sexta-feira, 7 de julho de 2017

A ETERNIDADE SERÁ UM TEMPO DE RETRIBUIÇÃO: AS PENALIDADES

14  Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
15  A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.
16  O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.
17  Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
18  Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19  Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
20  Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21  Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22  E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
23  Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24  Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,
25  receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26  Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27  Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
28  Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.
29  Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30  E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes (Mt 25.14;30).
Jesus, falando do julgamento final de Deus, disse: Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Falei no texto anterior que a eternidade será o tempo da colheita daquilo que semeamos durante a nossa existência terrena, que se as nossas sementes foram boas colheremos bons frutos, mas se as nossas sementes foram más colheremos maus frutos, de forma que esta colheita nos deixa com apenas duas possibilidades: Galardões e penalidades. Falamos sobre os galardões e hoje vamos falar sobre as penalidades, que são as retribuições de Deus ao homem pela vida de impiedade neste mundo, porque na eternidade a retribuição não será somente com galardão, haverá também as penalidades aplicadas aos infiéis por causa de seus pecados e de suas negligências. Temos usado a parábola dos talentos (Mt 25.14-30) como base e diz lá que havia um que foi infiel. O servo infiel, em lugar de trabalhar e desenvolver o talento recebido cavou uma cova e enterrou o talento de seu Senhor. Aquele servo não tinha o direito de agir dessa maneira, ele foi negligente, ingrato e infiel. Aquele talento foi confiado a ele pelo seu próprio Senhor e lhe foi dado para desenvolvê-lo.
O maior erro daquele servo foi ter negligenciado o talento recebido. Quantos servos não gostariam de estar no lugar daquele homem, mas o privilégio foi dado a ele e, por isso, seu senhor não conseguiu entender o seu desdém para com o talento recebido. Era pouco, é verdade, mas esta era a sua capacidade e tudo que ele tinha a fazer era desenvolver a altura do que recebeu, pois Deus não exige nada além de nossa capacidade. Temos a tendência sempre de subestimarmos nossos poucos recursos por entendermos que quem tem mais possui obrigações maiores. Mas o princípio divino do serviço do Reino de Deus nos revela que as nossas obrigações são iguais, independente de quanto temos. Outro erro daquele servo é não assumir a sua falta, mas tenta jogar a culpa sobre o seu próprio Senhor, chamando-o de duro e injusto e afirma ainda que seu Senhor quer ceifar sem semear. Olha que visão errada aquele servo tinha do seu Senhor, pois o pobre servo imaginava seu Senhor como um tirano insensível que só pensava em castigá-lo caso falhasse. E por causa dessa visão equivocada ele se relacionava mal com o seu Senhor.
A punição para quem for infiel é ouvir as duras palavras do Senhor que o chama de servo mau e negligente. E se houve recompensa para o fiel, para o infiel resta somente a punição. Não agimos nós assim também quando Deus nos dá talentos e não os desenvolvemos? Quando fazemos isso enterramos o dom que Deus nos deu pela sua bondade e por conhecer a nossa capacidade, escondemos o dom por medo ou vergonha de desenvolvê-lo. E fazemos isso debaixo de mil e uma desculpas e no final não será difícil ter a mesma atitude daquele servo: Colocar a culpa em Deus pela nossa negligência. A punição daquele servo nos mostra que os dons que recebemos de Deus não podem ser negligenciados. Que não estejamos entre os reprovados e entre aqueles que ouvirão estas duras palavras da parte do Senhor no dia do acerto de contas: Apartai-vos de mim.
Estes dois pontos que falamos nos ensinam uma verdade: A retribuição de Deus será justa: A quem louvor, louvor. A quem juízo, juízo. O fato de Deus ser justo define com clareza de que a negligência não pode ficar impune, do contrário, Deus não seria justo. O homem pode até escapar da justiça humana, mas não escapará da justiça divina. O homem pode até driblar as leis humanas, os tribunais humanos, mas jamais poderá driblar a lei divina, nem jamais poderá corromper o tribunal divino. E por agora o juízo de Deus vem misturado com a misericórdia, porque hoje nenhuma punição de Deus isola o homem de se arrepender e emendar a sua vida diante dele. Mas, se o homem não ouvir a voz do alerta de Deus, quando o juízo é misturado com a misericórdia, então virá sobre ele a ira de Deus e não haverá misericórdia. Nesse dia não haverá escapatória para o homem.
O Dia do Juízo será o dia da ira de Deus, do juízo final de Deus, do julgamento final de Deus contra os ímpios, o dia do acerto de contas de Deus com os homens. E este juízo alcançará a todos, porque nenhum homem, por mais importante que tenha sido, será imune a este juízo, pois ele é para todos, sem nenhuma distinção de raça, posição social e até mesmo de religião, porque o Apóstolo Paulo disse para a Igreja de Deus: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5.10). Paulo está aqui confirmando a retribuição de Deus. Portanto, você quer receber o bem? Faça o bem. Quer ser abençoado? Abençoe, porque aquilo que hoje você semeia é o que você colherá no futuro, porque Deus é justo, Ele é o Deus da retribuição. Não menospreze esta palavra!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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