terça-feira, 21 de março de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A SALVAÇÃO É TOTALMENTE GRATUITA

A gratuidade da salvação é a parte mais difícil do homem entender e aceitar. É muito difícil para ele conceber a ideia de que ele não tenha nenhuma participação na salvação, afinal, ela é mediante a fé e fé sou eu quem a sinto, logo, a fé é um mérito meu; algo como uma obra minha. Contudo, a Bíblia diz que a salvação não é conquistada, mas sim recebida gratuitamente. Paulo diz que todos os homens são pecadores, ou seja, estão mortos em seus delitos e pecados, e quem está morto não consegue fazer nada por si mesmo. Por isso que ele diz: ELE VOS DEU VIDA, ESTANDO VÓS MORTOS NOS VOSSOS DELITOS E PECADOS, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais (Ef 2.1-3).

Preste muita atenção a este texto e veja como que Paulo nos coloca em uma situação completamente inerte quanto a nossa disposição para buscar a Deus. Paulo está nos dizendo que a nossa desgraça está em nossa essência. Ele mesmo se inclui na impossibilidade de buscar a Deus por si só, por um despertar íntimo de seu coração ligado a sua própria vontade, mencionando o que éramos antes de sermos despertados pelo Espírito Santo. Depois de falar da impossibilidade humana de realizar qualquer obra meritória para sua salvação, ele diz: MAS DEUS, SENDO RICO EM MISERICÓRDIA, POR CAUSA DO GRANDE AMOR COM QUE NOS AMOU, E ESTANDO NÓS MORTOS EM NOSSOS DELITOS, NOS DEU VIDA juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; PARA MOSTRAR, NOS SÉCULOS VINDOUROS, A SUPREMA RIQUEZA DA SUA GRAÇA, EM BONDADE PARA CONOSCO, EM CRISTO JESUS. PORQUE PELA GRAÇA SOIS SALVOS, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; NÃO DE OBRAS, PARA QUE NINGUÉM SE GLORIE (Ef 2.4-9). Em Romanos ele diz: SENDO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus (Rm 3.24).

Todo mérito da salvação pertence a Deus. É Deus quem realiza em nós todo o processo da salvação, desde o momento em que cremos e através dessa fé despertada em nós somos justificados em Cristo. Isaias diz: EU, EU SOU O SENHOR, E FORA DE MIM NÃO HÁ SALVADOR. EU ANUNCIEI SALVAÇÃO, REALIZEI-A E A FIZ OUVIR; deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus (Is 43.11-12). Você não teve fé por iniciativa própria, porque estava morto, antes, teve fé porque foi despertado pelo toque do Espírito Santo que agiu em meio a sua impossibilidade de voltar-se para Deus. Não é você quem vai até Jesus, mas sim é Deus quem te conduz até Cristo. Jesus mesmo confirma isso quando diz: NINGUÉM PODE VIR A MIM SE O PAI, QUE ME ENVIOU, NÃO O TROUXER (Jo 6.44). Na salvação não realizamos uma troca com Deus. Não oferecemos a Ele a nossa fé recebendo em troca a salvação, pois tudo o que acontece em relação a nossa salvação procede de Deus e é regido pela palavra “gratuitamente”.

Para esclarecer bem isso vou lhe citar um exemplo. Se alguém lhe oferecer algo preciosíssimo, de elevado valor que você não tem como pagar e este alguém lhe der essa coisa, então você ganhou de graça; foi um presente. Mas se alguém lhe oferecer algo valiosíssimo, por um valor que você não pode pagar, mas este lhe oferece por um centavo e você paga, não é mais de graça. Pode ser muito barato, mas não é mais de graça. Você pagou por ele! É justamente isso que acontece em nossa salvação. Não contribuímos com absolutamente nada. Isso que Paulo quer nos dizer quando fala: PORQUE PELA GRAÇA SOIS SALVOS, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; NÃO DE OBRAS, PARA QUE NINGUÉM SE GLORIE (Ef 2.8-9).

Todo mérito de nossa salvação pertence a Deus. Estávamos mortos espiritualmente, o que significa nossa inaptidão para sentir e fazer qualquer coisa. E nesta situação Deus nos deu vida e esse ato de dar vida significa capacitar o ser humano a crer e finalmente poder ser salvo. Portanto, a fé não é um mérito seu, mas ela faz parte do pacote da salvação. E este pacote você recebe gratuitamente de Deus. Que Deus te abençoe para que venhas a entender este princípio da salvação! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: NOSSA CONTA PARA COM DEUS FOI PAGA POR JESUS CRISTO

Qual o preço de nossa redenção? Já parou para pensar nisso? Embora o valor pago seja imensurável a personificação de Jesus por si só já é um fato mais do que suficiente para refletirmos na extensão desse valor. Jesus é Deus e Deus é espírito. João, ao falar de Jesus, disse: No princípio era o Verbo, e O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS. ELE ESTAVA NO PRINCÍPIO COM DEUS. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3). O Verbo é Jesus e Ele é Soberano e Eterno. Contudo, para efetuar nossa remissão era necessária sua personificação. É sobre ela que Paulo fala ao dizer: Antes, a si mesmo se esvaziou, ASSUMINDO A FORMA DE SERVO, TORNANDO-SE EM SEMELHANÇA DE HOMENS; E, RECONHECIDO EM FIGURA HUMANA, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.7-8). Embora tendo se personificado homem, Jesus não deixou de ser Deus: Porquanto, NELE, HABITA, CORPORALMENTE, TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE (Cl 2.9). Jesus era completo, feliz em comunhão com o Pai e jamais precisava conhecer a dor e a morte, como diz Paulo: A si mesmo se humilhou, TORNANDO-SE OBEDIENTE ATÉ À MORTE E MORTE DE CRUZ (Fp 2.8). E isso aconteceu por nossa causa, para pagar o preço de nossa redenção.

Na Antiga Aliança era necessário sacrificar animais e obedecer aos preceitos da Lei para ser redimido. Mas isso precisava ser feito com assiduidade. Veio Jesus como homem e quando João Batista o viu pela primeira vez, disse: No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO (Jo 1.29)! Jesus veio para ser sacrificado por nossos pecados e seu sacrifício foi suficiente e definitivo. É o que diz o autor de Hebreus: QUANDO, PORÉM, VEIO CRISTO como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, NÃO POR MEIO DE SANGUE DE BODES E DE BEZERROS, MAS PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, ENTROU NO SANTO DOS SANTOS, UMA VEZ POR TODAS, TENDO OBTIDO ETERNA REDENÇÃO. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, MUITO MAIS O SANGUE DE CRISTO, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, PURIFICARÁ A NOSSA CONSCIÊNCIA DE OBRAS MORTAS, PARA SERVIRMOS AO DEUS VIVO (Hb 9.11-14)! Não é nosso dinheiro, nem nossas boas ações que garantem nossa salvação, mas tão somente o sacrifício de Jesus Cristo.

Deus não perdoa o pecador sem que a conta pelo pecado seja quitada. Alguém precisava pagar a conta e Deus propôs que esse alguém fosse Jesus Cristo, seu único Filho. Podemos ser salvos porque há uma redenção em Jesus Cristo providenciada por Deus. Essa redenção Deus propôs que fosse feita por meio do sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Esse direito é exclusivo de Jesus, tanto que o autor de Atos diz: E NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME, DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS (At 4.12). Foi Ele quem pagou o preço, portanto, todo mérito pertence a Ele.

Cristo realizou um único sacrifício e este sacrifício foi perfeito, completo e suficiente. Através dele Jesus se tornou a ponte entre nós e Deus. Sua cruz liga os Céus a Terra e atravessa o imenso abismo que havia entre Deus e nós. Portanto, pensar na salvação sem pensar exclusivamente na obra de Jesus é afrontar a Deus, pois Ele investiu tudo de si mesmo para salvar o homem. Ele providenciou e executou o mais perfeito plano de salvação e o homem não teve e nem tem qualquer participação nesse procedimento. Deus oferece a salvação gratuitamente a todo aquele que crê. Entretanto, o fato de a salvação ser de graça, não significa que ela tenha custado barato e nem que seja fácil, pois custou a personificação de Jesus Cristo, o derramamento de seu sangue e sua morte na cruz.

Falar da salvação somente pela graça mediante a fé dentro dos moldes bíblicos é muito impopular, pois dizer que o homem não tem poder algum para se salvar é algo inaceitável para aquele que quer conquistar a salvação por elas mesmas. Não é nada fácil ao ser humano reconhecer sua completa incapacidade de crer por si só e descansar em Jesus Cristo. É por isso que a salvação é ao mesmo tempo de graça e a mais difícil de ser obtida. Por isso, devemos eliminar de nossa mente toda ideia de que de alguma maneira podemos colaborar para o processo da salvação. Nosso dinheiro não pode comprar a salvação e nossas boas obras são inúteis para garantir a salvação. Quem não for salvo pela graça, não poderá ser salvo de maneira alguma. Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: PROVIDÊNCIA EXCLUSIVA DE DEUS

A salvação do homem não é um plano de emergência por algo ter dado errado, mas é um procedimento eficaz, eficiente, providenciada por Deus e com custo zero para o justificado, para que este não tenha nenhum motivo de vangloriar-se, mas tão somente de bendizer a Deus por tão grande salvação. Isso que Paulo quer dizer quando falou: Tendo em vista A MANIFESTAÇÃO DA SUA JUSTIÇA NO TEMPO PRESENTE, PARA ELE MESMO SER JUSTO E O JUSTIFICADOR DAQUELE QUE TEM FÉ EM JESUS (Rm 3.26). A salvação foi arquitetada por Deus desde a eternidade, anunciada desde a Queda até a sua manifestação por ocasião do nascimento de Jesus. Todo mérito de nossa salvação está em Deus. O homem não tem condições para qualquer participação em todo seu procedimento. Não existe nem um único motivo para o homem se vangloriar diante de Deus pela sua salvação.

E tudo começou lá no Jardim do Éden logo após a queda do homem. Lá Deus premeditou seu plano de restauração do homem quando disse: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência E O SEU DESCENDENTE. ESTE TE FERIRÁ A CABEÇA, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). Este descendente prometido era Jesus Cristo. Ele é Deus em igualdade com o Pai e dessa forma não tinha como Ele pagar o preço do resgate, pois o autor de Hebreus diz que SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE, NÃO HÁ REMISSÃO (Hb 9.22) e Deus não morre e nem sangra. Por isso era necessário Jesus se personificar em figura humana, o que poderia acontecer somente se Ele nascesse de mulher, mas fecundado por Deus e não por um homem, permanecendo, assim, a sua divindade. Esta promessa do Messias renovou-se ao longo dos séculos até ser consumada em sua totalidade em Jesus Cristo. Quando Cristo ressuscitou feriu a cabeça da serpente, porque Ele venceu a morte; a intrusa morte que adentrou na humanidade pela desobediência de Adão.

A exigência de sangue para remissão nunca foi posta de lado. O sacrifício de animais era a exigência de Deus pelo pecado homem. Ou seja, pela culpa do homem um inocente animal teria que morrer. Isso não quer mostrar que Deus seja sádico, ávido por sangue, mas sim quer salientar o preço do pecado pela culpa do homem e a inocência do animal que estava pagando um preço sem ser ele o devedor. Por isso que o autor de Hebreus diz: Pelo que NEM A PRIMEIRA ALIANÇA FOI SANCIONADA SEM SANGUE (Hb 9.18). E Jesus disse na última ceia: Porque ISTO É O MEU SANGUE, O SANGUE DA [NOVA] ALIANÇA, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (Mt 26.28). Mas, os sacrifícios de animais demonstram a incapacidade da Lei de justificar o homem, pois os mesmos tinham que ser realizados com constância. Mas o sacrifício de Jesus foi providencial e definitiva, pois assim a Bíblia diz quanto ao sacrifício de Cristo: NÃO POR MEIO DE SANGUE DE BODES E DE BEZERROS, MAS PELO SEU PRÓPRIO SANGUE, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (Hb 9.12). E diz ainda: Portanto, SE O SANGUE DE BODES E DE TOUROS E A CINZA DE UMA NOVILHA, ASPERGIDOS SOBRE OS CONTAMINADOS, OS SANTIFICAM, quanto à purificação da carne, MUITO MAIS O SANGUE DE CRISTO, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, PURIFICARÁ A NOSSA CONSCIÊNCIA DE OBRAS MORTAS, PARA SERVIRMOS AO DEUS VIVO (Hb 9.13-14)!

A vida sacrificial de Cristo foi revelada tão logo ele fora visto por João Batista, que quando o viu disse: No dia seguinte, VIU JOÃO A JESUS, que vinha para ele, E DISSE: EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO (Jo 1.29)! E o autor de Hebreus diz: Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, NESTES ÚLTIMOS DIAS, NOS FALOU PELO FILHO, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. ELE, QUE É O RESPLENDOR DA GLÓRIA E A EXPRESSÃO EXATA DO SEU SER, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, DEPOIS DE TER FEITO A PURIFICAÇÃO DOS PECADOS, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles (Hb 1.1-4). Em Cristo Deus concretizou seu plano de salvação. A originalidade deste plano está em Deus. A execução deste plano foi realizada pela mão poderosa de Deus. A aplicação deste plano aos homens provém de Deus.

Finalizo com estas palavras de Paulo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, ASSIM COMO NOS ESCOLHEU, NELE, ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; E EM AMOR NOS PREDESTINOU PARA ELE, PARA A ADOÇÃO DE FILHOS, POR MEIO DE JESUS CRISTO, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, NO QUAL TEMOS A REDENÇÃO, PELO SEU SANGUE, A REMISSÃO DOS PECADOS, SEGUNDO A RIQUEZA DA SUA GRAÇA, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, DE FAZER CONVERGIR NELE, NA DISPENSAÇÃO DA PLENITUDE DOS TEMPOS, TODAS AS COISAS, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, NO QUAL FOMOS TAMBÉM FEITOS HERANÇA, PREDESTINADOS SEGUNDO O PROPÓSITO DAQUELE QUE FAZ TODAS AS COISAS CONFORME O CONSELHO DA SUA VONTADE, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória (Ef 1.3-14). Glória a Deus por tão grande salvação! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

MEU MUNDO NÃO É AQUI

Apesar de não sermos deste mundo não é nada fácil não se deixar abalar com as coisas que aqui acontecem. Tragédias nos abatem ao vermos tantas perdas, a violência dos bandidos cada dia mais cruel nos deixam alarmados, a impunidade dos infratores da lei nos revolta, a desgraça da fome nos consterne, os horrores das guerras nunca deixam de nos assombrar, entre tantos outros males que frutificam deste mundo. Na área política não é nada diferente. Faz parte dos sonhos dos justos o fato de sermos governados por pessoas que ao menos deem alguma importância aos princípios de Deus, mas a maioria das vezes temos que nos submeter ao fato de sermos governados por homens e mulheres que não temem ao Senhor. Tudo isso colabora para entristecer nossos dias neste mundo. Jesus nos alertou sobre o quanto seriam difíceis os últimos dias. Falando sobre eles Jesus disse: PORQUE AQUELES DIAS SERÃO DE TAMANHA TRIBULAÇÃO COMO NUNCA HOUVE DESDE O PRINCÍPIO DO MUNDO, QUE DEUS CRIOU, ATÉ AGORA E NUNCA JAMAIS HAVERÁ (Mc 13.19). Ele até fala de um segredo destes últimos dias: NÃO TIVESSE O SENHOR ABREVIADO AQUELES DIAS, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias (Mc 13.20). Aleluia! Deus teve misericórdia dos seus eleitos e abreviou os últimos dias, caso contrário, sofreríamos ainda mais.

É muito abrangente este termo “tribulação”. Relacionamos ele com dificuldades, tormentos, tempestades. Mas ele também está relacionado no quanto seria difícil a convivência dos justos com os ímpios. Esta convivência nunca foi fácil. Podemos ver isso na convivência de Abel e Caim e seu triste resultado. Mas nos últimos dias as tribulações desta convivência seriam intensificadas. Paulo, falando sobre isso nos diz: Sabe, porém, isto: NOS ÚLTIMOS DIAS, SOBREVIRÃO TEMPOS DIFÍCEIS, POIS OS HOMENS SERÃO EGOÍSTAS, AVARENTOS, JACTANCIOSOS, ARROGANTES, BLASFEMADORES, DESOBEDIENTES AOS PAIS, INGRATOS, IRREVERENTES, DESAFEIÇOADOS, IMPLACÁVEIS, CALUNIADORES, SEM DOMÍNIO DE SI, CRUÉIS, INIMIGOS DO BEM, TRAIDORES, ATREVIDOS, ENFATUADOS, MAIS AMIGOS DOS PRAZERES QUE AMIGOS DE DEUS (2 Tm 3.1-4). Conviver com pessoas assim certamente traz resultados desgostosos e muito sofrimento, principalmente por aqueles que prezam a justiça, o amor, a paz, a longanimidade, a benignidade e a bondade. Este fato nos leva a perder as esperanças de um dia viver em um mundo ideal. E percebemos isso quando olhamos para a realidade do mundo, para os conflitos sem soluções, para governos que governam tão somente por interesses próprios e nunca pela comunidade.

Vivemos esta realidade no Brasil nos últimos dias. Temos visto com muita dor no coração o quanto a justiça está sendo manipulada, deixada de lado, usada para interesses próprios, livrando e inocentando com honra ao culpado e condenando com rigor aqueles que foram manipulados por interesses egoístas, tomando-os como exemplos de uma justiça interesseira. Não seria tão revoltante se o rigor da lei fosse aplicado aos dois lados. Com certeza ficaríamos satisfeitos com a aplicação da justiça, independentemente dos resultados! Difícil se conformar com tanta incoerência. Difícil dormir em paz sabendo o quanto você foi lesado, impossível ter esperança de que agora será diferente e muito dolorido saber que tudo ficará por isso mesmo. E se não bastasse lidar com a revolta em nosso coração de vermos os aplicadores da lei usando o poder em suas mãos para livrar e beneficiar o amigo e penalizar a quem considera inimigo, ainda temos que conviver com a zombaria, de forma que aqueles, que nada mais querem do que a aplicação justa da justiça, são transformados em chacotas por pessoas insensíveis sem nenhuma clemência. Esta situação tem deixado as pessoas doentes, desanimadas, abatidas, desorientadas e alguns se sentem até mesmo abandonados por Deus por causa da irreverência de alguns.

Para não cairmos no erro do salmista que fixou seus olhos na prosperidade dos ímpios e achou inútil ser justo e íntegro, precisamos ser conscientes de que o nosso mundo não é aqui. Estamos aqui de passagem e aqui somos apenas forasteiros. Jesus deixou claro que o mundo jaz no maligno, portanto, esperar a prática da justiça neste mundo é utopia, porque o que ele mais vai nos trazer é a dor e a decepção. E como será o mundo que esperamos e no qual viveremos? Sua maravilha começa já em nossa chegada a ele, pois a Bíblia, ao mencionar a morte dos patriarcas, usa o termo “descansou”. Não poderia haver melhor palavra para definir nossa partida deste mundo de horrores à chegada ao Reino de Deus, pois lá Deus ENXUGARÁ DOS OLHOS TODA LÁGRIMA, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.4). E esta maravilha toda não terá mais fim, pois nunca mais viveremos a situação em que hoje vivemos, pois, a Bíblia diz que lá NUNCA MAIS HAVERÁ QUALQUER MALDIÇÃO. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, E REINARÃO PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS (Ap 22.3-5). E sabe por que não haverá mais tristezas lá? Porque a Bíblia diz que FORA ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras E TODO AQUELE QUE AMA E PRATICA A MENTIRA (Ap 22.15). Diz ainda: Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras E A TODOS OS MENTIROSOS, A PARTE QUE LHES CABE SERÁ NO LAGO QUE ARDE COM FOGO E ENXOFRE, a saber, a segunda morte (Ap 21.8). E Paulo diz: OU NÃO SABEIS QUE OS INJUSTOS NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS? NÃO VOS ENGANEIS: NEM IMPUROS, NEM IDÓLATRAS, NEM ADÚLTEROS, NEM EFEMINADOS, NEM SODOMITAS, NEM LADRÕES, NEM AVARENTOS, NEM BÊBADOS, NEM MALDIZENTES, NEM ROUBADORES HERDARÃO O REINO DE DEUS (1 Co 6.9-10). Lá, os mentirosos, os caluniadores, os bandidos não entrarão.

Enquanto isso não acontece a ordem de Deus para nós é a convivência dos justos com os injustos, não se esquecendo de perseverar na justiça, pois Deus assim nos diz: Não seles as palavras da profecia deste livro, PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO. Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E EIS QUE VENHO SEM DEMORA, E COMIGO ESTÁ O GALARDÃO QUE TENHO PARA RETRIBUIR A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS (Ap 22.10-12). A Bíblia nos incentiva a perseverar e a suportar as provocações dos irreverentes porque seremos recompensados no Céu por permanecermos na presença de Deus. Quanto ao fato das injustiças que aqui assistimos não devemos nos esquecer de que Deus registra as obras de cada um não somente para recompensar, mas também para punir, pois Paulo nos diz: Porque importa que TODOS NÓS COMPAREÇAMOS PERANTE O TRIBUNAL DE CRISTO, PARA QUE CADA UM RECEBA SEGUNDO O BEM OU O MAL QUE TIVER FEITO POR MEIO DO CORPO (2 Co 5.10). E Jesus falou que no dia do juízo final A MEDIDA COM QUE TIVERDES MEDIDO VOS MEDIRÃO TAMBÉM, e ainda se vos acrescentará (Mc 4.24). Se você faz parte daqueles que hoje choram pelo que tem acontecido e vive revoltado com a injustiça deste mundo e ainda é obrigado a suportar as gozações, os escárnios e as chacotas dos impiedosos, lembre-se de que aqui não é o nosso mundo e transporte seus pensamentos para o dia do juízo final e satisfaça-se com a maravilhosa, plena e implacável justiça de Deus, porque lá advogado nenhum poderá livrar alguém das mãos de Deus e de sua justiça. Amém e Amém por isso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INSUFICIÊNCIA DE NOSSAS OBRAS

Temos falado sobre a gratuidade da salvação. Que somos salvos tão somente pela graça de Deus, mediante a fé que Ele mesmo desperta em nós e através desta fé cremos em Jesus e, assim, somos justificados diante de Deus mediante o sacrifício de Jesus lá na cruz. Temos muito falado que neste procedimento todo não existe uma única razão do homem se vangloriar diante de Deus por qualquer participação dele em sua salvação, pois ela é uma obra exclusiva de Deus. Dele procede toda iniciativa. Hoje quero falar da insuficiência de nossas obras em relação à salvação. Não vou lhe dizer que nossas obras são insignificantes, pois elas têm um papel significativo na eternidade. Jesus mesmo confirma isso quando diz: E eis que venho sem demora, E COMIGO ESTÁ O GALARDÃO QUE TENHO PARA RETRIBUIR A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS (Ap 22.12). E Paulo diz: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, PARA QUE CADA UM RECEBA SEGUNDO O BEM OU O MAL QUE TIVER FEITO POR MEIO DO CORPO (2 Co 5.10). Para a salvação nossas obras são inúteis, mas quanto ao recebimento de galardão elas são requisitos, e são provas contundentes para a condenação no tribunal de Cristo.

O termo obras é muito abrangente. Neste texto quero me referir às obras da Lei. E o que são as obras da Lei? São as ações que a Lei regimenta no cumprimento de rituais sagrados. Entre estas ações estão aquelas nas quais estaremos focando, que são observâncias de dias, de comidas e bebidas e de usos e costumes. Sabemos da importância da Lei que faz parte da Antiga Aliança e agora, em Cristo, vivemos a Nova Aliança. Nesta renovação de aliança vivemos uma nova visão das obras da Lei. O autor de Hebreus, falando sobre a Antiga Aliança, assim diz sobre ela: OS QUAIS NÃO PASSAM DE ORDENANÇAS DA CARNE, BASEADAS SOMENTE EM COMIDAS, E BEBIDAS, e diversas abluções, IMPOSTAS ATÉ AO TEMPO OPORTUNO DE REFORMA (Hb 9.10). Observe que ele fala que a imposição da Lei iria até determinado tempo em que sofreria uma reforma, ou seja, uma renovação. E Paulo assim fala a respeito da inutilidade da observância de comida: NÃO É A COMIDA QUE NOS RECOMENDARÁ A DEUS, POIS NADA PERDEREMOS, SE NÃO COMERMOS, E NADA GANHAREMOS, SE COMERMOS (1 Co 8.8). Paulo assim falava porque havia nele uma convicção: PORQUE O REINO DE DEUS NÃO É COMIDA NEM BEBIDA, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). E por causa disso ele nos adverte: Portanto, QUER COMAIS, QUER BEBAIS OU FAÇAIS OUTRA COISA QUALQUER, FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS (1 Co.10.31). Mas como havia ainda muita divergência na Igreja por causa de comida, bebida e dias, Paulo escreve para a Igreja e diz: NINGUÉM, POIS, VOS JULGUE POR CAUSA DE COMIDA E BEBIDA, OU DIA DE FESTA, OU LUA NOVA, OU SÁBADOS (Cl 2.16).

Temos na Bíblia o exemplo de uma igreja que, ao se converter, abandonou todos os rudimentos da Lei. Mas, por causa da interferência de alguns judeus retornaram a eles. E Paulo lhes escreve dizendo: ADMIRA-ME QUE ESTEJAIS PASSANDO TÃO DEPRESSA DAQUELE QUE VOS CHAMOU NA GRAÇA DE CRISTO PARA OUTRO EVANGELHO, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo (Gl 1.6-7). A igreja dos Gálatas estava voltando aos rudimentos da Lei e nesta carta Paulo os adverte quanto a isso: Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, COMO ESTAIS VOLTANDO, OUTRA VEZ, AOS RUDIMENTOS FRACOS E POBRES, AOS QUAIS, DE NOVO, QUEREIS AINDA ESCRAVIZAR-VOS? GUARDAIS DIAS, E MESES, E TEMPOS, E ANOS. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco (Gl 4.9-11). Paulo repreende veementemente a igreja por causa deste assunto.

E não foi somente a igreja dos Gálatas que enfrentou este problema. Veja este ocorrido que Paulo menciona: Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. COM EFEITO, ANTES DE CHEGAREM ALGUNS DA PARTE DE TIAGO, COMIA COM OS GENTIOS; QUANDO, PORÉM, CHEGARAM, AFASTOU-SE E, POR FIM, VEIO A APARTAR-SE, TEMENDO OS DA CIRCUNCISÃO. E também os demais judeus dissimularam com ele, A PONTO DE O PRÓPRIO BARNABÉ TER-SE DEIXADO LEVAR PELA DISSIMULAÇÃO DELES. Quando, porém, VI QUE NÃO PROCEDIAM CORRETAMENTE SEGUNDO A VERDADE DO EVANGELHO, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, sabendo, contudo, que O HOMEM NÃO É JUSTIFICADO POR OBRAS DA LEI, E SIM MEDIANTE A FÉ EM CRISTO JESUS, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, POIS, POR OBRAS DA LEI, NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO (Gl 211-16). O Novo Testamento não deixa nenhuma dúvida de que a Igreja, em seus primórdios, mesmo sofrendo com a interferência de judeus que se convertiam ao cristianismo, foi se abstendo dos regimentos da Lei e crescendo a cada dia no evangelho, conforme os ensinamentos dos Apóstolos de Cristo. Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INCAPACIDADE DA LEI PARA A JUSTIFICAÇÃO

E o que é justificação? No dicionário justificação é o conjunto de argumentos apresentados por alguém em sua defesa ou em favor de alguém. Jesus foi quem argumentou com o Pai a nosso favor. Justificado é aquele que foi inocentado ou isento de responsabilidade. É o que acontece conosco quando cremos por causa dos méritos de Cristo na cruz. Na teologia, justificação é o cristão EM ESTADO DE GRAÇA, POR INFLUÊNCIA DIVINA. É ele SER ISENTADO DE PUNIÇÃO PELOS PECADOS E DECLARADO SEM CULPA. E uma pessoa é justificada pela graça do Salvador por meio da fé Nele. Essa fé é demonstrada pelo arrependimento e pela obediência às Escrituras Sagradas. Resumindo, é assim: O homem foi criado puro e santo enquanto viveu no Jardim do Éden. Tanto é que ele e Deus conversavam todos os dias. Depois que desobedeceu a Deus o homem decaiu deste estado de graça e não tinha mais comunhão com Deus, pois Deus não pode suportar diante dele o pecado e o homem não era mais inocente e nem puro. O pecado do homem, além de manchar sua alma o separou de Deus. Para o homem poder se apresentar novamente diante de Deus era necessário resolver esta situação, ou seja, ele precisava ser justificado, inocentado, declarado sem culpa. Veio, então, Jesus Cristo e se ofereceu em sacrifício pela culpa dos homens, assumindo seu pecado. Após sua morte Jesus se apresentou diante de Deus com seu precioso sangue e intercedeu pelo homem. Deus, então, aceita a justificação apresentada pelo Seu Filho e perdoa seus pecados e, assim, o considera sem culpa.

Mas isso quer dizer que todos foram justificados? Não! Davi fala o quanto uma pessoa justificada é feliz quando disse: BEM-AVENTURADO AQUELE CUJA INIQUIDADE É PERDOADA, CUJO PECADO É COBERTO. BEM-AVENTURADO O HOMEM A QUEM O SENHOR NÃO ATRIBUI INIQUIDADE e em cujo espírito não há dolo (Sl 32.1-2). Não atribuir iniquidade não significa que não tenha pecado, mas sim que foi justificado. Estas palavras nos mostram que nem todos são justificados. E por quê? Porque há um ingrediente fundamental para a aplicação da justificação: A fé! A justificação nunca foi e nunca será por obras. Desde o início ela foi pela fé. Abraão, considerado o pai da fé, não foi justificado pelas suas obras, mas pela sua fé. Paulo diz: Que, pois, DIREMOS TER ALCANÇADO ABRAÃO, NOSSO PAI SEGUNDO A CARNE? PORQUE, SE ABRAÃO FOI JUSTIFICADO POR OBRAS, TEM DE QUE SE GLORIAR, PORÉM NÃO DIANTE DE DEUS. Pois que diz a Escritura? ABRAÃO CREU EM DEUS, E ISSO LHE FOI IMPUTADO PARA JUSTIÇA (Rm 4.1-3). A lei jamais será capaz de justificar o homem. Então, por que a Lei? Difícil resumir tão grande teoria em algumas palavras. A Lei é a velha aliança, um pacto firmado entre Deus e o povo de Israel. Jesus é a nova aliança. Antes de partir ele deixou isso bem claro na celebração da última ceia quando disse: Porque isto é o meu sangue, O SANGUE DA [NOVA] ALIANÇA, DERRAMADO EM FAVOR DE MUITOS, para remissão de pecados (Mt 26.28). Observe que Jesus fala de muitos e não de todos.

E como fica a Lei? Como fica a Antiga Aliança? Paulo diz: De maneira que A LEI NOS SERVIU DE AIO PARA NOS CONDUZIR A CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé (Gl 3.24). Aio é ponte. A lei nos serviu de ponte para nos conduzir a Cristo. Todo cerimonial da lei prefigurava a Jesus Cristo. Paulo diz que na antiga aliança estávamos ligados à Lei: Mas, ANTES QUE VIESSE A FÉ, ESTÁVAMOS SOB A TUTELA DA LEI E NELA ENCERRADOS, PARA ESSA FÉ QUE, DE FUTURO, HAVERIA DE REVELAR-SE (Gl 3.23). E que com a nova aliança nos desgarramos da Lei: Mas, TENDO VINDO A FÉ, JÁ NÃO PERMANECEMOS SUBORDINADOS AO AIO (Gl 3.25). Ou seja, subordinado a ponte que ele menciona acima que é a Lei. E, assim, Paulo chega a seguinte conclusão: CONCLUÍMOS, POIS, QUE O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ, INDEPENDENTEMENTE DAS OBRAS DA LEI (Rm 3.28). E o autor de Hebreus, falando sobre a Velha e a Nova Aliança, diz: QUANDO ELE DIZ NOVA, TORNA ANTIQUADA A PRIMEIRA. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (Hb 8.13). Ela torna-se nula porque cumpriu a sua função de nos conduzir a Cristo.

Portanto, a lei é incapaz de justificar a qualquer pessoa. E Paulo chega diz algo muito grave para quem está debaixo da lei: TODOS QUANTOS, POIS, SÃO DAS OBRAS DA LEI ESTÃO DEBAIXO DE MALDIÇÃO; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (Gl 3.10). Tiago também tem o mesmo pensamento: Pois QUALQUER QUE GUARDA TODA A LEI, MAS TROPEÇA EM UM SÓ PONTO, SE TORNA CULPADO DE TODOS (Tg 2.10). E Jesus agrava mais ainda a situação quando diz: Ouvistes que foi dito: NÃO ADULTERARÁS. EU, PORÉM, VOS DIGO: QUALQUER QUE OLHAR PARA UMA MULHER COM INTENÇÃO IMPURA, NO CORAÇÃO, JÁ ADULTEROU COM ELA (Mt 5.27-28).E Paulo finaliza dizendo: E é evidente que, PELA LEI, NINGUÉM É JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS, porque o justo viverá pela fé (Gl 3.11). E libertados da maldição da lei Paulo diz: QUEM INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ELEITOS DE DEUS? É DEUS QUEM OS JUSTIFICA. QUEM OS CONDENARÁ? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós (Rm 8.33-34). Aleluia! Glória a Deus! Porque fomos libertados do jugo da lei e incluídos na aliança da graça de Deus onde encontramos a justificação em Cristo pela fé! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A FÉ SALVADORA

A salvação do homem é pela graça de Deus, mediante a fé, por meio do sacrifício de Jesus Cristo. Os homens são alcançados por esta salvação mediante algo que jamais pode ser excluído: A fé. É o que chamamos de justificação pela fé. E ao contrário do que se pensava na Idade Média e muitos ainda pensam hoje, justiça não se compra, nem se conquista por meio de obras. Justiça se ganha! E o meio de ser alcançado por esta justiça, que não é uma justiça qualquer, é a fé, que é o único requisito exigido de Deus ao homem para que este seja salvo. Quando o carcereiro de Filipos jogou-se desesperado aos pés de Paulo e Silas na prisão, suplicando o que poderia fazer para ele ser salvo, Paulo lhe respondeu: CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, tu e tua casa (At 16.31). E na mais famosa declaração de Paulo sobre a salvação, ele diz: Porque PELA GRAÇA SOIS SALVOS, MEDIANTE A FÉ (Ef 2.8). Por isso que os reformadores apregoavam a Sola Fide (Só a fé), pois é somente pela fé que podemos ser salvos. Mas nem todo tipo de fé salva. Há uma fé que não serve para nada, que não produz coisa alguma na vida daquele que, supostamente, crê. A Bíblia assim diz sobre esta fé: Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, ASSIM TAMBÉM A FÉ SEM OBRAS É MORTA (Tg 2.26).

Paulo diz que somos salvos pela graça de Deus independentemente de obras. Tiago aqui relaciona a fé com as obras no sentido de que quem tem fé tem obras. Ele apresenta as obras como consequência da fé, pois antes das obras vem a fé. A diferença entre Paulo e Tiago é que Paulo está falando de salvação e Tiago fala da fé. Portanto, neste texto, Tiago não está dizendo que a justificação vem pelas obras, mas ele está respondendo a uma questão: QUERES, POIS, FICAR CERTO, Ó HOMEM INSENSATO, DE QUE A FÉ SEM AS OBRAS É INOPERANTE (Tg 2.20)? Tiago não está falando de justificação, ele está falando a respeito do requisito exigido por Deus que é a fé. E ele estava tão convicto de que não é possível ter fé sem ter obras que desafia: Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; MOSTRA-ME ESSA TUA FÉ SEM AS OBRAS, E EU, COM AS OBRAS, TE MOSTRAREI A MINHA FÉ (Tg 2.18).

Observe que ele aqui classificou a fé em dois tipos. E temos na Bíblia uma demonstração desses dois tipos de fé. Para aqueles que possuem a fé salvadora, será dito: VINDE, BENDITOS DE MEU PAI! ENTRAI NA POSSE DO REINO que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34). E por que lhes estavam sendo dada a posse do Reino de Deus? Jesus diz: Porque tive fome, E ME DESTES DE COMER; tive sede, E ME DESTES DE BEBER; era forasteiro, E ME HOSPEDASTES; estava nu, E ME VESTISTES; enfermo, E ME VISITASTES; preso, E FOSTES VER-ME (Mt 25.35,36). Primeiro eles creram, e consequentemente reagiram a esta fé com obras. Mas para o outro grupo de fé, a fé inoperante será dito: Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, preparado para o diabo e seus anjos (mt 25.41). E por que estes, apesar da fé, não foram justificados? Jesus diz: Porque tive fome, E NÃO ME DESTES DE COMER; tive sede, E NÃO ME DESTES DE BEBER; sendo forasteiro, NÃO ME HOSPEDASTES; estando nu, NÃO ME VESTISTES; achando-me enfermo e preso, NÃO FOSTES VER-ME (Mt 25.42,43). A fé que aqueles tinham era uma fé inútil, infrutífera, morta, porque não tinham obras.

E você pode falar: Mas estes não tinham fé? Tinham sim! Eram convictos de que estavam no caminho certo. Em outro momento Jesus confirma isso quando diz: NEM TODO O QUE ME DIZ: SENHOR, SENHOR, ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! PORVENTURA, NÃO TEMOS NÓS PROFETIZADO EM TEU NOME, E EM TEU NOME NÃO EXPELIMOS DEMÔNIOS, E EM TEU NOME NÃO FIZEMOS MUITOS MILAGRES? Então, lhes direi explicitamente: NUNCA VOS CONHECI. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade (Mt 7.21-23). Estes eram os que ouviam a Jesus, creram nele, mas não praticavam suas palavras. Ou seja, tinham uma fé improdutiva. Jesus diz que quem tem a fé salvadora obtém outro resultado: Respondeu Jesus: SE ALGUÉM ME AMA, GUARDARÁ A MINHA PALAVRA; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo 14.23).

Portanto, a fé salvadora é uma fé que produz diferença na vida daquele que crê, tanto que o transforma em uma nova criatura. Ela não é uma fé que se orgulha de suas obras e nem de sua pretensa capacidade de crer. Somente possui a fé salvadora quem reconhece perante Deus seu estado de completa inaptidão para agradá-lo e sua absoluta incapacidade de conquistar a salvação e a vida eterna. Quem tem uma fé assim, recebe a justiça que garante a salvação nos moldes da graça de Deus. Pense nisso com muita seriedade!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: A INTERMEDIAÇÃO ÚNICA DE JESUS CRISTO

A salvação do homem é pela graça de Deus, mediante a fé, por meio do sacrifício de Jesus Cristo. Este é o ensino da Bíblia quanto à salvação do homem. A salvação é a alteração do destino de nossa alma, condenada ao inferno em função da queda do homem. Quando salvos nos tornamos filhos de Deus e assim herdamos o Reino de Deus. Por causa disso podemos dizer que a salvação é o bem mais precioso que existe para se adquirir e apesar dela ser imensurável ela é totalmente gratuita, sem merecimento e sem qualquer colaboração por parte do homem. Mas o homem sempre está em busca de fazer algo para merecê-la e assim ter méritos pessoais na salvação. Para isso ele anda por atalhos, achando que através deles conseguirá a salvação, mas estes atalhos são caminhos que não conduzem a Deus. Diante do exposto surgem os questionamentos: Existe mediação entre o Céu e a Terra? Ou seja, entre Deus e os homens? Quem tem autoridade para fazer esta intermediação?

Para sermos salvos precisamos de um intermediário, ou seja, alguém que se coloque entre nós e Deus e que este alguém seja aceito por Deus e, assim, tenhamos acesso a Deus através deste intermediador. Por que isso? Porque desde a queda perdemos o acesso livre a Deus, sendo Ele tão puro e tão Santo que não pode suportar a presença do pecado. Por causa disso, jamais conseguiríamos retornar a Deus se Ele mesmo não providenciasse um caminho de volta. Nada poderíamos fazer por nós mesmo. É justamente isso que Paulo quer dizer quando falou: ELE VOS DEU VIDA, ESTANDO VÓS MORTOS NOS VOSSOS DELITOS E PECADOS, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; ENTRE OS QUAIS TAMBÉM TODOS NÓS ANDAMOS OUTRORA, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; E ÉRAMOS, POR NATUREZA, FILHOS DA IRA, COMO TAMBÉM OS DEMAIS (Ef 2.1-3). Esta morte mencionada aqui é espiritual. Paulo está dizendo aqui que na linha espiritual, que é a linha pela qual nos achegamos a Deus, estávamos mortos e um morto nada pode fazer por si mesmo e nem por nenhum outro.

Contudo, Deus toma a iniciativa e prepara uma situação de retorno do homem perdido até Ele, pois Paulo continua dizendo: MAS DEUS, SENDO RICO EM MISERICÓRDIA, POR CAUSA DO GRANDE AMOR COM QUE NOS AMOU, E ESTANDO NÓS MORTOS EM NOSSOS DELITOS, NOS DEU VIDA JUNTAMENTE COM CRISTO, — pela graça sois salvos ... PARA MOSTRAR, NOS SÉCULOS VINDOUROS, A SUPREMA RIQUEZA DA SUA GRAÇA, EM BONDADE PARA CONOSCO, EM CRISTO JESUS. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.4-5, 7-9). Note que toda vez que a Bíblia fala de salvação ela fala de Cristo e nunca de homens ou mulheres “santos” e nem de anjos. O autor de Atos confirma isso quando diz: E NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME, DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS (At 4.12).

A Bíblia apresenta apenas um único que pode realizar a intermediação entre Deus e os homens: Porquanto há um só Deus E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, CRISTO JESUS, HOMEM, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos (1 Tm 2.5,6). Jesus conquistou isso com seu sacrifício na cruz do Calvário quando derramou seu precioso sangue para nos remir. Se outro pudesse fazer isso, Jesus não teria pagado tão alto preço. Jesus é um Ser Divino. Ele é Deus na mesma plenitude do Pai. Ele sim pode intermediar entre Deus e os homens porque Ele é Onisciente e Onipresente. Qualquer intermediação fora da pessoa de Cristo cai na linha da idolatria.

Com a morte de Cristo na cruz, temos livre acesso ao Pai, pois quando Cristo morreu o véu do santuário foi rasgado ao meio, significando que um novo e vivo caminho para a presença de Deus estava aberto. Nada mais nos impede de chegarmos ao Pai! Temos livre acesso ao Pai mediante a morte redentora de Cristo Jesus por nós. Não precisamos passar por nenhum santo para isso, pois o véu que separava já não separa mais. A intermediação por meio de homens ou mulheres igual a nós não existe. Os “santos” não podem ouvir as orações realizadas a eles aqui na Terra, pois não há neles poder para ouvir a todos instantaneamente e até intimamente em suas orações silenciosas.  Que Deus te abençoe a entender o sentido da salvação para que não venhas a onerar aquilo que Deus lhe oferece de graça. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: O ATALHO PELA INTERMEDIAÇÃO DE SANTOS

A Bíblia ensina que a salvação do homem é pela graça de Deus, através da fé, por meio de Jesus Cristo. Apesar de sua gratuidade ela é o bem mais precioso que existe para se adquirir. Mas, a despeito de ela ser de graça, sem merecimento e sem obras, o homem sempre está em busca de fazer algo para merecê-la e assim ter méritos pessoais na salvação. Para isso ele anda por atalhos, achando que através deles conseguirá a salvação, mas estes atalhos são caminhos que não conduzem a Deus. A intermediação dos santos é um destes atalhos criado pelo homem no caminho até Deus. Segundo este ensino, os santos estão conscientes no Céu e sabem o que se passa aqui na Terra, pois se encontram em um grau superior ao nosso. Portanto, você pode orar a eles e eles podem intermediar com Deus. Realmente, todos os que estão no Céu estão conscientes, não estão nem dormindo e nem em estado vegetativo, mas nada mais sabem do que se passa por aqui, pois estão limitados quanto ao tempo e ao espaço, pois somente Deus não é ilimitado quanto ao tempo e ao espaço.

Jesus para nos ensinar sobre isso, contou a parábola do homem rico e Lázaro. Estando no inferno após sua morte, o homem rico pediu: Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E MANDA A LÁZARO QUE MOLHE EM ÁGUA A PONTA DO DEDO E ME REFRESQUE A LÍNGUA, porque estou atormentado nesta chama (Lc 16.24). Deus refutou a este pedido, mencionando que o estado da alma depois da morte é inalterável. Aquele homem faz, então, outro pedido: Então, replicou: Pai, eu TE IMPLORO QUE O MANDES À MINHA CASA PATERNA, porque tenho cinco irmãos; PARA QUE LHES DÊ TESTEMUNHO, A FIM DE NÃO VIREM TAMBÉM PARA ESTE LUGAR DE TORMENTO. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos (Lc 16.27-29). Deus descarta qualquer intermediação e intervenção de qualquer um, além dele, no relacionamento entre os vivos e os mortos, entre o Céu e a Terra. E Jesus explica o porquê desta impossibilidade: E, além de tudo, ESTÁ POSTO UM GRANDE ABISMO ENTRE NÓS E VÓS, DE SORTE QUE OS QUE QUEREM PASSAR DAQUI PARA VÓS OUTROS NÃO PODEM, NEM OS DE LÁ PASSAR PARA NÓS (Lc 16.26). Esta linha do tempo e do espaço só pode ser ultrapassada por Deus e seus anjos, quando estes são enviados por Ele para determinadas missões.

Para que possa haver intermediação dos santos é necessário responder positivamente alguns questionamentos: Os santos podem realmente ouvir as orações realizadas a eles aqui na Terra? Eles podem ouvir a todos instantaneamente e até intimamente nas orações silenciosas? Isso demanda poder. Será que há neles este poder? Este poder pertence tão somente a Deus e assim Ele diz quanto a isso: Eu sou o Senhor, este é o meu nome; A MINHA GLÓRIA, POIS, NÃO A DAREI A OUTREM, nem a minha honra, às imagens de escultura (Is 42.8). A glória de ser digno de toda adoração pertence somente a Deus. Somente a Ele nossos joelhos podem se dobrar. João, um dia, prostrou-se diante de um anjo. Veja qual foi a reação deste anjo diante daquela situação: Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, PROSTREI-ME ANTE OS PÉS DO ANJO QUE ME MOSTROU ESSAS COISAS, para adorá-lo. Então, ELE ME DISSE: VÊ, NÃO FAÇAS ISSO; EU SOU CONSERVO TEU, DOS TEUS IRMÃOS, OS PROFETAS, E DOS QUE GUARDAM AS PALAVRAS DESTE LIVRO. ADORA A DEUS (Ap 22.8,9). E olha que os anjos são seres muito superiores a nós. Todos nós, independente de quem somos e o quanto somos santificados, somos limitados no tempo e no espaço, sendo somente Deus ilimitado nestes quesitos.

Resumindo, para que qualquer santo, por maior que seja, ouvir as orações de seus súditos aqui na Terra ele teria que ser onisciente e onipresente. Para um santo morto atender as orações de alguém, muitas vezes até mesmo em seu inconsciente, ele sem dúvida deve ter o atributo da onisciência. E para um santo ouvir as orações de pessoas que rezam a eles, simultaneamente, no Brasil, na Arábia, no Cazaquistão, na China e etc., eles devem estar cientes do que acontece em todos os lugares ao mesmo tempo, tendo assim o atributo da onipresença. Contudo, estas características são atributos exclusivos do Todo-Poderoso. Só Deus e seu Filho Jesus podem atender várias orações ao mesmo tempo, pois isto é intrínseco à sua divindade. Que Deus te abençoe a entender isso e a buscar somente aquele que realmente pode fazer algo por nós! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: O ATALHO PELO PURGATÓRIO

Estamos falando sobre a salvação do homem pela graça de Deus, através da fé, por meio de Jesus Cristo. Esta salvação é o bem mais precioso para se adquirir e ela é totalmente gratuita. Mas, apesar de sua gratuidade, o homem sempre está em busca de fazer algo para merecê-la e assim ter méritos pessoais na salvação. Para isso ele anda por atalhos, achando que através deles conseguirá a salvação, mas estes atalhos são caminhos que não conduzem a Deus. O purgatório é um atalho até o Céu criado pelo homem. Ensina-se que o purgatório é um local intermediário entre o Céu e o inferno. Lugar onde aqueles que não haviam sido maus o suficiente para irem ao inferno e nem bons o bastante para irem diretamente para o Céu ficavam por algum tempo até serem purgados os seus pecados. Tal ensino é totalmente desencontrado pelas Escrituras Sagradas que ensina que há dois únicos caminhos para o homem após a sua morte. Jesus deixou isso muito bem claro quando disse: Entrai pela porta estreita (LARGA É A PORTA, E ESPAÇOSO, O CAMINHO QUE CONDUZ PARA A PERDIÇÃO, e são muitos os que entram por ela), porque ESTREITA É A PORTA, E APERTADO, O CAMINHO QUE CONDUZ PARA A VIDA, e são poucos os que acertam com ela (Mt 7.13,14). Somente estes dois caminhos foram apresentados ao homem por Jesus Cristo. Os demais são invenções humanas.

Fato é que oportunidade de salvação existe somente nesta vida. Não existe expurgo de pecado após a morte, mas tão somente arrependimento em vida. O convite de Deus para o homem crer e aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador é para ser ouvido enquanto se está vivo. O chamado para a salvação é coletivo, mas a decisão é pessoal. A morte significa a decretação final de qualquer oportunidade de salvação. Depois dela não há mais nada o que se fazer para mudar o destino do indivíduo. É isso que a Bíblia ensina quando diz: E, assim como AOS HOMENS ESTÁ ORDENADO MORREREM UMA SÓ VEZ, VINDO, DEPOIS DISTO, O JUÍZO (Hb 9.27). E assim fala da morte: E O PÓ VOLTE À TERRA, como o era, E O ESPÍRITO VOLTE A DEUS, QUE O DEU (Ec 12.7). Depois da morte tudo que resta é o juízo de Deus. Se depois da morte houvesse possibilidade de mudança anularia a fé, pois que sentido teria a fé depois de você contemplar o além? É justamente a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que se não veem (Rm 11.1) que explica a fé.

O ensino de Jesus não foi que há um lugar intermediário entre o Céu e o inferno, pois Ele sempre ensinou a existência somente do Céu e do inferno e que quando morremos cada um vai para seu destino, ou seja, se for salvo vai para o Céu e se não for salvo vai para o inferno. Assim Jesus ensina quando diz: ACONTECEU MORRER O MENDIGO E SER LEVADO PELOS ANJOS PARA O SEIO DE ABRAÃO; MORREU TAMBÉM O RICO E FOI SEPULTADO. NO INFERNO, ESTANDO EM TORMENTOS, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio (Lc 16.22,23). Há muito simbolismo na Bíblia. Aqui, seio de Abraão significa o Céu, Observe que Lázaro foi levado para lá pelos anjos, logo após a sua morte. Também, logo após a morte, o homem rico já se encontrava no inferno. Jesus não está ensinando aqui que o pobre vai para o Céu e o rico para o inferno, pois ambos dependem de crer para serem salvos. O que na verdade existe, e isso Jesus ensinou em outra oportunidade, é que há mais dificuldade de uma pessoa rica crer do que uma pessoa pobre. O foco principal aqui é o destaque de Jesus sobre o que acontece quando uma pessoa salva e uma pessoa não salva morrem.

A passagem deste mundo para seu destino no além é imediato à morte. Não existe um lugar intermediário. Não há oportunidade de salvação após a morte. Em outra oportunidade Jesus vai novamente confirmar esta teoria. Jesus foi crucificado entre dois ladrões. Um deles zombava de Jesus, enquanto que o outro disse: E acrescentou: JESUS, LEMBRA-TE DE MIM QUANDO VIERES NO TEU REINO (Lc 23.42). A este gesto de fé Jesus lhe respondeu: EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO (Lc 23.43). Jesus morreu pouco depois daquelas palavras e aquele ladrão também. Ambos foram imediatamente ao Céu após suas mortes. É esse o ensino da Bíblia. Sua oportunidade de ser salvo é enquanto você está vivo. Depois da morte você e nem outra pessoa pode fazer qualquer coisa para mudar seu destino. Que Deus te abençoe e te ajude a aproveitar as oportunidades que você tem de aceitar a salvação que Deus lhe oferece todos os dias! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: O ATALHO PELO SISTEMA DAS INDULGÊNCIAS

Estamos falando sobre a salvação do homem unicamente em Cristo, sendo ela o bem mais precioso para se adquirir. Mas, apesar de sua gratuidade, o homem sempre está em busca de fazer algo para adquiri-la por seus esforços e merecê-la e assim ter méritos pessoais na salvação. Para isso ele anda por atalhos, achando que através deles chegará ao Céu, mas estes atalhos são caminhos tortuosos e infundados na Palavra de Deus. Um destes atalhos é o sistema de indulgências. Este é um sistema criado pelo catolicismo medieval e ele, supostamente, facilitava bastante a salvação dos pecadores. Segundo a doutrina católica, para se obter o perdão dos pecados era necessário seguir uma ordem. Primeiro o arrependimento interno, depois a confissão perante um sacerdote e, por fim, a penitência, que era uma espécie de reparação pelo erro cometido e que dependia da gravidade da falta. Note neste procedimento a ausência da graça de Deus, a inutilidade da fé e a participação humana na penitência. Notem também que a absolvição era sacerdotal, ou seja, aplicada por um homem. E a Bíblia nos ensina que: TODOS PECARAM e carecem da glória de Deus (Rm 3.23). Não há exceção nesta menção para qualquer ser humano.

Entretanto, o perdão pelas indulgências se estendia apenas às consequências eternas do pecado, ou seja, a única coisa que ele conseguia era libertar o culpado do inferno, justamente àquilo que Cristo conquistou na cruz e nada mais precisa ser feito a não ser crer nele. A Bíblia diz: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, PARA QUE TODO O QUE NELE CRÊ NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. QUEM NELE CRÊ NÃO É JULGADO; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus (Jo 3.16-18). Era assim que a igreja deveria ensinar ao povo, mas para enaltecer a seus líderes e tornar o povo subjugado a eles, criou-se atalhos que não conduz a Deus e nem salva ao homem, pois neles se anula a graça de Deus e o sacrifício de Cristo na cruz, tornando-o dispensável.

As indulgências foram, inicialmente, usadas nas Cruzadas, em que os soldados lutavam em troca da remissão para si e para seus familiares, mas com o tempo achou-se uma forma mais lucrativa de aplica-las, pois se começou a vendê-las por uma boa quantia de dinheiro. Andava-se pelas ruas anunciando que, quando a moeda caia no cofre, e se ouvia o seu tilintar, naquele exato instante saia do purgatório a alma em favor de quem se havia comprado a indulgência e ia diretamente para o Céu. Tal ensino colocava valor para a salvação. Ou seja, não importava quem você era e nem o que havia feito, se você tinha dinheiro e depositasse nos cofres da igreja você comprava a sua salvação, anulando, dessa forma, a gratuidade da salvação que é pela graça de Deus, mediante a fé, através do sacrifício de Cristo na cruz.

Mas você podia não somente comprar a sua salvação como também poderia comprar a salvação de outra pessoa, seja seu parente ou não, contrariando o princípio da pessoalidade da salvação e negligenciado a essência da salvação que é o arrependimento pessoal, pois Deus não salva famílias, mas sim indivíduos. Outra coisa é que você poderia comprar a salvação não somente de quem estava vivo, mas também de quem já havia morrido, contrariando o princípio de que é somente em vida que temos a oportunidade de arrependimento e, assim, trilhar pelo estreito e apertado caminho que conduz ao Céu. Se você, em vida, trilhou pelo largo e espaçoso caminho, o único destino que este caminho conduz é ao inferno. Você estará perdido eternamente e nada mais poderá ser feito para mudar este destino.

Para o povo, em um tempo em que a igreja pregava ser tão difícil conseguir a salvação pessoal, aquela era uma rara oportunidade de adquirir a salvação. Não era por acaso que multidões se arrastavam atrás dos vendedores de indulgências. Afinal, comprar com um pouco de dinheiro algo que não tinha preço, na visão do povo era um excelente negócio. Mas caso você pudesse comprar a sua absolvição, estaria anulando o preço que Cristo pagou lá na cruz pelos nossos pecados. Que Deus te abençoe e lhe abra os olhos para que possa compreender o procedimento correto de sua salvação e não ande por meio de atalhos. Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

SALVAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ: NÃO HÁ ATALHOS PARA O CÉU

A salvação em Cristo é o bem mais precioso que existe. Ela é totalmente gratuita, a despeito de seu valor e de todas as tentativas humanas de merecê-la. Ter méritos pessoais na salvação é uma velha ilusão humana, fruto de velhas tradições do homem e infundadas na Palavra de Deus, que ensina claramente que a salvação do homem é somente pela graça de Deus mediante a fé, independente de suas obras para que ninguém venha a se vangloriar diante de Deus. É esta a mensagem que Paulo repassa quando diz: Porque PELA GRAÇA SOIS SALVOS, MEDIANTE A FÉ; e isto não vem de vós; é dom de Deus; NÃO DE OBRAS, PARA QUE NINGUÉM SE GLORIE (Ef 2.8,9). E em Romanos ele diz: Visto que NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO DIANTE DELE POR OBRAS DA LEI, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Concluímos, pois, que O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ, INDEPENDENTEMENTE DAS OBRAS DA LEI (Rm 3.20,28).

Entender o projeto de Deus para a salvação do homem ajuda a compreender o porquê da atribuição absoluta da graça de Deus na salvação. A Bíblia fala da culpa universal dos seres humanos pós-queda, de como ele é pecador e carente da glória de Deus e de como ele está irremediavelmente perdido. Paulo confirma isso quando diz: Pois TODOS PECARAM e carecem da glória de Deus (Rm 3.23). Fala também da ira de Deus que se manifesta contra todo pecado e não pode deixar de punir o culpado: A IRA DE DEUS SE REVELA DO CÉU CONTRA TODA IMPIEDADE E PERVERSÃO DOS HOMENS que detêm a verdade pela injustiça (Rm 1.18). Diante da impossibilidade do homem de salvar-se a si mesmo, Deus arquiteta um plano para salvá-lo e lhe faz uma proposta pública expondo a ele o caminho da salvação. Essa proposta foi a entrega de Seu Filho Unigênito como propiciação pelos pecados do homem, o que traz a ideia de justificar o homem e aplacar a ira divina. E foi exatamente isso que Jesus fez lá na cruz do Calvário. Ele desviou a ira de Deus de sobre nós e atraiu-a para si mesmo. Jesus tomou sobre si a nossa culpa, justifica-nos diante de Deus e assim somos inocentados, perdoados e salvos. O autor de Atos confirma isso quando diz: E, POR MEIO DELE (JESUS), TODO O QUE CRÊ É JUSTIFICADO de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés (At 13.39).

Apesar da salvação do homem ser totalmente gratuita, não falta quem tenta achar um jeitinho de ser salvo sem precisar demonstrar justiça pessoal conquistada em Cristo. Nunca faltaram heresias na história da Igreja que oferecesse um caminho mais curto para o Céu. Por um lado, tem alguns que pregam a salvação pelo legalismo, destacando a participação do homem em seu processo de salvação, enquanto que, por outro lado, alguns pavimentam o estreito e apertado caminho que conduz à salvação a fim de torna-lo razoavelmente confortável e extremamente fácil. Mas não é assim que a Bíblia nos ensina. Ela ensina claramente que não existe atalho para o céu.

Jesus deixou isso muito claro quando esteve por aqui em sua dolorosa missão de justificar o homem diante de Deus, remindo-o de seus pecados que o condena. Ele disse: Respondeu-lhe Jesus: EU SOU O CAMINHO, E A VERDADE, E A VIDA; NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM (Jo 14.6). Jesus é o único caminho que conduz ao Céu. E andar neste caminho é o resultado de quem é alcançado pela graça de Deus, pois em outros momentos Jesus deixou bem claro nossa incapacidade de andar pelo caminho do Céu pela nossa própria vontade. Jesus disse: NINGUÉM PODE VIR A MIM SE O PAI, QUE ME ENVIOU, NÃO O TROUXER; e eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6.44). E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: NINGUÉM PODERÁ VIR A MIM, SE, PELO PAI, NÃO LHE FOR CONCEDIDO (Jo 6.65). Em outra oportunidade Ele disse: Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho E AQUELE A QUEM O FILHO O QUISER REVELAR (Mt 11.27).

Pense na lógica da questão: Se houvesse outro caminho, outra forma de salvação, você acha que Deus teria feito o que fez? Acha que o preço que Cristo pagou pelo nosso resgate foi pouco? Acha que foi uma negociação fácil? Se houvesse um anjo ou qualquer ser humano capaz de satisfazer a justiça de Deus, certamente Ele não teria escolhido Seu único Filho para esta árdua tarefa. Deus fez o caminho de volta até Ele e o homem, sob a influência do diabo, prepara atalhos que satisfaz a soberba do homem em sua participação na salvação, mas estes caminhos tortuosos jamais o conduzirão até Deus. Que Deus te abençoe a andar no único e verdadeiro caminho que conduz ao Céu! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

UMA VIAGEM TUMULTUADA: OS BONS PORTOS

Em nossa analogia entre os incidentes ocorridos na viagem de navio de Paulo até Roma, relacionamos cada contratempo com nossas vidas, da forma como somos afligidos no decorrer da vida e o quanto necessitamos de Deus para suportar e vencer nossas tribulações. Depois de tantos imprevistos que oprimiam aqueles homens, finalmente acontece algo de bom na viagem: Costeando-a, penosamente, CHEGAMOS A UM LUGAR CHAMADO BONS PORTOS, perto do qual estava a cidade de Laséia (At 27.8). Louvado seja Deus, porque depois de enfrentar ventos contrários e ventos parados Deus concede àqueles homens um tempo de refrigério para puderem refazer as suas forças. Isso é algo muito bom! Quantas vezes os bons portos chegam a nossa vida! É uma palavra de encorajamento de um irmão que chega naquela hora em que você se sente tão fraco e derrotado. É uma mensagem tocante que ouvimos naquela hora em que seu coração está em pedaços. É um texto da Bíblia que lemos naquela hora em que estamos tão desesperados. É um hino que ouvimos naquela hora em que estamos tão angustiados. É uma trégua na batalha que travamos, um alívio de Deus para podermos respirar um pouquinho e renovar as forças.

Os bons portos são tempos que Deus reserva para estimular você, abençoar você, renovar suas forças, suas esperanças e seus sonhos e nestes momentos Ele te diz para você não desanimar e perseverar mais um pouquinho. É aquele momento que Deus chega para você e te diz: NÃO TEMAS, porque eu sou contigo; NÃO TE ASSOMBRES, porque eu sou o teu Deus; EU TE FORTALEÇO, E TE AJUDO, E TE SUSTENTO COM A MINHA DESTRA FIEL (Is 41.10). Sabe por que Ele diz isso para você? Porque Deus é aquele que: FAZ FORTE AO CANSADO E MULTIPLICA AS FORÇAS AO QUE NÃO TEM NENHUM VIGOR (Is 40.29). Deus é aquele que te conduz a um porto seguro e lhe diz: Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: NÃO TEMAS, QUE EU TE AJUDO (Is 41.13). Deus permite que sejamos afligidos, mas jamais desampara o oprimido!

Mas cuidado! Há um grande perigo nos bons portos: Achar que ali é seu destino final! Há pessoas que quando chegam aos bons portos não querem mais sair de lá, não querem mais entrar no mar, não aceitam mais nenhuma tempestade em sua vida. São pessoas que não querem mais desafios para sua vida. Pessoas que acham que foram feridas demais, machucadas demais, que sofreram demais. Quem nessa vida foi mais ferido que Jó? Mesmo ferido, no meio de sua angústia ele pôde dizer: Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso. PORQUE ELE FAZ A FERIDA E ELE MESMO A ATA; ELE FERE, E AS SUAS MÃOS CURAM (Jó 5.17-18). Jó estava atribulado, ferido, mas ele tinha a certeza de que uma hora Deus iria intervir e cuidar de suas feridas.

Isso acontece porque Deus é fiel! Reveja sua vida e tente perceber o que te aconteceu ao longo dessa jornada. Veja se você já foi mais fiel a Deus do que é hoje, se você já leu a Bíblia mais do que lê hoje, se você orou a Deus mais do que ora hoje, se você participava da Igreja mais do que participa hoje, se você contribuía à Igreja mais do que contribui hoje. Será que você não acha que já sofreu demais nesta vida? Será que você não contende com Deus por causa de seu agir em sua vida? Será que você não se acomodou em um bom porto? É certo que podemos nos acomodar nos bons portos, mas para cumprir a vontade de Deus é necessário prosseguir, entrar novamente em alto-mar e seguir em frente, continuar a viagem, venha o que vier, aconteça o que acontecer. Nunca se esqueça de que a mesma tempestade que assola a sua vida está sob os pés de Jesus a qual obedece ao seu comando. Aquele bom porto não era o destino de Paulo. Para chegar ao seu destino final era necessário entrar novamente em alto-mar.

Que o Senhor nos mostre a razão de cada crise, de cada luta, de cada tempestade. Vamos esperar o agir de Deus e assim fortalecer a nossa vida no Senhor, na leitura da Palavra e na oração. Quando as crises vierem sobre tua vida não lance mão de recursos humanos, antes descanse em Deus e espera dele as soluções para que você não sofra as consequências de atitudes impensadas. Que Deus te abençoe e lhe mantém perseverante em seu caminho, mesmo em tempestades! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

UMA VIAGEM TUMULTUADA: O NAUFRÁGIO

Atos capítulo 27 descreve uma viagem de navio de Paulo a Roma e de uma tempestade que ocorreu nesta viagem, afetando tanto a vida de Paulo quanto daqueles homens que estavam com ele. Estamos fazendo uma analogia deste texto com nossas vidas e tirando dali preciosas lições. Era desejo de Paulo ir a Roma? Sim, era. Era propósito de Deus que Paulo fosse a Roma? Sim, era. Era desígnio de Deus que Paulo chegasse à capital do Império Romano? Sim, era. Então, era natural que se esperasse uma viagem tranquila até Roma, uma viagem segura, sem atropelos, sem incidentes, afinal estavam todos debaixo dos propósitos de Deus. Mas não fora assim a viagem, pelo contrário, ela foi muito conturbada, quando, por fim, naufragaram: Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar (At 27.41). Na tempestade aqueles homens ficaram sem o sol e sem as estrelas, ou seja, sem nenhum norte para orientá-los. E sem norte não podia acontecer outra coisa àquele navio a não ser o naufrágio. E a mesma coisa acontece com aqueles que se encontram em densas trevas espirituais.

Foi no tufão que o incidente se tornou um acidente! Eles naufragaram! Isso nos ensina que nem sempre as vitórias vão fazer parte de nossas vidas, pois muitas vezes teremos que experimentar o amargo sabor da derrota. Os propósitos de Deus não nos isentam de derrotas! A vitória final está garantida, mas até lá muitas batalhas poderão ser perdidas. Não há como evitar as tempestades em nossas vidas e algumas vezes podemos até naufragar em uma destas tempestades, mas a atitude que tomamos diante delas faz toda diferença. Esta mensagem é muito diferente do que ouvimos hoje por aí, pois se prega o evangelho da paz, da vitória somente e muitos dizem que o cristão não pode experimentar derrotas. Dizem que é inadmissível e inaceitável que um filho de Deus viva na miséria e seja pobre, que se isso estiver acontecendo é porque você é fraco na fé, é porque você está em pecado ou que você esteja vivendo debaixo de maldições. Isso contribui para que muitas pessoas se decepcionem com Deus e fracassam na fé. Não era essa a mensagem de Jesus, antes, Ele diz: No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33).

Jesus está nos dizendo que a vida aqui é regada a muitos sofrimentos. Isso aconteceu até mesmo com Ele, pois Jesus teve fome, teve sede, chorou pela morte de um ente querido e foi acusado, julgado, condenado e morto injustamente. Há muitos outros exemplos na Bíblia quanto a isso. O propósito de Deus na vida de José era ser o Governador do Egito, mas antes ele passou pela amarga experiência da escravidão, sendo vendido pelos próprios irmãos e foi jogado em um cárcere inóspito por anos. O propósito de Deus na vida de Moisés era libertar o povo de Deus da escravidão do Egito e guia-los no deserto, mas antes disso Deus o levou ao deserto por 40 anos para pastorear ovelhas. O propósito de Deus na vida de Davi era o trono de Israel, mas antes do trono ele teve que viver nas cavernas, fugindo de um homem louco e sanguinário. O propósito de Deus na vida de Paulo era Roma, capital do Império Romano, mas antes ele teve que enfrentar ventos contrários, ventos parados, um verdadeiro tufão em sua vida e finalmente o naufrágio.

É propósito de Deus que sejamos salvos. É desígnio de Deus que cheguemos ao Céu. Então, seria natural que se esperasse uma viagem tranquila até lá, uma viagem segura, sem atropelos, sem incidentes, mas não é assim nossa viagem, pelo contrário, ela é muito turbulenta, recheada de provações e tribulações e assim vamos levando a vida alternando entre vitórias e derrotas, entre alegrias e tristezas, entre risos e lágrimas, sendo esculpido em nós, em meio às angústias, um caráter alinhado com a vontade de Deus e fortalecido na fé e esperança. O propósito de Deus é te conduzir até aos portais eternos da eternidade, para uma vitória gloriosa e te coroar com a coroa da vida, mas antes você terá que passar por desertos e vales para depois Deus te receber na glória. No momento, a mensagem de Jesus para você é: Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10). Que Deus te abençoe e te sustente na fidelidade! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com