segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A GRANDE CONFISSÃO

Um dia Jesus quis saber pelos seus discípulos o que o povo pensava e dizia a seu respeito. As respostas foram inúmeras, pois uns achavam que Jesus era João Batista, outros achavam que era Elias, alguns pensavam que era o profeta Jeremias, enquanto que outros achavam que era algum dos profetas (Mt 16.13). Por fim Jesus quis saber o que os discípulos pensavam a respeito dele, foi quando Pedro fez a maior de todas as confissões: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Este modo de pensar a respeito de Jesus Cristo fez grande diferença quando Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus (Mt 15.12)? Aqueles que tinham uma definição equivocada de Jesus responderam: Crucifica-o! Se esta pergunta tivesse sido feita àqueles que tinham uma definição verdadeira de Jesus, com certeza a resposta seria: Coroai-o, porque Ele é o Rei dos reis! Até mesmo o iníquo e incrédulo Pilatos reconheceu a inocência de Jesus quando perguntou à multidão: Que mal fez ele (Mt 15.14)? Mas aqueles que pensavam erroneamente a respeito de Jesus insistiam: Crucifica-o! Esta atitude não estava fora dos padrões normais daquele povo. Eles pensavam que Jesus era um simples profeta e matar a seus profetas era algo que o povo havia feito muitas vezes!

O que pensamos de Jesus Cristo faz grande diferença e direciona nossas atitudes quanto a Ele. Jesus era o Messias Prometido, o Filho do Deus vivo. Mas o povo o considerava apenas um grande profeta. O povo, gritando alvoroçadamente para crucificar a Jesus, foi o ápice de uma atitude de desprezo e rejeição, porque o povo nunca teve uma atitude de reconhecimento pelo seu Messias. As multidões que seguiam a Jesus estavam interessadas apenas nos milagres que Ele realizava e nas belas palavras que Ele falava, mas eles apenas achavam estas palavras bonitas, porque elas não fizeram diferença em suas vidas quando Pilatos colocou o destino de Jesus nas mãos do povo. Enquanto Jesus convinha para eles tudo bem. Faltou vinho na festa? Jesus providencia o vinho. Aplausos para Jesus! Faltou pão? Jesus providencia pão e peixe para o povo comer. Aplausos para Jesus! Jesus cura, fazendo cegos veem, paralíticos andarem, Aleluia! Aplausos para Jesus! Jesus cura, mas permite que a manada de porcos caia em um precipício. Agora Jesus foi inconveniente com nossos valores, pois nossos porcos valem mais que nossos doentes. Fora Jesus! Você pode até estar pensando: Mas o povo recebeu a Jesus em Jerusalém clamando: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas (Mt 21.9)! Mas o povo fez isso mais movido pelo Espírito de Deus do que por eles mesmos, pois Jesus disse quando foi questionado pelos fariseus: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão (Lc 19.40). Mas esta mesma multidão mudou rapidamente de atitude, pois poucos dias depois gritavam: Crucifica-o! Começaram a mudar de ideia a respeito de Jesus logo em sua chegada, quando este expulsou do Templo tanto os cambistas como os que compravam deles; rapidamente Jesus se tornou inconveniente para eles.

A atitude daqueles que confessavam que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, era completamente diferente. Eles não seguiam a Jesus interessados nas curas e nos milagres, antes, seguiam a Jesus com abnegação, tanto que chegaram a dizer para Jesus: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós (Mt 19.27)? As palavras de Jesus não eram vazias para eles, antes, alimentavam suas desiludidas e decepcionadas almas com esperança. Eles não questionavam o discurso de Jesus, antes, creram em cada palavra dita por Ele. Eles não colocavam obstáculos às ordens de Jesus, antes, faziam tudo conforme Ele lhes ordenava. Na crucificação, por nada poderem fazer para ajudar a Jesus, seguiram-no de longe. Quando tudo acabou a multidão foi cada um para suas casas e se esquecerem de tudo, mas os discípulos foram diferentes, eles continuaram com seu Mestre porque a confissão de seus lábios era verdadeira. Não deixaram Jesus na cruz a mercê de carniceiros, antes, prepararam para Ele um túmulo, onde colocaram seu corpo e continuaram a se reunir em torno de sua Palavra.

Nada é diferente nos dias de hoje. Multidões confessam a Jesus e chegam a Ele, mas apenas interessados em milagres, curas e prosperidade. Muitos buscam apenas o bem-estar que a cristandade oferece, enquanto que outros nem sabem o porquê de confessar a Jesus, fazem apenas porque veem os outros fazerem; multidões continuam a seguir a Cristo apenas pela conveniência. As maiores heresias que surgiram a respeito de Jesus Cristo advêm de homens que detêm uma visão equivocada de Jesus, fato que os leva a dizerem aberrações a respeito da Pessoa de Cristo. Mas aqueles que têm a mesma visão dos discípulos de Jesus creem que Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estes o adoram em espírito e em verdade e estes são os adoradores procurados pelo Pai para adorarem ao Seu Filho (Jo 4.23). Tenha você esta concepção de Jesus Cristo e seja um verdadeiro discípulo dele e serás recompensado no Reino dos Céus e não neste mundo! Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

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