sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INCAPACIDADE DA LEI PARA A JUSTIFICAÇÃO

E o que é justificação? No dicionário justificação é o conjunto de argumentos apresentados por alguém em sua defesa ou em favor de alguém. Jesus foi quem argumentou com o Pai a nosso favor. Justificado é aquele que foi inocentado ou isento de responsabilidade. É o que acontece conosco quando cremos por causa dos méritos de Cristo na cruz. Na teologia, justificação é o cristão EM ESTADO DE GRAÇA, POR INFLUÊNCIA DIVINA. É ele SER ISENTADO DE PUNIÇÃO PELOS PECADOS E DECLARADO SEM CULPA. E uma pessoa é justificada pela graça do Salvador por meio da fé Nele. Essa fé é demonstrada pelo arrependimento e pela obediência às Escrituras Sagradas. Resumindo, é assim: O homem foi criado puro e santo enquanto viveu no Jardim do Éden. Tanto é que ele e Deus conversavam todos os dias. Depois que desobedeceu a Deus o homem decaiu deste estado de graça e não tinha mais comunhão com Deus, pois Deus não pode suportar diante dele o pecado e o homem não era mais inocente e nem puro. O pecado do homem, além de manchar sua alma o separou de Deus. Para o homem poder se apresentar novamente diante de Deus era necessário resolver esta situação, ou seja, ele precisava ser justificado, inocentado, declarado sem culpa. Veio, então, Jesus Cristo e se ofereceu em sacrifício pela culpa dos homens, assumindo seu pecado. Após sua morte Jesus se apresentou diante de Deus com seu precioso sangue e intercedeu pelo homem. Deus, então, aceita a justificação apresentada pelo Seu Filho e perdoa seus pecados e, assim, o considera sem culpa.

Mas isso quer dizer que todos foram justificados? Não! Davi fala o quanto uma pessoa justificada é feliz quando disse: BEM-AVENTURADO AQUELE CUJA INIQUIDADE É PERDOADA, CUJO PECADO É COBERTO. BEM-AVENTURADO O HOMEM A QUEM O SENHOR NÃO ATRIBUI INIQUIDADE e em cujo espírito não há dolo (Sl 32.1-2). Não atribuir iniquidade não significa que não tenha pecado, mas sim que foi justificado. Estas palavras nos mostram que nem todos são justificados. E por quê? Porque há um ingrediente fundamental para a aplicação da justificação: A fé! A justificação nunca foi e nunca será por obras. Desde o início ela foi pela fé. Abraão, considerado o pai da fé, não foi justificado pelas suas obras, mas pela sua fé. Paulo diz: Que, pois, DIREMOS TER ALCANÇADO ABRAÃO, NOSSO PAI SEGUNDO A CARNE? PORQUE, SE ABRAÃO FOI JUSTIFICADO POR OBRAS, TEM DE QUE SE GLORIAR, PORÉM NÃO DIANTE DE DEUS. Pois que diz a Escritura? ABRAÃO CREU EM DEUS, E ISSO LHE FOI IMPUTADO PARA JUSTIÇA (Rm 4.1-3). A lei jamais será capaz de justificar o homem. Então, por que a Lei? Difícil resumir tão grande teoria em algumas palavras. A Lei é a velha aliança, um pacto firmado entre Deus e o povo de Israel. Jesus é a nova aliança. Antes de partir ele deixou isso bem claro na celebração da última ceia quando disse: Porque isto é o meu sangue, O SANGUE DA [NOVA] ALIANÇA, DERRAMADO EM FAVOR DE MUITOS, para remissão de pecados (Mt 26.28). Observe que Jesus fala de muitos e não de todos.

E como fica a Lei? Como fica a Antiga Aliança? Paulo diz: De maneira que A LEI NOS SERVIU DE AIO PARA NOS CONDUZIR A CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé (Gl 3.24). Aio é ponte. A lei nos serviu de ponte para nos conduzir a Cristo. Todo cerimonial da lei prefigurava a Jesus Cristo. Paulo diz que na antiga aliança estávamos ligados à Lei: Mas, ANTES QUE VIESSE A FÉ, ESTÁVAMOS SOB A TUTELA DA LEI E NELA ENCERRADOS, PARA ESSA FÉ QUE, DE FUTURO, HAVERIA DE REVELAR-SE (Gl 3.23). E que com a nova aliança nos desgarramos da Lei: Mas, TENDO VINDO A FÉ, JÁ NÃO PERMANECEMOS SUBORDINADOS AO AIO (Gl 3.25). Ou seja, subordinado a ponte que ele menciona acima que é a Lei. E, assim, Paulo chega a seguinte conclusão: CONCLUÍMOS, POIS, QUE O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ, INDEPENDENTEMENTE DAS OBRAS DA LEI (Rm 3.28). E o autor de Hebreus, falando sobre a Velha e a Nova Aliança, diz: QUANDO ELE DIZ NOVA, TORNA ANTIQUADA A PRIMEIRA. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (Hb 8.13). Ela torna-se nula porque cumpriu a sua função de nos conduzir a Cristo.

Portanto, a lei é incapaz de justificar a qualquer pessoa. E Paulo chega diz algo muito grave para quem está debaixo da lei: TODOS QUANTOS, POIS, SÃO DAS OBRAS DA LEI ESTÃO DEBAIXO DE MALDIÇÃO; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (Gl 3.10). Tiago também tem o mesmo pensamento: Pois QUALQUER QUE GUARDA TODA A LEI, MAS TROPEÇA EM UM SÓ PONTO, SE TORNA CULPADO DE TODOS (Tg 2.10). E Jesus agrava mais ainda a situação quando diz: Ouvistes que foi dito: NÃO ADULTERARÁS. EU, PORÉM, VOS DIGO: QUALQUER QUE OLHAR PARA UMA MULHER COM INTENÇÃO IMPURA, NO CORAÇÃO, JÁ ADULTEROU COM ELA (Mt 5.27-28).E Paulo finaliza dizendo: E é evidente que, PELA LEI, NINGUÉM É JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS, porque o justo viverá pela fé (Gl 3.11). E libertados da maldição da lei Paulo diz: QUEM INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ELEITOS DE DEUS? É DEUS QUEM OS JUSTIFICA. QUEM OS CONDENARÁ? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós (Rm 8.33-34). Aleluia! Glória a Deus! Porque fomos libertados do jugo da lei e incluídos na aliança da graça de Deus onde encontramos a justificação em Cristo pela fé! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário