sexta-feira, 30 de novembro de 2018

DEUS: AUTOR DA VIDA REAL


Quando assistimos a um filme, a uma novela ou lemos um livro, notamos com facilidade a diversidade dos personagens, o papel de cada um e, conforme vamos chegando ao final da estória, vemos o destino final de cada personagem. Na verdade a estória segue as determinações de seu autor sobre cada personagem. O temperamento de cada um, o caráter, a reação de cada um com as mazelas da vida, o modo de viver, a posição social, o estado da saúde e é o autor quem decide quem vai viver, quem vai morrer, como e quando vai morrer na estória, pois é ele quem determina o destino de cada personagem. Nisso podemos concluir que cada personagem está nas mãos do autor, que cada um segue o curso de vida determinado por ele e, conforme o autor estabeleceu se sucederá a cada um na estória. Nada é diferente do que acontece no mundo real, pois somos personagens de uma história que começou no princípio da Criação cujo Autor elaborou para cada um de nós um papel a desempenhar neste mundo. O salmista confirma isso quando diz: Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda (Sl 139.16).
Primeiro Deus criou um planeta que parece ser único no Universo. Um planeta com a porção seca, porção líquida e uma atmosfera; um planeta habitável, onde a vida pudesse prosperar. Nesta criação Ele começa com a luz, primordial para a vida. Como Deus não pretendia criar apenas animais marinhos dividiu o planeta entre a porção seca e a porção líquida, ambas essenciais para a sobrevivência. Também pensando na sobrevivência de sua criação Deus cria as florestas. E para que não vivêssemos em apenas uma estação, dividiu o tempo deste planeta em dia e noite e estabeleceu as estações com a criação do sol, da lua e das estrelas. Estando tudo preparado para abrigar vida Deus, então, cria na Terra os peixes, as aves, os animais e finalmente chega a vez do homem, que foi quando falou: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1.26,27). E depois disso falou: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra (Gn 1.28). Ali começou a história da humanidade e, quando nascemos, começa a nossa parte e nos tornamos personagens dessa História.
Quando olhamos para o Universo nos surpreendemos com a ordem da Criação. Uma ordem tão perfeita que não aconteceria pelo acaso e pelo caos nem em trilhões de anos, de forma que, se deixarmos a fé de lado e partirmos para a probabilidade, a possibilidade desta ordem se originar de um caos, essa probabilidade é bem maior do que a possibilidade de um Autor ter arquitetado e criado tudo, ou seja, é mais viável crer na autoria de Deus na Criação do que na teoria da evolução. Por isso que a Bíblia diz: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). Mas parece que quanto a esta ordem e esta perfeição no Universo, o mesmo não se pode dizer da história da humanidade, da história dos personagens. Quando olhamos para a História da humanidade, nas guerras, nos genocídios e em todas as crueldades que o homem fez e faz, parece que Deus não acertou muito bem na criação do homem. Parece que esta criação não trouxe benefícios para este planeta maravilhoso em que Deus o colocou para habitar. Parece que sem a presença do homem este planeta estaria com a sua natureza intacta e não estaria morrendo como está hoje. Mas uma frase no final de cada dia da Criação desmente isso, pois a cada ato da criação Deus dizia que o que Ele tinha feito era bom, e quando termina a obra da Criação a Bíblia diz: Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1.31).
Tudo era perfeito! O fato de o homem ter desvirtuado o seu papel na Criação não desqualifica a obra de Deus, porque Ele não foi pego de surpresa e não precisou realizar nenhum remendo à sua Criação. Contudo, isso não significa que a história tem que permanecer como está e que não haja para ela um final surpreendente. Se olharmos para a realidade nua e crua da humanidade é certo a sua dizimação e a extinção de toda a vida na Terra. Pedro fala sobre o fim da Terra quando diz: Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas (2 Pd 3.10). Mas Deus tem um plano! Ele é o autor! E a respeito da Terra Ele diz: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas (Ap 21.5). E lá em Isaias Ele já dizia: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). E João contemplou a isso, pois escreveu: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram (Ap 21.1). Você se maravilha com a criação da Terra de hoje? Encanta-se com a natureza? Pois saiba que a glória da segunda e última Terra será muito maior! E sabe o que é ainda mais maravilhoso? É saber que faremos parte desta história! Qual a garantia? A promessa de Deus que diz: Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome (Is 66.22). E pelos olhos da fé já contemplo este novo céu e esta nova terra e na esperança de viver neles vivo pelo procedimento da piedade, crendo na salvação de Deus e entregando minha vida nas mãos dele, o autor da minha história! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

AS MARAVILHAS DO CÉU


Constantemente pensamos nas maravilhas do Céu. Pensamos naquele lugar de descanso, lugar onde Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima e nos dará consolo, lugar onde não entrará nenhum incrédulo, nenhum ladrão e nenhum assassino, lugar onde as ruas e as casas são de ouro e pedras preciosas, lugar onde desfrutaremos da presença de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo. Não é esplêndido pensar em morar em um lugar assim? Mas o céu vai muito além de todas estas maravilhas que mencionamos. Há um hino muito lindo que diz:
Tenho lido da bela cidade,
Construída por Cristo nos céus.
É murada de jaspe luzente.
É juncada com áureos troféus.
E no meio da praça eis o rio
Do vigor e da vida eternal.
Tenho lido das belas moradas
Que Jesus foi no céu preparar,
Onde os crentes fiéis, para sempre,
Mui felizes irão habitar.
Nem tristeza, nem dor, nem gemidos,
Entrarão na mansão paternal.
Tenho lido das vestes brilhantes,
Das coroas que os santos terão
Quando o Pai os chamar e disser-lhes:
Recebei o eternal galardão.
Tenho lido que os santos na glória
Pisarão ruas de ouro e cristal.
Percebe quantas maravilhas haverá no Céu? Mas o refrão deste hino diz:
Mas metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.
Metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.
Encantamos-nos com um prospecto do Céu em que oculta grande parte de sua realidade. Nossa mente finita, limitada já encontra tremendas dificuldades para compreender as maravilhas reveladas do Céu imagine o que aconteceria se tomássemos ciência de toda a sua realidade? O Céu é tão maravilhoso que muitos não conseguem acreditar em sua existência, assim como o inferno é tão terrível que muitos não acreditam que Deus seja capaz de mandar alguém para lá.
Há uma imagem estereotipada a respeito do Céu que corre por aí: Alguém sentado numa nuvem, tocando harpa, cantando louvores e aparentemente entediado. Mas o Céu não se parece com nada disso! Deus é muito criativo para construir um lugar entediado. Se você tem alguma dúvida a respeito disso contemple um pôr do sol, contemple um céu estrelado, pense no Universo suspenso em uma harmonia perfeita. E se o mundo atual pode servir como exemplo da sabedoria de Deus, imagine o que podemos esperar que o Céu nos revele sobre Deus. Com certeza ele vai nos revelar muito mais da criatividade de Deus, porque o Céu será um estilo de vida completamente novo, com atividades e entretenimentos com as quais nunca sequer sonhamos, pois o que nos espera no Céu está além do que podemos imaginar. Já ouvi pessoas falarem que ficarão felizes se morarem no porão do Céu, mas não há porão no Céu, e mesmo se o Céu tivesse porão não quero morar lá porque o que almejo é viver a plenitude do Céu.
Seja lá como for o Céu de algumas coisas podemos ter certeza: No Céu não haverá mais morte, o que significa que lá não haverá câncer, AIDS, pestes, guerras, assassinatos, acidentes, nem cruzes ao lado das estradas significando que alguém foi morto por um motorista bêbado e imprudente. Quer dizer que lá não haverá viúvas e órfãos. No Céu não haverá mais choro e nem dor, o que significa que não haverá divórcios destruindo lares, pessoas sendo violentadas, pessoas sentindo-se inseguras, comunidades famintas, favelas, drogados, alcoólatras, pessoas encima de um pedestal te humilhando porque lá não haverá mais nenhum insulto, maldade, palavras de ódio e nem discriminação alguma. Seja lá como for o Céu não fazemos a menor ideia de como ele seja, mas seja lá como for o Céu ele será muito mais do que hoje podemos imaginar dele. O Céu é um lugar maravilhoso e é para lá que eu vou. Você vai? Então, vamos juntos nesta caminhada! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 25 de novembro de 2018

NENHUM SOFRIMENTO DEVE SER EM VÃO


Quando estamos sofrendo, angustiados, surgem em nosso interior inúmeras perguntas. São questões sérias, graves e muitas delas ficarão sem respostas. E ao longo da vida nada nos incomodará mais do que a falta de respostas e o silêncio de Deus, às vezes, nos afligirá até mais do que o próprio sofrimento; assim como as orações não respondidas (conforme gostaríamos que fossem) há de nos afligir mais do que aquelas que foram atendidas. Isso acontece porque as razões de passarmos por angústias são, na maior parte das vezes, ocultadas ao nosso entendimento, e a falta de sentido pelo que estamos passando nos deixam inseguros. Perguntas como: Por que o justo sofre? Por que passamos por lutas? Por que nossos amigos, que não tem o mesmo compromisso que temos com Deus, parecem ter uma vida muito melhor que a nossa? Por que aquela pessoa que nunca botou o pé em uma igreja, nunca abriu a Bíblia, nunca fez uma oração, parece ter uma vida muito mais calma e serena que a nossa? Eles parecem não passar por tempestades, eles parecem navegar por mares calmos, enquanto nós cruzamos os oceanos mais tempestuosos da vida.
Nunca devemos nos esquecer de que um justo não vive em uma estufa, não vive em uma redoma de vidro, não está protegido das intempéries da vida, pois passa pelas lutas como qualquer outra pessoa. Ser justo não significa ser imune ao sofrimento, às tragédias, aos acidentes e muito menos às tribulações da vida. Entretanto, com toda convicção podemos afirmar que o justo é guardado e protegido por Deus nas tribulações da vida e sai delas muito mais perto de Deus e muito mais fortalecido na fé do que quando nelas entrou. E sabe por quê? Porque o justo, ainda morrendo, tem esperança (Pv 14.32). E quando se tem esperança tudo é diferente, quando se vê a luz no fim do túnel, por mais escuro que esteja o caminho, tudo muda, e mesmo apalpando por causa da escuridão seguimos em frente pela esperança da luz que enxergamos no final. Lembre-se de que Deus não livrou a Daniel da cova dos leões, mas na cova protegeu-o dos leões. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha de fogo, mas na fornalha guardou-os do fogo. Deus não livrou a José das injustiças cometidas contra ele, mas jamais o desamparou. Deus não nos livra do deserto, mas não nos deixa lá sozinhos, pois Ele passa o deserto conosco.
Talvez você esteja enfrentando algumas lutas e algumas perdas em sua vida. Quem sabe está sofrendo baixas em sua vida financeira e isso angustia muito o seu coração. Talvez sua vida mudou inesperadamente e você, que antes era tão feliz, agora tudo que faz é chorar. Talvez esteja passando pelo drama de ver seus filhos fugirem das suas mãos, do seu controle e isso esmaga o seu coração. Talvez esteja enfrentando o drama de uma doença séria, grave, que se estabeleceu em seu corpo e tem feito você gastar seu tempo e seus recursos, mas não tem tido o retorno que esperava. Talvez esteja vivendo o drama de um casamento machucado, cheio de incompreensão, enquanto esperava mais presença, mais companhia, mais compreensão, mais carinho, mais amor e anseia pela presença de seu cônjuge do seu lado para ser uma escora, um amparo, mas você se sente só. O que fazer nestas ocasiões? Nesta hora vêm as perguntas mais inquietantes de nossa alma: Por que Deus? Por que comigo? Por que nesta hora? Por que sofrimento com tamanha intensidade? Eu estou sofrendo, por que minha dor não cessa? Por que perdi minha saúde? Por que perdi meus bens? Por que perdi um ente querido? Por que o Senhor não escuta a minha voz? Por que o Senhor não acaba logo com todo esse sofrimento? Por que o Senhor não me leva logo e acaba com toda essa dor? Talvez você esteja passando por noites muito longas buscando respostas, explicações, mas a única resposta que você tem é o barulho da tempestade que assola a sua vida.
Quero lhe dizer nesta hora que Deus é fiel, que Ele está presente, que Ele está no controle e Ele sabe o que está fazendo. Quando você não puder explicar o que Deus está fazendo na sua vida, você precisa entender que Deus é Soberano e que Ele está com as rédeas de sua vida em Suas mãos. Saiba que Ele está levando você para algo maior e melhor, pois Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Lembre-se de que o sofrimento é a escola do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida, de forma que quando Deus nos permite sofrer é porque está nos dando um curso de qualificação, a prova disso é que depois da tempestade passamos a conhecer Deus melhor. Não importa o que você esteja passando saiba que Deus não está colocando um ponto final em sua situação, mas apenas uma vírgula, porque Deus, em silêncio, está lutando por você. Tenha a certeza de que não há crise que Deus não possa reverter e que os desígnios de Deus não podem ser frustrados, de forma que se você não encontra explicações entenda que o seu Deus é Onipotente e que, no tempo dele, e não no seu Ele poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança! Não desanime! Não fique prostrado no meio do caminho! Não entregue os pontos! Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida. Ele quer ser seu amparo, Ele quer ser seu sustentador. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A MORTE É UM MOMENTO A SER VIVIDO

Vi essa frase em um vídeo e ela mexeu muito comigo. Não pude assistir ao vídeo, mas fiquei dias meditando nesta frase. Como pode algo que assombra a vida das pessoas se tornar em um momento a ser vivido? Como algo que traz tanta tristeza, tanto choro, tanta amargura possa se tornar em um momento único e que venha a merecer alguma apreciação? Os sentimentos que temos em relação a morte são, na verdade, um reflexo de nossa crença, de nossa esperança e da grandeza da força espiritual que atua em nosso íntimo. As escolhas que fazemos, as atitudes que tomamos no percurso da vida também colaboram para refletir em nossos pensamentos as suposições que temos sobre a morte, a qual faz parte da vida e a vida não pode ser considerada sem ela.

A morte é um grande mistério! Tudo que sabemos é que ela veio como penalidade pela desobediência chamada de pecado. Portanto, ela é sombria porque é uma intrusa na criação de Deus e se tornou uma das mais cruéis penalidades impostas por Deus ao homem pela sua rebeldia. O que mais nos assombra na morte são os mistérios que ela envolve. Nada ao seu respeito pode ser comprovado a não ser a sua constatação, mas o que vem depois dela são fatos enigmáticos, sem nenhuma comprovação científica, desvendado por algo completamente abstrato que é a fé. Outro fato sombrio da morte é a total separação que ela provoca entre os vivos e os mortos, pois depois dela não existe mais nenhuma informação, nenhum abraço, nenhum gesto ou qualquer sinal daquele que se foi. Este mistério levou o sábio Salomão a formalizar a pergunta: Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra (Ec 3.21)? Todo esse mistério nos faz pensar que a morte representa o fim. E como que algo que representa o fim merece qualquer prestígio a ser vivido?

Por causa de todo o misticismo que envolve a morte há muitas crenças sobre o que vem após a morte. E quando nos referimos ao pós-morte fazemos menção a alma, pois quanto ao corpo todos o veem indo para seu destino final que é a sepultura. Diante disso alguns acreditam no aperfeiçoamento do espírito através da reencarnação, outros acreditam na aniquilação da alma, outros no sono da alma, outros na inexistência da alma, enquanto que alguns nem sequer acredita que ela exista. Alguns acreditam na vivência eterna da alma em um paraíso (Céu) criado por Deus para o gozo da alma, ou, então, em um lugar de tormento (inferno), onde vivem completamente separados de seu Criador. Nesta diversidade de crença também encontramos a diversidade de sentimentos em relação a morte. Alguns não suportam nem ouvir este nome, muitos nem sequer leiam um artigo como este, outros fogem do assunto como o Diabo foge da cruz, enquanto que alguns encaram este momento com muita serenidade.

A nossa preparação espiritual tem tudo a ver com o que sentimos em relação a morte ou o que sentiremos quando este momento chegar. Fato é que estamos aqui em uma viagem e nesta viagem temos a incumbência de nos preparar para este momento inevitável da vida. Assim como a vida é única, a morte também o é, pois a Bíblia diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). O fato de a vida ser única a torna singular, excêntrica, inigualável, inédita, raríssima. Tudo isso leva as pessoas a quererem aproveitar ao máximo a vida e não vejo nada de errado nisso, o problema é que a maioria se esquece do propósito da viagem e ficam ligados apenas na curtição. O tempo passa, a viagem chega ao fim, e de repente se dão conta de que não há retorno para associarem a curtição com a preparação. Talvez, este seja o maior motivo de muitos desejarem voltar para fazer tudo diferente, mas não existe esta possibilidade.

Levando em consideração a crença da existência de um paraíso para o gozo da alma após a morte, levando em consideração de que nos preparamos espiritualmente para o fim desta viagem, a morte é sim um momento a ser vivido, porque embora ela represente o fim da linha de nossa existência terrena, ela também representa a linha de chegada para a eternidade. Esta linha de pensamento levou o sábio Salomão a uma resposta equilibrada de seu questionamento acima, pois ele concluiu dizendo que na morte o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.7). E por que voltar a Deus? O autor de Hebreus nos dá a resposta: Vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). Eis aí o motivo da preparação da viagem: Um acerto de contas com aquele que criou a vida e estabeleceu a morte por seu limite. Como você está nesta viagem? Tens achado lugar também para a sua preparação? Ou sua preocupação tem sido apenas com a curtição? Estás preparado para enfrentar este momento inevitável de sua vida? Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com