E o que é justificação? No dicionário
justificação é o conjunto de argumentos apresentados por alguém em sua defesa
ou em favor de alguém. Jesus foi quem argumentou com o Pai a nosso favor.
Justificado é aquele que foi inocentado ou isento de responsabilidade. É o que
acontece conosco quando cremos por causa dos méritos de Cristo na cruz. Na
teologia, justificação é o cristão EM
ESTADO DE GRAÇA, POR INFLUÊNCIA DIVINA. É ele SER ISENTADO DE PUNIÇÃO PELOS PECADOS E
DECLARADO SEM CULPA. E uma pessoa é justificada pela graça do
Salvador por meio da fé Nele. Essa fé é demonstrada pelo arrependimento e pela
obediência às Escrituras Sagradas. Resumindo, é assim: O homem foi criado puro
e santo enquanto viveu no Jardim do Éden. Tanto é que ele e Deus conversavam
todos os dias. Depois que desobedeceu a Deus o homem decaiu deste estado de
graça e não tinha mais comunhão com Deus, pois Deus não pode suportar diante
dele o pecado e o homem não era mais inocente e nem puro. O pecado do homem,
além de manchar sua alma o separou de Deus. Para o homem poder se apresentar
novamente diante de Deus era necessário resolver esta situação, ou seja, ele
precisava ser justificado, inocentado, declarado sem culpa. Veio, então, Jesus
Cristo e se ofereceu em sacrifício pela culpa dos homens, assumindo seu pecado.
Após sua morte Jesus se apresentou diante de Deus com seu precioso sangue e
intercedeu pelo homem. Deus, então, aceita a justificação apresentada pelo Seu
Filho e perdoa seus pecados e, assim, o considera sem culpa.
Mas isso quer dizer que todos foram
justificados? Não! Davi fala o quanto uma pessoa justificada é feliz quando
disse: BEM-AVENTURADO AQUELE CUJA INIQUIDADE É PERDOADA, CUJO PECADO É
COBERTO. BEM-AVENTURADO O HOMEM A QUEM O SENHOR NÃO ATRIBUI INIQUIDADE e em cujo espírito não há dolo (Sl
32.1-2). Não atribuir iniquidade não significa que não tenha pecado, mas sim
que foi justificado. Estas palavras nos mostram que nem todos são justificados.
E por quê? Porque há um ingrediente fundamental para a aplicação da
justificação: A fé! A justificação nunca foi e nunca será por obras. Desde o
início ela foi pela fé. Abraão, considerado o pai da fé, não foi justificado
pelas suas obras, mas pela sua fé. Paulo diz: Que, pois, DIREMOS TER ALCANÇADO
ABRAÃO, NOSSO PAI SEGUNDO A CARNE? PORQUE, SE ABRAÃO FOI JUSTIFICADO POR OBRAS,
TEM DE QUE SE GLORIAR, PORÉM NÃO DIANTE DE DEUS. Pois que diz a Escritura? ABRAÃO CREU EM DEUS, E ISSO LHE FOI
IMPUTADO PARA JUSTIÇA (Rm 4.1-3). A lei jamais será capaz de justificar
o homem. Então, por que a Lei? Difícil resumir tão grande teoria em algumas
palavras. A Lei é a velha aliança, um pacto firmado entre Deus e o povo de
Israel. Jesus é a nova aliança. Antes de partir ele deixou isso bem claro na
celebração da última ceia quando disse: Porque
isto é o meu sangue, O SANGUE DA [NOVA]
ALIANÇA, DERRAMADO EM FAVOR DE MUITOS, para remissão de pecados (Mt
26.28). Observe que Jesus fala de muitos e não de todos.
E como fica a Lei? Como fica a Antiga
Aliança? Paulo diz: De maneira que A LEI NOS SERVIU DE AIO PARA NOS CONDUZIR A
CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé (Gl 3.24). Aio é
ponte. A lei nos serviu de ponte para nos conduzir a Cristo. Todo cerimonial da
lei prefigurava a Jesus Cristo. Paulo diz que na antiga aliança estávamos
ligados à Lei: Mas, ANTES QUE VIESSE A FÉ, ESTÁVAMOS SOB A TUTELA DA LEI E NELA ENCERRADOS,
PARA ESSA FÉ QUE, DE FUTURO, HAVERIA DE REVELAR-SE (Gl 3.23). E que com
a nova aliança nos desgarramos da Lei: Mas,
TENDO VINDO A FÉ, JÁ NÃO PERMANECEMOS
SUBORDINADOS AO AIO (Gl 3.25). Ou seja, subordinado a ponte que ele
menciona acima que é a Lei. E, assim, Paulo chega a seguinte conclusão: CONCLUÍMOS,
POIS, QUE O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ, INDEPENDENTEMENTE DAS OBRAS DA LEI
(Rm 3.28). E o autor de Hebreus, falando sobre a Velha e a Nova Aliança, diz: QUANDO
ELE DIZ NOVA, TORNA ANTIQUADA A PRIMEIRA. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a
desaparecer (Hb 8.13). Ela torna-se nula porque cumpriu a sua função de nos
conduzir a Cristo.
Portanto, a lei é incapaz de
justificar a qualquer pessoa. E Paulo chega diz algo muito grave para quem está
debaixo da lei: TODOS QUANTOS, POIS, SÃO DAS OBRAS DA LEI ESTÃO DEBAIXO DE MALDIÇÃO; porque está escrito: Maldito todo aquele
que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las
(Gl 3.10). Tiago também tem o mesmo pensamento: Pois QUALQUER QUE GUARDA TODA A
LEI, MAS TROPEÇA EM UM SÓ PONTO, SE TORNA CULPADO DE TODOS (Tg 2.10). E
Jesus agrava mais ainda a situação quando diz: Ouvistes que foi dito: NÃO ADULTERARÁS. EU, PORÉM, VOS DIGO:
QUALQUER QUE OLHAR PARA UMA MULHER COM INTENÇÃO IMPURA, NO CORAÇÃO, JÁ
ADULTEROU COM ELA (Mt 5.27-28).E Paulo finaliza dizendo: E é evidente que, PELA LEI, NINGUÉM É JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS, porque o justo
viverá pela fé (Gl 3.11). E libertados da maldição da lei Paulo diz: QUEM
INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ELEITOS DE DEUS? É DEUS QUEM OS JUSTIFICA. QUEM
OS CONDENARÁ? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o
qual está à direita de Deus e também intercede por nós (Rm 8.33-34). Aleluia!
Glória a Deus! Porque fomos libertados do jugo da lei e incluídos na aliança da
graça de Deus onde encontramos a justificação em Cristo pela fé! Amém!
Luiz Lobianco
Nenhum comentário:
Postar um comentário