7 Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os
meus olhos não tornarão a ver o bem.
8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão
mais; os teus olhos me procurarão, mas já não serei.
9 Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele
que desce à sepultura jamais tornará a subir.
10 Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar
onde habita o conhecerá jamais (Jó 7.7-10).
“Rebecca
Burger, blogueira fitness francesa, morre após sifão de chantilly explodir”.
Quando li esta notícia pensei naquele velho ditado: “Para morrer basta estar
vivo”. Quem esperaria morrer manuseando um pequeno aparelho de alimento?
Provavelmente ela estava dentro de seu apartamento sentindo-se segura, mas de
onde menos esperava lhe veio à fatalidade. Aquela mulher estava no auge da sua
vida, no auge de seu sucesso e creio que a última coisa que ela esperasse
naquele momento era o fim de sua vida. Por ser fitness com certeza ela se
preocupava com a saúde e o bem-estar; tantos cuidados inutilizados por uma
tragédia. Aquela mulher estava com um corpo escultural o que mostra o quanto
ela cuidava de seu corpo, mas hoje eu pergunto: Será que ela manteve o mesmo
cuidado que tinha com o seu corpo para com a sua alma? Porque seu corpo deverá
ser cremado ou enterrado, mas a sua alma subiu ao céu para a prestação de
contas com Deus. Todas as suas oportunidades cessaram, e tudo o que restou
foram as suas ações e atitudes, as quais foram todas registradas por Deus em
seus livros; é a colheita na eternidade de sua semeadura na terra.
O
Apóstolo Paulo disse: ... Exercita-te,
pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa,
porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser... Porque nada temos trazido para o mundo, nem
coisa alguma podemos levar dele. (1 Tm 4.7,8; 6.7). Piedade é a devoção com
Deus e é também compaixão pelo sofrimento alheio. A piedade é o cumprimento do
mandamento: Amará ao Senhor teu Deus de todo o teu coração de toda a tua alma e
ao próximo como a ti mesmo. A promessa para esta vida é a paz que sentimos
quando estamos em paz com Deus. E estar em paz com Deus é estar em dia com
Deus, sem débito algum. A nossa dívida com Deus foi paga por Jesus Cristo lá na
cruz. Ela foi quitada completamente por Ele e a nota promissória foi rasgada.
Portanto, quem aceita a Jesus como seu salvador pessoal e Senhor de sua vida
está quite com Deus, não deve nada. E quem está em dia com Deus pode até não
desejar a morte, mas quando ela vem não há desespero e nem senso de prejuízo se
for prematura, pois para quem está quite com Deus morrer significa estar com
Cristo, o que é incomparavelmente melhor do que tudo que há nesta vida. E João
confirma isso quando diz: Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida
(1 Jo 5.12).
Jesus
também falou algo que vai de encontro com a fragilidade da vida: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre
a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no
céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;
porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt
6.19-21). Não é errado se preocupar com as coisas terrenas, não é pecado lutar
por uma vida melhor, mais saudável, com mais poder aquisitivo para poder
desfrutar de tantos lazeres que o mundo oferece, mas tudo isso é supérfluo, ou
seja, não é o essencial, e Jesus está dizendo que devemos nos preocupar
primeiro com o essencial, depois sim, buscar o supérfluo. Jesus diz que quando
buscamos em primeiro lugar o essencial, o supérfluo nos é acrescentado, ou
seja, ganhamos o essencial, que é o Reino de Deus, e de lambuja vem junto o
supérfluo. Se Rebecca se preocupou apenas com os exercícios físicos ela não
buscou o essencial e ficou apenas com o supérfluo, e quem fica apenas com o
supérfluo não tem nada, vai de mãos vazias para a eternidade.
Não
te repreendo se você está lutando para ter uma vida melhor, somente te exorto a
não inverter as prioridades, não porque o tempo passa, mas sim porque a vida é
frágil demais, basta um clique de Deus e você pode não existir mais na terra
dos viventes; e não sabemos quando que Deus vai apertar este botão. Entretanto,
cedo ou tarde todos nós iremos ultrapassar esta linha de chegada e porque nada
temos trazido a este mundo ao nascer, também nada poderemos levar dele ao
morrer. As únicas coisas que nos acompanharão são as nossas ações e atitudes e
se você não inverteu as prioridades boas coisas lhe acompanharão, mas se
cometeu este pecado lhe restará apenas lamentar isso por toda a eternidade,
porque não existe caminho de volta para consertar o que se passou. Pense nisso!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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