segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

UMA VIAGEM TUMULTUADA: O TUFÃO

Depois de tantos incidentes na viagem de navio de Paulo até Roma, chega agora o mais grave de todos: Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão (At 27.14). Quando não se escuta os conselhos de Deus enfrentam-se verdadeiros tufões na vida! O que são os tufões da vida? São aqueles problemas que nos atingem de cheio e que nos deixam desnorteados, desequilibrados emocionalmente, perplexos, sem rumo e sem chão. É um comunicado médico dizendo que a enfermidade é grave. É a morte de um ente querido. É a falência nos negócios. É o desemprego que bate a porta. É o casamento que entra em um processo de separação. É o filho ou a filha que sai de casa. O filho ou a filha que se rebela contra os pais. Filhos que se envolvem com drogas, com a criminalidade. São situações sem controle. Nesta hora, muitos se revoltam contra Deus, como o fez a mulher de Jó, que quando perderam seus bens, seus filhos e Jó a sua saúde, ela lhe disse: ... Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9). Aquela mulher estava acostumada com a fartura e não com a escassez, com a saúde perfeita e não com a enfermidade, com a presença de seus filhos e não sem eles. Muito diferente do posicionamento de Jó que disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor (Jó 1.21)!

O que fazer quando nossa realidade parece virar pó? O que fazer quando a fé e a esperança se dissipam? O que fazer quando tudo que construímos está sendo destruído e/ou abalado? O que fazer quando um tufão atinge sua vida? O que fazer nestas horas? Seguir o exemplo daqueles marinheiros: Cessar a manobra: E, sendo o navio arrastado com violência, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar (At 27.15). Na hora da crise o melhor a se fazer é parar tudo e esperar em Deus! Tire a mão do leme e deixe tudo nas mãos de Deus. Não adianta agir por impulso e nem tomar decisões precipitadas. A melhor maneira de se tomar uma decisão é esperar o temporal passar. No temporal você está vulnerável e não adianta se desesperar nesta hora, não adiante querer dominar a situação, não adianta empreender esforços; deixe que o Senhor manobre a sua vida. Faça o que o salmista disse: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra (Sl 46.10). No momento da crise não é a melhor hora para se tomar decisões, mas é a melhor hora de atentar seus ouvidos à voz de Deus e entregar-se nas mãos de Deus.

Devemos ainda fazer a segunda coisa que aqueles homens fizeram: Jogar fora toda bagagem extra: Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte, já aliviavam o navio (At 27.18). É na hora da crise que temos uma visão clara daquilo que é supérfluo na vida da gente, que você pondera sobre suas prioridades e percebe que está levando uma bagagem inútil, desnecessária e compreende o que realmente é vital na vida. É nessa hora que as palavras de Jesus se encaixam como uma luva: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mt 11.28-29). Na hora da crise o melhor lugar para irmos é nos braços do Senhor Jesus. Lá encontramos paz, descanso, esperança e alívio do pesado fardo que está sobre nossos ombros. Precisamos lançar ao mar todos os empecilhos que estão nos impedindo para esta viagem.

Mas há algo que não pode ser desprezado no momento da tempestade: A responsabilidade humana.  A Soberania de Deus não isenta o esforço humano. É necessário conciliar estes dois fatores. Paulo lutou na tempestade e, de certa forma, ele venceu, mas em muitos momentos vemos a sua reação: Eles mesmos aliviavam o navio de sua carga. E quando Paulo percebeu que os marinheiros queriam abandonar o navio, advertiu o centurião que sem eles não conseguiriam se salvar. Era necessário o esforço humano para superar a tempestade. Às vezes, permanecemos em uma situação deplorável por falta de uma reação, por falta de uma atitude sensata, e Deus fica esperando você tomar esta atitude. Deus não hesita em dar nenhum passo até você, mas em certas circunstâncias, Ele não dá nenhum passo em seu lugar. Existem passos que pertencem a você e Deus está esperando você dar este passo para vir ao seu encontro. Existem atitudes que é você quem tem que tomar. Reaja!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

UMA VIAGEM TUMULTUADA: OS VENTOS BRANDOS

Atos capítulo 27 relata a difícil viagem de navio de Paulo a Roma, viagem esta cheia de incidentes. Diz a Bíblia que Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta (At 27.13). Depois de enfrentarem ventos contrários, ventos parados e passarem um tempo nos bons portos, aqueles homens entram novamente ao mar e passam agora por ventos brandos. Apesar de parecer um momento tranquilo, aqueles ventos brandos eram na verdade uma armadilha, pois eles antecederam a grande tempestade.

Duas coisas aconteceram aqui. Primeiro, não ouviram os conselhos de Paulo: Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, admoestava-os Paulo, dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida (At 27.9-10). Paulo os exortava a não continuarem a viagem naquele momento, mas eles não ouviram seus conselhos. Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia (At 27.11). Tanto é que saíram dali e tentaram chegar a outro porto: Não sendo o porto próprio para invernar, a maioria deles era de opinião que partissem dali, para ver se podiam chegar a Fenice e aí passar o inverno, visto ser um porto de Creta, o qual olhava para o nordeste e para o sudeste (At 27.12). O mar estava calmo e resolveram seguir viagem mesmo sob a admoestação de Paulo.

Este é o perigo dos ventos brandos. Geralmente, não ouvimos a voz de Deus quando tudo está calmo em nossa vida. Como é difícil obedecer a Deus na calmaria do mar! Muitas vezes são necessárias lágrimas, choro e dor para finalmente ouvirmos a Deus. São necessários ventos contrários e parados para nos chocar e nos levar a confrontar a nós mesmo nas atitudes que estamos tendo e na forma de vida que estamos vivendo. Às vezes, é necessário naufragar para enfim percebermos nossos erros e tomar um novo norte na vida. É isso que a Bíblia quer falar quando diz: Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.2-4).

Toda tempestade tem um propósito: Levar-nos ao arrependimento e reavaliar nossas atitudes. As tempestades que enfrentamos na vida vão nos ensinar a confiar no Senhor, por mais que muitas vezes tentamos jogar os problemas que estamos passando no mar do esquecimento. Aqueles homens não ouviram os conselhos de Paulo que queria tão somente que não passassem pela tempestade. A maioria das tempestades de nossa vida são frutos de nossa teimosia, de nossa desobediência, da recusa de ouvirmos conselhos.

Em segundo lugar aqueles homens foram enganados pelos ventos brandos. Tudo de repente ficou calmo e assim acharam que os problemas tinham acabado e não foram precavidos, porque de repente formou-se uma tremenda tempestade. Eles estavam vivendo uma aparente sensação de paz e tranquilidade. Os ventos estão brandos, até parecia que finalmente as dificuldades da viagem tinham terminado, mas não!

Quando tudo anda bem em nossas vidas, quando o céu está azul, sobe a nossa autoestima e os nossos planos, projetos, sonhos e desejos são fortalecidos por esta onda azul. Nisso corremos o risco de nos envaidecer e não ouvirmos aos conselhos, não agirmos com prudência, não sermos mais cautelosos. De repente aparecem raios e trovões avisando que uma tempestade está surgindo e ela vem e varre as nossas vidas e nos coloca de pernas para o ar, sem chão e sem nenhuma sustentação, porque nos pegou desprevenidos. E foi exatamente isso que aconteceu aqui, porque depois dos ventos brandos chegou a grande tempestade e aqueles homens passaram o maior sufoco de suas vidas por não ouvirem os conselhos que Paulo lhes dava. Que Deus te abençoe e te fortaleça para se manter firme em meio às provações desta vida e assim você possa usufruir dos benefícios de suas lágrimas. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

UMA VIAGEM TUMULTUADA: OS VENTOS PARADOS

É fato que as pessoas que amam a Deus e são fiéis a Ele enfrentam tempestades na vida. Parece muito contraditório servir e agradar a Deus, pois quanto mais o fazemos mais as tempestades na vida se intensificam. Isso nos deixa confusos e com dificuldades de conciliar a vontade de Deus com nossas crises. Isso porque o agir de Deus vai muito além do nosso entendimento, principalmente quando passamos por intensas tempestades que descobrem totalmente o telhado de nossa razão, deixando-nos tão desnorteados que nos faz sentir vagando sem nenhuma orientação. Isso aconteceu com Paulo em sua viagem de navio até Roma. A Bíblia diz: Navegando vagarosamente muitos dias e tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos sendo permitido prosseguir... (At 27.7). O que comanda a velocidade do barco a vela é o vento. Se eles navegavam vagarosamente era porque não havia vento suficiente para dar velocidade ao barco. Este incidente estava atrasando a viagem e assim eles demorariam mais tempo para chegarem ao seu destino.

Há dois ditados populares sobre isso. O primeiro diz: “Devagar quase parando”. Às vezes, é dessa forma que segue a nossa vida! Você já enfrentou ventos parados em sua vida? É quando entra ano e sai ano e tudo permanece a mesma coisa, tudo vira uma mesmice. Você tem tantos objetivos, tem metas, tem sonhos, mas parece que as coisas estão estagnadas e você está dando voltas em círculos como se estivesse perdido em uma floresta. Isso te incomoda porque você é uma pessoa arrojada, ousada, sonhadora, mas o tempo passa e você não avança e as coisas não saem do lugar, enquanto que você gostaria mesmo era de avançar e de ver resultados. São situações que permanecem as mesmas, conflitos que nunca se resolvem, soluções que não chegam, o socorro que não vem e você não sabe o que fazer. O sentimento que predomina é o de impotência, incapacidade, frustação por não conseguir encontrar uma solução.

Outro ditado popular diz: “Devagar se chega lá”. É verdade! Se o problema fosse apenas os ventos parados aquele navio teria chegado a Roma sem nenhum outro incidente. O tempo realmente é um aliado tremendo na formação de nosso caráter. Deus utiliza esta ferramenta de maneira sábia e de uma forma impressionante para transformar nossa vida a cada dia e nos aproximar dele. Mas quando você é uma pessoa arrojada, não é nada fácil de ver seus sonhos, seus objetivos e suas metas paradas, estagnadas por motivos alheios à sua vontade. Por outro lado, quando você não aceita o agir de Deus em sua vida, o sentimento que predomina é a revolta e a mágoa, distanciando-se cada vez mais de Deus, porque uma coisa que Deus não tem é a pressa e não é nada fácil de harmonizar isso com nosso imediatismo.

Quero te dizer uma coisa: Se os ventos estão parados em sua vida saiba que Deus está no controle. É Ele quem domina o vento. Quando Jesus acalmou uma tempestade no Mar da Galileia aqueles homens que estavam no barco disseram: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedece (Mt 8.27)? Deus está querendo lhe dizer alguma coisa. Mostrar-te um caminho que você está desprezando ou não está percebendo. Levar-te a enxergar novos horizontes. Mesmo vagarosamente Deus está te levando para o destino glorioso que Ele preparou para você. Tenha paciência e seja persistente na fé e não se revolte com Deus. Nunca se esqueça de que os planos de Deus são muito melhores e mais perfeitos que os seus. Isaias nos diz: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8-9). Deus é Soberano porque em nenhum momento qualquer de seus propósitos pode deixar de ser cumprido. Se isso pudesse acontecer um dia Ele não seria chamado de Deus Onipotente, o Deus ilimitado que pode todas as coisas. Que Deus te abençoe e te dê paciência e lhe ajude a suportar os momentos de ventos parados em tua vida! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 17 de dezembro de 2022

JULGAMENTO FINAL SEM POSSIBILIDADES DE RECURSOS

Definitivamente, o crime compensa no Brasil. Diante de nossa incapacidade de reação nos sentimos desamparados. Apesar de toda indignação e revolta precisamos tomar cuidado para não incorrermos no erro do salmista quando este começou a observar a vida dos ímpios. Ele desabafou dizendo: Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos (Sl 73.2). Quando ele começou a dar atenção para a prosperidade dos ímpios nesta vida, aquele homem quase se desviou de seu caminho. Creio que se passou em sua mente de que era inútil praticar a bondade e ser íntegro nesta vida. Com certeza ele se sentiu largado, à mercê de toda mancomunação daqueles que não temem a Deus. O mesmo pode acontecer conosco se darmos muita atenção ao que está acontecendo e desprezar o que vem depois disso tudo. Devemos aprender com o salmista que, à beira do abismo se atinou para um detalhe primordial quando disse: Até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles (Sl 73.17). É para esta parte final que nossos olhares devem estar fitos.

Não devemos nos esquecer de que, apesar de sermos de Deus, todo este mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19), o que significa que o mundo todo está, de certa forma, sob o controle de Satanás. Isso implica na verdade de que ninguém é capaz de escapar da influência do diabo sem o socorro de Deus. A verdade é que pertencemos a Deus, mas vivemos hoje misturados com aqueles que não são filhos de Deus. E em seu ministério Jesus ensinou que os filhos deste mundo são muito mais espertos do que os filhos de Deus, o quer dizer que, neste mundo, eles terão muita mais vantagem sobre os filhos de Deus. Em outra oportunidade Jesus chegou a dizer que estes que vivem sob a influência maligna são filhos do diabo.

Pensando nestas verdades, precisamos trazer em nossa mente a parábola do joio. Nesta parábola o joio são os filhos do diabo e o trigo os filhos de Deus. É a parte final que vem o consolo quando Jesus disse: DEIXAI-OS CRESCER JUNTOS ATÉ À COLHEITA, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro (Mt 13.30). A queima do joio significa o inferno e o celeiro é o Céu. Também não podemos nos esquecer do que Jesus falou sobre o grande julgamento de Deus: Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, E ELE SEPARARÁ UNS DOS OUTROS, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, DIRÁ O REI AOS QUE ESTIVEREM À SUA DIREITA: VINDE, BENDITOS DE MEU PAI! ENTRAI NA POSSE DO REINO QUE VOS ESTÁ PREPARADO desde a fundação do mundo. Então, o Rei DIRÁ TAMBÉM AOS QUE ESTIVEREM À SUA ESQUERDA: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.31-34,41). Neste julgamento final não haverá nenhuma possibilidade de recursos, pois quem é aquele que pode confrontar a Deus? Neste dia serão tratadas toda nossa indignação das tantas injustiças que nossos olhos viram e toda nossa revolta por tantas injustiças praticadas neste mundo. Esta ferida em nosso coração será curada pelo próprio Senhor.

João estava exilado injustamente em uma ilha. Com certeza ele estava indignado e revoltado com esta sentença, mas ele recebeu do Senhor consolo e viu aquilo que nossos olhos da fé precisam enxergar nos dias de hoje. João disse: Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. ENTÃO, SE ABRIRAM LIVROS. AINDA OUTRO LIVRO, O LIVRO DA VIDA, FOI ABERTO. E OS MORTOS FORAM JULGADOS, SEGUNDO AS SUAS OBRAS, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E FORAM JULGADOS, UM POR UM, SEGUNDO AS SUAS OBRAS (Ap 20.11-13). Que esta seja a nossa esperança. Que Deus abençoe seu coração que deve estar tão atribulado quanto o meu e te conservas na integridade em meio a tantas injustiças praticadas neste nosso Brasil. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

UMA VIAGEM TUMULTUADA: OS VENTOS CONTRÁRIOS PARTE 2

Atos capítulo 27 relata a viagem de Paulo de navio a Roma. Foi uma viagem difícil, com muitos incidentes. A Bíblia diz: Partindo dali, navegamos sob a proteção de Chipre, por serem contrários os ventos (At 27.4). Deus queria Paulo em Roma, mas mesmo Paulo estando dentro dos propósitos de Deus a viagem não foi tranquila e de acordo com o texto o primeiro contratempo da viagem foram os ventos contrários. Sempre enfrentamos ventos contrários no decorrer desta vida, mas o que eles podem nos ensinar? A primeira lição que os ventos contrários nos ensinam é que os ventos são autônomos. Falando sobre o vento a Bíblia nos diz: O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai... (Jo 3.8). Isso significa que o vento sopra à revelia! Não segue a nossa vontade! Não obedece ao curso de nossas vidas! Ele é independente! Assim são as dificuldades em nossas vidas. Nós não as procuramos e muitas vezes até tentamos evitar elas, mas elas insistem em aparecer de tal forma que são inevitáveis na vida. Elas sempre farão parte de nossa vida de uma maneira ou de outra.

Às vezes, as dificuldades em nossas vidas são frutos daquilo que semeamos, consequências de uma desobediência, de uma atitude mal pensada, de uma precipitação, de uma teimosia por não ouvirmos conselhos e não atendermos a muitos irmãos que Deus envia para nos alertar. Mas, às vezes, você faz tudo certinho e elas aparecem de repente e você não pode fazer nada para evitar que isso aconteça, porque os ventos contrários são autônomos. E da mesma forma o agir de Deus não está conectado à nossa vontade, pois a Bíblia diz: O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor (Pv 16.1). O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos (Pv 16.9). A palavra final é de Deus.

A segunda lição é que existe algo muito perigoso que muitos o fazem na hora da tempestade: Soltar o leme e seguir a direção do vento. Muitas pessoas não suportam os ventos contrários de suas vidas. Muitos não resistem à força do vento e se entregam, penduram a chuteira, jogam a toalha. São pessoas que acham que estavam equivocadas, que acham não valer a pena ser fiel e perseverar até o fim. São pessoas que desistem fácil de seus sonhos, que mudam seus ideais conforme as circunstâncias, que não estão dispostas a pagarem o preço da coroa que lhes espera no final, não estão dispostos a carregarem a cruz de Cristo nesta caminhada.

Os ventos contrários provocam em nós duas situações: Ou a submissão ou a revolta. Se nos submetemos à vontade de Deus somos fortalecidos e transformados a cada dificuldade. Se nos revoltamos concluímos que não vale a pena servir a Deus. Tanto é que, daqueles que não servem a Deus, creio que há mais pessoas revoltadas com Ele do que incrédulos que nele não crê. Mas não é assim que devemos agir nos ventos contrários. Antes, devemos permanecer firmes para seguir os propósitos de Deus. Vale a pena persistir porque, apesar dos ventos serem contrários, a vontade de Deus prevalecerá. O destino de Paulo não era o fundo do mar, não era nenhuma ilhota, nenhum lugarejo, mas era Roma, a capital do Império Romano. Este era o propósito de Deus na vida de Paulo e o inimigo pode ter enviado ventos contrários para tentar afastar Paulo dos propósitos de Deus, mas a Bíblia nos diz que:  ... maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo (1 Jo 4.4).E João diz: Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10). E diz ainda: Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3.11). A recompensa no final é certa e segura.

A terceira lição é um consolo nos ventos contrários: Eles não são permanentes. Os ventos contrários não são para sempre. As tempestades não perduram por toda a vida. Um dia a dificuldade cessa. A Bíblia diz que: ... Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.5). É maravilhoso o equilíbrio de Deus! Ele não somente não permite que sejamos tentados além de nossas forças, como também não permite que vivêssemos em aflições constantes. Ele sempre prepara um descanso, um repouso para seus filhos. O seu choro não vai durar a vida toda. Deus tem um odre em que guarda todas as suas lágrimas e um dia ele vai assisti-las e vai enxugá-las de seu rosto. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

UMA VIAGEM TUMULTUADA: OS VENTOS CONTRÁRIOS – PARTE 1

Por que as pessoas que amam a Deus e são fiéis a Ele enfrentam tantas tempestades na vida? Por que quanto mais procuramos agradar a Deus mais as tempestades na vida se intensificam? Como conciliar minhas vontades com a vontade de Deus? E como conciliar a vontade de Deus com minhas crises e tempestades? Não é nada fácil encontrar respostas a estas perguntas. Até porque as respostas exigirão de nós submissão, fé e esperança e todas estas coisas se chocam com nosso imediatismo. O agir de Deus é para nós um grande mistério! Ele vai muito além do nosso conhecimento e de nossas limitações. Este agir enigmático de Deus nos faz compreender um pouco de nossas crises somente depois delas passarem, embora, muitas vezes, vamos entender as coisas somente quando cruzarmos a linha de chegada à eternidade. Pensamos que ao chegar lá vamos ter muitas perguntas para fazer e esperamos ouvir muitas explicações do Senhor, mas a eternidade é autoexplicativa, ao adentrarmos lá já contemplaremos muitas respostas e entenderemos muitas coisas.

Enquanto isso, por aqui, é fato que mesmo nós andando segundo a vontade de Deus enfrentamos nesta caminhada intensas tempestades, que muitas vezes mais parecem verdadeiros tufões, que descobrem totalmente o telhado de nossa razão, verdadeiros terremotos que tira o chão do nosso pé e nos faz sentir vagando sem nenhuma sustentação. Isso é um fato que acontece em nossas vidas, tanto é que, talvez, você esteja hoje com algumas tensões em seu coração, enfrentando, quem sabe, uma grande tempestade na vida, uma imensa tristeza no coração, uma profunda depressão que te faz perder o sentido da vida. Caso você esteja vivendo uma situação assim precisa ler com muita atenção este texto para encontrar conforto e encorajamento.

Atos capítulo 27 relata a viagem de Paulo de navio a Roma. Foi uma viagem difícil, com muitos incidentes. A Bíblia diz: Partindo dali, navegamos sob a proteção de Chipre, por serem contrários os ventos (At 27.4). O primeiro contratempo da viagem foram os ventos contrários. Apesar de Paulo estar dentro dos propósitos de Deus, pois este o queria em Roma, vimos aí a primeira contradição da viagem. O destino deles não era Chipre, era Roma, mas os ventos não permitiam que seguissem a sua rota. Antes, Eles estavam navegando por uma rota não planejada. Você já enfrentou ventos contrários em sua vida? Quem nunca? São ocasiões em que você tinha um propósito firme de andar em uma direção e tudo te faz andar em uma direção oposta. É uma viagem que você tem que adiar. São umas férias que você tem que interromper. São planos, projetos na vida que pareciam tão certos e te traria resultados tão positivos e de repente são frustrados. É um atraso na sua formação, naquela promoção tão esperada. É um namoro, um noivado que tudo indicava que terminaria em casamento, mas de repente tudo se acaba. É o casamento que entra em crise. É a frustação da estabilidade financeira tão esperada depois da faculdade, mas de repente você percebe que nada é como você pensava, planejou e esperava.

Há momentos em nossa vida em que parece que somente os ventos contrários estão soprando sobre ela. São situações que perduram por um longo tempo e isso desgasta seu ânimo, seu vigor, sua motivação, seus sentimentos. E para piorar, quando estamos vivendo situação assim, parece que os problemas nunca vêm sozinhos, mas sempre acompanhados de outro, chegando como em um efeito cascata. Já viveu aquele mês apertado, negativo, e justamente naquele mês o carro quebra, a geladeira dá pane, a máquina de lavar roupa estraga, o motor do portão queima. Quem nunca viveu situação assim? Apesar das dificuldades da vida a Bíblia nos desafia a viver feliz em meio a elas. Paulo diz: Meus irmãos tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações (Tg 1.2). E Pedro diz: Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações (1 Pd 1.6). É propósito de Deus a nossa perseverança mesmo em tempestades. Que Deus te abençoe e te ajude a suportar as aflições desta vida. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 10 de dezembro de 2022

A VIDA PÓS-MORTE: ESTADO E DESTINO PERMANENTE

A Bíblia apresenta dois únicos destinos para a vida após a morte: O Céu ou o inferno. No Céu o estado é de gozo e alegria, enquanto que no inferno é de tormento. A questão é: Há possibilidade de alteração de estado e do destino após a morte? Existe salvação ou condenação após a morte? Quem está no inferno pode um dia ser perdoado e salvo e se mudar para o Céu? Há muitas teorias por aí que diz que sim. A teoria da reencarnação que ensina que o espírito é aperfeiçoado a cada vez que se reencarna. A teoria do purgatório que ensina que a alma não esta nem no Céu e nem no inferno, abrindo possibilidades de salvação a depender das orações pelos vivos. Mas a Bíblia diz claramente que isso não é verdade. Ela diz que após a morte cessa todas as oportunidades. Ela diz que: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9,27). E Jesus, falando dos cabritos que estavam a sua esquerda e das ovelhas que estavam a sua direita, disse: E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna (Mt 25:31-46). Os cabritos representavam os perdidos, os condenados ao inferno e as ovelhas representavam os salvos. Observe que em ambos a situação será eterna. E o profeta Daniel, falando dos últimos dias, disse: Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno (Dn 12.2). Note que mais uma vez a Bíblia diz que a situação de ambos são eternos.

Depois da morte não haverá mais apelos divinos para mudar de rumo, não haverá mais apelos para voltar para casa, mas somente o silêncio vazio, reflexo de um passado negligente, por não ter sido aproveitado a tempo as oportunidades. Quem estiver no Céu ali ficará por toda a eternidade e quem estiver no inferno ali estará por toda a eternidade. Falando do Céu, a Bíblia confirma isso quando diz: Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos (Ap 22.3-5). E quanto ao inferno ela diz: E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga (Mc 9:43-48). Quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão.

Jesus, falando sobre os dois destinos da vida após a morte, conta a parábola do homem rico e Lázaro, em que Jesus demonstra o gozo de Lázaro no Céu e do tormento do homem rico no inferno. Jesus disse: Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós (Lc 16.25-26). Jesus está dizendo que o estado e o destino da vida após a morte são permanentes.

Concluímos que há vida após a morte, que esta vida é eterna, que há somente dois destinos para o homem na eternidade e que estes destinos são permanentes após a morte. Portanto, não há como ficar em cima do muro, ou você vai para o Céu ou vai para o inferno. Ambas as situações de salvação ou condenação são eternas, por mais que pareça estranho à nossa compreensão.

Pense com seriedade em seu destino após a morte. Preocupe-se intensamente com o destino de sua alma. Que Deus te abençoe e te conduza ao arrependimento e à confissão de seus pecados e assim converta seu coração e regenere a sua alma, livrando-a do tormento do inferno. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 3 de dezembro de 2022

A VIDA PÓS-MORTE: A REALIDADE DO INFERNO

O inferno é real? Se Deus é amor não é contraditório Ele condenar homens ao inferno? A Bíblia nos apresenta dois únicos destinos para a vida após a morte e o inferno é um deles. Se por um lado é bom falar do Céu, falar do inferno não é fácil. Não é nada simples falar sobre os milhões e milhões de pessoas que passarão a eternidade no inferno. Porém, por mais que nos cause desconforto e provoquemos indignação a quem nos ouve, não podemos desprezar e negligenciar a doutrina sobre o inferno porque ela é parte da Teologia Bíblica. Ocultar este ensino não demonstra amor aos pecadores, antes, devemos seguir o exemplo de Jesus e de seus apóstolos que ensinaram sobre ele repetidamente. Certo momento Ele disse: Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28).  Não há como deixar de observar a seriedade com que Jesus alertou sobre esse terrível lugar.

Sem a existência do inferno o Céu não teria sentido, porque não pode haver um paraíso sem um inferno, pois se não há um inferno todos os caminhos conduzem ao mesmo local. E se todos os caminhos conduzem ao mesmo local, não faz diferença qual caminho você toma, e cessam de existir também diferenças entre a bondade e a maldade. Por isso, a existência do inferno dá todo sentido ao Céu. É o horror do inferno que faz o Céu ser tão esplendoroso. A grandeza da salvação é vista em oposição ao horror da perdição. É a condenação ao inferno, que tanto tememos que dá sentido à justiça de Deus. Deus rege um mundo moral onde a bondade e a maldade é diferenciada e ambas resultam em consequências opostas.

E como será o inferno? O inferno será um lugar onde não haverá amor. Antes, nele estará a miséria, o ódio, a malícia, a inveja e o ciúme. Não haverá ali nenhuma compaixão, nenhuma meiguice, nenhuma atenção, nenhuma preocupação desinteressada pelos outros, mas somente o choro e lamentação ininterruptos. O inferno será verdadeiramente um lugar de trevas ininterruptas e absolutas. Não trevas literais, físicas, mas as trevas da maldade, da perversão e da impiedade. O inferno será um lugar do qual toda a bondade terá sido expurgada. E lá não haverá, como aqui tem havido para os desobedientes e incrédulos, a luz refletida da bondade e da justiça de Deus.

Dizem que um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas ao inferno. Mas o inferno não é algo que Deus tenha acrescentado ao destino dos incrédulos, mas sim a consequência natural de suas escolhas. Jesus afirmou que o inferno não foi preparado, primeiramente, para o homem, quando disse: Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Mas depois da queda de anjos, houve a queda do homem e o inferno passou a ser também o destino dos homens decaídos e não regenerados. E para livrar o homem de ir para o inferno é que Deus providenciou a salvação. A Bíblia diz que: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Por isso, o homem que permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho de Deus, seu destino será o inferno. A Bíblia confirma isso quando diz: Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus (Jo 3.36).

Portanto, todos os que irão para o inferno ali estarão porque escolheram contra a vontade e a misericórdia de Deus. Por isso, os que vão ao inferno terão recebido exatamente o que mereciam por ter posto Deus fora de suas vidas. Por isso, o inferno é um lugar onde as pessoas estarão conscientes de seus erros e de suas escolhas. Contudo, Jesus ensina que é possível livrar-se de ir para o inferno. Os seguidores de Jesus Cristo, por confessarem os seus pecados, por negarem a si mesmo, por tomarem a sua cruz livram-se da condenação do inferno. Enquanto que aqueles que não se arrependem de seus pecados enquanto aqui estão, terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento no inferno.

O inferno não é uma contradição com o amor de Deus. Pagãos e adeptos de outras crenças afirmam que o cristianismo apresenta um Deus um tanto malvado por enviar pessoas ao inferno, ao invés de perdoá-las. Mas não devemos duvidar da identidade do Criador, do conjunto do seu ser e da ação dos seus atributos. Deus é amor, mas devemos lembrar que Ele também é justiça. A imagem que algumas pessoas têm de um Deus bonachão que passa a mão sobre a cabeça das pessoas é pagã. E uma das tendências humanistas da pós-modernidade é crer na impunidade do homem diante de Deus. É a famosa concepção de que Deus é bom e vai entender as fraquezas humanas, isentando o homem de um juízo segundo as suas obras. Mas isso não é verdade! Não se deixe iludir por estas vãs filosofias.

Não devemos nos calar sobre o inferno porque muitos estão a passos largos em seu caminho. Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus, no Céu, sem que se arrependam de seus pecados. A realidade do inferno será muito pior do que as figuras sugerem, porque o inferno é o lugar onde Deus não está presente, é o lugar onde há a absoluta ausência de Deus. Nada há mais pavoroso do que isso! E você, crê na existência do inferno? Tem feito alguma coisa procurando livrar-se da condenação do inferno? Que Deus te abençoe e lhe conduza a fazer a única coisa que pode te livrar da condenação do inferno: Crer em Jesus Cristo! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

A VIDA PÓS-MORTE: A REALIDADE DO CÉU

Há vida após a morte e ela é eterna. Então, para onde vamos? A Bíblia nos ensina que há somente dois destinos na vida pós-morte no qual cada destino oferta aos seus destinatários uma situação de vida completamente opostas entre si. Uma oferece gozo e alegria, enquanto que na outra há tormentos e angústias. E quais são estes destinos? A resposta é simples e conhecida por todos: O Céu e o inferno. Apesar de haver muitas outras teorias sobre a vida após a morte, a única que a Bíblia sustenta é a existência do Céu para aqueles que se entregaram ao Senhor e do inferno para aqueles que rejeitaram a salvação de Deus. Hoje vamos falar do Céu, que por suas características e promessas magníficas de encerramento de uma vida de tormentos e uma vivência feliz e plena com Deus, é muito mais aceito e mais almejado que o inferno.

E o que é o Céu? O Céu não é um estado, mas sim um lugar. Jesus confirma isso quando diz: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também (Jo 14.1-3). Por estas palavras podemos concluir que o Céu é a morada de Deus. É o lugar onde a presença de Deus habita de forma especial e de onde Ele governa todas as coisas. O Céu é a habitação de Deus e o próprio Jesus declara esta verdade. Ele ensina aos seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma: Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6.9). E é justamente a presença de Deus que diferencia o Céu do inferno. Mas dizer que o Céu é a habitação de Deus não significa que Ele está presente somente ali. A Bíblia afirma claramente que Deus é Onipresente, ou seja, Ele não está sujeito aos limites de espaço e tempo. Por isso, Deus está presente em toda parte e em todo tempo. Quanto a isso, Deus, falando através do profeta Isaías diz: Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso (Is 66.1)? Portanto, nesse sentido, devemos entender que o Universo inteiro é o lugar da morada de Deus.

Todavia, é no Céu em que é sentida a manifestação mais plena e esplêndida da presença de Deus. Ali, a sua glória é manifestada de forma indescritível e admirada pelos redimidos que já partiram desta terra e pelos santos anjos que proclamam incansavelmente a santidade e a majestade de Deus. Com todas estas característica é certo afirmar que o Céu é um lugar de descanso, de gozo e alegria pela presença de Deus. João nos diz isso no livro de Apocalipse quando diz: Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.3-4). A vida no Céu será tão maravilhosa que a Bíblia nos diz: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). Olha a maravilha do Céu! Nele vamos conseguir esquecer esta nefasta vida que vivemos hoje.

Mas como se esquecer desta vivência tão amarga? Como esquecer toda a crueldade assistida por nós? Como esquecer todas as injustiças praticadas neste mundo? Como esquecer todas as tribulações vividas? Vamos conseguir esquecer toda esta vida de angústias que vivemos hoje somente se a glória da vida futura for muito maior que a funesta vida que vivemos hoje. Paulo confirma isso quando diz: Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.17-18). Somente por este fato é motivo mais do que suficiente para ansiarmos pelo Céu. E você, crê na existência do Céu? Crê no gozo do Céu pelos redimidos por Deus? Você já foi redimido para viver no Céu? Que Deus te abençoe e desperte em seu coração o desejo de ir morar no Céu e assim te conduza ao arrependimento para remissão de seus pecados. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


sábado, 26 de novembro de 2022

A VIDA PÓS-MORTE: COMO ELA É?

A Bíblia diz que há vida após a morte. E como será esta vida? A vida após a morte é completamente oposta à vida terrena que hoje vivemos. Aqui somos mortais, lá seremos imortais. Aqui vivemos temporariamente, lá viveremos eternamente. Na vida atual que vivemos nascemos com data de validade, nascemos para um dia ter um fim, enquanto que na vida pós-morte viveremos eternamente. Jesus confirma esta teoria quando diz: Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida (Mt 6.27)? Tais palavras nos ensinam que quando chegar a hora, não há como escapar do final de nossa existência neste mundo. E este princípio é aplicado a todos, independentemente de você ser nobre ou plebeu. E Salomão, falando sobre a morte do corpo e da eternidade do espírito, diz: E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.1-7). Quanto à vida pós-morte Jesus diz: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24). Jesus está nos dizendo que a nossa vivência no além não tem fim.

Quanto a este assunto Jesus é o nosso maior exemplo. Ele ressurgiu após ter sido morto na cruz e levado para o sepulcro. Jesus revive para derrotar a morte e para que nunca mais acreditemos no trágico desfecho do túmulo. Na vida que vivemos hoje, nosso corpo é mortal, ele não somente envelhece e morre como também adoece. Paulo, ao falar sobre a ressurreição do corpo, apresenta a analogia entre este corpo mortal em que hoje vive nossa alma e o corpo glorificado da ressurreição: Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória (1 Co 15.52-54). A ressurreição de Jesus é a garantia de nossa ressurreição. Assim como Jesus ressuscitou com um corpo imortal, assim será também a nossa ressurreição, oportunidade em que receberemos, da parte de Deus, um corpo imortal e nele viveremos eternamente.

Pela ressurreição de Cristo podemos afirmar que há vida após a morte e ela é eterna. E esta analogia entre nossos corpos faz da promessa divina da vida eterna uma das mais magnificentes. E é nas promessas de Jesus que mais somos despertados para a vida eterna. Um dia Ele disse: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24). Disse ainda: Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna (Jo 6.47). E João, escrevendo para a Igreja disse: Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus (1 Jo 5.13). Em todos estes textos e em muitos outros, a Bíblia nos apresenta a vida eterna como garantia de quem nele crê. Portanto, a vida após a morte será uma vida eterna.

E na vida que vivemos hoje sofremos e choramos por causa do pecado. Jesus nos alertou quanto a isso quando disse: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). Contudo, na vida após a morte tudo será diferente. João, ao descrever sobre esta vida diz: Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.3-4). E João ainda diz: Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos (Ap 22.5). Podemos concluir que há vida após a morte e que esta vida será eterna. E você, crê na vida após a morte? Crê que esta vida é eterna? Está preparado para se encontrar com Deus? Que o Senhor te abençoe e prepare seu coração para adentrar na eternidade. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 


A VIDA PÓS-MORTE: HÁ VIDA APÓS A MORTE?

O assunto sobre a morte e o pós-vida desafia a humanidade desde os primórdios da civilização. Os homens procuram as respostas nas filosofias sobre o tema, na ciência, mas resposta lógica a este raciocínio se encontra mesmo é na Palavra de Deus. E a humanidade, com todos os seus avanços tecnológicos e com toda sua pompa de modernidade precisa urgentemente descortinar a morte e a vida pós-morte à luz da verdade.

De acordo com a Bíblia há vida após a morte com toda certeza. E sobre a continuidade da vida, há um raciocínio que precisa ser analisado com muita seriedade: Será que Deus, este Ser Supremo, Criador do Universo, criou suas criaturas e tudo o que existe na Terra para que nós, seus filhos, vivêssemos por apenas um punhado de tempo e depois desaparecêssemos para sempre? Se assim fosse a vida não faria sentido e muito menos seria ela coerente. O Apóstolo Paulo nos fala sobre isso quando diz: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens (1 Co 15.19).

O fato de não haver esperança de uma vida futura, eterna, na glória do Céu, nos tornaria pessoas tristes e anularia o amor e a justiça de Deus, pois não haveria promessa de gozo eterno aos justos e nem castigo eterno aos ímpios. Tanto era a certeza de Paulo de uma vida após a morte que em outra oportunidade ele diz: Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fl 1.23). Paulo confirma a existência de vida após a morte.

E Salomão, falando sobre a morte do corpo o qual ele considera pó da terra, diz: E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.1-7). Salomão está dizendo que a morte na carne é o fim de um ciclo temporário neste mundo e o início de outro muito mais amplo, no lado de lá. Entretanto, nenhum outro nos dá tanta certeza de uma vida após a morte do que o Senhor Jesus. Em seu ministério, por várias vezes Ele falou sobre este assunto. Em uma delas disse: Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo (Jo 5.28,29).

Jesus nos garante que há vida após a morte. E Paulo atrela a certeza de vida após a morte pela ressurreição de Jesus quando disse: Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram (1 Co 15.16-18).

Deus não nos deu a vida para depois desaparecer conosco, deixando um monte de gente com saudade para trás e sem esperança de um possível reencontro. Ele não nos criou para vivermos uma breve vida cheia de tribulações, angústias e muitos sofrimentos para depois desaparecermos sem nunca conhecermos uma vida plena, sem as maldições trazidas pelo pecado. Deus não nos criou e permitiu a perversidade no mundo para depois não reservar um dia para um ajuste de contas e condenação aos perversos.

A vida após a morte é real. A Palavra de Deus nossa dá esta certeza e a ressurreição de Jesus á a nossa garantia. A vida pós-morte não pode ser comprovada cientificamente, não pode ser demonstrada e nem mensurada em um experimento científico, mas ela é comprovada pela Palavra de Deus. Ai entra um elemento extremamente importante o qual é o princípio e o guia para nosso destino após a morte: A fé. E aí? Você crê que há vida após a morte? Você está preparado para adentrar na vida após a morte? Que Deus te abençoe e lhe traga certeza de continuidade da vida após a morte, Amém!

Luiz Lobianco


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

AS ESCOLHAS DE UM POVO E SUAS CONSEQUÊNCIAS!

 

É sábia a escolha do povo? Ela é sensata? Há bom senso em suas escolhas? Ela passa pelo crivo da prudência? Ela é fruto de uma ponderação criteriosa? Ela está alinhada aos princípios de Deus? Quando olhamos para a História vemos que não! Quando havia apenas duas pessoas na Terra ambas fizeram a escolha errada e totalmente desalinhada com Deus. Foi o que aconteceu com Adão e Eva e todos nós vivemos até hoje as suas consequências! Depois, enquanto Noé pregava o dilúvio, toda a comunidade zombava dele e desprezaram a oportunidade que lhes era oferecida, pois decidiram desprezar o que Noé falava e trágicas foram as consequências dessa escolha. Não foi diferente com Moisés! Nas primeiras pragas o povo se motivou, mas quando faraó endureceu e aumentou o rigor sobre eles, o povo se voltou contra Moisés. Pacientemente, Deus ignorou a rebeldia do povo e prosseguiu em sua libertação. Mas mesmo depois de serem libertados pela mão poderosa de Deus o povo não conseguia permanecer em seus princípios. Surgem inimigos? Insurgem-se contra Moisés e Deus! Faltou água? Voltam-se contra Moisés e Deus! Faltou comida? Rebelam-se contra Moisés e Deus! Quem conhece a história sabe muito bem das consequências destas rebeliões. Foram tantas as rebeldias que em determinado momento Deus queria aniquilar o povo e ficar apenas com Moisés e fazer dele uma nova geração. Ele já havia feito isso com Noé e sua família! Mas, pela intercessão de Moisés, Deus muda da ideia de aniquilar aquele povo, mas somente permitiu a entrada do povo na terra prometida quando todos estes morreram no deserto. Que trágica consequência! Esta penalidade pela rebeldia do povo demorou 40 anos para ser totalmente cumprida. Em todo este tempo o povo e seus filhos que futuramente iriam entrar na terra prometida viveu andarilho em um deserto, fruto de suas escolhas.

Depois da posse da terra prometida Deus estava governando o povo através de seus profetas e juízes. Mas o povo chega para Samuel, que governava o povo por intermédio de Deus, e exige um rei para governá-los. Samuel se entristece profundamente, mas Deus lhe consola quando lhe diz: Disse o Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, POIS NÃO TE REJEITOU A TI, MAS A MIM, PARA EU NÃO REINAR SOBRE ELE (1 Sm 8.7). Mesmo indignado e rejeitado Deus atendeu ao povo e lhe escolheu um rei: Saul! Foi tão trágico o seu reinado que em determinado momento Samuel o procurou e lhe disse: Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. Então, disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor e as tuas palavras; PORQUE TEMI O POVO E DEI OUVIDOS À SUA VOZ. Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o Senhor. Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do Senhor, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel (1 Sm 15.23-26). Depois de um tempo, finalmente veio a penalidade pela rebeldia: Os filisteus perseguiram Saul e seus filhos e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul (1 Cr 10.2). Mesmo com a morte de Saul e de seus filhos Deus continuava indignado, até que: Então, foi Davi e tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da praça de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que feriram Saul em Gilboa. Dali, transportou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados. Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. DEPOIS DISTO, DEUS SE TORNOU FAVORÁVEL PARA COM A TERRA (1 Sm 21.12-14). É muito sério isso! Foram décadas amargas por causa da decisão de um povo!

Quero destacar uma rebeldia muito contextualizada com nossos dias. Todos estes fatos acima nos mostram as escolhas erradas e suas consequências, mas nenhuma outra foi tão repugnante quanto à aquela que envolveu o Filho de Deus, Jesus Cristo. A Bíblia diz que Jesus veio para o que era seu, E OS SEUS NÃO O RECEBERAM (Jo 1.11). Esta rejeição culminou no julgamento de Jesus por Pilatos que dizia ao povo: É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus? ENTÃO, GRITARAM TODOS, NOVAMENTE: NÃO ESTE, MAS BARRABÁS! ORA, BARRABÁS ERA SALTEADOR (Jo 18.39-40). A vontade do povo foi atendida por Pilatos: Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. SOLTOU AQUELE QUE ESTAVA ENCARCERADO POR CAUSA DA SEDIÇÃO E DO HOMICÍDIO, A QUEM ELES PEDIAM; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles (Lc 23.24-25). E o pior aconteceu no final: Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco! E O POVO TODO RESPONDEU: CAIA SOBRE NÓS O SEU SANGUE E SOBRE NOSSOS FILHOS (Mt 27.24-25)! O povo escolheu que um ladrão fosse solto ao invés do inocente Filho de Deus. Cerca de 37 anos depois, no ano 70 d.C., quando a maioria destes já estavam mortos e agora seus filhos eram adultos, aconteceu a tragédia! Liderados por Tito, general Romano, Jerusalém foi invadida e a História diz que: “Os legionários, irritados com a resistência dos judeus, promoveram um verdadeiro banho de sangue (foram pelo menos 100 mil mortos) e terminaram por incendiar o Templo de Jerusalém, escravizando os sobreviventes”. Devastada Jerusalém o povo judeu foi espalhado pelo mundo todo, permanecendo assim até 14 de maio de 1948. Quase dois mil anos colhendo as consequências da escolha de seus pais no passado.

Escolhas erradas, tristes consequências. Um povo nunca deixou de ser responsabilizado pelas suas escolhas e as consequências delas alcançam as gerações vindouras. Que Deus seja benigno e misericordioso para conosco e faça resplandecer sobre nós o seu rosto. Que nossas escolhas sejam sábias, ponderadas, coerentes e feitas com bom senso. Que nossas palavras sejam as do rejeitado Jesus Cristo, que mesmo injustiçado na cruz disse: Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM (Lc 23.34). Que esta seja a oração de hoje da Igreja de Deus, porque Jesus, nosso maior exemplo, perdoou aos que o crucificaram, mas não os isentou das consequências. Igualmente, pagaremos todos juntos o preço da imprudência, mas termino com as palavras de Paulo que disse: Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3.13). Que Deus assim nos abençoe e tenha misericórdia de nossa geração vindoura! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

A SIMETRIA DA VIDA

A transformação que ocorre em nosso corpo ao longo da vida é deprimente. Nascemos com um corpo tão delicado, tudo tão novinho, tão fofinho, mas o tempo é tão cruel com este corpo que o transforma a cada dia que passa, tanto que ao longo dos anos seu produto final nem se compara com sua origem, pois o novo se transformou em velho e a delicadeza e fofura demudou-se para rude, murcho, áspero e desgracioso. Nascer não teria sentido algum se não fosse o segundo elemento de nossa vida: A alma. Se por um lado o corpo regride em seu aspecto ao longo da vida, por outro o desenvolvimento da alma é magnifico. Quando estamos ainda nenê somos totalmente dependentes, fortemente egoístas por querer que o mundo gire somente ao nosso redor e ao nosso favor, extremamente carentes e exigentes de toda atenção. Com o passar do tempo começamos a achar que somos donos de nosso próprio nariz e que ninguém tem nada a ver com o estilo de vida que vamos construindo. Aquela alma que nasceu tão terna pode até se transformar, no futuro, em algo tão amargo, tão azedo. Mas não importando no que ela se transforma, uma coisa certa acontece: O seu desenvolvimento. Ela não é mais aquela pessoa ignorante de quando nasceu, pois amadureceu.

Pensando nestas coisas é difícil não emergir em nossa mente a intrigante pergunta: Qual é o sentido da vida? Por que Deus criou o corpo a quem vemos destinado a envelhecer e um dia morrer e a alma a quem não vemos ao amadurecimento e ser perene? Para encontrarmos resposta a esta pergunta precisamos sair do escopo físico e partir para o escopo espiritual. Na área física nascemos sem conhecimento, frágil e totalmente dependentes e partimos rumo ao desenvolvimento do corpo e a construção de nosso caráter. Na área espiritual nascemos perdidos e temos a oportunidade de, ao longo do caminho, reencontrarmos o que perdemos no princípio: Deus!

Esta é a razão pela qual todos nós andávamos (ou andamos ainda) sem destino, totalmente perdidos, caminhando pela contramão da estrada da vida, se afundando cada vez mais em um abismo sem fim, sofrendo com a perda total da razão de viver e por causa disso tudo que fazia parte de nossa vida eram loucura e tristeza; assim nossa alma vagava (ou vaga ainda) na escuridão das trevas. Todos nós vivíamos (ou ainda vivemos) assim, porque todos nós fomos feridos no espinho do pecado. A Bíblia diz: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). Adão estava nos representando e quando ele pecou nós pecamos também. Por causa disso nossa alma se separou da comunhão com Deus pela morte espiritual e nosso corpo foi destinado ao envelhecimento e, por fim, a morte física.

Até que, finalmente, um dia tudo mudou na vida de quem se reencontrou com Deus. Das garras da morte fomos resgatados pelo Senhor que um diz nos convenceu do pecado e nos mostrou a verdade que estava ofuscada em nossos olhos. O dia que isso aconteceu nos despertamos de um pesadelo e voltamos novamente a viver em comunhão com Deus. A Bíblia confirma isso quando nos diz: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). Deus juntou nossos pedaços e nos cruzou pela ponte entre a morte e a vida. Do lado de lá ficou o que afrontava a Deus, do lado de cá tudo se renovou. Nada mudou no corpo a não ser a promessa da ressurreição, quando receberemos um novo corpo o qual jamais envelhecerá e jamais passará novamente pela morte. Quanto à alma, ela foi purificada e recebeu vida e paz.

Por esta razão testemunhamos a transformação de vida que ocorreu em nós, justamente àquilo que Paulo nos fala quando diz: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5.17). Quem está em Cristo está muito bem, apesar de que um dia estava perdido. Hoje ele é luz, mas um dia foi trevas. Hoje ele é sal, sua vida tem sabor, mas um dia sua vida foi insípida. Hoje ele é fonte de água, um oceano de bênçãos, mas um dia foi uma fonte seca. Hoje caminha pela estrada da vida, mas antes navegava a deriva. Toda essa transformação aconteceu porque Jesus consertou a sua vida que estava torta. E assim como a desgraça de Adão passou a todos nós, a vitória de Jesus na cruz alcançou a todos. É o que Paulo quer nos dizer quando diz: Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida (Rm 5.18). Lembra-se do corpo que envelhece e se transforma a cada dia até morrer? Fomos colocados neste casulo por Deus com o objetivo de um dia sermos salvos por ele. Todos nós temos esta oportunidade na vida a qual é limitada à nossa morte de sorte que todos nós precisamos passar por esta metamorfose. Depois disso nos renovaremos como uma borboleta. Já aproveitou suas oportunidades e alcançou a salvação? Pense seriamente nesta pergunta.

 

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 30 de março de 2022

DE VOLTA ÀS ORIGENS

Ao longo da jornada da vida nos acontecem tantas coisas! Por ocasião da adolescência nem em sonhos imaginamos o que nos espera ao longo da vida. Nas expectativas da mocidade são tantos planos e sonhos, mas nem um deles sequer inclui as mazelas da vida. Na velhice, quando imaginamos que já passamos por tudo na vida e que nada mais vai nos surpreender, de repente a vida nos dá outra rasteira e percebemos que nem ali encontramos sossego. Por causa disso, as decepções da vida serão as nossas feridas mais profundas! Tem muito sentido a letra de era uma vez de Kell Smith que diz: É que a gente quer crescer e quando cresce quer voltar do início porque um joelho ralado dói bem menos do que um coração partido. Acontece que tudo que almejamos na vida é crescer e tornar-se uma pessoa bem-sucedida, vitoriosa, feliz, que quando chegar à maturidade vai se sentir uma pessoa completa, realizada, alguém que encontrou a razão de viver e assim terminar o restante de sua vida em paz. Mas parece não haver consenso entre as expectativas da vida e sua realidade! Fazendo uma retrospectiva da vida podemos perceber que, ao longo desta jornada, andamos mais nas margens da vida do que propriamente no caminho.

Apesar de que temos a tendência de nos esquecermos de Deus quando tudo vai bem, por outro lado aqueles que não suportam, não aceitam as tribulações da vida, convergem em uma atitude de rebeldia com Deus por não tolerar certos acontecimentos em suas vidas. Até parece que Deus é culpado dos desgostos de nossa vida! A verdade é que ao longo da vida nos enfiamos em cada emaranhado, imergimos em cada abismo, caímos em cada poço, entramos em cada labirinto que é difícil sair deles. Só que isso acontece não por culpa de Deus, mas por causa de nossas próprias decisões e atitudes. A Bíblia diz: Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias (Ec 7.29). Deus não precisa colaborar em nada para os aborrecimentos do homem, porque ele próprio se mete em encrencas ao longo de sua jornada; basta apenas o deixar seguir seu caminho sozinho, sem sua interferência, para que os resultados sejam sinuosos.

Esta é a razão de encontrarmos tantas pessoas fora do caminho. Muitos nem entram no caminho com Deus por não se afinarem com seu Governo. É lamentável ver tantas pessoas nesta situação, mas razoável em virtude de seu desconhecimento de Deus. Afinal, como você vai se relacionar com quem não conhece? Até porque o acesso até Deus não é via internet, através de bate-papo em mídia social, sem nenhum envolvimento. Mas isso não quer dizer que Ele não esteja acessível, basta apenas procurá-lo pela via correta. Contudo, o que é mais lastimoso é encontrar pessoas que se relacionaram com Deus por um tempo, mas que hoje andam por caminhos desconhecidos. Andaram um dia no curso da verdade, mas deixaram se lograr e hoje caminham a esmos. Pessoas que até cantavam, que até tocavam instrumentos, que até ensinavam na Escola Dominical, que até se envolveram em alguma liderança, mas que hoje se encontram distantes. Foi exatamente isso que aconteceu com os gálatas os quais foram duramente repreendidos por Paulo: Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo (Gl 1.6,7).

E o que contribuiu para que isso acontecesse? São muitas as razões que levam as pessoas a deixarem o caminho da verdade, entre eles está sua insatisfação com Deus por algo pelo qual Ele não tem culpa: Os fracassos em que nos metemos ao longo da vida. E quando deixamos Deus de lado maior se torna a probabilidade de afundarmos ainda mais em um poço profundo e percorrermos um caminho sem volta. Pensando nestas coisas como está sua vida hoje? Estás hoje caminhando pelo caminho que aprendeste na infância quando frequentava a Escola Dominical? Caminhas pelo caminho da verdade ensinado pelos seus pais? Se um dia tivestes uma experiência com Deus, fostes libertado e alocado a andar em um novo caminho, permaneces neste caminho? Se em algum dia ensinaste a verdade, continuas hoje nesta verdade? Se você se desviou do caminho em algum momento de seu percurso, digo que você não está feliz mesmo que tenha progredido neste atalho, pois jamais nos sentiremos completos, realizados sem estarmos na presença de Deus. Se nesta análise você pôde perceber isso dê um basta em sua desavença com Deus, coloque um fim em sua desventura. Como? Voltando as origens! Volte para o caminho que você abandonou em algum ponto de sua vida. Ouça a advertência que Deus lhe faz hoje: Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras (Ap 2.4,5). Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quarta-feira, 23 de março de 2022

SOMOS FRUTOS DE SEMENTES GERMINADAS NO SANGUE

Já parou para pensar o quanto nossa geração contemporânea é fraca e frágil? Geração esta composta de pessoas completamente egoístas e extremamente rebeldes. São pessoas magoadas porque não recebem a atenção que desejam; pessoas revoltadas porque não tem o padrão de vida que satisfaça seus caprichos; pessoas machucadas porque em algum momento foram contrariadas. O egoísmo e a rebeldia são tão intensos que chegam a alcançar o relacionamento com Deus. Muitos não seguem ao Senhor por não concordarem com seu agir, por achar que Deus é imperfeito, errado e injusto em seu governo, pois não conseguem conciliar o amor de Deus com as tragédias deste mundo e de suas vidas. Encontramos isso também no meio da Igreja, onde pessoas se encontram magoadas e revoltadas com Deus por não obterem as respostas de suas orações adequadas aos seus anseios. Com isso podemos questionar: Qual legado esta geração estará deixando para a humanidade?

Voltando nossa atenção para a geração da Igreja Primitiva, o que seria de nós hoje sem o legado que eles deixaram? O que teria acontecido com o Evangelho se eles não tivessem sido fortes e corajosos? O que teriam deixado para as gerações futuras se tivessem sido pessoas sensíveis? Se tivessem permitido que as mágoas e os traumas tirassem deles a razão de viver? E o que aconteceu na vida destas pessoas tão preciosas? Eles viram surgir Jesus Cristo, um homem diferente, com mensagens maravilhosas e consoladoras, com mãos poderosas que realizavam milagres, mas que de repente caiu nas mãos das autoridades e fora morto. Isso era motivo mais do que suficiente para ignorarem e se esquecerem de tudo que este homem havia dito e feito. Mas de repente, sem nenhuma explicação plausível, algumas pessoas creem neste homem que ressuscitou e começam a testemunhar a transformação que Jesus realizou em suas vidas.

Já parou para pensar nas expectativas destas pessoas? Sentiram-se tão maravilhados com o milagre que aconteceu em suas vidas que não conseguiam se calar e falavam para outras pessoas na esperança delas ouvirem e acontecer com elas o mesmo milagre que lhes acontecera. Mas o que aconteceu? Não foram somente rejeitados pela sociedade, foram também perseguidos e maltratados. Eram jogados nas arenas para serem devorados pelas feras, eles eram decapitados, queimados vivos em fogueiras, crucificados; os mais privilegiados eram açoitados em praças públicas, presos e esquecidos nas masmorras romanas. Estas pessoas opinaram não ser covardes, mas corajosos. Resolveram não viver magoados, traumatizados, mas honrados pela oportunidade de terem sido injustiçados como fora Jesus Cristo, seu Mestre e Senhor que lhes disse: Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós (Mt 5.10,11).

Quando consideramos o legado da Igreja primitiva temos a oportunidade de vislumbrar irmãos preciosos que eram fervorosos na comunhão, mas não tem como não imaginá-los na arena sendo devorados pelas feras, encharcando a terra com seus sangues, servindo de espetáculo para um público ávido por sangue. Contudo, deixavam seus expectadores atônitos, pois seus rostos não expressavam desespero e nem revolta, antes, expressavam alegria e louvor, sentindo-se honrados por serem injustiçados como o fora seu Senhor. Partiam deste mundo de forma cruel e injusta, mas com expressão de louvor, pois tinham a convicção das promessas que Jesus lhes fizera, da imortalidade de suas almas e do destino para onde elas estavam indo: O Reino de Deus. Eles sabiam que suas mortes não eram prejuízo para Deus que diz: Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos (Sl 116.15).

Assim foi semeado o Evangelho e dessa forma chegou até nós. Portanto, somos frutos de sementes semeadas no sangue daqueles que não hesitaram em morrer para manter a expansão do Evangelho. Irmãos que tiveram coragem de enfrentar as prisões, os açoites, as arenas e até mesmo a própria morte em nome da fé. Nenhum deles pensou em ser covarde, nenhum deles partiu revoltado com Deus, nem um deles partiu lamuriando, porque morriam por amor àquele que lhes amou primeiro. Eram firmes nas promessas de Jesus Cristo de que, quem fosse fiel até à morte, teria a coroa da vida. Ainda hoje, na Igreja Perseguida, os que abraçam a fé enfrentam prisões e até mesmo a própria morte por isso. Suas famílias não têm acesso à educação e a saúde, não têm oportunidades de empregos e perdem os direitos sobre seus bens. Contudo, nem por isso negam a fé e nem seguem ao Senhor com melancolia, antes, seguem ao Senhor com ousadia e coragem. Não despreze a fé e o Evangelho que chegou até nós através de irmãos sangrando. Não seja covarde e nem fraco diante das adversidades. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com