terça-feira, 27 de junho de 2017

VIVENDO DESPERCEBIDO DO PERIGO

O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil (Dn 5.1). Esta seria uma festa normal se não fosse por uma coisa: Aquela noite era a última noite de vida deste rei e de muitos outros que estavam ali. Eles não se apercebiam do risco, do perigo, da ameaça de que aquela seria a noite fatídica de suas vidas, a noite da prestação de contas com Deus. Eles estavam à beira de um abismo e não estavam se dando conta disso, porque enquanto o rei e seus nobres se embebedavam, Dario estava entrando na Babilônia, tomando posse da cidade e destruindo o Império Babilônico. Tudo isso acontecendo e o rei e seus nobres estavam se banqueteando e se embriagando.
Belsazar usa a sua glória, o seu poder, a sua influência para soltar os freios de uma vida de devassidão, de imoralidade, de decadência sem limites. E não há nada mais desastrado do que alguém que está com o poder nas mãos, com dinheiro se entregar a luxúria, aos prazeres e perder o senso e o equilíbrio. O rei erra ao abusar da bebida, pois a bebedeira produz consequências desastrosas. Quem bebe está soltando os freios de mão do domínio próprio e depois não dá mais para puxar o freio. As pessoas que se entregam à bebedeira perdem o controle, perdem o domínio próprio, perdem o siso, perdem a razão e perdem a vergonha. O caminho da embriaguez é o caminho da ruína. A estrada da embriaguez é a estrada da vergonha, da derrota e da morte.
Provavelmente é por causa da embriaguez que este homem enche a taça da ira de Deus. Diz a Bíblia que Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas (Dn5.2). Ele manda trazer os utensílios do templo de Deus para participar de sua festa devassa, para profaná-los de forma estúpida e infame. Isso despertou o zelo de Deus porque eles estavam escarnecendo do sagrado e exaltando o profano.
Aquele rei quis dar mais sabor em sua festa, porque as pessoas que tem dinheiro, que tem poder, que tem tudo nas mãos, de repente tudo vira monótono em suas vidas e nada mais tem graça. São pessoas que tem tudo, mas ao mesmo tempo não tem nada. E o rei achou que trazer os vasos do templo daria uma sensação diferente em sua festa, mas profanar as coisas de Deus é um grave pecado. Nós não podemos tocar de maneira ímpia, profana, pecaminosa as coisas que são santas ao Senhor. Lançar mão das coisas santas de Deus para outras finalidades que não aquelas que Deus estabeleceu desperta a ira de Deus, porque Deus tem zelo pelas suas coisas.
Além de profanar as coisas de Deus o rei ainda promove a idolatria. A Bíblia diz: Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra (Dn 5.4). Ele louva as suas falsas divindades, seus deuses de ouro de prata e de madeira. A Bíblia diz que estes deuses são deuses que não podem ouvir a ninguém, que não podem ver nada, que não podem falar nada, porque são deuses que não tem poder e estes eram os deuses do rei, mas o Deus em cujas mãos a vida do rei estava a este ele não glorificou. A idolatria é um pecado ofensivo a Deus. A idolatria provoca a ira de Deus. Paulo, ao falar da degradação espiritual dos homens, ele diz que eles servem a criatura em lugar do criador, que eles mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de coisas corruptíveis e que isso provocou a ira de Deus contra as suas vidas (Rm 1.25).
Muitas pessoas também não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A Bíblia diz que quando Jesus voltar os homens estarão comendo, bebendo, casando-se, dando em casamento, vivendo completamente despercebidos do perigo, vivendo completamente desligados da possibilidade do juízo, vivendo para o agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da carne como se Deus não existisse, como se a eternidade não existisse, como se não houvesse um juízo (Mt 24.38,39). E quantas vezes o homem está vivendo regaladamente no pecado, na maior festança, exatamente no próprio dia em que Deus irá chamá-lo e neste dia só resta para ele uma expectativa horrível de juízo e de condenação eterna. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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