sua decisão você ressurgirá, imortal em corpo e alma para viver no destino que você escolheu. Que Deus te abençoe a escolher viver no primeiro destino, porque lá a eternidade será maravilhosa, magnífica, surpreendente! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com