segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: NOSSA CONTA PARA COM DEUS FOI PAGA POR JESUS CRISTO

Qual o preço de nossa redenção? Já parou para pensar nisso? Embora o valor pago seja imensurável a personificação de Jesus por si só já é um fato mais do que suficiente para refletirmos na extensão desse valor. Jesus é Deus e Deus é espírito. João, ao falar de Jesus, disse: No princípio era o Verbo, e O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS. ELE ESTAVA NO PRINCÍPIO COM DEUS. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3). O Verbo é Jesus e Ele é Soberano e Eterno. Contudo, para efetuar nossa remissão era necessária sua personificação. É sobre ela que Paulo fala ao dizer: Antes, a si mesmo se esvaziou, ASSUMINDO A FORMA DE SERVO, TORNANDO-SE EM SEMELHANÇA DE HOMENS; E, RECONHECIDO EM FIGURA HUMANA, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.7-8). Embora tendo se personificado homem, Jesus não deixou de ser Deus: Porquanto, NELE, HABITA, CORPORALMENTE, TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE (Cl 2.9). Jesus era completo, feliz em comunhão com o Pai e jamais precisava conhecer a dor e a morte, como diz Paulo: A si mesmo se humilhou, TORNANDO-SE OBEDIENTE ATÉ À MORTE E MORTE DE CRUZ (Fp 2.8). E isso aconteceu por nossa causa, para pagar o preço de nossa redenção.

Na Antiga Aliança era necessário sacrificar animais e obedecer aos preceitos da Lei para ser redimido. Mas isso precisava ser feito com assiduidade. Veio Jesus como homem e quando João Batista o viu pela primeira vez, disse: No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO (Jo 1.29)! Jesus veio para ser sacrificado por nossos pecados e seu sacrifício foi suficiente e definitivo. É o que diz o autor de Hebreus: QUANDO, PORÉM, VEIO CRISTO como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, NÃO POR MEIO DE SANGUE DE BODES E DE BEZERROS, MAS PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, ENTROU NO SANTO DOS SANTOS, UMA VEZ POR TODAS, TENDO OBTIDO ETERNA REDENÇÃO. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, MUITO MAIS O SANGUE DE CRISTO, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, PURIFICARÁ A NOSSA CONSCIÊNCIA DE OBRAS MORTAS, PARA SERVIRMOS AO DEUS VIVO (Hb 9.11-14)! Não é nosso dinheiro, nem nossas boas ações que garantem nossa salvação, mas tão somente o sacrifício de Jesus Cristo.

Deus não perdoa o pecador sem que a conta pelo pecado seja quitada. Alguém precisava pagar a conta e Deus propôs que esse alguém fosse Jesus Cristo, seu único Filho. Podemos ser salvos porque há uma redenção em Jesus Cristo providenciada por Deus. Essa redenção Deus propôs que fosse feita por meio do sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Esse direito é exclusivo de Jesus, tanto que o autor de Atos diz: E NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME, DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS (At 4.12). Foi Ele quem pagou o preço, portanto, todo mérito pertence a Ele.

Cristo realizou um único sacrifício e este sacrifício foi perfeito, completo e suficiente. Através dele Jesus se tornou a ponte entre nós e Deus. Sua cruz liga os Céus a Terra e atravessa o imenso abismo que havia entre Deus e nós. Portanto, pensar na salvação sem pensar exclusivamente na obra de Jesus é afrontar a Deus, pois Ele investiu tudo de si mesmo para salvar o homem. Ele providenciou e executou o mais perfeito plano de salvação e o homem não teve e nem tem qualquer participação nesse procedimento. Deus oferece a salvação gratuitamente a todo aquele que crê. Entretanto, o fato de a salvação ser de graça, não significa que ela tenha custado barato e nem que seja fácil, pois custou a personificação de Jesus Cristo, o derramamento de seu sangue e sua morte na cruz.

Falar da salvação somente pela graça mediante a fé dentro dos moldes bíblicos é muito impopular, pois dizer que o homem não tem poder algum para se salvar é algo inaceitável para aquele que quer conquistar a salvação por elas mesmas. Não é nada fácil ao ser humano reconhecer sua completa incapacidade de crer por si só e descansar em Jesus Cristo. É por isso que a salvação é ao mesmo tempo de graça e a mais difícil de ser obtida. Por isso, devemos eliminar de nossa mente toda ideia de que de alguma maneira podemos colaborar para o processo da salvação. Nosso dinheiro não pode comprar a salvação e nossas boas obras são inúteis para garantir a salvação. Quem não for salvo pela graça, não poderá ser salvo de maneira alguma. Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: PROVIDÊNCIA EXCLUSIVA DE DEUS

A salvação do homem não é um plano de emergência por algo ter dado errado, mas é um procedimento eficaz, eficiente, providenciada por Deus e com custo zero para o justificado, para que este não tenha nenhum motivo de vangloriar-se, mas tão somente de bendizer a Deus por tão grande salvação. Isso que Paulo quer dizer quando falou: Tendo em vista A MANIFESTAÇÃO DA SUA JUSTIÇA NO TEMPO PRESENTE, PARA ELE MESMO SER JUSTO E O JUSTIFICADOR DAQUELE QUE TEM FÉ EM JESUS (Rm 3.26). A salvação foi arquitetada por Deus desde a eternidade, anunciada desde a Queda até a sua manifestação por ocasião do nascimento de Jesus. Todo mérito de nossa salvação está em Deus. O homem não tem condições para qualquer participação em todo seu procedimento. Não existe nem um único motivo para o homem se vangloriar diante de Deus pela sua salvação.

E tudo começou lá no Jardim do Éden logo após a queda do homem. Lá Deus premeditou seu plano de restauração do homem quando disse: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência E O SEU DESCENDENTE. ESTE TE FERIRÁ A CABEÇA, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). Este descendente prometido era Jesus Cristo. Ele é Deus em igualdade com o Pai e dessa forma não tinha como Ele pagar o preço do resgate, pois o autor de Hebreus diz que SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE, NÃO HÁ REMISSÃO (Hb 9.22) e Deus não morre e nem sangra. Por isso era necessário Jesus se personificar em figura humana, o que poderia acontecer somente se Ele nascesse de mulher, mas fecundado por Deus e não por um homem, permanecendo, assim, a sua divindade. Esta promessa do Messias renovou-se ao longo dos séculos até ser consumada em sua totalidade em Jesus Cristo. Quando Cristo ressuscitou feriu a cabeça da serpente, porque Ele venceu a morte; a intrusa morte que adentrou na humanidade pela desobediência de Adão.

A exigência de sangue para remissão nunca foi posta de lado. O sacrifício de animais era a exigência de Deus pelo pecado homem. Ou seja, pela culpa do homem um inocente animal teria que morrer. Isso não quer mostrar que Deus seja sádico, ávido por sangue, mas sim quer salientar o preço do pecado pela culpa do homem e a inocência do animal que estava pagando um preço sem ser ele o devedor. Por isso que o autor de Hebreus diz: Pelo que NEM A PRIMEIRA ALIANÇA FOI SANCIONADA SEM SANGUE (Hb 9.18). E Jesus disse na última ceia: Porque ISTO É O MEU SANGUE, O SANGUE DA [NOVA] ALIANÇA, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (Mt 26.28). Mas, os sacrifícios de animais demonstram a incapacidade da Lei de justificar o homem, pois os mesmos tinham que ser realizados com constância. Mas o sacrifício de Jesus foi providencial e definitiva, pois assim a Bíblia diz quanto ao sacrifício de Cristo: NÃO POR MEIO DE SANGUE DE BODES E DE BEZERROS, MAS PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (Hb 9.12). E diz ainda: Portanto, SE O SANGUE DE BODES E DE TOUROS E A CINZA DE UMA NOVILHA, ASPERGIDOS SOBRE OS CONTAMINADOS, OS SANTIFICAM, quanto à purificação da carne, MUITO MAIS O SANGUE DE CRISTO, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, PURIFICARÁ A NOSSA CONSCIÊNCIA DE OBRAS MORTAS, PARA SERVIRMOS AO DEUS VIVO (Hb 9.13-14)!

A vida sacrificial de Cristo foi revelada tão logo ele fora visto por João Batista, que quando o viu disse: No dia seguinte, VIU JOÃO A JESUS, que vinha para ele, E DISSE: EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO (Jo 1.29)! E o autor de Hebreus diz: Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, NESTES ÚLTIMOS DIAS, NOS FALOU PELO FILHO, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. ELE, QUE É O RESPLENDOR DA GLÓRIA E A EXPRESSÃO EXATA DO SEU SER, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, DEPOIS DE TER FEITO A PURIFICAÇÃO DOS PECADOS, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles (Hb 1.1-4). Em Cristo Deus concretizou seu plano de salvação. A originalidade deste plano está em Deus. A execução deste plano foi realizada pela mão poderosa de Deus. A aplicação deste plano aos homens provém de Deus.

Finalizo com estas palavras de Paulo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, ASSIM COMO NOS ESCOLHEU, NELE, ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; E EM AMOR NOS PREDESTINOU PARA ELE, PARA A ADOÇÃO DE FILHOS, POR MEIO DE JESUS CRISTO, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, NO QUAL TEMOS A REDENÇÃO, PELO SEU SANGUE, A REMISSÃO DOS PECADOS, SEGUNDO A RIQUEZA DA SUA GRAÇA, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, DE FAZER CONVERGIR NELE, NA DISPENSAÇÃO DA PLENITUDE DOS TEMPOS, TODAS AS COISAS, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, NO QUAL FOMOS TAMBÉM FEITOS HERANÇA, PREDESTINADOS SEGUNDO O PROPÓSITO DAQUELE QUE FAZ TODAS AS COISAS CONFORME O CONSELHO DA SUA VONTADE, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória (Ef 1.3-14). Glória a Deus por tão grande salvação! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

MEU MUNDO NÃO É AQUI

Apesar de não sermos deste mundo não é nada fácil não se deixar abalar com as coisas que aqui acontecem. Tragédias nos abatem ao vermos tantas perdas, a violência dos bandidos cada dia mais cruel nos deixam alarmados, a impunidade dos infratores da lei nos revolta, a desgraça da fome nos consterne, os horrores das guerras nunca deixam de nos assombrar, entre tantos outros males que frutificam deste mundo. Na área política não é nada diferente. Faz parte dos sonhos dos justos o fato de sermos governados por pessoas que ao menos deem alguma importância aos princípios de Deus, mas a maioria das vezes temos que nos submeter ao fato de sermos governados por homens e mulheres que não temem ao Senhor. Tudo isso colabora para entristecer nossos dias neste mundo. Jesus nos alertou sobre o quanto seriam difíceis os últimos dias. Falando sobre eles Jesus disse: PORQUE AQUELES DIAS SERÃO DE TAMANHA TRIBULAÇÃO COMO NUNCA HOUVE DESDE O PRINCÍPIO DO MUNDO, QUE DEUS CRIOU, ATÉ AGORA E NUNCA JAMAIS HAVERÁ (Mc 13.19). Ele até fala de um segredo destes últimos dias: NÃO TIVESSE O SENHOR ABREVIADO AQUELES DIAS, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias (Mc 13.20). Aleluia! Deus teve misericórdia dos seus eleitos e abreviou os últimos dias, caso contrário, sofreríamos ainda mais.

É muito abrangente este termo “tribulação”. Relacionamos ele com dificuldades, tormentos, tempestades. Mas ele também está relacionado no quanto seria difícil a convivência dos justos com os ímpios. Esta convivência nunca foi fácil. Podemos ver isso na convivência de Abel e Caim e seu triste resultado. Mas nos últimos dias as tribulações desta convivência seriam intensificadas. Paulo, falando sobre isso nos diz: Sabe, porém, isto: NOS ÚLTIMOS DIAS, SOBREVIRÃO TEMPOS DIFÍCEIS, POIS OS HOMENS SERÃO EGOÍSTAS, AVARENTOS, JACTANCIOSOS, ARROGANTES, BLASFEMADORES, DESOBEDIENTES AOS PAIS, INGRATOS, IRREVERENTES, DESAFEIÇOADOS, IMPLACÁVEIS, CALUNIADORES, SEM DOMÍNIO DE SI, CRUÉIS, INIMIGOS DO BEM, TRAIDORES, ATREVIDOS, ENFATUADOS, MAIS AMIGOS DOS PRAZERES QUE AMIGOS DE DEUS (2 Tm 3.1-4). Conviver com pessoas assim certamente traz resultados desgostosos e muito sofrimento, principalmente por aqueles que prezam a justiça, o amor, a paz, a longanimidade, a benignidade e a bondade. Este fato nos leva a perder as esperanças de um dia viver em um mundo ideal. E percebemos isso quando olhamos para a realidade do mundo, para os conflitos sem soluções, para governos que governam tão somente por interesses próprios e nunca pela comunidade.

Vivemos esta realidade no Brasil nos últimos dias. Temos visto com muita dor no coração o quanto a justiça está sendo manipulada, deixada de lado, usada para interesses próprios, livrando e inocentando com honra ao culpado e condenando com rigor aqueles que foram manipulados por interesses egoístas, tomando-os como exemplos de uma justiça interesseira. Não seria tão revoltante se o rigor da lei fosse aplicado aos dois lados. Com certeza ficaríamos satisfeitos com a aplicação da justiça, independentemente dos resultados! Difícil se conformar com tanta incoerência. Difícil dormir em paz sabendo o quanto você foi lesado, impossível ter esperança de que agora será diferente e muito dolorido saber que tudo ficará por isso mesmo. E se não bastasse lidar com a revolta em nosso coração de vermos os aplicadores da lei usando o poder em suas mãos para livrar e beneficiar o amigo e penalizar a quem considera inimigo, ainda temos que conviver com a zombaria, de forma que aqueles, que nada mais querem do que a aplicação justa da justiça, são transformados em chacotas por pessoas insensíveis sem nenhuma clemência. Esta situação tem deixado as pessoas doentes, desanimadas, abatidas, desorientadas e alguns se sentem até mesmo abandonados por Deus por causa da irreverência de alguns.

Para não cairmos no erro do salmista que fixou seus olhos na prosperidade dos ímpios e achou inútil ser justo e íntegro, precisamos ser conscientes de que o nosso mundo não é aqui. Estamos aqui de passagem e aqui somos apenas forasteiros. Jesus deixou claro que o mundo jaz no maligno, portanto, esperar a prática da justiça neste mundo é utopia, porque o que ele mais vai nos trazer é a dor e a decepção. E como será o mundo que esperamos e no qual viveremos? Sua maravilha começa já em nossa chegada a ele, pois a Bíblia, ao mencionar a morte dos patriarcas, usa o termo “descansou”. Não poderia haver melhor palavra para definir nossa partida deste mundo de horrores à chegada ao Reino de Deus, pois lá Deus ENXUGARÁ DOS OLHOS TODA LÁGRIMA, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.4). E esta maravilha toda não terá mais fim, pois nunca mais viveremos a situação em que hoje vivemos, pois, a Bíblia diz que lá NUNCA MAIS HAVERÁ QUALQUER MALDIÇÃO. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, E REINARÃO PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS (Ap 22.3-5). E sabe por que não haverá mais tristezas lá? Porque a Bíblia diz que FORA ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras E TODO AQUELE QUE AMA E PRATICA A MENTIRA (Ap 22.15). Diz ainda: Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras E A TODOS OS MENTIROSOS, A PARTE QUE LHES CABE SERÁ NO LAGO QUE ARDE COM FOGO E ENXOFRE, a saber, a segunda morte (Ap 21.8). E Paulo diz: OU NÃO SABEIS QUE OS INJUSTOS NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS? NÃO VOS ENGANEIS: NEM IMPUROS, NEM IDÓLATRAS, NEM ADÚLTEROS, NEM EFEMINADOS, NEM SODOMITAS, NEM LADRÕES, NEM AVARENTOS, NEM BÊBADOS, NEM MALDIZENTES, NEM ROUBADORES HERDARÃO O REINO DE DEUS (1 Co 6.9-10). Lá, os mentirosos, os caluniadores, os bandidos não entrarão.

Enquanto isso não acontece a ordem de Deus para nós é a convivência dos justos com os injustos, não se esquecendo de perseverar na justiça, pois Deus assim nos diz: Não seles as palavras da profecia deste livro, PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO. Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E EIS QUE VENHO SEM DEMORA, E COMIGO ESTÁ O GALARDÃO QUE TENHO PARA RETRIBUIR A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS (Ap 22.10-12). A Bíblia nos incentiva a perseverar e a suportar as provocações dos irreverentes porque seremos recompensados no Céu por permanecermos na presença de Deus. Quanto ao fato das injustiças que aqui assistimos não devemos nos esquecer de que Deus registra as obras de cada um não somente para recompensar, mas também para punir, pois Paulo nos diz: Porque importa que TODOS NÓS COMPAREÇAMOS PERANTE O TRIBUNAL DE CRISTO, PARA QUE CADA UM RECEBA SEGUNDO O BEM OU O MAL QUE TIVER FEITO POR MEIO DO CORPO (2 Co 5.10). E Jesus falou que no dia do juízo final A MEDIDA COM QUE TIVERDES MEDIDO VOS MEDIRÃO TAMBÉM, e ainda se vos acrescentará (Mc 4.24). Se você faz parte daqueles que hoje choram pelo que tem acontecido e vive revoltado com a injustiça deste mundo e ainda é obrigado a suportar as gozações, os escárnios e as chacotas dos impiedosos, lembre-se de que aqui não é o nosso mundo e transporte seus pensamentos para o dia do juízo final e satisfaça-se com a maravilhosa, plena e implacável justiça de Deus, porque lá advogado nenhum poderá livrar alguém das mãos de Deus e de sua justiça. Amém e Amém por isso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INSUFICIÊNCIA DE NOSSAS OBRAS

Temos falado sobre a gratuidade da salvação. Que somos salvos tão somente pela graça de Deus, mediante a fé que Ele mesmo desperta em nós e através desta fé cremos em Jesus e, assim, somos justificados diante de Deus mediante o sacrifício de Jesus lá na cruz. Temos muito falado que neste procedimento todo não existe uma única razão do homem se vangloriar diante de Deus por qualquer participação dele em sua salvação, pois ela é uma obra exclusiva de Deus. Dele procede toda iniciativa. Hoje quero falar da insuficiência de nossas obras em relação à salvação. Não vou lhe dizer que nossas obras são insignificantes, pois elas têm um papel significativo na eternidade. Jesus mesmo confirma isso quando diz: E eis que venho sem demora, E COMIGO ESTÁ O GALARDÃO QUE TENHO PARA RETRIBUIR A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS (Ap 22.12). E Paulo diz: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, PARA QUE CADA UM RECEBA SEGUNDO O BEM OU O MAL QUE TIVER FEITO POR MEIO DO CORPO (2 Co 5.10). Para a salvação nossas obras são inúteis, mas quanto ao recebimento de galardão elas são requisitos, e são provas contundentes para a condenação no tribunal de Cristo.

O termo obras é muito abrangente. Neste texto quero me referir às obras da Lei. E o que são as obras da Lei? São as ações que a Lei regimenta no cumprimento de rituais sagrados. Entre estas ações estão aquelas nas quais estaremos focando, que são observâncias de dias, de comidas e bebidas e de usos e costumes. Sabemos da importância da Lei que faz parte da Antiga Aliança e agora, em Cristo, vivemos a Nova Aliança. Nesta renovação de aliança vivemos uma nova visão das obras da Lei. O autor de Hebreus, falando sobre a Antiga Aliança, assim diz sobre ela: OS QUAIS NÃO PASSAM DE ORDENANÇAS DA CARNE, BASEADAS SOMENTE EM COMIDAS, E BEBIDAS, e diversas abluções, IMPOSTAS ATÉ AO TEMPO OPORTUNO DE REFORMA (Hb 9.10). Observe que ele fala que a imposição da Lei iria até determinado tempo em que sofreria uma reforma, ou seja, uma renovação. E Paulo assim fala a respeito da inutilidade da observância de comida: NÃO É A COMIDA QUE NOS RECOMENDARÁ A DEUS, POIS NADA PERDEREMOS, SE NÃO COMERMOS, E NADA GANHAREMOS, SE COMERMOS (1 Co 8.8). Paulo assim falava porque havia nele uma convicção: PORQUE O REINO DE DEUS NÃO É COMIDA NEM BEBIDA, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). E por causa disso ele nos adverte: Portanto, QUER COMAIS, QUER BEBAIS OU FAÇAIS OUTRA COISA QUALQUER, FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS (1 Co.10.31). Mas como havia ainda muita divergência na Igreja por causa de comida, bebida e dias, Paulo escreve para a Igreja e diz: NINGUÉM, POIS, VOS JULGUE POR CAUSA DE COMIDA E BEBIDA, OU DIA DE FESTA, OU LUA NOVA, OU SÁBADOS (Cl 2.16).

Temos na Bíblia o exemplo de uma igreja que, ao se converter, abandonou todos os rudimentos da Lei. Mas, por causa da interferência de alguns judeus retornaram a eles. E Paulo lhes escreve dizendo: ADMIRA-ME QUE ESTEJAIS PASSANDO TÃO DEPRESSA DAQUELE QUE VOS CHAMOU NA GRAÇA DE CRISTO PARA OUTRO EVANGELHO, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo (Gl 1.6-7). A igreja dos Gálatas estava voltando aos rudimentos da Lei e nesta carta Paulo os adverte quanto a isso: Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, COMO ESTAIS VOLTANDO, OUTRA VEZ, AOS RUDIMENTOS FRACOS E POBRES, AOS QUAIS, DE NOVO, QUEREIS AINDA ESCRAVIZAR-VOS? GUARDAIS DIAS, E MESES, E TEMPOS, E ANOS. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco (Gl 4.9-11). Paulo repreende veementemente a igreja por causa deste assunto.

E não foi somente a igreja dos Gálatas que enfrentou este problema. Veja este ocorrido que Paulo menciona: Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. COM EFEITO, ANTES DE CHEGAREM ALGUNS DA PARTE DE TIAGO, COMIA COM OS GENTIOS; QUANDO, PORÉM, CHEGARAM, AFASTOU-SE E, POR FIM, VEIO A APARTAR-SE, TEMENDO OS DA CIRCUNCISÃO. E também os demais judeus dissimularam com ele, A PONTO DE O PRÓPRIO BARNABÉ TER-SE DEIXADO LEVAR PELA DISSIMULAÇÃO DELES. Quando, porém, VI QUE NÃO PROCEDIAM CORRETAMENTE SEGUNDO A VERDADE DO EVANGELHO, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, sabendo, contudo, que O HOMEM NÃO É JUSTIFICADO POR OBRAS DA LEI, E SIM MEDIANTE A FÉ EM CRISTO JESUS, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, POIS, POR OBRAS DA LEI, NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO (Gl 211-16). O Novo Testamento não deixa nenhuma dúvida de que a Igreja, em seus primórdios, mesmo sofrendo com a interferência de judeus que se convertiam ao cristianismo, foi se abstendo dos regimentos da Lei e crescendo a cada dia no evangelho, conforme os ensinamentos dos Apóstolos de Cristo. Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INCAPACIDADE DA LEI PARA A JUSTIFICAÇÃO

E o que é justificação? No dicionário justificação é o conjunto de argumentos apresentados por alguém em sua defesa ou em favor de alguém. Jesus foi quem argumentou com o Pai a nosso favor. Justificado é aquele que foi inocentado ou isento de responsabilidade. É o que acontece conosco quando cremos por causa dos méritos de Cristo na cruz. Na teologia, justificação é o cristão EM ESTADO DE GRAÇA, POR INFLUÊNCIA DIVINA. É ele SER ISENTADO DE PUNIÇÃO PELOS PECADOS E DECLARADO SEM CULPA. E uma pessoa é justificada pela graça do Salvador por meio da fé Nele. Essa fé é demonstrada pelo arrependimento e pela obediência às Escrituras Sagradas. Resumindo, é assim: O homem foi criado puro e santo enquanto viveu no Jardim do Éden. Tanto é que ele e Deus conversavam todos os dias. Depois que desobedeceu a Deus o homem decaiu deste estado de graça e não tinha mais comunhão com Deus, pois Deus não pode suportar diante dele o pecado e o homem não era mais inocente e nem puro. O pecado do homem, além de manchar sua alma o separou de Deus. Para o homem poder se apresentar novamente diante de Deus era necessário resolver esta situação, ou seja, ele precisava ser justificado, inocentado, declarado sem culpa. Veio, então, Jesus Cristo e se ofereceu em sacrifício pela culpa dos homens, assumindo seu pecado. Após sua morte Jesus se apresentou diante de Deus com seu precioso sangue e intercedeu pelo homem. Deus, então, aceita a justificação apresentada pelo Seu Filho e perdoa seus pecados e, assim, o considera sem culpa.

Mas isso quer dizer que todos foram justificados? Não! Davi fala o quanto uma pessoa justificada é feliz quando disse: BEM-AVENTURADO AQUELE CUJA INIQUIDADE É PERDOADA, CUJO PECADO É COBERTO. BEM-AVENTURADO O HOMEM A QUEM O SENHOR NÃO ATRIBUI INIQUIDADE e em cujo espírito não há dolo (Sl 32.1-2). Não atribuir iniquidade não significa que não tenha pecado, mas sim que foi justificado. Estas palavras nos mostram que nem todos são justificados. E por quê? Porque há um ingrediente fundamental para a aplicação da justificação: A fé! A justificação nunca foi e nunca será por obras. Desde o início ela foi pela fé. Abraão, considerado o pai da fé, não foi justificado pelas suas obras, mas pela sua fé. Paulo diz: Que, pois, DIREMOS TER ALCANÇADO ABRAÃO, NOSSO PAI SEGUNDO A CARNE? PORQUE, SE ABRAÃO FOI JUSTIFICADO POR OBRAS, TEM DE QUE SE GLORIAR, PORÉM NÃO DIANTE DE DEUS. Pois que diz a Escritura? ABRAÃO CREU EM DEUS, E ISSO LHE FOI IMPUTADO PARA JUSTIÇA (Rm 4.1-3). A lei jamais será capaz de justificar o homem. Então, por que a Lei? Difícil resumir tão grande teoria em algumas palavras. A Lei é a velha aliança, um pacto firmado entre Deus e o povo de Israel. Jesus é a nova aliança. Antes de partir ele deixou isso bem claro na celebração da última ceia quando disse: Porque isto é o meu sangue, O SANGUE DA [NOVA] ALIANÇA, DERRAMADO EM FAVOR DE MUITOS, para remissão de pecados (Mt 26.28). Observe que Jesus fala de muitos e não de todos.

E como fica a Lei? Como fica a Antiga Aliança? Paulo diz: De maneira que A LEI NOS SERVIU DE AIO PARA NOS CONDUZIR A CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé (Gl 3.24). Aio é ponte. A lei nos serviu de ponte para nos conduzir a Cristo. Todo cerimonial da lei prefigurava a Jesus Cristo. Paulo diz que na antiga aliança estávamos ligados à Lei: Mas, ANTES QUE VIESSE A FÉ, ESTÁVAMOS SOB A TUTELA DA LEI E NELA ENCERRADOS, PARA ESSA FÉ QUE, DE FUTURO, HAVERIA DE REVELAR-SE (Gl 3.23). E que com a nova aliança nos desgarramos da Lei: Mas, TENDO VINDO A FÉ, JÁ NÃO PERMANECEMOS SUBORDINADOS AO AIO (Gl 3.25). Ou seja, subordinado a ponte que ele menciona acima que é a Lei. E, assim, Paulo chega a seguinte conclusão: CONCLUÍMOS, POIS, QUE O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ, INDEPENDENTEMENTE DAS OBRAS DA LEI (Rm 3.28). E o autor de Hebreus, falando sobre a Velha e a Nova Aliança, diz: QUANDO ELE DIZ NOVA, TORNA ANTIQUADA A PRIMEIRA. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (Hb 8.13). Ela torna-se nula porque cumpriu a sua função de nos conduzir a Cristo.

Portanto, a lei é incapaz de justificar a qualquer pessoa. E Paulo chega diz algo muito grave para quem está debaixo da lei: TODOS QUANTOS, POIS, SÃO DAS OBRAS DA LEI ESTÃO DEBAIXO DE MALDIÇÃO; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (Gl 3.10). Tiago também tem o mesmo pensamento: Pois QUALQUER QUE GUARDA TODA A LEI, MAS TROPEÇA EM UM SÓ PONTO, SE TORNA CULPADO DE TODOS (Tg 2.10). E Jesus agrava mais ainda a situação quando diz: Ouvistes que foi dito: NÃO ADULTERARÁS. EU, PORÉM, VOS DIGO: QUALQUER QUE OLHAR PARA UMA MULHER COM INTENÇÃO IMPURA, NO CORAÇÃO, JÁ ADULTEROU COM ELA (Mt 5.27-28).E Paulo finaliza dizendo: E é evidente que, PELA LEI, NINGUÉM É JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS, porque o justo viverá pela fé (Gl 3.11). E libertados da maldição da lei Paulo diz: QUEM INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ELEITOS DE DEUS? É DEUS QUEM OS JUSTIFICA. QUEM OS CONDENARÁ? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós (Rm 8.33-34). Aleluia! Glória a Deus! Porque fomos libertados do jugo da lei e incluídos na aliança da graça de Deus onde encontramos a justificação em Cristo pela fé! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com