quinta-feira, 29 de junho de 2017

A INTEGRIDADE NA POLÍTICA

26  Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;
27  pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
28  Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.
29  De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?
30  Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
31  Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
32  Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos;
33  ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.
34  Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.
35  Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
36  Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
37  Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará;
38  todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.
39  Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma (Hb 10.26-39).
A operação lava jato escancarou para o Brasil um pouco da sujeira que acontece nos bastidores da política brasileira; é repugnante ver o Brasil nas mãos de sanguessugas insaciáveis. É revoltante ver a riqueza do Brasil ir parar nos bolsos (talvez seria melhor dizer nas cuecas, nas meias, nas malas) de pilantras, de malandros, daqueles que deveriam gerir esta riqueza não em benefício próprio, mas sim em prol da comunidade. Enquanto o braço da justiça parece ser curto demais para alcançar as ratazanas socadas nos buracos da política, só nos resta, como Igreja e como cidadão cristão, falar aos ouvidos destes corruptos que as falcatruas deles são pecado e se a justiça deste mundo é insuficiente para alcança-los, não faltará suficiência para a justiça divina impetrar contra eles um julgamento justo, quando enfim serão penalizados por todas as suas trapaças, por todas as suas fraudes, por todos os seus desfalques e por todas as suas negociatas.
Que coisa triste quando você elege alguém para governar em benefício da comunidade e este eleito nada faz a não ser legislar em causa própria para se proteger da justiça e encobrir as suas tramoias, que decepção quando você elege alguém para fiscalizar, para não haver corrupção e os próprios fiscais se corrompem. É desanimador quando você estabelece pessoas para regerem as leis e estas mesmas pessoas se corrompem em nome da lei. E não é isso que está acontecendo no Brasil? A política está completamente corrompida! Talvez este seja o maior drama do brasileiro, pois estamos vivendo uma crise de integridade sem precedentes no Brasil. E estamos vivendo, principalmente, o grande drama da falta de integridade na política, de forma que não conseguimos mais confiar nas autoridades, naqueles que assumem o poder.
É um grande engano pensar que as coisas vão mudar para melhor em virtude das mirabolantes promessas dos políticos, porque o que podemos notar é que mudam os governos, mudam os partidos, mas a cultura da corrupção continua instalada em todos os segmentos da política. Toda época de campanha parece que acende em nós um otimismo, uma esperança, mas tudo que colhemos depois das eleições é o fruto amargo da decepção e da desilusão. Isso porque se muda as estruturas do governo, mas não se muda o coração das pessoas. A prova disso são as CPIs que destampam os esgotos imundos da mais repugnante corrupção e mostram as ratazanas que mordem sem piedade o erário público. E tudo o que nos resta é ver escândalos se multiplicarem e os políticos sem escrúpulos se abastecerem das riquezas da nação deixando o país na mais absoluta miséria, e o mais triste é que quase sempre ficam praticamente impunes.
Há um ditado popular que diz que dependendo do preço a se pagar todo homem se corrompe. Portanto, a questão não é se o homem é corrupto ou não, a questão é o preço que vai se pagar. Mas isso não é verdade! Há algumas pessoas que amam mais a Deus do que o poder do dinheiro, do que o sucesso, do que a fama, do que a glória humana, do que os prestígios humanos, do que a bajulação humana, do que as vantagens pessoais, mas, infelizmente, parece que nenhumas dessas pessoas estão na política. E caso entre algum sobra para ele poucas alternativas, ou ele entra na dança, entra no bojo, ou ele sofre alguma conspiração e é jogado para fora. Foi o que aconteceu com o profeta Daniel. Ele foi nomeado para governar, mas deste governo somente ele não se corrompeu. E como não podia ser diferente, os corruptos se unem para tirar Daniel do caminho deles. Mas como nada encontram em sua vida moral para acusá-lo conspiram contra ele na sua religião, porque eles sabiam que se não achassem algum motivo para acusar a Daniel eles estavam complicados. E porque Daniel era diferente, porque tinha caráter e era íntegro, é que ele foi perseguido e conspiraram contra ele.
E sabe por que fizeram isso? Porque um homem, uma mulher, um jovem ou qualquer ser humano íntegro é uma ameaça para todo esquema de corrupção. Por isso que integridade, muitas vezes, não torna ninguém popular, não promove ninguém e também não ajuda a granjear amigos, assim como não facilita o caminho, pelo contrário, muitas vezes, o fato de você ser íntegro, incorruptível, vai lhe custar oposição, perseguição e até conspiração. Isso porque a integridade incomoda, uma pessoa íntegra perturba o corrupto e desarticula esquemas. Mas meu amigo, você que está lendo este texto, prefira ir ao encontro de Deus debaixo de conspiração e injustiças do que ir ao seu encontro cheio de mentira e engano, carregado dessas imundícias que vemos todos os dias no noticiário, porque horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


terça-feira, 27 de junho de 2017

VIVENDO DESPERCEBIDO DO PERIGO

O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil (Dn 5.1). Esta seria uma festa normal se não fosse por uma coisa: Aquela noite era a última noite de vida deste rei e de muitos outros que estavam ali. Eles não se apercebiam do risco, do perigo, da ameaça de que aquela seria a noite fatídica de suas vidas, a noite da prestação de contas com Deus. Eles estavam à beira de um abismo e não estavam se dando conta disso, porque enquanto o rei e seus nobres se embebedavam, Dario estava entrando na Babilônia, tomando posse da cidade e destruindo o Império Babilônico. Tudo isso acontecendo e o rei e seus nobres estavam se banqueteando e se embriagando.
Belsazar usa a sua glória, o seu poder, a sua influência para soltar os freios de uma vida de devassidão, de imoralidade, de decadência sem limites. E não há nada mais desastrado do que alguém que está com o poder nas mãos, com dinheiro se entregar a luxúria, aos prazeres e perder o senso e o equilíbrio. O rei erra ao abusar da bebida, pois a bebedeira produz consequências desastrosas. Quem bebe está soltando os freios de mão do domínio próprio e depois não dá mais para puxar o freio. As pessoas que se entregam à bebedeira perdem o controle, perdem o domínio próprio, perdem o siso, perdem a razão e perdem a vergonha. O caminho da embriaguez é o caminho da ruína. A estrada da embriaguez é a estrada da vergonha, da derrota e da morte.
Provavelmente é por causa da embriaguez que este homem enche a taça da ira de Deus. Diz a Bíblia que Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas (Dn5.2). Ele manda trazer os utensílios do templo de Deus para participar de sua festa devassa, para profaná-los de forma estúpida e infame. Isso despertou o zelo de Deus porque eles estavam escarnecendo do sagrado e exaltando o profano.
Aquele rei quis dar mais sabor em sua festa, porque as pessoas que tem dinheiro, que tem poder, que tem tudo nas mãos, de repente tudo vira monótono em suas vidas e nada mais tem graça. São pessoas que tem tudo, mas ao mesmo tempo não tem nada. E o rei achou que trazer os vasos do templo daria uma sensação diferente em sua festa, mas profanar as coisas de Deus é um grave pecado. Nós não podemos tocar de maneira ímpia, profana, pecaminosa as coisas que são santas ao Senhor. Lançar mão das coisas santas de Deus para outras finalidades que não aquelas que Deus estabeleceu desperta a ira de Deus, porque Deus tem zelo pelas suas coisas.
Além de profanar as coisas de Deus o rei ainda promove a idolatria. A Bíblia diz: Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra (Dn 5.4). Ele louva as suas falsas divindades, seus deuses de ouro de prata e de madeira. A Bíblia diz que estes deuses são deuses que não podem ouvir a ninguém, que não podem ver nada, que não podem falar nada, porque são deuses que não tem poder e estes eram os deuses do rei, mas o Deus em cujas mãos a vida do rei estava a este ele não glorificou. A idolatria é um pecado ofensivo a Deus. A idolatria provoca a ira de Deus. Paulo, ao falar da degradação espiritual dos homens, ele diz que eles servem a criatura em lugar do criador, que eles mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de coisas corruptíveis e que isso provocou a ira de Deus contra as suas vidas (Rm 1.25).
Muitas pessoas também não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A Bíblia diz que quando Jesus voltar os homens estarão comendo, bebendo, casando-se, dando em casamento, vivendo completamente despercebidos do perigo, vivendo completamente desligados da possibilidade do juízo, vivendo para o agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da carne como se Deus não existisse, como se a eternidade não existisse, como se não houvesse um juízo (Mt 24.38,39). E quantas vezes o homem está vivendo regaladamente no pecado, na maior festança, exatamente no próprio dia em que Deus irá chamá-lo e neste dia só resta para ele uma expectativa horrível de juízo e de condenação eterna. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


segunda-feira, 26 de junho de 2017

QUAL DEUS VOCÊ ADORA?

16  Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo.
17  E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5.16-17).
Jesus assim nos ensinou em seu ministério: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto (Lc.4.8). Este Deus, o único Deus verdadeiro e digno de todo louvor, também é conhecido como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, ou seja, o Deus dos patriarcas da fé. E por que Deus é assim conhecido? Ele é o Deus de Abraão porque um dia Abraão se encontrou com este Deus e creu nele. O primeiro encontro foi em sua terra natal. Deus lhe apareceu e pediu para que ele se mudasse para uma terra muito distante e ele foi. Depois Deus lhe apareceu quando já estava velho, tanto ele como sua esposa Sara, mas Deus lhe disse que ele ainda teria um filho legítimo mesmo naquela idade. Ele creu e teve este filho. Por fim veio a comprovação de sua fé quando Deus lhe pediu que oferecesse este filho em sacrifício. Claro que era uma provação de Deus, mas Abraão já estava com o cutelo em suas mãos pronto para desferir o golpe quando Deus lhe impediu. Abraão se encontrou com Deus e a sua vida foi transformada por este Deus.
Isaque, filho de Abraão, também teve seu encontro com Deus. Ele desposou a Rebeca que era estéril. Isso muito contribuiu para o seu relacionamento com Deus, porque orou durante vinte anos para ela ter um filho quando finalmente ela engravidou. Deus trabalhou a paciência no coração de Isaque de forma que ele cavava poços de água para seu rebanho e os homens daquela terra vinham e tomavam posse do poço. Isaque, prontamente, saia dali e cavava outro poço, e isso aconteceu por sucessivas vezes. Atitude de uma pessoa que se encontrou com Deus e foi por Ele transformado.
Jacó era conhecido por sua malandragem, até que um dia encontrou alguém mais malandro do que ele e isso lhe custou quatorze anos de sua vida, mas foram os anos que Deus trabalhou no coração daquele homem, porque nenhum coração, por mais malandro que seja, é capaz de quebrar a suficiência da graça de Deus, pois não existe coração que Deus não possa quebrantar e transformar. Jacó relutou, mas um dia também se encontrou com Deus e a partir daí a sua vida foi transformada por este Deus.
Abraão adorava ao Deus de Abrão. Isaque adorava ao Deus de Isaque. Jacó adorava ao Deus de Jacó. E você, a qual Deus adora? Ao seu Deus ou ao Deus dos outros? Você crê em Deus pelos milagres que Ele realizou nos outros ou pelo milagre que Ele realizou em sua vida? Você crê em Deus pelo livramento que Ele operou nos outros ou pelo livramento que Ele operou em sua vida? Claro que os grandiosos feitos de Deus motivam e alimentam a fé. Ele é o Deus que criou todas as coisas e mantêm a sua criação. Ele é o Deus dos milagres, o Deus que faz chover a ponto de inundar toda a terra, um Deus que abre o mar para que se possa atravessá-lo andando, um Deus que anda por sobre este mar, um Deus que comanda o vento, que acalma o furou da tempestade, um Deus que cura, um Deus que livra, um Deus que liberta. Mas chega uma hora em que você precisa olhar para a sua vida e ver Deus presente nela, há um momento em que você precisa ver o livramento de Deus em sua vida, ver a libertação de Deus em sua vida, ver o milagre de Deus em sua vida, para que você nunca mais adore ao Deus dos outros, mas sim ao seu Deus.
Há algo inevitável para você adorar ao seu Deus que é o encontro pessoal com este Deus. Não importa se você nasceu em um lar cristão e ouve falar de Deus, pois para Ele se tornar o seu Deus é necessário ir além de louvar ao Deus de seus pais. Isaque e Jacó nasceram em um lar assim, mas eles precisaram se encontrar pessoalmente com Deus para deixarem de adorar ao Deus de seu pai para adorarem ao seu Deus pessoal. Da mesma forma, você precisa se encontrar pessoalmente com Deus para que Ele se torne o seu Deus. E este encontro vai muito além de um simples conhecimento de Deus, ele é um encontro tão profundo que provoca uma transformação de vida, de forma que este encontro se torne um divisor de águas em sua vida. Você já teve este encontro com Deus? Deus transformou a sua vida? Depois deste encontro você se tornou uma nova pessoa, uma pessoa diferente do que você era? Você abandonou maus costumes e adotou um novo estilo de vida? Se isso aconteceu você não adora mais ao Deus dos outros, mas você adora ao seu Deus. Caso isso não tenha acontecido, hoje é o tempo oportuno para este encontro e Deus está com os braços abertos lhe esperando. E se você já era feliz adorando ao Deus dos outros, verás que adorar ao seu Deus o fará transbordar de alegria, além de revigorar a sua esperança e reforçar a sua fé. Que Deus te abençoe a ter este encontro! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


quinta-feira, 22 de junho de 2017

A FRAGILIDADE DA VIDA

7  Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
8  Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos me procurarão, mas já não serei.
9  Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir.
10  Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais (Jó 7.7-10).
“Rebecca Burger, blogueira fitness francesa, morre após sifão de chantilly explodir”. Quando li esta notícia pensei naquele velho ditado: “Para morrer basta estar vivo”. Quem esperaria morrer manuseando um pequeno aparelho de alimento? Provavelmente ela estava dentro de seu apartamento sentindo-se segura, mas de onde menos esperava lhe veio à fatalidade. Aquela mulher estava no auge da sua vida, no auge de seu sucesso e creio que a última coisa que ela esperasse naquele momento era o fim de sua vida. Por ser fitness com certeza ela se preocupava com a saúde e o bem-estar; tantos cuidados inutilizados por uma tragédia. Aquela mulher estava com um corpo escultural o que mostra o quanto ela cuidava de seu corpo, mas hoje eu pergunto: Será que ela manteve o mesmo cuidado que tinha com o seu corpo para com a sua alma? Porque seu corpo deverá ser cremado ou enterrado, mas a sua alma subiu ao céu para a prestação de contas com Deus. Todas as suas oportunidades cessaram, e tudo o que restou foram as suas ações e atitudes, as quais foram todas registradas por Deus em seus livros; é a colheita na eternidade de sua semeadura na terra.
O Apóstolo Paulo disse: ... Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser... Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. (1 Tm 4.7,8; 6.7). Piedade é a devoção com Deus e é também compaixão pelo sofrimento alheio. A piedade é o cumprimento do mandamento: Amará ao Senhor teu Deus de todo o teu coração de toda a tua alma e ao próximo como a ti mesmo. A promessa para esta vida é a paz que sentimos quando estamos em paz com Deus. E estar em paz com Deus é estar em dia com Deus, sem débito algum. A nossa dívida com Deus foi paga por Jesus Cristo lá na cruz. Ela foi quitada completamente por Ele e a nota promissória foi rasgada. Portanto, quem aceita a Jesus como seu salvador pessoal e Senhor de sua vida está quite com Deus, não deve nada. E quem está em dia com Deus pode até não desejar a morte, mas quando ela vem não há desespero e nem senso de prejuízo se for prematura, pois para quem está quite com Deus morrer significa estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor do que tudo que há nesta vida. E João confirma isso quando diz: Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (1 Jo 5.12).
Jesus também falou algo que vai de encontro com a fragilidade da vida: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6.19-21). Não é errado se preocupar com as coisas terrenas, não é pecado lutar por uma vida melhor, mais saudável, com mais poder aquisitivo para poder desfrutar de tantos lazeres que o mundo oferece, mas tudo isso é supérfluo, ou seja, não é o essencial, e Jesus está dizendo que devemos nos preocupar primeiro com o essencial, depois sim, buscar o supérfluo. Jesus diz que quando buscamos em primeiro lugar o essencial, o supérfluo nos é acrescentado, ou seja, ganhamos o essencial, que é o Reino de Deus, e de lambuja vem junto o supérfluo. Se Rebecca se preocupou apenas com os exercícios físicos ela não buscou o essencial e ficou apenas com o supérfluo, e quem fica apenas com o supérfluo não tem nada, vai de mãos vazias para a eternidade.
Não te repreendo se você está lutando para ter uma vida melhor, somente te exorto a não inverter as prioridades, não porque o tempo passa, mas sim porque a vida é frágil demais, basta um clique de Deus e você pode não existir mais na terra dos viventes; e não sabemos quando que Deus vai apertar este botão. Entretanto, cedo ou tarde todos nós iremos ultrapassar esta linha de chegada e porque nada temos trazido a este mundo ao nascer, também nada poderemos levar dele ao morrer. As únicas coisas que nos acompanharão são as nossas ações e atitudes e se você não inverteu as prioridades boas coisas lhe acompanharão, mas se cometeu este pecado lhe restará apenas lamentar isso por toda a eternidade, porque não existe caminho de volta para consertar o que se passou. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 17 de junho de 2017

SEMPRE HAVERÁ UM NOVO AMANHÃ PREPARADO PARA MIM

Esta frase faz parte de um cântico em que cantamos na igreja. Fiquei meditando nesta frase e o quanto ela expressa o amor de Deus por nós, um amor tão imenso que chega a ser quase que inexpressível por palavras. Esta frase me faz pensar em quantas vezes fui infiel, em quantas vezes fui rebelde, em quantas vezes agi pelo impulso de paixões infames, em quantas coisas fiz ao meu bel prazer, por quantos caminhos errados andei, em quantas decisões mal feitas, em quantas cabeçadas ao longo da vida, o que me faz merecer nada mais do que um “bem feito” de Deus. Mas mesmo assim Ele se preocupa comigo e prepara para mim um novo amanhã, um amanhã de restauração, um amanhã de recomeço, um amanhã de renovo, um amanhã feliz, tudo preparado com muito carinho, com muito amor por aquele que foi ofendido, maltratado, desprezado, mas que tem como seu prazer demonstrar amor e misericórdia ao homem perdido, porque Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Há um lindo hino que fala sobre o amor de Deus e ele assim diz em uma de suas estrofes: Sublime amor, o amor de Deus, que lira não traduzirá! Maior que o mar, maior que o céu, jamais alguém compreenderá! Ao pecador em aflição, Seu Filho, Deus entregou; ao sofredor deu Ele a mão, e as culpas lhe perdoou. E Deus não somente o perdoa, pois ainda lhe dá um novo amanhã.
Como expressar um amor como o amor de Deus? Como expressar um amor que perdoa até o mais abominável pecado que se possa imaginar (desde que seu autor encontre lugar para o verdadeiro arrependimento)? Como expressar o amor daquele que é constantemente ofendido pelas desobediências e transgressões do homem e pacientemente trabalha em sua vida lhe dando oportunidades para arrependimento? E quando estes se arrependem Ele se esquece das ofensas! Como expressar o amor daquele que é tão rejeitado, mas não desiste em nenhum momento de buscar suas ovelhas perdidas oferecendo a elas o mais verdejante dos pastos a despeito de suas rebeldias? Outro verso do hino citado acima diz: Se em tinta o mar se transformasse, e em papel o céu também, e a pena ágil deslizasse, dizendo o que esse amor contém, daria fim ao grande mar, ao esse amor descrever, e o céu seria mui pequeno pra tal relato conter. Realmente o amor de Deus é imensurável.
Por isso que a cruz é a expressão perfeita deste amor. Ela representa a morte de um santo no lugar dos pecadores, ela representa a condenação de um inocente no lugar dos culpados, ela representa a morte de um amigo no lugar de seus inimigos, ela representa o sofrimento de um Deus no lugar de homens terrenos. E por causa do que? Por causa do amor de Deus! A Bíblia diz: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Que amor sublime! Oferecer o seu próprio Filho para morrer no lugar de pessoas ímpias e incrédulas que lá no Jardim do Éden, a despeito de receberem tudo, lhe virou as costas e hoje tudo o que querem é que Deus os deixe em paz e fique longe de suas vidas, isso quando não o querem como um mordomo ou servo que atenda as suas egoístas necessidades.
E o que fizemos para merecer tão imenso amor? Nada! Pelo contrário, fizemos de tudo para ofendê-lo, para desprezá-lo. Rebelamos-nos contra Ele. Tentamos fazer dele nosso mordomo. Tentamos fazer de Seu nome nosso talismã. Tentamos tirar dele o maior proveito possível, sugar dele o mais que pudermos, para depois lhe virar as costas e achar que Ele não fez mais do que a sua obrigação de Deus. E mesmo agindo assim ainda podemos ouvir a sua doce voz chamando os pecadores ao arrependimento, chamando a ovelha perdida a retornar ao seu aprisco. E o que fazer diante de tão imenso amor? Render-se a Ele incondicionalmente e corresponder com Ele em uma vida plena, feliz e harmoniosa, vida esta que só a encontramos no amor de Deus. Outra estrofe do hino diz: Excelso amor; o amor de Deus, que nos remiu da perdição! Em gratidão proclamaremos tão grande amor e salvação. E quando enfim no lar dos Céus, em gozo e glória eternal, pra sempre ali desfrutaremos do grande amor divinal. A expressão do amor de Deus não está em atender aos nossos pedidos, em satisfazer aos nossos desejos, em nos dar livramento, mas sim no sacrifício de Seu Filho que nos proporcionou restauração. Que Deus te abençoe na vastidão de seu amor para que não venhas a rejeitar este gesto tão sublime de Deus por você. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sexta-feira, 16 de junho de 2017

VULGARIZANDO O NOME DE DEUS

7  Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão (Ex 20.7).
Esta semana uma tentativa de assalto resultou na morte de um dos bandidos. Vendo sua foto na reportagem não pude deixar de notar a tatuagem em suas mãos com uma letra em cada dedo formando o nome “Deus”. Isso me fez meditar em como o nome de Deus tem sido vulgarizado, em como as pessoas tem feito de tudo em nome de Deus, tem odiado e até matado em nome de Deus. Isso é muito grave porque Deus disse sistematicamente para nunca tomarmos o nome dele em vão, porque Ele não teria por inocente aquele que tomasse o seu nome em vão. Aquele moço foi pego em flagrante em um delito condenado pela Palavra de Deus e tais práticas não condizem com as virtudes que uma pessoa cristã, transformada e redimida por Cristo precisa cultivar. E se ele não estava disposto a ter uma vida alicerçada nas práticas cristãs porque, então, usar o nome de Deus?
A verdade é que o nome de Deus hoje é usado mais como um talismã do que no sentido de vida submissa a Deus; todos querem a proteção de Deus, mas desprezam o que primeiramente Deus oferece: a salvação de nossa alma. Assistindo a filmes que contam as histórias de mafiosos percebe-se o quanto eram religiosos em sua maioria, que mesmo sendo pessoas sanguinárias com suas mãos cheias de sangue falavam em nome de Deus. Mas Jesus um dia falou: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mt 7.21). O importante mesmo é fazer a vontade de Deus. Hoje vemos muitas pessoas usando o nome de Deus, falando em nome de Deus e até cantando cânticos de louvores a Deus, mas não têm a mínima disposição em fazer a vontade de Deus. Mas quando estas pessoas tiverem as suas entradas no céu negado, assim falarão: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres (Mt 7.22)? E Jesus lhes responderá desse jeito: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade (Mt 7.23).
A Bíblia diz que no dia do julgamento final Jesus separará a humanidade em dois grupos, um ficará à sua direita e o outro à sua esquerda. Aos da direita ele dirá: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34). Mas aos da esquerda Ele dirá: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Estes da esquerda são compostos por todos aqueles que, por alguma razão, não ouviram ao chamado da graça de Deus e não se quebrantaram diante de Deus para terem suas vidas transformadas por Cristo, ou seja, disseram não para a salvação de Deus. O que chama a atenção aqui é certo grupo de pessoas que se admirarão em ouvir estas palavras de Jesus, coisa que eles jamais esperariam que acontecesse, porque falavam em nome de Deus e eram pessoas convictamente religiosas.
O que podemos concluir é que somente falar em nome de Deus não salva ninguém. Portanto, dizer que tem Deus, que ama a Deus, que é de Deus, que Deus está sempre com você não é suficiente, tanto que Jesus falou: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele... Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou (Jo 14.21,23-24). Amar a Deus vai muito além de umas simples palavras. Amar a Deus envolve compromisso, envolve negação do eu, envolve submissão à vontade de Deus, seja ela qual for, envolve humilhação diante de Deus, reconhecimento de que Ele é tudo e nós não passamos de simples mortais, de pecadores nas mãos de um Deus rico em misericórdia, que perdoa ao quebrantado e arrependido, mas rejeita ao que permanece com seu coração endurecido. Que Deus te abençoe a não ser um religioso convicto, mas sim um crente transformado em Cristo, para que não venhas a ter, nos portais da eternidade, a maior decepção de sua vida. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 15 de junho de 2017

MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM

6  Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
7  Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar (Is 55.6-7).
Achou estranhas estas palavras? Pois saiba que elas têm uma mensagem muito solene para nós. Ela conta a história de um homem que, a despeito de tantas oportunidades, morreu sem estar preparado para encontrar-se com Deus. Diz a Bíblia que o rei Belsazar deu uma grande festa aos nobres de seu reino e em determinado momento da festa ordenou que trouxessem os utensílios de ouro do templo, jarras e taças, para beberem nelas. Estes utensílios eram o espólio da conquista de Nabucodonosor sobre Jerusalém. Durante a festa, diante de todos, apareceram uns dedos de mão de homem e escreveram as palavras acima na parede. Claro que o episódio acabou com todo o folguedo da festa e emudeceu o rei que ansiosamente queria saber o significado daquelas palavras. Chamou pelos sábios e magos da Babilônia, mas nenhum deles pôde falar ao rei sobre o que significariam aquelas palavras, porque elas eram uma mensagem de Deus ao rei e somente um homem de Deus, com o Espírito de Deus poderia fazê-lo.
Belsazar era neto de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o qual foi alcançado pela graça de Deus, mas não sem antes passar pelo juízo de Deus, porque a despeito de tantas oportunidades resistiu em se converter a Deus. Primeiro Nabucodonosor teve a oportunidade de conviver de perto com homens de Deus: Daniel e seus três amigos; ele pôde ver e ouvir por várias vezes o testemunho destes homens. Nabucodonosor sonhou com uma estátua que muito lhe perturbou e somente Daniel pôde dizer a ele o significado daquele sonho, que era uma revelação de Deus para ele, tanto que depois de ouvir a Daniel disse: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério (Dn 2.47). Mas isto não foi suficiente para quebrantar o coração de Nabucodonosor, pois logo em seguida ele manda construir uma estátua de ouro dele mesmo e ordena que todos a adorem. Os amigos de Daniel se recusaram e foram condenados a morrerem na fornalha de fogo. Deus libertou os amigos de Daniel do poder destruidor do fogo diante dos olhos do rei que, vendo aqueles homens saírem da fornalha sem um único chamusco disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus (Dn 3.28). Mas ainda assim ele não se rendeu a Deus. Um dia teve outro sonho e mais uma vez somente Daniel pôde lhe revelar seu significado. Desta vez era um ultimato de Deus ao rei, que se ele não se convertesse Deus o tiraria do trono e ele voltaria somente depois de se quebrantar diante de Deus. Ele não se converteu, Deus colocou nele uma doença rara e ele foi expulso do trono e de diante dos homens, sendo jogado no pasto para comer capim como um animal, até que um dia levantou os olhos e se quebrantou diante de Deus e disse: Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba (Dn 4.37). Agora sim, ele se converteu. Ele não ouviu a voz do amor de Deus e teve que ouvir a voz de seu juízo.
Claro que Belsazar viu tudo isso que aconteceu com seu avô e nada mais lhe restaria do que também se quebrantar e se converter a Deus, mas isso não aconteceu e um dia Deus disse para aquele homem: Basta! Chega! As palavras significam: MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. Ela está repetida para enfatizar sua mensagem. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PARSIM: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas. Naquela mesma noite Belsazar morreu sem se quebrantar e sem se converter a Deus como o fez seu avô.
Não sei quantas oportunidades você já teve e quais foram as suas respostas a elas, mas sei que se você não ouvir a voz do amor de Deus que te chama através de um mensageiro de Deus, você pode ter que ouvir a voz do juízo de Deus. Não sabemos qual vai ser o dia quando Deus vai dizer para o homem ou para a mulher: Chega! Basta! Entretanto, se este dia chegar para você será terrível, porque horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Mas te garanto uma coisa, se Deus quer o seu quebrantamento e a sua conversão, Ele não desistirá de você e irá contigo até às últimas consequências de forma que, se necessário for, te jogará no fundo do poço e lá te deixará até que reconheça que Ele é o único Deus. Que Deus te abençoe para que não morras durante o juízo de Deus, como aconteceu com Belsazar, mas que sejas alcançado pela graça de Deus, como aconteceu com Nabucodonosor. Pense nisso!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

domingo, 11 de junho de 2017

O TRIBUNAL DOS HOMENS

5  Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.
6  Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola,
7  pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações.
8  Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo,
9  tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas,
10  impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,
11  segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual fui encarregado (1 Tm 1.5-11).
Quem não se indignou esta semana com o tribunal dos homens no julgamento de políticos? Constantemente vemos neste tribunal o culpado sendo inocentado. Aliás, o que mais deveríamos esperar de um tribunal formado por magistrados tão imperfeitos quanto seus réus? E se considerarmos o senso de justiça ele é muito mais evidente nos julgados do que nos julgadores, porque no tribunal dos homens muitos são condenados até mesmo à morte pelo simples fato de se oporem aos ideais do governante sem terem infligido qualquer lei.
Há muita discrepância no tribunal dos homens, porque aqui encontramos Herodes, um homem ímpio, um homem mau, um homem violento, sanguinário, assassino julgando a João Batista, homem justo, que estava na prisão e lá foi decapitado pelo capricho de uma mulher a mando de um juiz que não teve fibra suficiente para fazer prevalecer o senso de justiça. Também aqui encontramos Pilatos, homem de guerra, conquistador de povos, homem político, completamente amoral julgando a Jesus Cristo, justo e inocente, e o mesmo o compara a Barrabás, um ladrão, um revolucionário. Mas sem nenhuma qualidade moral para julgar transfere sua responsabilidade para o povo, o qual estava fomentado por assassinos e estavam com sangue nos olhos. E o que acontece? O justo é condenado e vai para a cruz, enquanto que o ladrão é inocentado e solto.
Enquanto no tribunal dos homens encontramos austeridade, no tribunal de Deus a misericórdia está presente, porque nele, mesmo um ladrão condenado no portal da morte, ainda encontra absolvição, perdão e salvação. No tribunal dos homens vemos a José, homem justo e inocente, indo parar na prisão, enquanto que a mulher adúltera, sua acusadora, sendo considerada molestada e inocentada. Este é o tribunal dos homens, mas todos que dele escaparam cairão no tribunal de Deus, porque a Bíblia diz que no dia do juízo final o mundo será julgado pelo reto e santo juiz que é Deus. Diz também que os santos, que são os filhos de Deus redimidos, julgarão as nações, mas isso acontecerá na eternidade quando seremos perfeitos e não mais praticaremos qualquer injustiça. Louvado seja Deus porque no tribunal divino podemos ter esperanças, porque no tribunal de Deus podemos ter a convicção de que o inocente jamais será condenado e o culpado jamais será inocentado.
Não existe nenhuma conexão entre o tribunal dos homens com o tribunal de Deus. Obviamente, podemos afirmar de que o tribunal dos homens é imperfeito e incapaz de praticar a justiça ideal, enquanto que o tribunal de Deus é completamente justo e perfeito. Enquanto no tribunal dos homens encontramos rigor, no tribunal de Deus somos privilegiados com a misericórdia. Talvez, justamente por esta causa foi que Davi, quando foi consultado se queria cair nas mãos dos homens ou nas mãos de Deus, preferiu cair nas mãos de Deus a cair nas mãos dos homens. E ele estava certo em sua decisão e em seu argumento, porque Davi encontrou misericórdia no tribunal de Deus. No severo tribunal dos homens a mulher pecadora encontrou a condenação à morte por apedrejamento, mas no tribunal de Jesus, no tribunal da misericórdia, ela é perdoada e absolvida.
Deus sabe que todos nós estamos aquém das exigências da Lei. Nenhum de nós consegue alcançar o padrão da Lei de Deus, porque ela é boa, ela é perfeita, ela é espiritual, enquanto que nós somos carnais, dependentes da misericórdia e da graça de Deus. Deus sempre é propício a pecadores arrependidos e Ele olha com benignidade para aqueles que choram quando resvalam seus pés. Deus levanta, Deus restaura, Deus perdoa, Deus transforma e Deus salva. Ele nos toca com a sua graça e nos deixa aliviados por teu perdão, restaurados para uma nova vida que glorifica seu Santo nome. Não sei como você está hoje, não sei por quais caminhos você tem andado, não sei quantos deslizes e quantas quedas você teve, não sei como está sua condição, mas você hoje pode ter um encontro com o Senhor Jesus Cristo e Ele pode restaurar a sua vida. Jesus te oferece um novo começo, uma nova vida para a glória de Deus. Que Deus te abençoe a ter este recomeço! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 9 de junho de 2017

QUEBRANTAMENTO DO HOMEM IMPENITENTE

9  Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10  Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11  O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12  jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13  O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14  Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado (Lc 18.9-14).
Quebrantamento é o que pode acontecer quando o homem endurece o seu coração diante de Deus. Resistir a Deus pode trazer sérias consequências à sua vida. E como Deus opera este quebrantamento no homem? Não é exaltando-o, mas humilhando-o. É assim que Deus quebranta as pessoas! E este processo de quebrantamento do homem vem do céu; é intervenção divina. Por isso é Deus quem quebra o orgulhoso e é Deus quem fere o soberbo. E sabe por quê? Porque quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a voz do juízo de Deus. Quem não escuta a misericórdia divina vai ter que confrontar a ira divina. Sempre que o homem não escutar a voz da graça ele vai ter que escutar a voz do juízo de Deus, porque Deus abre para o homem a porta da misericórdia e do arrependimento e se ele não quiser entrar por ela Deus pode empurrá-lo para o corredor do juízo.
E olha que esta humilhação é repentina, porque a paciência de Deus tem limite. O cálice da ira de Deus vai se enchendo até transbordar, de forma que chega um momento em que Deus diz: Basta! Chega! E Deus chama para o juízo! Portanto, louco é aquele que zomba de Deus, porque horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! Por isso cuidado, porque o homem que muitas vezes endurece a sua cerviz será quebrado repentinamente. Deus é tão bom e maravilhoso que mesmo quando Ele exerce o seu juízo Ele se lembra da misericórdia. Porque o propósito de Deus em agir assim na vida de uma pessoa não é para destruir, mas sim abrir os olhos dessa pessoa e o levar ao arrependimento. Por isso Deus, às vezes, pode levar você ao fundo do poço para que você abra os olhos e dê importância ao que é essencial: A sua alma, a sua salvação. E assim veja que Deus é Deus e se renda aos seus pés e reconheça que somente Ele é digno de ser adorado.
A história do rei Nabucodonosor exemplifica muito bem isso. Deus se manifestou esplendidamente por três vezes na vida deste homem. Por último Deus deu um tempo para ele se arrepender senão seu juízo viria contra a sua vida e o tiraria da sua zona de conforto. Ele não ouviu a Deus, veio o juízo e este homem foi jogado junto com os animais. Depois de sua humilhação este homem falou: Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba (Dn 4.34,37). Ele levanta os olhos e finalmente vê a Deus que restaura sua saúde e sua vida. Veja que Deus o mandou comer capim para não o mandar para o inferno. Essa é a eleição da graça, que leva o homem ao fundo do poço e depois o tira de lá. E o Deus que fere é o mesmo Deus que cura, o Deus que humilha também é o Deus que exalta. Até então Nabucodonosor dizia que Deus era o Deus que liberta, mas não se referia a Ele como o seu Deus, e sim o Deus dos outros, até que Deus o quebranta, o converte e o salva e Deus passa a ser o Deus de sua vida.
Percebeu como Deus salva? Primeiro o homem precisa ser confrontado com o seu pecado, ele precisa saber que está perdido, ele precisa reconhecer sua indignidade, ele precisa ser humilhado para finalmente ser quebrantado, porque no céu só entra pessoa quebrantada. Nabucodonosor tocava trombeta para si mesmo. Gostava de viver sob as luzes da ribalta. Aplaudia a sua própria glória. Adorava e exaltava a si mesmo. Deus, então, o humilhou, jogou-o no pó, mandou-o para o pasto comer grama, tirou suas roupas palacianas, molhou o seu corpo com o orvalho do céu e suas unhas esmaltadas viraram cascos. Esta é a graça soberana de Deus. Sabe por quê? Porque não é com todo mundo que Deus age assim, pois com o rei Belsazar Deus o destruiu no meio de sua prática do pecado, Deus tirou a vida daquele homem sem dar a ele mais chance de arrependimento. Do mesmo modo Deus fez com Herodes quando ele estava acolhendo para si os aplausos do povo como se fosse um Deus e morreu comido de vermes.

Algumas pessoas chegam até a reconhecer as virtudes de Deus, mas nunca se rendem aos seus pés, nunca se curvam diante dele. Mas cuidado, porque Deus pode ir até às últimas consequências com você se o plano dele é salvar você, Deus te joga ao fundo do poço, mas Ele não desiste de você, Ele não abre mão de você. Por isso, se Deus tem um plano na sua vida você pode até tentar fugir, pode até tentar fechar seu coração, pode até tentar fechar seus olhos, pode até tentar driblar Deus, pode até tentar escapulir de Deus, mas Deus vai às últimas consequências com você sem desistir de você, até que você se dobre diante dele como fez Saulo na estrada para Damasco. Que Deus te abençoe a se render ainda hoje a Ele sem precisar quebrá-lo! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 8 de junho de 2017

IGNORANDO O ALERTA

16  E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17  E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18  E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
19  Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20  Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21  Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus (Lc 12.16-21).
Não dar atenção a um alerta é muito perigoso. Um dia Deus enviou uma mensagem ao rei Nabucodonosor, através do profeta Daniel, para dizer a ele se arrepender de seus pecados e se converter a Deus. Caso ele não fizesse isso Deus iria tirá-lo do seu trono e jogá-lo junto aos animais do campo e iria fazer com que ele agisse e se alimentasse como um animal até que ele reconhecesse que o Senhor é o único Deus. Depois disso, a Bíblia diz: Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia... (Dn 4.29). Nabucodonosor estava calmamente passeando pelo palácio a despeito do solene aviso de Deus. Veja que depois de uma palavra em que lhe fora dito que seria tirado dele o seu reino, já que ele não queria ouvir a voz de Deus, o rei não leva a sério este alerta e continua vivendo a vida gostosamente, passeando pelo seu palácio, como se Deus não tivesse falado nada.
Do mesmo modo quantas pessoas estão hoje vivendo uma calma perigosa, vivendo de uma maneira tranquila, dormindo o sono da morte, quando na verdade deveriam era estar clamando por misericórdia, deveriam mesmo era estar com o rosto em terra. Jesus começou o seu ministério dizendo: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus (Mt 3.2). Os apóstolos continuaram este ministério dizendo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.19). Apocalipse mostra que o juízo de Deus é iminente, está pronto para acontecer e alerta a todos a se arrependerem de seus pecados. A Igreja de Deus tem sido a voz de Deus para alertar o mundo do iminente juízo de Deus, de que o fim dos tempos está próximo, que a volta de Cristo está prestes a acontecer, mas apesar de tantos alertas tudo o que vemos é o homem andando calmamente, vivendo gostosamente a sua vida como se nada estivesse acontecendo.
O problema é que o homem está vivendo perdido em seus pecados. E mais grave ainda é que há um grande abismo debaixo de seus pés, de forma que inferno está de boca aberta abocanhando os desavisados, os despercebidos, àqueles que estão ignorando os alertas de Deus. Os demônios querem levar à perdição, junto com eles, o máximo de pessoas que eles puderem antes que o tempo deles se acabe. E diante disso o homem está calmo e tranquilo, só que prestes a cair no abismo, sem parar para imaginar o destino trágico de sua alma. Ah! Se ele pudesse perceber o perigo em que se encontra a sua alma, ele cairia com o rosto em terra e gritaria por socorro. Portanto, o tempo é de emergência e não de folia.
Deus deu um tempo para Nabucodonosor se arrepender. A palavra era uma palavra séria, solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua vida. Aquele homem continuou endurecido, rebelde, soberbo e não se curvou diante da Palavra de Deus. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se arrepende Deus envia o juízo e tudo o que Deus falou aconteceu na vida daquele homem. Da mesma maneira, durante séculos, Deus tem alertado a humanidade e ela tem desprezado o alerta de Deus. A Bíblia diz que Deus está velando à porta do pecador para lhe abrir os olhos. Jesus falou: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). Mas o homem tem fechado a porta de seu coração para Jesus.
Este texto é um alerta para a nossa geração, a geração do prazer, a geração que não quer pensar no destino da alma, a geração que tapa os ouvidos à voz de Deus. Muitos estão como Nabucodonosor, que diante da iminência do perigo estão passeando e curtindo a vida, fechando os ouvidos às advertências de Deus. Que Deus te abençoe a abrir-lhe os olhos para entender a gravidade desta situação, do que é um homem viver calmamente enquanto ele está em perigo de morte. Dê toda a sua atenção ao alerta de Deus, não endureça o seu coração, não rejeite o convite de Deus, não faça parte deste trem de alegria, porque o caminho que ele segue é caminho de morte, e assim ele segue para o inferno e lá terminará todo o folguedo, toda a alegria e os risos se transformarão em lágrimas.
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 7 de junho de 2017

A PACIÊNCIA GENEROSA DE DEUS

14  Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15  E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!
16  Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação?
17  E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
18  Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo (Rm 10.14-18).
Assim foi a despedida de Jesus dos seus discípulos: Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir (At 1.9-11). Com isso muitas pessoas imaginavam que a volta de Cristo se daria ainda naquela geração. Aos poucos, com os ensinos dos apóstolos, foi se percebendo que a volta de Jesus se daria em um futuro ainda distante. Desde então a Igreja tem esperado ansiosamente pela volta de Cristo. E porque ela não ocorreu ainda? Pedro, falando sobre isso, nos responde: Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pd 3.9). Jesus não voltou ainda pela paciência e pela generosidade de Deus que não deseja a perdição de nenhum de seus filhos.
Deus está esperando que todos os que nasceram ou hão de nascer sejam salvos? Não! Deus está aguardando a salvação de seus filhos! E quem são eles? São todos aqueles que ouvem a pregação do Evangelho e aceitam a Jesus Cristo como seu único Salvador. A Bíblia diz: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome (Jo 1.12). São por estes que Jesus intercedeu em sua oração sacerdotal quando falou: É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (Jo 17.9). Jesus estava intercedendo porque estava partindo e deixando suas ovelhas no meio de lobos: Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti... (Jo 17.11). Mas a vontade de Jesus era de não se separar de suas ovelhas: Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste... (Jo 17.24). Mas era necessário Ele partir e abrir o tempo da graça para a pregação do Evangelho.
É o que está acontecendo hoje! Os filhos de Deus estão pregando o Evangelho a todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, para que estes, ao ouvirem a voz do Evangelho, se arrependam dos seus pecados e se convertam a Cristo, e aqueles que não são eleitos tornem-se indesculpáveis pela rejeição da salvação, pois ouviram o Evangelho e o recusaram. É por isso que alguém lhe aborda na rua para lhe entregar um folheto, é por isso que alguém lhe faz uma visita e lê a Bíblia, é por isso que alguém lhe convida para ir à igreja, é por isso que alguém escreve um texto evangelístico e publica nas redes sociais, para que ouças a voz do Evangelho e se converta ou te tornes indesculpável caso não aceite a salvação de Deus. E é justamente isso que Jesus quis dizer quando falou: Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Mt 10.26-28). Entendeu a paciência de Deus? Porque quando Jesus Cristo voltar a pregação do Evangelho cessará.
Deus nunca derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Ninguém, no inferno, poderá dizer que está lá porque nunca ouviu a pregação do Evangelho. Noé pregou durante 120 anos. Sodoma teve o testemunho de Ló. Jerusalém, antes de ser levada cativa, ouviu o brado dos profetas que a convocou ao arrependimento. E Deus tem falado ao mundo contemporâneo através da Igreja por meio do Evangelho. Deus não tem se calado ante a incredulidade das pessoas e tem permitido que seus filhos, mesmo perseguidos, maltratados e incompreendidos cumpram a sua missão de testemunhar acerca dele pela pregação do Evangelho afinal a pregação do Evangelho em todo o mundo é a última profecia a ser cumprida: E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24.14).

Não sei como você tem reagido quando ouve o Evangelho, se você tem resistido à voz de Deus, se você tem adiado a sua decisão, se tem deixado para depois a entrega incondicional de sua vida a Jesus, mas uma coisa eu sei, Deus não quer que você pereça e Ele tem lhe dado muitas oportunidades de salvação. Deus está dando para você, hoje, mais uma chance, mais uma oportunidade, e assim como a porta da Arca um dia se trancou e ninguém mais pôde entrar, assim também a oportunidade da graça um dia cessará e não haverá mais oportunidade de arrependimento e de salvação, apenas a expectativa horrível de um acerto de contas. Pense nisso com muita seriedade, porque esta é uma mensagem muito solene para todos nós! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

domingo, 4 de junho de 2017

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

9  Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Js 1.9).
Quem, em alguma circunstância, já não falou esta frase? Geralmente, falamos isso para alguém que demorou muito para atender ou fazer alguma coisa para nós e quando finalmente é feito podemos até não falar, mas o cogitamos em nosso íntimo. O que é triste é alguém falar ou pensar isso de Deus, o que é uma tremenda injustiça, uma insubordinação além de ser puro egoísmo. Isso porque Deus nunca chega ou faz alguma coisa atrasado, e também porque precisamos ser submissos à vontade de Deus seja ela qual for; além do fato de Deus não ser o nosso mordomo, pelo contrário, nós é que somos servos dele o que nos leva ao dever de cumprir às suas ordens, e não ficarmos ordenando a Deus o que Ele deve fazer e como fazer.
Deus nunca atrasa! Ele tem o seu tempo e o tempo de Deus é o ideal para nós. Provérbios nos diz que a posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada (Pv 20.21). Precisamos ser pacientes e submissos, pois Deus, muitas vezes, não nos livra dos problemas, mas Deus nos socorre nos problemas. Veja que Deus não impediu a prisão de José, não impediu a tribulação de Jó, não impediu que os amigos de Daniel fossem jogados na fornalha de fogo, não impediu que Daniel fosse jogado na cova dos leões, não impediu as prisões de Paulo, mas Deus não deixou estes servos dele esquecidos na tribulação, ao seu tempo, Deus os socorreu. Às vezes, Deus não nos livra de sermos atribulados, mas na tribulação Deus nos alcança.
Quando chegamos ao fim da linha, no fundo do poço, todos os nossos recursos se esgotam, e ficamos completamente impossibilitados de qualquer reação, é nessa hora que Deus intervém em nossas vidas. Isso porque enquanto temos recursos lutamos com nossas próprias forças, mas quando estes se esgotam nos rendemos totalmente a Deus, de forma que, o que acontece depois disso é atribuído a Deus e não como resultado das nossas forças. Isso é a presença de Deus na hora da aflição, é a preservação de seus filhos mesmo quando estes estão nas mãos de seus inimigos, é a providência de Deus na hora da aflição.
A submissão a Deus também é muito importante, porque nem sempre somos impedidos de passar pelo deserto. Veja que tantos outros homens também não foram liberados de passarem pelo deserto, mas nele encontraram o socorro de Deus: Abrão esteve em Moriá e lá iria oferecer em sacrifício seu único filho prometido por Deus. Jó esteve sentado em cinzas raspando suas chagas depois de perder seus filhos e sua riqueza. Jacó esteve no vale de Jaboque fugindo de seu irmão e onde teve que lutar com Deus. José esteve na prisão por causa de uma falsa acusação. Davi esteve na caverna fugindo do rei Saul. Os amigos de Daniel foram jogados em uma fornalha de fogo por causa da fidelidade a Deus. Daniel esteve na cova dos leões por causa de sua fé. Pedro esteve no cárcere jogado lá para morrer. João esteve na ilha de Patmos exilado de sua pátria. Todos esses experimentaram a presença consoladora e libertadora de Deus no deserto.
Talvez você esteja no deserto agora, enfrentando um problema muito sério em sua vida e este problema vai se agigantando, vai se agravando, vai se complicando cada dia mais, como que um fogo que vai se aquecendo e você se sente só, se sente abandonado, acha que Deus está demorando a agir, delongando demais para livrar, e chega uma hora em que você começa a achar que Deus não vai mesmo fazer nada para te ajudar. Mas na verdade, sabiamente Deus está permitindo que você vá sendo espremido, que você vai sendo moído porque, ao mesmo tempo, sem você perceber, você vai sendo lapidado, depurado e no final vai descobrir que Deus tinha um plano nesta história toda. E quando você achava que estava só percebe que, na verdade, Deus sempre esteve contigo. Portanto, Deus nunca está atrasado, Ele sempre está cronometrado ao plano dele para sua vida. Creia nisso e descanse em Deus.
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sábado, 3 de junho de 2017

ESTRUGIR DE RAIVA

32  Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade (Pv 16.32).
Todos nós já vimos pessoas terem ataque de fúria e com certeza também já ficamos com muita raiva algumas vezes. Mas quando deixamos que nossos sentimentos nos controlem e agimos de forma impensada, corremos o risco de machucar tanto os outros como a nós mesmos. Assim como um fogo sem controle pode destruir uma casa inteira, a raiva descontrolada pode destruir nossa reputação e o nosso relacionamento com outros. E quem se ira com facilidade age tolamente e atiça a contenda e transborda na transgressão.
A Bíblia diz que a ira é uma obra da carne. Ela é o oposto de amor. A ira demonstra falta de amor e produz contendas e dissensões. A ira é vingativa, retaliatória e produz rancor e mágoa e ela é prejudicial para aquele que a nutre no coração. Nos ataques de raiva, a língua se solta e as coisas são ditas sem que se possa voltar atrás. Tiago compara a língua ao fogo, do qual uma só faísca pode causar um grande incêndio. Ele diz que a língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor, mas também, com ela, amaldiçoamos os homens (Tg 3:8-9). E a ira atiça ainda mais este fogo devorador.
Quando nos iramos ficamos descontrolados emocionalmente, e quando as pessoas ficam descontroladas emocionalmente elas tomam decisões absurdas, inconsequentes e tolas. Quando perdemos o controle emocional acabamos prejudicando a quem não queremos prejudicar. Quando a gente tem um ataque de raiva acabamos machucando as pessoas que mais amamos. Às vezes, acabamos ferindo quem está muito perto da gente, acabamos agredindo quem não queremos agredir, acabamos atingindo pessoas que não deveriam ser atingidas. Cuidado com a ira descontrolada! A Bíblia diz que Cruel é o furor, e impetuosa, a ira... (Pv 27:4).
Algumas pessoas se orgulham de ser irascíveis, achando que isso denota resistência ou força. Outros justificam os seus acessos de raiva dizendo:  "Eu sou assim mesmo, nasci desse jeito". Na verdade eles estão passando a sua culpa em Deus, que os fez, ou para os seus antepassados de quem pensam ter herdado esse traço. Outras vezes achamos que temos motivos para ficarmos irados, principalmente quando parece que alguém ultrapassa os limites que nós mesmos estipulamos. Mas podemos nos controlar e nos despojar da ira, pois a Bíblia não nos manda fazer algo de que não somos capazes de fazer. O escritor de Provérbios afirmou:  Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade (Pv 16:32).
Uma maneira muito eficiente de controlar a ira é ser perspicaz. Perspicácia é a qualidade da pessoa que tem facilidade para perceber alguma coisa. O rei Davi quase cometeu um crime em um momento de raiva. Davi e seus homens protegiam o rebanho de Nabal no deserto de Judá. Quando chegou a época de tosquiar o rebanho, Davi pediu comida a Nabal. A resposta foi não. Diante dessa resposta, Davi juntou seus homens e saiu para matar Nabal e todos os homens que estavam com ele (1 Samuel 25). Mas Abigail, esposa de Nabal, ficou sabendo do incidente e foi falar com Davi e ela explicou que Nabal era um homem ignorante e que Davi se arrependeria caso fizesse o que havia planejado. As palavras de Abigail ajudaram Davi a ter perspicácia e a se controlar. Ele entendeu que Nabal era um homem ignorante, ele enxergou o que estava por trás da situação.
O mesmo não aconteceu com Nabucodonosor. Ele não conseguiu perceber o que estava por trás da recusa daqueles homens de se prostrarem diante de sua estátua e se encheu de fúria. E o que aconteceu? Os melhores homens de seu exército morreram. Diz a Bíblia que a fornalha estava sobremaneira acesa, por ordem do rei em função de sua fúria, que os homens que foram jogar os três amigos de Daniel na fornalha morreram. E por causa de sua fúria o rei mandou que seus melhores homens atassem aqueles moços e os jogassem na fornalha. A ira é um sentimento ruim que deve ser controlado.

A raiva pode ser um sentimento muito forte, mas os conselhos da Palavra de Deus são ainda mais fortes. Se você aplicar os sábios conselhos da Bíblia e orar pedindo a ajuda de Deus, também terá perspicácia para controlar sua raiva. Amamos o próximo como a nós mesmos quando não causamos mal a ele. Assim, quando perceber que sua raiva está aumentando, é hora de parar e avaliar com cuidado a situação. E alguém que por um instante fracasse na questão da ira pode encontrar o perdão de Deus por meio do arrependimento, da confissão e da oração. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

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