segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

ALGO PARA NÃO SER ESQUECIDO

Depois de passarmos pelo final de mais um ano e começado um novo ano, depois de agradecermos pelo ano que passou e encarado o desafio de um novo ano que que se iniciou é muito importante não se esquecer de algo: A repetição dos fatos da vida. Mais uma vez tivemos a oportunidade chegar ao findar de um ano e começar um novo ano, enquanto muitos que iniciaram esta jornada se perderam ao meio do caminho e não conseguiram chegar até seu final. Quantos ganhos e quantas perdas preciosas ao longo do ano! Quantos nascimentos e quantas vidas ceifadas, muitas ainda na flor da idade! Quantas realizações e quantos planos que falharam! Quantos sonhos realizados e quantos outros interrompidos! Quantos órfãos que ficaram! Quantos casamentos e quantos viúvos e viúvas chegaram sozinhos! Quantos pais perderam seus filhos! Quantas famílias esfaceladas! Quantas vidas angustiadas! Quantos sorrisos que nos alegraram e quantas lágrimas que nos atormentaram! Quantas surpresas! Quantas decepções! Não espere nada diferente disso neste novo ano que começou.

É certo que encontramos em nossa retrospectiva do ano bons e maus momentos. Simbolicamente, podemos dizer que nos bons momentos era quando estávamos na montanha ou no monte e os maus momentos quando tivemos que descer e passar pelo vale ou pelo deserto. E na passagem pelo deserto tudo é mais difícil, porque lá está a angustia, o medo, a necessidade, a solidão e por lá as expectativas são frustradas, os sonhos não são realizados e a vontade de desistir prevalece. A passagem pelo deserto assusta porque o deserto é um lugar de abandono, aonde as pessoas se esquecem de você, de forma que lá você não tem amigos, não têm parentes. Isso parece trágico, mas é no deserto que você aprende a estar a sós com Deus e é no deserto que você ora, chora, geme, clama, busca, porque é lá que Deus estreita o seu caminho e permite que os espinhos te machuquem para te fazer refletir na vida. Também é no deserto que você aprende a ser obediente, que você aprende a lutar, a reagir. A passagem pelo deserto é tão ríspida que quando estamos por lá nos sentimos sozinhos e abandonados, mas logo que chegamos ao monte, onde a visão é diferente, ampla, você consegue olhar para trás e ver por onde passou e, então, glorifica a Deus por ver que Ele te amparou em todo o trajeto, pois finalmente pôde ver que não estava sozinho como pensava e que Deus estava contigo e não te desamparou.

E o que não devemos esquecer diante do findar do ano e da abertura de um novo ano? Não devemos nos esquecer de que o ciclo continua e tudo se repetirá novamente! É como as palavras do sábio Salomão que disse: Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre. Levanta-se o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, onde nasce de novo. O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; volve-se, e revolve-se, na sua carreira, e retorna aos seus circuitos. Todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche; ao lugar para onde correm os rios, para lá tornam eles a correr. Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir. O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol (Ct 1.4-9). Considerando que no ano que se findou você passou por bons e maus momentos, que teve risos e lágrimas, alegrias e tristezas, perdas e ganhos, todos estes elementos farão parte do ciclo que começou e tudo se repetirá novamente. Novos ganhos virão como também novas perdas e quem pode garantir que você não se torne a perda de alguém?

Lembre que a vida é fácil quando você está na montanha, porque lá você tem a paz de espírito como você nunca viu, mas as coisas mudam quando se desce ao vale. E quando isso acontecer (e vai acontecer) não perca a fé, pois você não estará sozinho, porque o Deus da montanha ainda é Deus no vale, o Deus dos bons momentos ainda é Deus nos momentos ruins, o Deus do dia ainda é Deus durante a noite, de forma que, quando as coisas dão erradas, Ele não está te castigando, mas está aperfeiçoando seu caráter, corrigindo as suas imperfeições, tornando você uma pessoa melhor, mais forte, mais preparada. Lembra que é no pisar da uva que ela se torna vinho, que é no passar pelo fogo que o ouro se depura, que quem carrega o seu próprio balde dá valor a cada gota de água. Falar de fé no alto da montanha é muito fácil, pois tudo é belo quando a vida está no seu melhor, tudo é mais fácil quando se está sorrindo, se divertindo, mas tudo muda drasticamente quando as tempestades chegam. Saiba que muitas nuvens tenebrosas pairarão sobre a sua cabeça, mas não se esqueça de que é nos vales de provações e tentações é que a sua fé realmente é posta à prova. Pense nisso no decorrer deste ano e seja consciente deste ciclo da vida. Não se revolte com Deus e não se perca no meio do caminho! Que Deus assim te abençoe! Amém

Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

VIVENDO À MARGEM DA VIDA


A Bíblia assim diz a respeito de uma das viagens de Jesus: E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho (Mc 10.46). Bartimeu vivia à margem da vida. Era um homem cego e mendigo e dependia totalmente da caridade das pessoas. Não podia trabalhar, não podia ir e vir sem a ajuda de alguém, mas não precisa ser cego para viver à margem da vida. Há muitas pessoas cercadas de bens que vivem à margem da vida! E não é nada fácil viver à margem da vida! É muito deprimente olhar para as pessoas a sua volta e achar que elas sim é que são felizes, que elas sim têm tudo para serem felizes, que nasceram voltadas para as estrelas e foram privilegiadas por Deus, enquanto que você parece que ficou com o resto, esquecido, desprezado, largado para viver à margem da vida. Não há nada mais frustrante do que viver se depreciando ante aos outros.
Você vive à margem da vida quando se olha no espelho e permite que o complexo domine sua vida. E o sentimento que mais atrapalha o desenvolvimento pessoal é o complexo. Este sentimento faz somente o terror na vida das pessoas. Você pode ter complexo de inferioridade, complexo em relação a sua aparência, em relação ao seu tamanho, em relação ao seu peso, em relação a partes de seu corpo, complexo em relação às capacidades intelectuais e tantos outros sentimentos negativos que atormentam a vida de muitos. Todos estes complexos são típicos de pessoas que não se aceitam e não aceitam a vida que levam e por causa disso vivem totalmente revoltadas com a vida, pois a dor do complexo incomoda muito, fazendo com que a pessoa se afaste dos amigos e, pouco a pouco, vai se isolando da sociedade. São pessoas que vivem à margem da vida se martirizando, achando-se inferiores a todos em sua volta. E os complexos ligados à aparência física são extremamente prejudiciais nos relacionamentos afetivos, de modo que a pessoa não se abre para o amor e para os carinhos quando está se sentindo inferior ou feia diante do seu parceiro.
Você vive à margem da vida quando olha para sua posição social e se compara aos demais membros da sociedade, quando percebe que alguns se tornaram médicos, outros dentistas, alguns engenheiros, outros advogados, uns professores, mas você parece que ficou esquecido, parece não ter encontrado o seu papel, o seu lugar na sociedade e se sente como uma carta fora do baralho. Você vive à margem da vida quando olha para o poder aquisitivo das pessoas que te cercam e compara com o seu, quando percebe que muitos conseguem ter a sua casa própria, mobiliar luxuosamente a sua casa, ter o seu carro, viajar todo ano e terem um gordo salário, enquanto que você paga aluguel de uma casa simples, basicamente mobiliada, na periferia da cidade, indo e vindo de bicicleta e tendo que sobreviver com um mísero salário.
As pessoas que vivem à margem da vida são, na maioria das vezes, pessoas complexadas, são indivíduos negativos que vivem da comparação com as demais pessoas. E o mais lamentável é que os complexos são infundados, não passam de criações da mente da própria pessoa, que tem a autoimagem distorcida, destruída, talvez, por algum trauma na vida. Talvez tenha ouvido tantas críticas e desaprovações ao longo da vida que se tornou um indivíduo pessimista e negativo em relação a si mesmo e aos outros também. Ele não consegue perceber que o encanto de cada ser humano está justamente nas suas diferenças, e nestas diferenças cada um mostra algo de especial e este algo é individualizado, personalizado, de forma que nenhum outro ser pode ser comparado a ele. E quando você não se compara com alguém toda a inferioridade e superioridade fica sem sentido e aí você descobre a importância de ser como você é, ou seja, de ser você mesmo.
Saiba que o tempo voa e que a vida não espera! Liberte-se do casulo do complexo e deixe a grande metamorfose da vida realizar seus sonhos. Se permita viver e ser feliz por suas conquistas e não viva pelo reflexo das conquistas alheias. E ao se olhar no espelho veja quem você realmente é, veja em quem você se tornou. Veja o reflexo de alguém que já sofreu muito na vida, que suportou tremendas tempestades, que atravessou áridos desertos e que merece toda reverência, dignidade e felicidade. Seja consciente de que viver no passado não fará diferença, mas mudar seu futuro irá trazer possibilidades de contar uma nova história. Chega de se culpar pelo que fez ou deixou de fazer, o momento é de fazer diferença e faça a diferença não pelos outros, mas por você mesmo. Se o passado te assombra liberte-se do passado e seja feliz, afinal a maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto ainda vivemos. Não seja igual a ninguém, pois a única pessoa que tem que ser igual a você é você mesmo. E acima de tudo saiba que o agir de Deus é preciso e que Ele é perfeito em tudo que faz, de forma que Ele não errou ao criar você do jeito que você é. Ele nada fez em você por maldade, nem por castigo, mas ao criá-lo seguiu um projeto original, único, de forma que você não pode ser comparado a ninguém. Nunca se esqueça de que as nossas neuroses não combinam com a sabedoria de Deus. Faça como Bartimeu, que quando soube que Jesus estava passando gritou com toda a sua força por Ele, não se importou com a multidão que o repreendia, e assim ele foi achado por Jesus, retirado da margem da vida e colocado em seu devido lugar no meio da sociedade, um lugar onde encontrou dignidade e honra. E é isso que Jesus quer fazer em sua vida! Um dia Jesus falou: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10.10). Não viva à margem da vida, porque vida em abundância é o que Jesus tem a te oferecer! Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

DEUS: AUTOR DA VIDA REAL


Quando assistimos a um filme, a uma novela ou lemos um livro, notamos com facilidade a diversidade dos personagens, o papel de cada um e, conforme vamos chegando ao final da estória, vemos o destino final de cada personagem. Na verdade a estória segue as determinações de seu autor sobre cada personagem. O temperamento de cada um, o caráter, a reação de cada um com as mazelas da vida, o modo de viver, a posição social, o estado da saúde e é o autor quem decide quem vai viver, quem vai morrer, como e quando vai morrer na estória, pois é ele quem determina o destino de cada personagem. Nisso podemos concluir que cada personagem está nas mãos do autor, que cada um segue o curso de vida determinado por ele e, conforme o autor estabeleceu se sucederá a cada um na estória. Nada é diferente do que acontece no mundo real, pois somos personagens de uma história que começou no princípio da Criação cujo Autor elaborou para cada um de nós um papel a desempenhar neste mundo. O salmista confirma isso quando diz: Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda (Sl 139.16).
Primeiro Deus criou um planeta que parece ser único no Universo. Um planeta com a porção seca, porção líquida e uma atmosfera; um planeta habitável, onde a vida pudesse prosperar. Nesta criação Ele começa com a luz, primordial para a vida. Como Deus não pretendia criar apenas animais marinhos dividiu o planeta entre a porção seca e a porção líquida, ambas essenciais para a sobrevivência. Também pensando na sobrevivência de sua criação Deus cria as florestas. E para que não vivêssemos em apenas uma estação, dividiu o tempo deste planeta em dia e noite e estabeleceu as estações com a criação do sol, da lua e das estrelas. Estando tudo preparado para abrigar vida Deus, então, cria na Terra os peixes, as aves, os animais e finalmente chega a vez do homem, que foi quando falou: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1.26,27). E depois disso falou: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra (Gn 1.28). Ali começou a história da humanidade e, quando nascemos, começa a nossa parte e nos tornamos personagens dessa História.
Quando olhamos para o Universo nos surpreendemos com a ordem da Criação. Uma ordem tão perfeita que não aconteceria pelo acaso e pelo caos nem em trilhões de anos, de forma que, se deixarmos a fé de lado e partirmos para a probabilidade, a possibilidade desta ordem se originar de um caos, essa probabilidade é bem maior do que a possibilidade de um Autor ter arquitetado e criado tudo, ou seja, é mais viável crer na autoria de Deus na Criação do que na teoria da evolução. Por isso que a Bíblia diz: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). Mas parece que quanto a esta ordem e esta perfeição no Universo, o mesmo não se pode dizer da história da humanidade, da história dos personagens. Quando olhamos para a História da humanidade, nas guerras, nos genocídios e em todas as crueldades que o homem fez e faz, parece que Deus não acertou muito bem na criação do homem. Parece que esta criação não trouxe benefícios para este planeta maravilhoso em que Deus o colocou para habitar. Parece que sem a presença do homem este planeta estaria com a sua natureza intacta e não estaria morrendo como está hoje. Mas uma frase no final de cada dia da Criação desmente isso, pois a cada ato da criação Deus dizia que o que Ele tinha feito era bom, e quando termina a obra da Criação a Bíblia diz: Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1.31).
Tudo era perfeito! O fato de o homem ter desvirtuado o seu papel na Criação não desqualifica a obra de Deus, porque Ele não foi pego de surpresa e não precisou realizar nenhum remendo à sua Criação. Contudo, isso não significa que a história tem que permanecer como está e que não haja para ela um final surpreendente. Se olharmos para a realidade nua e crua da humanidade é certo a sua dizimação e a extinção de toda a vida na Terra. Pedro fala sobre o fim da Terra quando diz: Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas (2 Pd 3.10). Mas Deus tem um plano! Ele é o autor! E a respeito da Terra Ele diz: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas (Ap 21.5). E lá em Isaias Ele já dizia: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). E João contemplou a isso, pois escreveu: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram (Ap 21.1). Você se maravilha com a criação da Terra de hoje? Encanta-se com a natureza? Pois saiba que a glória da segunda e última Terra será muito maior! E sabe o que é ainda mais maravilhoso? É saber que faremos parte desta história! Qual a garantia? A promessa de Deus que diz: Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome (Is 66.22). E pelos olhos da fé já contemplo este novo céu e esta nova terra e na esperança de viver neles vivo pelo procedimento da piedade, crendo na salvação de Deus e entregando minha vida nas mãos dele, o autor da minha história! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

AS MARAVILHAS DO CÉU


Constantemente pensamos nas maravilhas do Céu. Pensamos naquele lugar de descanso, lugar onde Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima e nos dará consolo, lugar onde não entrará nenhum incrédulo, nenhum ladrão e nenhum assassino, lugar onde as ruas e as casas são de ouro e pedras preciosas, lugar onde desfrutaremos da presença de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo. Não é esplêndido pensar em morar em um lugar assim? Mas o céu vai muito além de todas estas maravilhas que mencionamos. Há um hino muito lindo que diz:
Tenho lido da bela cidade,
Construída por Cristo nos céus.
É murada de jaspe luzente.
É juncada com áureos troféus.
E no meio da praça eis o rio
Do vigor e da vida eternal.
Tenho lido das belas moradas
Que Jesus foi no céu preparar,
Onde os crentes fiéis, para sempre,
Mui felizes irão habitar.
Nem tristeza, nem dor, nem gemidos,
Entrarão na mansão paternal.
Tenho lido das vestes brilhantes,
Das coroas que os santos terão
Quando o Pai os chamar e disser-lhes:
Recebei o eternal galardão.
Tenho lido que os santos na glória
Pisarão ruas de ouro e cristal.
Percebe quantas maravilhas haverá no Céu? Mas o refrão deste hino diz:
Mas metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.
Metade da glória celeste
Jamais se contou ao mortal.
Encantamos-nos com um prospecto do Céu em que oculta grande parte de sua realidade. Nossa mente finita, limitada já encontra tremendas dificuldades para compreender as maravilhas reveladas do Céu imagine o que aconteceria se tomássemos ciência de toda a sua realidade? O Céu é tão maravilhoso que muitos não conseguem acreditar em sua existência, assim como o inferno é tão terrível que muitos não acreditam que Deus seja capaz de mandar alguém para lá.
Há uma imagem estereotipada a respeito do Céu que corre por aí: Alguém sentado numa nuvem, tocando harpa, cantando louvores e aparentemente entediado. Mas o Céu não se parece com nada disso! Deus é muito criativo para construir um lugar entediado. Se você tem alguma dúvida a respeito disso contemple um pôr do sol, contemple um céu estrelado, pense no Universo suspenso em uma harmonia perfeita. E se o mundo atual pode servir como exemplo da sabedoria de Deus, imagine o que podemos esperar que o Céu nos revele sobre Deus. Com certeza ele vai nos revelar muito mais da criatividade de Deus, porque o Céu será um estilo de vida completamente novo, com atividades e entretenimentos com as quais nunca sequer sonhamos, pois o que nos espera no Céu está além do que podemos imaginar. Já ouvi pessoas falarem que ficarão felizes se morarem no porão do Céu, mas não há porão no Céu, e mesmo se o Céu tivesse porão não quero morar lá porque o que almejo é viver a plenitude do Céu.
Seja lá como for o Céu de algumas coisas podemos ter certeza: No Céu não haverá mais morte, o que significa que lá não haverá câncer, AIDS, pestes, guerras, assassinatos, acidentes, nem cruzes ao lado das estradas significando que alguém foi morto por um motorista bêbado e imprudente. Quer dizer que lá não haverá viúvas e órfãos. No Céu não haverá mais choro e nem dor, o que significa que não haverá divórcios destruindo lares, pessoas sendo violentadas, pessoas sentindo-se inseguras, comunidades famintas, favelas, drogados, alcoólatras, pessoas encima de um pedestal te humilhando porque lá não haverá mais nenhum insulto, maldade, palavras de ódio e nem discriminação alguma. Seja lá como for o Céu não fazemos a menor ideia de como ele seja, mas seja lá como for o Céu ele será muito mais do que hoje podemos imaginar dele. O Céu é um lugar maravilhoso e é para lá que eu vou. Você vai? Então, vamos juntos nesta caminhada! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 25 de novembro de 2018

NENHUM SOFRIMENTO DEVE SER EM VÃO


Quando estamos sofrendo, angustiados, surgem em nosso interior inúmeras perguntas. São questões sérias, graves e muitas delas ficarão sem respostas. E ao longo da vida nada nos incomodará mais do que a falta de respostas e o silêncio de Deus, às vezes, nos afligirá até mais do que o próprio sofrimento; assim como as orações não respondidas (conforme gostaríamos que fossem) há de nos afligir mais do que aquelas que foram atendidas. Isso acontece porque as razões de passarmos por angústias são, na maior parte das vezes, ocultadas ao nosso entendimento, e a falta de sentido pelo que estamos passando nos deixam inseguros. Perguntas como: Por que o justo sofre? Por que passamos por lutas? Por que nossos amigos, que não tem o mesmo compromisso que temos com Deus, parecem ter uma vida muito melhor que a nossa? Por que aquela pessoa que nunca botou o pé em uma igreja, nunca abriu a Bíblia, nunca fez uma oração, parece ter uma vida muito mais calma e serena que a nossa? Eles parecem não passar por tempestades, eles parecem navegar por mares calmos, enquanto nós cruzamos os oceanos mais tempestuosos da vida.
Nunca devemos nos esquecer de que um justo não vive em uma estufa, não vive em uma redoma de vidro, não está protegido das intempéries da vida, pois passa pelas lutas como qualquer outra pessoa. Ser justo não significa ser imune ao sofrimento, às tragédias, aos acidentes e muito menos às tribulações da vida. Entretanto, com toda convicção podemos afirmar que o justo é guardado e protegido por Deus nas tribulações da vida e sai delas muito mais perto de Deus e muito mais fortalecido na fé do que quando nelas entrou. E sabe por quê? Porque o justo, ainda morrendo, tem esperança (Pv 14.32). E quando se tem esperança tudo é diferente, quando se vê a luz no fim do túnel, por mais escuro que esteja o caminho, tudo muda, e mesmo apalpando por causa da escuridão seguimos em frente pela esperança da luz que enxergamos no final. Lembre-se de que Deus não livrou a Daniel da cova dos leões, mas na cova protegeu-o dos leões. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha de fogo, mas na fornalha guardou-os do fogo. Deus não livrou a José das injustiças cometidas contra ele, mas jamais o desamparou. Deus não nos livra do deserto, mas não nos deixa lá sozinhos, pois Ele passa o deserto conosco.
Talvez você esteja enfrentando algumas lutas e algumas perdas em sua vida. Quem sabe está sofrendo baixas em sua vida financeira e isso angustia muito o seu coração. Talvez sua vida mudou inesperadamente e você, que antes era tão feliz, agora tudo que faz é chorar. Talvez esteja passando pelo drama de ver seus filhos fugirem das suas mãos, do seu controle e isso esmaga o seu coração. Talvez esteja enfrentando o drama de uma doença séria, grave, que se estabeleceu em seu corpo e tem feito você gastar seu tempo e seus recursos, mas não tem tido o retorno que esperava. Talvez esteja vivendo o drama de um casamento machucado, cheio de incompreensão, enquanto esperava mais presença, mais companhia, mais compreensão, mais carinho, mais amor e anseia pela presença de seu cônjuge do seu lado para ser uma escora, um amparo, mas você se sente só. O que fazer nestas ocasiões? Nesta hora vêm as perguntas mais inquietantes de nossa alma: Por que Deus? Por que comigo? Por que nesta hora? Por que sofrimento com tamanha intensidade? Eu estou sofrendo, por que minha dor não cessa? Por que perdi minha saúde? Por que perdi meus bens? Por que perdi um ente querido? Por que o Senhor não escuta a minha voz? Por que o Senhor não acaba logo com todo esse sofrimento? Por que o Senhor não me leva logo e acaba com toda essa dor? Talvez você esteja passando por noites muito longas buscando respostas, explicações, mas a única resposta que você tem é o barulho da tempestade que assola a sua vida.
Quero lhe dizer nesta hora que Deus é fiel, que Ele está presente, que Ele está no controle e Ele sabe o que está fazendo. Quando você não puder explicar o que Deus está fazendo na sua vida, você precisa entender que Deus é Soberano e que Ele está com as rédeas de sua vida em Suas mãos. Saiba que Ele está levando você para algo maior e melhor, pois Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Lembre-se de que o sofrimento é a escola do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida, de forma que quando Deus nos permite sofrer é porque está nos dando um curso de qualificação, a prova disso é que depois da tempestade passamos a conhecer Deus melhor. Não importa o que você esteja passando saiba que Deus não está colocando um ponto final em sua situação, mas apenas uma vírgula, porque Deus, em silêncio, está lutando por você. Tenha a certeza de que não há crise que Deus não possa reverter e que os desígnios de Deus não podem ser frustrados, de forma que se você não encontra explicações entenda que o seu Deus é Onipotente e que, no tempo dele, e não no seu Ele poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança! Não desanime! Não fique prostrado no meio do caminho! Não entregue os pontos! Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida. Ele quer ser seu amparo, Ele quer ser seu sustentador. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A MORTE É UM MOMENTO A SER VIVIDO

Vi essa frase em um vídeo e ela mexeu muito comigo. Não pude assistir ao vídeo, mas fiquei dias meditando nesta frase. Como pode algo que assombra a vida das pessoas se tornar em um momento a ser vivido? Como algo que traz tanta tristeza, tanto choro, tanta amargura possa se tornar em um momento único e que venha a merecer alguma apreciação? Os sentimentos que temos em relação a morte são, na verdade, um reflexo de nossa crença, de nossa esperança e da grandeza da força espiritual que atua em nosso íntimo. As escolhas que fazemos, as atitudes que tomamos no percurso da vida também colaboram para refletir em nossos pensamentos as suposições que temos sobre a morte, a qual faz parte da vida e a vida não pode ser considerada sem ela.

A morte é um grande mistério! Tudo que sabemos é que ela veio como penalidade pela desobediência chamada de pecado. Portanto, ela é sombria porque é uma intrusa na criação de Deus e se tornou uma das mais cruéis penalidades impostas por Deus ao homem pela sua rebeldia. O que mais nos assombra na morte são os mistérios que ela envolve. Nada ao seu respeito pode ser comprovado a não ser a sua constatação, mas o que vem depois dela são fatos enigmáticos, sem nenhuma comprovação científica, desvendado por algo completamente abstrato que é a fé. Outro fato sombrio da morte é a total separação que ela provoca entre os vivos e os mortos, pois depois dela não existe mais nenhuma informação, nenhum abraço, nenhum gesto ou qualquer sinal daquele que se foi. Este mistério levou o sábio Salomão a formalizar a pergunta: Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra (Ec 3.21)? Todo esse mistério nos faz pensar que a morte representa o fim. E como que algo que representa o fim merece qualquer prestígio a ser vivido?

Por causa de todo o misticismo que envolve a morte há muitas crenças sobre o que vem após a morte. E quando nos referimos ao pós-morte fazemos menção a alma, pois quanto ao corpo todos o veem indo para seu destino final que é a sepultura. Diante disso alguns acreditam no aperfeiçoamento do espírito através da reencarnação, outros acreditam na aniquilação da alma, outros no sono da alma, outros na inexistência da alma, enquanto que alguns nem sequer acredita que ela exista. Alguns acreditam na vivência eterna da alma em um paraíso (Céu) criado por Deus para o gozo da alma, ou, então, em um lugar de tormento (inferno), onde vivem completamente separados de seu Criador. Nesta diversidade de crença também encontramos a diversidade de sentimentos em relação a morte. Alguns não suportam nem ouvir este nome, muitos nem sequer leiam um artigo como este, outros fogem do assunto como o Diabo foge da cruz, enquanto que alguns encaram este momento com muita serenidade.

A nossa preparação espiritual tem tudo a ver com o que sentimos em relação a morte ou o que sentiremos quando este momento chegar. Fato é que estamos aqui em uma viagem e nesta viagem temos a incumbência de nos preparar para este momento inevitável da vida. Assim como a vida é única, a morte também o é, pois a Bíblia diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). O fato de a vida ser única a torna singular, excêntrica, inigualável, inédita, raríssima. Tudo isso leva as pessoas a quererem aproveitar ao máximo a vida e não vejo nada de errado nisso, o problema é que a maioria se esquece do propósito da viagem e ficam ligados apenas na curtição. O tempo passa, a viagem chega ao fim, e de repente se dão conta de que não há retorno para associarem a curtição com a preparação. Talvez, este seja o maior motivo de muitos desejarem voltar para fazer tudo diferente, mas não existe esta possibilidade.

Levando em consideração a crença da existência de um paraíso para o gozo da alma após a morte, levando em consideração de que nos preparamos espiritualmente para o fim desta viagem, a morte é sim um momento a ser vivido, porque embora ela represente o fim da linha de nossa existência terrena, ela também representa a linha de chegada para a eternidade. Esta linha de pensamento levou o sábio Salomão a uma resposta equilibrada de seu questionamento acima, pois ele concluiu dizendo que na morte o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec 12.7). E por que voltar a Deus? O autor de Hebreus nos dá a resposta: Vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). Eis aí o motivo da preparação da viagem: Um acerto de contas com aquele que criou a vida e estabeleceu a morte por seu limite. Como você está nesta viagem? Tens achado lugar também para a sua preparação? Ou sua preocupação tem sido apenas com a curtição? Estás preparado para enfrentar este momento inevitável de sua vida? Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A EXPULSÃO DA INTRUSA

Difícil não pensar na morte, uma vez que ela está presente em todos os dias de nossa vida, pois os noticiários não nos deixam esquecê-la. Isso é até perigoso, pois pode nos fazer a acostumar com a morte, mas não podemos nos acostumar com ela, pois a morte é uma intrusa na criação de Deus. Ela é consequência de uma atitude rebelde do homem para com seu Criador. O homem foi alertado por Deus que lhe falou: No dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.17). O homem não ouviu, comeu do fruto que era proibido comer e a morte passou a fazer parte de sua existência. Nada provoca mais dor do que a morte. O choro da morte causa grande comoção em nosso coração. A morte é tão cruel que parece simbolizar o fim, parece trazer uma separação eterna, parece causar um dano irreparável. Apesar de ela representar, de certa forma, estas verdades, a morte não significa o fim e ela pode até mesmo representar um começo.

O fato é que esta intrusa tem os seus dias contados entre nós. A Bíblia, falando sobre os inimigos de Deus, diz que o último inimigo a ser destruído é a morte (1 Co 15.26). Ela pode até ficar por último, mas por fim ela vai cair. Jesus venceu a morte. E como Jesus venceu a morte? Ressuscitando! De nada teria servido o sacrifício de Cristo se Ele não tivesse vencido a morte e ressuscitado. Naquele túmulo Jesus nada podia fazer pela humanidade. Por isso que a ressurreição de Cristo deve ser a data mais comemorativa para o Cristão, porque nada representa mais a vitória do que a ressurreição. Quando Maria Madalena viu a Jesus ressuscitado este lhe falou: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai (Jo 20.17). Neste momento, Jesus não estava ali em espírito, mas em corpo presente. Este era o seu corpo glorificado, um corpo não mais limitado, pois a Bíblia diz: Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco (Jo 20.19)! As portas não podiam mais deter o seu corpo, os chicotes não fazia mais nenhum mal a Ele, uma coroa de espinho não o fazia mais sangrar, os pregos não podia mais perfurá-lo, o vinagre não lhe causava mais nenhum amargor, uma lança nada mais podia fazer contra Ele. Jesus não permanece na cruz e nem naquele túmulo, porque Ele ressuscitou para a vitória.

Esta vitória será estendida a todos nós um dia, porque todos nós receberemos este mesmo corpo glorificado de Cristo quando ressuscitarmos no dia da ressurreição. É isso que Paulo nos ensina quando diz: Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória (1 Co 15.53,54). Na ressurreição receberemos um corpo imortal. Este corpo jamais contrairá qualquer doença, jamais poderá ser alvejado por um tiro, jamais poderá ser perfurado por uma faca, jamais será destroçado por um explosivo, jamais poderá ser queimado pelo fogo, jamais se afogará nas águas, uma espada jamais poderá decapitá-lo, uma corda jamais poderá enforcá-lo, este corpo jamais perderá um de seus membros, ele jamais vai se deparar novamente com a morte, porque a intrusa finalmente foi derrotada e expulsa da criação de Deus.

Neste sentido Jesus nos consola quando diz: Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão (Jo 5.28). A morte não é o fim! O túmulo não é a nossa morada eterna! O brado da morte um dia cessará e o desespero da morte fará parte do passado da humanidade. Jesus prossegue em suas promessas quando diz: A vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6.40). Será quando, finalmente, veremos a concretização da maior de todas as promessas de Deus: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.1-4). Mas preste muita atenção em toda a extensão da promessa, pois ao falar da ressurreição Jesus disse: Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo (Jo 5.28,29). O que você terá quando ressuscitar? A vida ou o juízo? Pense nisso hoje para que não venhas a lamentar o dia em que tu finalmente alcançaras a imortalidade! Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

LEVEDANDO A MASSA


O fermento na Bíblia, na maioria das vezes, é símbolo de corrupção e pecado. Era isso que Paulo queria dizer quando disse que um pouco de fermento leveda toda a massa (Gl 5.9). E o que é levedar? Levedar é fermentar a massa, tornar-se volumosa. E é justamente isso que o pecado faz. Basta ter apenas um impuro e imoral em um grupo que logo muitos estarão contaminados. Até que Adão e Eva estavam sozinhos no Jardim do Éden nada aconteceu. Todos os dias eles se reuniam e conversavam com Deus. Quando se acrescentou a serpente na história, simbolizada por Lúcifer, que havia sido expulso do céu por causa do pecado, a mulher foi contaminada, em seguida ela passa adiante sua contaminação abordando ao homem e por fim toda a humanidade foi atingida. A Bíblia confirma isso quando diz: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). A massa toda foi levedada! Em outra linguagem a Bíblia diz que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7). Foi o que aconteceu com Davi. Primeiro aconteceu o adultério e este se convergiu no assassinato de um inocente.
A primeira experiência neste mundo nos mostra o quanto um pouco de fermento leveda toda a massa, ou seja, que apenas um único pecado, um único pecador pode contaminar toda a criação de Deus. A segunda experiência está na eternidade. Ela acontece somente depois de passarmos pela primeira. Nesta segunda experiência, Deus faz diferente da primeira. Ao invés de preparar um único lugar, que é a Terra, ele prepara dois lugares para dois grupos distintos. Ao invés de permitir a interação entre os grupos, como a serpente contaminada interagiu com Eva, Ele veta toda e qualquer interação entre os grupos. É isso que nos ensina a parábola do homem rico e do mendigo Lázaro quando diz: E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós (Lc 16.26). Estes dois lugares é o céu e o inferno. Os dois grupos são os salvos e os perdidos. E o sentido de passarmos por esta vida neste mundo é decidirmos para qual lugar iremos quando por fim acabar a nossa peregrinação, a qual grupo iremos pertencer no futuro. A existência destes dois lugares e destes dois grupos não depende de sua crença, não depende de você acreditar ou não em sua realidade, e desde que você nasceu estabelecido estás para tomar esta decisão a qual não é opinativa, mas obrigatória. O mesmo não se pode dizer de seu destino final que depende totalmente de sua decisão e de sua crença, de forma que o céu está reservado aos que creem e o inferno aos incrédulos.
Falando do céu a Bíblia diz: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap 21.1-4). E continua dizendo: Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos (Ap 22.3-5). Este é o lugar reservado para os purificados, os regenerados pelo Cordeiro de Deus que é Jesus Cristo. E falando do inferno a Bíblia diz: Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.8). Estes são aqueles que não creram, aqueles que faziam chacotas dos purificados, aqueles que recusaram todos os convites e não quiseram se comprometer com Deus.
Hoje temos a existência de três lugares: A Terra, onde vivemos para tomar a nossa decisão, o céu, onde estão os remidos do Senhor, e o inferno, para onde vão aqueles que não creram e não aceitaram a salvação de Deus. Mas em um futuro próximo existirá apenas dois lugares e seus destinatários terão o seu estado permanente em seus lugares para sempre. No inferno foram as pessoas sem nenhuma transformação de vida. Levaram consigo seus egoísmos, seus orgulhos, suas maldades, suas invejas, seus ódios, suas tradições e todo mal que residiam em seus corações. No céu foram as pessoas que tinham tudo isso em suas vidas, entretanto creram, se entregaram, se comprometeram com Deus e foram transformadas. E o céu permanecerá puro para sempre porque nele jamais entrará um impuro, um que não tenha sido purificado por Deus. Eles não são santinhos, mas sim pessoas transformadas e purificadas por Deus. Jamais haverá choro e sofrimento no céu porque lá não entrará nenhuma pessoa egoísta, ciumenta, irada, orgulhosa, pois nenhuma pessoa malvada entrará lá. No céu não haverá furto ou roubo, porque nenhum ladrão entrará lá. O ladrão da cruz que creu e se entregou a Cristo foi para o céu porque foi transformado e purificado, mas o ladrão incrédulo não teve o mesmo destino. Também no céu jamais haverá assassinato porque nenhum assassino entrará lá.
A convivência no céu será maravilhosa, mas o mesmo não podemos dizer do inferno por causa dos tipos de pessoas que estarão lá. A convivência lá é tão cruel que o rico dizia na parábola: Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento (Lc 16.27,28). E o que fazer para não ir para este lugar de tormento? A resposta é a mesma que Pedro deu a uma grande multidão a dois mil anos atrás: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.18). A mesma que Paulo deu a um grupo de pessoas: Crê no Senhor Jesus e serás salvo (At 16.31). Decidindo por este caminho terás herança no céu, porque se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5.17). Que Deus te abençoe e tomar o rumo certo, a decisão correta e lá no céu desfrutaremos juntos do gozo eterno. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 12 de agosto de 2018

NÃO HÁ OPORTUNIDADE DE DESPEDIDA!


Hoje é o dia dos pais! Grande é a satisfação de reunir a família, comprar presente, dar os parabéns, poder abraçar e beijar ao seu pai, mas nem todos terão este privilégio no dia de hoje. Neste dia comemorativo, passando pelas postagens das redes sociais, é possível notar muitos filhos sem os seus pais, e também pais que ficarão sem o abraço e os parabéns de seus filhos; e todos por uma única realidade: A morte! A morte não fazia parte do plano de Deus para a vida do homem quando este o criou e o colocou no Jardim do Éden. Era para o homem cuidar do Jardim, multiplicar-se e expandir-se por toda a Terra onde viveria eternamente, sem passar pela morte. Mas havia uma regra: E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.16,17). Uma árvore, e apenas uma árvore entre todas as demais que havia naquele Jardim, cujo fruto o homem recebeu a ordem de não comer, porque, no dia em que ele comesse tal fruto, certamente ele morreria. O homem não atendeu a ordem de Deus por muito tempo, pois um dia ele comeu do fruto e, conforme lhe fora anunciado, a morte passou a fazer parte de sua existência.
Há pelo menos três coisas que torna a morte sombria: A separação que ela provoca, o desconhecimento do momento de sua chegada e a falta de domínio do homem sobre ela. Estas três coisas assombram o homem e o deixa completamente impotente diante da morte. A separação da morte é cruel! Depois dela não há mais noticias, não há telefone, não há email, não há cartas, nenhuma comunicação entre aquele que se foi com aqueles que ficaram. É uma separação completa e permanente, pelo menos enquanto ainda estivermos por aqui, porque qualquer possibilidade de reencontro somente é possível do outro lado da vida; e ainda assim há muita obscuridade para este momento. Há um total desconhecimento sobre o dia da morte, ninguém pode conseguir uma previsão de quando chegará este dia em sua vida, nem mesmo o doente terminal, que sabe o quanto ela está próxima, mas não sabe o seu dia exato. A morte está totalmente fora do controle do homem. A Bíblia diz: Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto é grande o mal que pesa sobre o homem. Porque este não sabe o que há de suceder; e, como há de ser, ninguém há que lho declare. Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte (Ec 8.6-8). E o Senhor Jesus, falando sobre a vida, indagou àqueles que lhe escutava: Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida (MT 6.27)?
Não há como saber o dia da morte! E neste mistério não há concessões, não há exceção, pois todos nós estamos em pé de igualdade neste mistério! Então, se esta hora está oculta ao homem, não há possibilidade de dizer adeus aos que partem! Os filhos não se despedem dos pais e os pais não se despedem de seus filhos, porque não há possibilidade de despedidas, não há oportunidade para se por as coisas em ordem! Então, se não há possibilidade de dizer adeus, viva cada dia como se fosse o último dia. Quantos que se foram sem ao menos dizer um tchau? Um homem que estava viajando e a cerca de 180 km de sua chegada liga e diz: prepara a janta que estou chegando, chego ainda para o jantar. Pouco depois um acidente de trânsito e ele não chega ao seu destino e nem ao menos naquele telefonema ele pode dizer adeus, porque não sabia que aquela era a última vez que falava com seus queridos. Vi um pai que chega para reconhecer o corpo de seu filho, e ele diz uma frase que nunca vou esquecer: Os filhos são como água, a gente aperta com as mãos, mas eles escapam pelos vãos dos dedos. Aquele filho saiu de casa para voltar logo depois e nem ao menos houve oportunidade para se despedir de seus pais, porque ele não sabia que aquela seria a sua última volta de moto. O dia 11 de setembro de 2001 parecia ser um dia como qualquer outro e as pessoas que trabalhavam nas torres do World Trade Center em Nova York saíram de suas casas com a intenção de logo voltarem para suas famílias, mas esta volta não ocorreu para muitos deles e não houve nem sequer um aviso, um recado para poderem se despedir de seus familiares, isso porque não sabiam que aquele dia seria o último dia de trabalho em suas vidas. Não houve oportunidade para despedidas!
A lição que devemos tirar desta situação é que, se não há possibilidade de dizer adeus devemos viver com nossos queridos como se fosse a última vez que estivéssemos com eles, para que, depois, não fique a triste sensação da falta de despedida. Isso implica em viver em paz todo o tempo, em amar todo o tempo, em perdoar todo o tempo, em ser gentil, amável, cortês em todo o tempo, porque não se sabe quando haverá a interrupção deste tempo. Viver como se fosse a última vez implica em viver cada dia como se fosse o último dia em que estivéssemos juntos, para que depois sobre apenas as doces recordações dos momentos felizes que se passaram juntos, sem remorso, sem arrependimento, sem lamentação, apenas as doces lembranças! Agindo assim, podem não ter a oportunidade de se despedirem, mas aproveitaram ao máximo cada dia que estiveram juntos. Menestrel, de Willian Shakespeare, diz: Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Digo ainda que se não há possibilidade de dizer adeus, nunca deixe para trás alguma pendência. Vi um dia uma pessoa dizer no caixão de seu ente querido: Temos tantas oportunidades para fazer as coisas de uma forma melhor e de repente elas se acabam. Parece que havia sido deixado para trás alguma pendência. Talvez, agora, havia o desejo de ser mais presente, de expressar aquele carinho que, talvez, a muito não demonstrava, mas não havia mais oportunidade para isso! Já imaginou pai e filho, se em um daqueles dias em que estão vivendo em pé de guerra um contra o outro, de repente Deus chama um de vocês? Sem haver oportunidade para despedidas, para qualquer reconciliação, para um pedido de perdão? Com certeza não será fácil de conviver com o sentimento de que algo mais poderia ter sido feito para que tudo pudesse ter sido diferente. Uma estrela pode estar morta, mas ela ainda pode brilhar no fundo de nossa noite. Assim são as doces recordações de alguém que se foi quando se viveu uma vida que vale a pena viver, uma vida de amor e de ternura, em que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam. Melhor viver com saudades do que viver com remorsos!
Termino dizendo que para aqueles que creem em Cristo nunca haverá adeus. Para aqueles que creem em Cristo não importa se não houve oportunidade para despedidas, porque para o cristão não existe o adeus, mas apenas o até logo, porque para o cristão a morte não é o fim da linha, mas o ponto de chegada, o raiar de uma grandiosa eternidade. No decurso da vida, em algum ponto obscuro, a morte nos separa de pessoas queridas sem qualquer aviso. A melhor opção é viver a cada dia como se fosse o último sem deixar para trás nenhuma pendência a ser resolvida, e melhor ainda é crer em Jesus Cristo e andar em seus caminhos, porque sendo assim não precisamos de adeus, pois logo nos encontraremos ao adentrarmos nos portais da eternidade. Que Deus te abençoe e console o seu coração na esperança bendita da eternidade com Jesus Cristo. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A VIAGEM DA VIDA E SUAS INTEMPÉRIES: AS DECORRÊNCIAS DOS VENTOS CONTRÁRIOS


Estamos falando sobre as tempestades da vida com base na viagem de navio do Apóstolo Paulo para a Itália. Vimos que ser justo não implica em isenção de adversidades na vida e a primeira intempérie da viagem que foram os ventos contrários. Hoje falaremos das consequências destes ventos. A narração da viagem continua: Navegando vagarosamente muitos dias e tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos sendo permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navegamos sob a proteção de Creta, na altura de Salmona. Costeando-a, penosamente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, admoestava-os Paulo, dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida. Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia (At 27.7-11).
A viagem não estava nada fácil! Os transtornos causados pelas intempéries começaram a surgir. A primeira implicação dos ventos contrários é nos fazer andar vagarosamente. Você já enfrentou situações estagnadas em sua vida? Entra ano e sai ano e tudo permanece a mesma coisa! Parece que a sua vida está dando voltas em círculos. Você não avança e as coisas não saem do lugar, enquanto que você gostaria mesmo era de avançar e de ver resultados, afinal, você é uma pessoa dinâmica. São situações que permanecem as mesmas há tempos, são conflitos que não se apaziguam nunca, são soluções que nunca chegam para resolver as situações adversas, é o socorro que não vem e você não sabe mais o que fazer, afinal, você se sente se afogando no mar da vida, já mergulhado, apenas com as mãos de fora pedindo ajuda, mas parece que ninguém está vendo ou se importando com a sua trágica situação. Além de andar vagarosamente, Paulo chegava aos lugares com dificuldade e navegava penosamente. Dizem que a desgraça nunca vem sozinha, ela sempre vem acompanhada de suas parceiras, e além de você ter que enfrentar a estagnação das suas situações, sua vida segue com dificuldade e você caminha penosamente, enfrentando os desanimadores resultados das intempéries da vida.
Quando estamos desesperançados, vencidos, desanimados, Deus nos fortalece e nos ajuda a superar. Mas não é fácil esperar em Deus no dia da angústia! Não é simples crer que Deus reverterá nossa momentânea derrota em vitória! Sempre temos a tendência de achar que permaneceremos prostrados no fim da linha, no fim do túnel, no fundo do poço, esquecidos ali por Deus, estagnados para sempre! Estas coisas também se passaram pela cabeça de Jó enquanto esteve sentado naquele monte de cinzas raspando suas chagas, mas ele se levantou daquele monte de cinzas para receber de Deus a cura e a porção dobrada de tudo o que possuía, a ponto de chegar a dizer: Eu te conhecia só de ouvir falar de Ti, mas agora os meus olhos te veem (Jó 42.5). Estes pensamentos também devem ter perturbado José naquela úmida e escura prisão, mas ele saiu daquela prisão para governar toda a terra do Egito e salvar o mundo inteiro de padecer de fome. Isso também deve ter se passado na mente de Moisés durante os cerca de 40 anos em que permaneceu pastoreando ovelhas no deserto, mas ele saiu daquele deserto para enfrentar o poderio de Faraó do Egito e conduzir a libertação de um povo escravizado. Esta disposição incrédula também tentou abalar a fé de Abraão que recebeu de Deus à promessa de um filho legítimo com Sara, pois tanto ele como Sara estavam velhos demais, mas ele foi pai aos cem anos de idade e tornou-se o pai da fé e a sua descendência herdeira de Deus. Estes exemplos nos ensinam que podemos conseguir grandes conquistas ao longo do percurso da vida, mas em quase todas elas, antes, é necessário transpor as intempéries da tempestade, suportar o sol escaldante durante a caminhada e até mesmo tolerar a sede pelo árido sentimento da ausência de Deus no percurso.

Não sei como está a sua vida hoje, mas se está passando por uma tempestade não se deixe ludibriar pelos pensamentos incrédulos de sua mente, pelos cochichos maliciosos e desanimadores que chegarão aos seus ouvidos, pelas palavras marotas e perniciosas que lhe falarão. Creia em Deus e tenha a certeza de que, mesmo que não o sinta, Ele está contigo, pois Deus jamais abandona um filho seu em momentos de aflição. E se há situações estagnadas em sua vida saiba que Deus está no controle, saiba que é Ele quem domina o vento, pois a Bíblia diz: E ele (Jesus), despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança (Mc 4.39). Isso nos ensina que a tempestade que assola a sua vida Deus a tem sob seu controle. Creia nisso e aguarde a bonança em sua vida! E se hoje você está desacreditado, desmotivado, abatido, desventurado acredite que Deus o libertará, conforme diz o salmista: Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado, para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo (Sl 113.5-8). Somente Deus pega o desacreditado e o faz cantar o hino de vitória, somente Ele pode fazer do desacreditado um vencedor, somente Ele pode tornar a nossa situação desfavorável em bênção. Por tudo isso não há ninguém melhor que o Senhor nosso Deus para nos libertar das situações estagnadas da vida. Que este Deus que domina as tempestades e as torna em bonança transforme a sua vida e resolva as situações estagnadas de sua vida! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

domingo, 5 de agosto de 2018

A VIAGEM DA VIDA E SUAS INTEMPÉRIES: OS VENTOS CONTRÁRIOS


Estamos falando sobre as tempestades da vida com base na viagem de Paulo de navio para a Itália. Vimos no texto anterior que ser justo não implica em ser isento das adversidades da vida. A princípio a viagem estava tranquila, mas a narração da viagem diz: Partindo dali, navegamos sob a proteção de Chipre, por serem contrários os ventos; e, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia. Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, nele nos fez embarcar (At 27.4-7). A primeira intempérie da viagem são os ventos contrários. A intenção dos viajantes era ir direto para a Itália, mas os ventos contrários não lhes permitiram. As forças dos ventos os obrigaram a mudar de curso e atrasaram os planos dos viajantes. Você já enfrentou ventos contrários em sua vida? São ocasiões em que você tinha um propósito firme de andar em uma direção e tudo te faz andar em uma direção contrária. É uma viagem que você tem que adiar. São umas férias que você tem que interromper. São planos, projetos na vida que pareciam tão certos e te trariam resultados tão positivos e de repente são frustrados ou adiados. São tentativas frustradas de inversão de situações, de superação da atual condição de sua vida. São sonhos interrompidos bruscamente. Há momentos na vida em que parece que somente os ventos contrários estão soprando sobre nossas velas. São situações que podem perdurar por um longo período e isso desgasta seu ânimo, seu vigor, sua motivação e quando estamos vivendo situação assim parece que os problemas nunca vêm sozinhos, mas sempre acompanhados de outro, de forma que chegam como em um efeito cascata.
E que lições podemos tirar para nossas vidas dos ventos contrários? Primeiramente, devemos nos lembrar da autonomia do vento. A Bíblia diz: O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai... (Jo 3.8). Os ventos sopram à nossa rebelia. Eles não seguem a nossa vontade. Não obedecem ao curso de nossas vidas. Eles são independentes! Não adianta lutar contra eles. Não adianta resistir, insistir, porque eles são muito mais fortes do que nós e seguirão o seu rumo à mercê de sua própria vontade. Assim são as dificuldades em nossas vidas. Nós não as queríamos, não as procuramos e até as tentamos evitar muitas vezes, mas elas são inevitáveis na vida. Elas sempre vão existir de uma maneira ou de outra. Não adianta dar três toques na parede, não adianta evitar passar por debaixo de uma escada, não adianta fugir dos gatos pretos, não adianta entrar ou sair por determinada porta, levantar com determinado pé, não adianta possuir um talismã, não adianta deixar a Bíblia aberta no Salmo 91, porque seus esforços não evitarão as adversidades da vida. Claro que, às vezes, as dificuldades em nossas vidas são frutos daquilo que semeamos, consequências de uma desobediência, de uma atitude mal pensada, de um ataque de nervosismo, do domínio da impaciência, pelo fato de não ouvirmos conselhos e não atendermos a muitos que Deus envia para nos alertar. Mas, às vezes, elas também surgem do nada e não há nada que você possa fazer para evitar que isso aconteça, porque os ventos contrários são autônomos e sua ação neutraliza as nossas forças.
Apesar de o vento ser autônomo, apesar de não adiantar resistir a eles, há algo perigoso que muitos o fazem: Soltar o leme e seguir a direção do vento. Às vezes, essa pode ser a melhor atitude a ser tomada, mas isso também acontece quando desistimos de lutar. Muitas pessoas não suportam os ventos contrários de suas vidas. Muitos não resistem à força do vento e se entregam. São pessoas que acham que estavam equivocadas, que não vale a pena ser fiel e perseverar até o fim. São pessoas que desistem fácil de seus sonhos, que jogam a toalha na primeira dificuldade da vida, que penduram a chuteira quando as brancas nuvens de sua vida se convergem em nuvens negras e por fim em tempestade, são pessoas que mudam seus ideais conforme as circunstâncias da vida. Não é assim que devemos agir nos ventos contrários, porque nestes momentos o importante é permanecer firme para os propósitos de Deus, pois Ele tem um propósito para a sua vida e conforme-se quando as adversidades estão incluídas nos planos de Deus para você. Deus é extremamente sábio! Deixe-o agir em você com a sua sabedoria! Deus tinha um propósito na vida de Paulo. E qual era o propósito de Deus para Paulo? Roma! O destino de Paulo não era o fundo do mar. O destino de Paulo não era nenhuma ilhota, nenhum lugarejo, mas era Roma, a capital do Império Romano. O propósito de Deus era Paulo comparecer e testemunhar perante o imperador e apesar das intempéries da viagem ele compareceu e testemunhou perante César. O inimigo pode ter enviado ventos contrários para tentar afastar Paulo dos propósitos de Deus, mas a Bíblia nos diz que: Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo (1 Jo 4.4). O teu Deus é maior do que tudo. Deus é Soberano porque nenhum de seus propósitos pode deixar de ser cumprido. Se isso pudesse acontecer um dia Ele não seria chamado de Deus Onipotente, o Deus que pode todas as coisas. Que este Deus abençoe a sua vida! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

A VIAGEM DA VIDA E SUAS INTEMPÉRIES: SER JUSTO NÃO SIGNIFICA SER IMUNE ÀS ADVERSIDADES DA VIDA


Estamos falando sobre as tempestades da vida com base na vida do Apóstolo Paulo, especificamente em sua viagem de navio para a Itália. Vimos que era da vontade de Paulo ir a Roma, que também era propósito de Deus que Paulo fosse a Roma. Portanto, Paulo, quando entrou naquele navio, estava debaixo dos desígnios de Deus que pretendia enviá-lo à capital do Império Romano, para ali testemunhar de seu nome e plantar uma igreja. Então, se Paulo estava debaixo dos propósitos de Deus não era natural que se esperasse uma viagem sem atropelos e sem incidentes até Roma? Pelo menos é assim que a maioria das pessoas pensa. Mas a viagem não fora nada tranquila, pelo contrário, ela foi muito turbulenta, o que nos ensina uma grande verdade: O justo não está isento de passar pelas tempestades da vida. Claro que a chegada de Paulo em Roma estava garantida, ele mesmo testemunha isso quando diz: Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César (At 27.22-24). A chegada era segura, mas a viagem seria muito agitada!
Esta mesma verdade podemos aplicar em nossa vida. Jesus nos garante chegada segura, mas quanto ao percurso Ele diz: No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). E quando estamos sofrendo, angustiados, surgem em nosso interior inúmeras perguntas. São questões sérias, graves e muitas delas ficarão sem respostas. E ao longo da vida, muitas vezes, o silêncio de Deus nos incomodará mais do que o próprio sofrimento, assim como as orações não respondidas há de nos afligir mais do que aquelas que foram atendidas, porque as razões de passarmos por angústias são, na maioria das vezes, ocultadas ao nosso entendimento e a falta de sentido no sofrimento pelo qual estamos agita nosso interior. Perguntas como: Por que o justo sofre? Por que passamos por lutas? Por que nossos amigos, que não tem o mesmo compromisso que temos com Deus, parecem ter uma vida muito melhor que a nossa? Por que aquela pessoa que nunca botou o pé em uma igreja, nunca abriu a Bíblia, nunca fez uma oração, parece ter uma vida muito mais calma e serena que a nossa? Eles parecem não passar por tempestades, eles parecem navegar por mares calmos, enquanto nós cruzamos os oceanos mais turbulentos da vida.
Nunca devemos nos esquecer de que um justo não vive em uma estufa, não vive em uma redoma de vidro, não está protegido das intempéries da vida, pois passa pelas adversidades da vida como qualquer outra pessoa. Ser justo não significa ser imune ao sofrimento, às tragédias, aos acidentes e muito menos às tribulações da vida. Entretanto, com toda convicção podemos afirmar que o justo é guardado e é protegido por Deus nas tribulações da vida e sai delas muito mais perto de Deus e muito mais fortalecido na fé do que quando nelas entrou. E sabe por quê? Porque a Bíblia diz que o justo, ainda morrendo, tem esperança (Pv 14.32), e quando se tem esperança tudo é diferente, quando se vê a luz no fim do túnel, por mais escuro que esteja o caminho, tudo muda, e mesmo apalpando por causa da escuridão seguimos em frente pela esperança da luz que enxergamos no final. Temos muitos exemplos disso na Bíblia. Deus não livrou a Daniel da cova dos leões, mas na cova protegeu-o da voracidade dos leões. Deus não livrou os amigos de Daniel da fornalha de fogo, mas na fornalha guardou-os do poder do fogo. Deus não livrou o Apóstolo Paulo de um tufão enquanto navegava, mas na tempestade, Deus o libertou da morte certa de um naufrágio. Deus não livrou a Paulo de ser picado por uma serpente, mas o livrou do poder da morte do veneno. Portanto, Deus não nos livra do deserto, mas não nos deixa lá sozinhos e passa o deserto conosco. Deus não nos livra das tempestades da vida, mas na tempestade nos oferece abrigo e proteção. Deus não nos livra dos naufrágios da vida, mas nos busca lá do fundo do abismo e de lá nos resgata.
Quantas vezes não somos abatidos subitamente por uma tempestade na vida? Talvez você esteja enfrentando uma neste momento! Quem sabe você está sofrendo baixas em sua vida financeira. Talvez, a sua vida mudou inesperadamente e você, que antes era tão feliz, agora tudo que faz é chorar. Talvez, você esteja enfrentando o drama de uma doença séria, grave, que se estabeleceu em seu corpo e tem feito você gastar seu tempo e seus recursos, mas não tem tido o retorno que esperava. Nesta hora vêm as perguntas mais inquietantes de nossa alma: Por que Deus? Por que comigo? Por que nesta hora? Por que sofrimento com tamanha intensidade? Por que perdi minha saúde? Por que perdi meus bens? Por que perdi um ente querido? Por que aconteceu esta tragédia comigo? Talvez você esteja passando por noites muito longas buscando respostas, explicações, mas a única resposta que você tem é o barulho da tempestade que assola a sua vida. Quero lhe dizer que Deus é fiel e que Ele está no controle de sua vida e Ele sabe o que está fazendo. Saiba que Ele está levando você para algo maior e melhor, pois os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Não importa o que você esteja passando, saiba que Deus, em silêncio, está lutando por você. Tenha a certeza de que não há crise que Deus não possa reverter e que os desígnios de Deus não podem ser frustrados, de forma que se você não encontra explicações entenda que o seu Deus é Onipotente e que, no tempo dele, e não no seu, Ele poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança! Não desanime! Não fique prostrado no meio do caminho! Não entregue os pontos! Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida. Que estas palavras te fortaleça e que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 30 de julho de 2018

A VIAGEM DA VIDA E SUAS INTEMPÉRIES


É fato dizer que estamos em uma viagem rumo ao nosso destino final. E como toda viagem, a viagem da vida também é composta de diversas aventuras e nela nos deparamos com felicidades, sucessos, vitórias, conquistas, ganhos, superações, mas nela também somos surpreendidos com desventuras, infelicidades, derrotas, perdas, tragédias, infortúnios, fatalidades e adversidades. E em todos estes acontecimentos da vida, sejam bons ou ruins, não há acepção de pessoas, ou seja, basta você ter nascido e estar vivo para qualquer um deles fazer parte da sua vida. Claro que se fosse algo opcional escolheríamos somente coisas boas para nossa vida, mas a cada nascer do sol a imprevisibilidade faz parte da vida. E quantos sentem pavor só em pensar ou mencionar qualquer adversidade da vida? Quantos que acham tremenda injustiça uma pessoa boa passar por desgraças da vida? E quantos procuram a Deus somente com o interesse de Ele afastar de sua vida qualquer desventura, qualquer fatalidade que possa um dia lhe atingir? Basta você passar pelas postagens do Facebook que logo percebe que todos buscam e querem somente as aventuras da vida, não deixando margem a qualquer desventura; e claro que isso não é nenhuma anormalidade. Mas passando pelas postagens também se percebe que, mesmo não querendo ou escolhendo, muitas pessoas são alcançadas pelas desventuras da vida. Diante de todo este exposto surge a pergunta: Por que as pessoas que amam a Deus, que tentam agradar a Deus, que são fiéis a Deus enfrentam tempestades na vida? Como conciliar vontade de Deus com crises e tempestades? A verdade é que mesmo andando segundo a vontade de Deus enfrentamos nesta caminhada da vida muitas tempestades, verdadeiros tufões que nos trazem tremendas dificuldades. Isso é um fato que acontece em nossas vidas, tanto é que, talvez, você até esteja, neste momento, com algumas tensões em seu coração, enfrentando, quem sabe, um turbilhão em sua vida.
Caso o que falamos seja realidade em sua vida acompanhe nossos textos, porque neste e nos próximos textos vamos falar sobre as tempestades da vida e neles vamos nos basear na vida de um homem: O Apóstolo Paulo, especificamente em sua viagem de navio para a Itália. Paulo é um exemplo em termos de aventuras e desventuras da vida. Ele dizia: Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez (Fp 4.11,12). E logo depois destas palavras ele disse a famosa frase que repetimos constantemente: Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.13). A diferença é que Paulo tinha um histórico de vida para pronunciar esta frase. Este homem sabia o que era sofrer. E você se sente revoltado com Deus pelas tempestades da vida? A vida de Paulo não era nada fácil. Este homem dizia: Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos... até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos (1 Co 4.11-13). E qual era a reação deste homem diante de tudo isso? Ele responde: Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação (1 Co 4.12-13). Este homem um dia foi preso e em seu julgamento ele apelou para César, o que implicaria em ele ser enviado para a Itália. E depois de um tempo Paulo foi enviado de navio para a Itália para comparecer perante o imperador. Nesta viagem aconteceram muitas coisas e vamos fazer uma analogia entre esta viagem de Paulo com a viagem da vida. Acompanhe os textos e espero que Deus abençoe a sua vida com eles.
E a viagem começou e até parecia ser uma viagem promissora: Quando foi decidido que navegássemos para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial. Embarcando num navio adramitino, que estava de partida para costear a Ásia, fizemo-nos ao mar, indo conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica. No dia seguinte, chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com humanidade, permitiu-lhe ir ver os amigos e obter assistência (At 27.1-3). Vamos ás indagações: Era desejo de Paulo ir a Roma? Sim! Era propósito de Deus que Paulo fosse a Roma? Claro que era! Paulo mesmo testemunhou: Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César (At 27.23,24). E quando Paulo escreve para a Igreja em Filipos, ele estava preso em Roma e lá ele diz: Saudai cada um dos santos em Cristo Jesus. Os irmãos que se acham comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César (Fp 4.21,22). Os da casa de César não eram exatamente parentes do imperador, mas sim as pessoas que trabalhavam ali. Parece que a viagem e o testemunho de Paulo tinham rendido muitas conversões. Portanto, era desígnio de Deus que Paulo chegasse à capital do Império Romano. Então, se Paulo estava debaixo dos propósitos de Deus não era natural que se esperasse uma viagem tranquila até Roma? Uma viagem segura, sem atropelos e sem incidentes? Afinal estavam todos amparados pelos propósitos de Deus. Mas não fora assim a viagem, pelo contrário, ela foi muito turbulenta, e desta viagem vamos tirar muitas lições preciosas para nossas vidas. Espero em Deus que estas lições venham a enriquecer a sua vida. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com