quinta-feira, 6 de julho de 2017

A ETERNIDADE SERÁ UM TEMPO DE RETRIBUIÇÃO: OS GALARDÕES

14  Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
15  A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.
16  O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.
17  Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
18  Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19  Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
20  Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21  Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22  E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
23  Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24  Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,
25  receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26  Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27  Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
28  Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.
29  Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30  E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes (Mt 25.14;30).
Jesus fala em Apocalipse: E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras (Ap 22.12). A eternidade será o tempo da colheita da semeadura que realizamos durante a nossa existência terrena. Se as nossas sementes foram boas colheremos bons frutos, mas se as nossas sementes foram más colheremos maus frutos. E quais os produtos desta colheita? Apenas dois: galardões e penalidades. Vamos ver, primeiramente, que teremos a retribuição pelo desenvolvimento dos dons recebidos, que são os galardões que receberemos do Senhor por recompensa de nossas obras. A parábola dos talentos ilustra essa verdade (Mt 25.14-30). Ela fala acerca dos dons espirituais que recebemos e o que devemos fazer com estes dons. Diz esta parábola que entregue a parte de cada um o senhor viajou imediatamente para uma terra distante, o que significa que a mordomia cristã é realizada sem nenhuma fiscalização do patrão, cabendo a cada um trabalhar com liberdade, embora forem responsáveis perante seu Senhor. Somente no final é que haverá o acerto de contas. Isso não significa que o Senhor não está vendo as coisas erradas acontecendo. Ele vê, mas não interfere, porque reservou um dia para a prestação de contas.
Diz esta parábola que os dois primeiros servos foram imediatamente trabalhar. Embora tenham recebidos quantias diferenciadas, entenderam a pesada responsabilidade posta sobre eles. Havia tempo e oportunidade para servirem, mas chegaria também o tempo em que teriam de prestar contas com seu Senhor. Os servos não sabiam quando seu Senhor haveria de regressar, mas sabiam que um dia ele voltaria. O Senhor demorou muito tempo para voltar, mas poderia ter voltado logo depois de ter partido, mas tão logo ele aparece cobra os resultados dos talentos. Feita a prestação de contas os que tiveram resultados positivos recebem a recompensa, e foi o que aconteceu com os dois primeiros servos, os quais começaram a trabalhar logo que receberam os talentos, Eles foram coroados de êxitos pelos seus esforços. O Senhor conhecia a capacidade deles de forma que cada um recebeu de acordo com suas capacidades e quando prestam contas cada um deles entrega quantia dobrada. Ouvem, então, do seu Senhor o louvor pela dedicação deles e são chamados de servos bons e fiéis, porque responderam às expectativas que seu Senhor tinha deles.
É assim que Deus trabalha conosco. Os talentos recebidos de Deus são para serem desempenhados e não para serem enterrados. Ele nos dá os dons, que são capacidades espirituais para desenvolvermos na terra como filhos de Deus, como embaixadores do Reino de Deus e espera que cada um faça a sua parte. É por isso que a Igreja de Cristo é comparada a um corpo, porque ela possui vários membros e cada um tem uma função, uma tarefa a realizar, sendo que Deus capacita cada um para estas tarefas. Não recebemos dons por merecimento, mas por causa da bondade de Deus, que conhece a cada um de nós e sabe o quanto cada um pode receber e desenvolver. Deus é justo e jamais exigirá algo acima de nossa capacidade. Portanto, Deus nos dá oportunidades conforme a capacidade de cada um e Ele nos deixa livres para o desenvolvimento do trabalho. Deste modo, quando não desenvolvemos os talentos que Deus nos dá o fazemos por negligência e não por falta de capacidade.
Há pessoas que trabalham bem e desenvolvem com responsabilidade seus talentos, mas há outras que são negligentes e não o fazem. Há outras que o fazem por algum tempo, mas o desânimo vem e toma conta de suas vidas, e por não haver perseverança nelas escondem seus talentos. Assim vão-se as oportunidades, enterram-se os talentos, o tempo vai passando e a pessoa nem se apercebe de que seu Senhor está chegando e com Ele vem o acerto de contas. Portanto, um dia Deus vai prestar contas conosco dos talentos que Ele nos deu e como estaremos diante dele? Há promessas feitas aos servos bons e fiéis: Eles entrarão no gozo de seu Senhor. Este gozo é a felicidade e a glória que desfrutarão no céu, onde receberão os galardões que o Senhor Jesus tem para retribuir aos seus servos bons e fiéis. Que o seu alforje espiritual esteja repleto de galardões porque todo trabalhador é digno de seu salário e assim você gozará deles por toda a eternidade. Com certeza, ao adentrarmos no céu, imediatamente nos virá grande pesar por não termos feito mais neste mundo, porque o céu é maravilhoso, mas junto com galardões ele é ainda mais abundante em sua maravilha. Deus é bom demais para recompensar seus trabalhadores. Pense nisso!
 Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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