Quando
assistimos a um filme, a uma novela ou lemos um livro, notamos com facilidade a
diversidade dos personagens, o papel de cada um e, conforme vamos chegando ao
final da estória, vemos o destino final de cada personagem. Na verdade a
estória segue as determinações de seu autor sobre cada personagem. O
temperamento de cada um, o caráter, a reação de cada um com as mazelas da vida,
o modo de viver, a posição social, o estado da saúde e é o autor quem decide
quem vai viver, quem vai morrer, como e quando vai morrer na estória, pois é
ele quem determina o destino de cada personagem. Nisso podemos concluir que
cada personagem está nas mãos do autor, que cada um segue o curso de vida
determinado por ele e, conforme o autor estabeleceu se sucederá a cada um na
estória. Nada é diferente do que acontece no mundo real, pois somos personagens
de uma história que começou no princípio da Criação cujo Autor elaborou para
cada um de nós um papel a desempenhar neste mundo. O salmista confirma isso
quando diz: Os teus olhos me viram a
substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando
nem um deles havia ainda (Sl 139.16).
Primeiro
Deus criou um planeta que parece ser único no Universo. Um planeta com a porção
seca, porção líquida e uma atmosfera; um planeta habitável, onde a vida pudesse
prosperar. Nesta criação Ele começa com a luz, primordial para a vida. Como
Deus não pretendia criar apenas animais marinhos dividiu o planeta entre a
porção seca e a porção líquida, ambas essenciais para a sobrevivência. Também
pensando na sobrevivência de sua criação Deus cria as florestas. E para que não
vivêssemos em apenas uma estação, dividiu o tempo deste planeta em dia e noite
e estabeleceu as estações com a criação do sol, da lua e das estrelas. Estando
tudo preparado para abrigar vida Deus, então, cria na Terra os peixes, as aves,
os animais e finalmente chega a vez do homem, que foi quando falou: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança ... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou (Gn 1.26,27). E depois disso falou: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra (Gn 1.28). Ali começou a história da humanidade e, quando nascemos, começa
a nossa parte e nos tornamos personagens dessa História.
Quando
olhamos para o Universo nos surpreendemos com a ordem da Criação. Uma ordem tão
perfeita que não aconteceria pelo acaso e pelo caos nem em trilhões de anos, de
forma que, se deixarmos a fé de lado e partirmos para a probabilidade, a
possibilidade desta ordem se originar de um caos, essa probabilidade é bem
maior do que a possibilidade de um Autor ter arquitetado e criado tudo, ou
seja, é mais viável crer na autoria de Deus na Criação do que na teoria da
evolução. Por isso que a Bíblia diz: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das
suas mãos (Sl 19.1). Mas parece que quanto a esta ordem e esta perfeição no Universo, o
mesmo não se pode dizer da história da humanidade, da história dos personagens.
Quando olhamos para a História da humanidade, nas guerras, nos genocídios e em
todas as crueldades que o homem fez e faz, parece que Deus não acertou muito
bem na criação do homem. Parece que esta criação não trouxe benefícios para
este planeta maravilhoso em que Deus o colocou para habitar. Parece que sem a
presença do homem este planeta estaria com a sua natureza intacta e não estaria
morrendo como está hoje. Mas uma frase no final de cada dia da Criação desmente
isso, pois a cada ato da criação Deus dizia que o que Ele tinha feito era bom,
e quando termina a obra da Criação a Bíblia diz: Viu Deus tudo quanto fizera, e
eis que era muito bom (Gn 1.31).
Tudo
era perfeito! O fato de o homem ter desvirtuado o seu papel na Criação não
desqualifica a obra de Deus, porque Ele não foi pego de surpresa e não precisou
realizar nenhum remendo à sua Criação. Contudo, isso não significa que a
história tem que permanecer como está e que não haja para ela um final
surpreendente. Se olharmos para a realidade nua e crua da humanidade é certo a
sua dizimação e a extinção de toda a vida na Terra. Pedro fala sobre o fim da
Terra quando diz: Virá, entretanto, como
ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus
passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados;
também a terra e as obras que nela existem serão atingidas (2 Pd 3.10). Mas
Deus tem um plano! Ele é o autor! E a respeito da Terra Ele diz: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas
(Ap 21.5). E lá em Isaias Ele já dizia: Pois
eis que eu crio novos céus e nova terra;
e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is
65.17). E João contemplou a isso, pois escreveu: Vi novo céu e nova terra,
pois o primeiro céu e a primeira terra passaram (Ap 21.1). Você se
maravilha com a criação da Terra de hoje? Encanta-se com a natureza? Pois saiba
que a glória da segunda e última Terra será muito maior! E sabe o que é ainda
mais maravilhoso? É saber que faremos parte desta história! Qual a garantia? A
promessa de Deus que diz: Porque, como os
novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o
SENHOR, assim há de estar a vossa
posteridade e o vosso nome (Is 66.22). E pelos olhos da fé já contemplo
este novo céu e esta nova terra e na esperança de viver neles vivo pelo
procedimento da piedade, crendo na salvação de Deus e entregando minha vida nas
mãos dele, o autor da minha história! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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