quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

E CINZAS FOI TUDO QUE SOBROU!


Hoje é o dia de você ver a ressaca dos foliões! O dia de você olhar e ver pessoas amanhecendo nas praias, dormindo, inconscientes pelo cansaço ou pelo excesso da bebida. O dia de olhar para a expressão da pessoa e ver estampado todo o excesso cometido. O dia das buscas pelos remédios para amenizar a ressaca, a dor que sobrou da folia. O dia de muitos acordarem e ter como última lembrança apenas o que aconteceu dois ou três dias antes, pois o mesmo ou a mesma nem sabe e nem lembra o que fez nestes dias de folia. O dia de muitos faltarem ao emprego ou estar ali presente apenas para bater ponto por não se encontrar em condições de trabalhar. Toda aquela folia, toda aquela algazarra, todos os abusos cometidos das formas mais variáveis possíveis em busca da curtição, não foram suficientes para embelezar a formosura do rosto em um sorriso de paz e satisfação. O que impressiona é que mesmo com todo este efeito colateral do carnaval as pessoas ainda falam que já começam a contar os dias para o ano que vem. E assim, ano após ano, folia após folia, vão se vivendo na extravagância do pecado.
Parece que toda aquela nudez, todo aquele sensualismo, toda aquela entrega de corpo e alma à devassidão é a coisa mais natural do mundo. Parece que a folia do carnaval é um passe livre legalizado para homens e mulheres agarrarem e transarem com quantos poderem, beberem e se embriagarem à vontade, despirem-se e provocarem com danças sensuais. Parece que o fato de tudo o que fizermos ficar gravado nos registros de Deus não tem nenhum peso, não tem nenhuma importância. Mas independente do desprezo do homem por este fato, todas as nossas ações são registradas por Deus e compareceremos perante Ele para prestar contas de cada uma delas. Se hoje você percebe que toda aquela folia virou em nada mais do que cinzas, imagine o que você sentirá naquele dia em que estiver perante Deus para o ajuste de contas, porque hoje você ainda tem a oportunidade de arrependimento e mudar de vida, mas naquele dia não haverá mais oportunidade, apenas as consequências das nossas atitudes, a colheita daquilo que semeamos na terra durante a nossa existência.
A ânsia de participar de uma festa tão carnal é tanta que muitos resistem em parar. Já esgotaram seus corpos, já cometeram todos os tipos de excessos possíveis, parecem mais zumbis cambaleando pelas ruas, tentando prolongar o máximo possível os dias de uma festa que se tornará trágica na vida de muitos, com consequências terríveis como uma gravidez indesejada ou a contração de uma doença contagiosa. E para aqueles que ainda estão no clima da folia, desprezando todo o peso da consciência, ignorando os avisos do corpo pelos excessos cometidos, desafio a olhar para o seu íntimo e dizer do fundo de seu coração se toda essa alegria, se toda essa paz que você tenta transmitir é verdadeira, é genuína, e se ela resiste a uma tragédia, a uma consequência maldita destes dias devassos, a ponto de, mesmo assim, você afirmar que valeu a pena tudo o que fez. Mas diante de tal resultado você não poderia dizer isso porque você mesmo poderá ver que de toda folia não sobrou nada além de cinzas!
Como é diferente aquele que aproveitou o feriado para descansar, para repor as energias, para cuidar da saúde, do bem-estar, aproveitou para passear com a família, reforçar os laços familiares. Como é diferente aquele que aproveitou o feriado prolongado para participar de um retiro espiritual, de reforçar os laços fraternais da irmandade cristã, cantando, louvando, estudando, brincando e se divertindo genuinamente. Hoje eles estão com um sorriso estampado no rosto, com o coração cheio de paz e uma consciência tranquila por terem feito a melhor escolha. Estes motivos nos levam a preferir a paz de Cristo, a alegria genuína de Cristo, porque a paz e a alegria de Cristo é contagiante e ninguém a pode tirar do nosso interior, nem mesmo as tragédias, nem mesmo a doença, nem mesmo a própria morte. Isso sim é alegria suficiente, plena, satisfatória, completa que resiste a tudo e a todos. E para você, carnavalesco, que precisou passar quatro dias na folia para se alegrar, digo a você as palavras do salmista que diz: Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles (Sl 4.7). Pense nisso.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

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