13 Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração.
Está alguém alegre? Cante louvores.
14 Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em
nome do Senhor.
15 E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor
o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 Confessai, pois, os vossos pecados uns aos
outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo.
17 Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos
mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra,
e, por três anos e seis meses, não choveu.
18 E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra
fez germinar seus frutos (Tg 5.13-18).
Por
que orar se Deus conhece tudo, sabe tudo e já determinou todas as coisas? Vamos
falar hoje novamente sobre oração. E mais uma vez vamos continuar em Daniel, um
homem que tinha um espírito de oração. Daniel vai nos mostrar que há motivação
para orar mesmo quando tudo parece estabelecido por Deus. Estudando o profeta
Jeremias, Daniel descobre que o cativeiro de Judá duraria 70 anos. Ele descobre
isso quando já estava com 68 anos de cativeiro, faltando apenas dois anos para
seu final e Daniel, então, voltou o rosto
ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e
cinza (Dn 9.3). Veja que a determinação de Deus não o desencorajou a orar,
ao contrário, o levou à oração intensa e fervorosa pela libertação do povo
judeu do cativeiro. Daniel poderia ter feito as contas e ver que o cativeiro
estava chegando ao fim e ter pensado que não precisava mais orar, não havia
sentido orar agora que faltava somente dois anos para acabar. Daniel também poderia
pensar que Deus já havia decretado mesmo a duração do cativeiro, que poderia
cruzar os braços porque quando chegasse o tempo determinado por Deus o fim do
cativeiro iria acontecer de qualquer jeito, que Deus iria fazer tudo e ele não
precisava fazer nada. Daniel poderia até pensar que agindo assim ele estaria
descansando na Soberania de Deus. Mas Daniel não toma nenhuma destas atitudes,
antes ele se põe de joelhos e ora ao Senhor.
Esta
atitude é um exemplo para nós. Muitas vezes desistimos de orar por qualquer
motivo. Aliás, desculpa para não orar não falta em nossos lábios. Às vezes
achamos o desafio grande demais de forma que parece que nem a oração dá jeito.
Às vezes o desafio é a perseverança, mas logo desistimos de orar porque Deus
está demorando demais em responder e achamos, então, que Ele não quer fazer
isso que estamos pedindo. Mas o maior problema da oração é a frieza espiritual,
porque a oração é o termômetro da fé. Quando somos cheios do Espírito Santo
também somos fervorosos em oração, mas quando falta em nós o Espírito Santo nos
tornamos negligentes na oração.
A
Bíblia nos diz que devemos orar sem cessar, orar em todo o tempo, orar com os
irmãos e pelos irmãos, orar com a família e pela família, orar pelos
incrédulos, orar pelos governos, orar sempre e sempre orar. Deus é Soberano
sim, mas a Soberania de Deus não nos isenta de orar. Deus sabe todas as coisas
sim, mas Deus quer que nós apresentemos a Ele as nossas aflições. Deus pode
todas as coisas sim, mas Deus quer que queiramos a intervenção dele em nossas
vidas e venhamos a pedir isso a Ele, porque Deus não é um intruso, não é um
intrometido, Ele é educado e permanece no coração somente de quem quer a sua
presença. O Senhor Jesus Cristo prometeu que vai voltar para buscar a sua
Igreja. Mas o mesmo Jesus que prometeu à Igreja que voltaria, encoraja a Igreja
a viver em oração. Portanto, mesmo que tudo esteja estabelecido por Deus
devemos orar.
Quantas
vezes nós transformamos a teologia reformada calvinista em um motivo de
omissão, de relaxamento espiritual, de descuido espiritual, porque pensamos: Se
Deus já decretou que sou salvo para que orar? Se Deus já decretou quem vai ser
salvo para que evangelizar? Mas o ensino da Soberania de Deus jamais é
contraditório com a responsabilidade humana. Jonas foi para a cidade de Nínive
e ali ele pregou que ela seria destruída porque o Senhor assim falou. Mas
Nínive se arrepende, o povo se humilha, o povo ora e Deus suspende o castigo
que estava lavrado sobre aquela cidade. Deus trouxe salvação em vez de juízo
por causa da oração e do arrependimento daquele povo. Abraão orou por Sodoma e
Gomorra, Deus já havia enviado seus anjos para destruírem aquelas duas cidades
impenitentes, o fogo de Deus caiu sobre as cidades, mas quando Deus estava
destruindo as cidades lembrou-se da oração de Abraão e salvou a Ló e sua
família. O juízo já estava lavrado sobre toda a cidade, mas Deus ouviu a oração
de Abraão e por causa disso Ló foi salvo da destruição. Daniel sabia que Deus é
Soberano o suficiente para levar o povo ao arrependimento, mas ele se humilhou,
ele buscou a Deus e ele colocou a sua alma em fervorosa súplica aos céus para
que Deus pudesse trazer quebrantamento à nação.
O
grande problema é que nós estamos tão acostumados de ver as coisas acontecendo,
independentes de nossas orações, que não temos mais noção do sabor de
contemplar a ação de Deus como resposta de nossas orações. Desafio você a orar.
Orar para engrandecer a Deus, orar para agradecer a Deus, orar para se
humilhar, para se quebrantar diante de Deus, orar para uma causa específica, orar
por uma causa aparentemente perdida, para uma causa que tenha urgência, orar
para pedir a direção de Deus em sua vida, orar para pedir poder de Deus em tua
vida, orar pela conversão de alguém muito querido por você. Encare este desafio
com muita seriedade porque nunca houve tanta necessidade de oração como nos
dias de hoje!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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