Qual o preço de nossa redenção? Já
parou para pensar nisso? Embora o valor pago seja imensurável a personificação
de Jesus por si só já é um fato mais do que suficiente para refletirmos na
extensão desse valor. Jesus é Deus e Deus é espírito. João, ao falar de Jesus,
disse: No princípio era o Verbo, e O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA
DEUS. ELE ESTAVA NO PRINCÍPIO COM DEUS. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3). O
Verbo é Jesus e Ele é Soberano e Eterno. Contudo, para efetuar nossa remissão
era necessária sua personificação. É sobre ela que Paulo fala ao dizer: Antes, a si mesmo se esvaziou, ASSUMINDO A FORMA DE SERVO, TORNANDO-SE EM
SEMELHANÇA DE HOMENS; E, RECONHECIDO EM FIGURA HUMANA, a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.7-8).
Embora tendo se personificado homem, Jesus não deixou de ser Deus: Porquanto, NELE, HABITA, CORPORALMENTE, TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE (Cl
2.9). Jesus era completo, feliz em comunhão com o Pai e jamais precisava
conhecer a dor e a morte, como diz Paulo: A
si mesmo se humilhou, TORNANDO-SE
OBEDIENTE ATÉ À MORTE E MORTE DE CRUZ (Fp 2.8). E isso aconteceu por
nossa causa, para pagar o preço de nossa redenção.
Na Antiga Aliança era necessário
sacrificar animais e obedecer aos preceitos da Lei para ser redimido. Mas isso
precisava ser feito com assiduidade. Veio Jesus como homem e quando João
Batista o viu pela primeira vez, disse: No
dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO
DO MUNDO (Jo 1.29)! Jesus
veio para ser sacrificado por nossos pecados e seu sacrifício foi suficiente e
definitivo. É o que diz o autor de Hebreus: QUANDO, PORÉM, VEIO CRISTO como sumo sacerdote dos bens já realizados,
mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer,
não desta criação, NÃO POR MEIO DE
SANGUE DE BODES E DE BEZERROS, MAS PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, ENTROU NO SANTO DOS SANTOS, UMA VEZ POR
TODAS, TENDO OBTIDO ETERNA REDENÇÃO. Portanto, se o sangue de bodes e de
touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os
santificam, quanto à purificação da carne, MUITO
MAIS O SANGUE DE CRISTO, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu
sem mácula a Deus, PURIFICARÁ A NOSSA
CONSCIÊNCIA DE OBRAS MORTAS, PARA SERVIRMOS AO DEUS VIVO (Hb 9.11-14)!
Não é nosso dinheiro, nem nossas boas ações que garantem nossa salvação, mas
tão somente o sacrifício de Jesus Cristo.
Deus não perdoa o pecador sem que a
conta pelo pecado seja quitada. Alguém precisava pagar a conta e Deus propôs
que esse alguém fosse Jesus Cristo, seu único Filho. Podemos ser salvos porque
há uma redenção em Jesus Cristo providenciada por Deus. Essa redenção Deus propôs
que fosse feita por meio do sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Esse
direito é exclusivo de Jesus, tanto que o autor de Atos diz: E NÃO
HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME,
DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS (At 4.12).
Foi Ele quem pagou o preço, portanto, todo mérito pertence a Ele.
Cristo realizou um único sacrifício e
este sacrifício foi perfeito, completo e suficiente. Através dele Jesus se
tornou a ponte entre nós e Deus. Sua cruz liga os Céus a Terra e atravessa o
imenso abismo que havia entre Deus e nós. Portanto, pensar na salvação sem
pensar exclusivamente na obra de Jesus é afrontar a Deus, pois Ele investiu
tudo de si mesmo para salvar o homem. Ele providenciou e executou o mais
perfeito plano de salvação e o homem não teve e nem tem qualquer participação
nesse procedimento. Deus oferece a salvação gratuitamente a todo aquele que
crê. Entretanto, o fato de a salvação ser de graça, não significa que ela tenha
custado barato e nem que seja fácil, pois custou a personificação de Jesus
Cristo, o derramamento de seu sangue e sua morte na cruz.
Falar da salvação somente pela graça
mediante a fé dentro dos moldes bíblicos é muito impopular, pois dizer que o
homem não tem poder algum para se salvar é algo inaceitável para aquele que
quer conquistar a salvação por elas mesmas. Não é nada fácil ao ser humano
reconhecer sua completa incapacidade de crer por si só e descansar em Jesus
Cristo. É por isso que a salvação é ao mesmo tempo de graça e a mais difícil de
ser obtida. Por isso, devemos eliminar de nossa mente toda ideia de que de
alguma maneira podemos colaborar para o processo da salvação. Nosso dinheiro
não pode comprar a salvação e nossas boas obras são inúteis para garantir a
salvação. Quem não for salvo pela graça, não poderá ser salvo de maneira
alguma. Pense nisso!
Luiz Lobianco