O rei Belsazar deu um grande
banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil (Dn
5.1). Esta seria uma festa normal se não fosse por uma coisa: Aquela noite era
a última noite de vida deste rei e de muitos outros que estavam ali. Eles não
se apercebiam do risco, do perigo, da ameaça de que aquela seria a noite
fatídica de suas vidas, a noite da prestação de contas com Deus. Eles estavam à
beira de um abismo e não estavam se dando conta disso, porque enquanto o rei e
seus nobres se embebedavam, Dario estava entrando na Babilônia, tomando posse
da cidade e destruindo o Império Babilônico. Tudo isso acontecendo e o rei e
seus nobres estavam se banqueteando e se embriagando.
Belsazar
usa a sua glória, o seu poder, a sua influência para soltar os freios de uma
vida de devassidão, de imoralidade, de decadência sem limites. E não há nada
mais desastrado do que alguém que está com o poder nas mãos, com dinheiro se
entregar a luxúria, aos prazeres e perder o senso e o equilíbrio. O rei erra ao
abusar da bebida, pois a bebedeira produz consequências desastrosas. Quem bebe
está soltando os freios de mão do domínio próprio e depois não dá mais para
puxar o freio. As pessoas que se entregam à bebedeira perdem o controle, perdem
o domínio próprio, perdem o siso, perdem a razão e perdem a vergonha. O caminho
da embriaguez é o caminho da ruína. A estrada da embriaguez é a estrada da
vergonha, da derrota e da morte.
Provavelmente
é por causa da embriaguez que este homem enche a taça da ira de Deus. Diz a
Bíblia que Enquanto Belsazar bebia e
apreciava o vinho, mandou trazer os
utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que
estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas
mulheres e concubinas (Dn5.2). Ele manda trazer os utensílios do templo
de Deus para participar de sua festa devassa, para profaná-los de forma
estúpida e infame. Isso despertou o zelo de Deus porque eles estavam escarnecendo
do sagrado e exaltando o profano.
Aquele
rei quis dar mais sabor em sua festa, porque as pessoas que tem dinheiro, que
tem poder, que tem tudo nas mãos, de repente tudo vira monótono em suas vidas e
nada mais tem graça. São pessoas que tem tudo, mas ao mesmo tempo não tem nada.
E o rei achou que trazer os vasos do templo daria uma sensação diferente em sua
festa, mas profanar as coisas de Deus é um grave pecado. Nós não podemos tocar
de maneira ímpia, profana, pecaminosa as coisas que são santas ao Senhor.
Lançar mão das coisas santas de Deus para outras finalidades que não aquelas
que Deus estabeleceu desperta a ira de Deus, porque Deus tem zelo pelas suas
coisas.
Além
de profanar as coisas de Deus o rei ainda promove a idolatria. A Bíblia diz: Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro,
de madeira e de pedra (Dn 5.4). Ele louva as suas falsas divindades, seus
deuses de ouro de prata e de madeira. A Bíblia diz que estes deuses são deuses
que não podem ouvir a ninguém, que não podem ver nada, que não podem falar nada,
porque são deuses que não tem poder e estes eram os deuses do rei, mas o Deus em
cujas mãos a vida do rei estava a este ele não glorificou. A idolatria é um
pecado ofensivo a Deus. A idolatria provoca a ira de Deus. Paulo, ao falar da
degradação espiritual dos homens, ele diz que eles servem a criatura em lugar
do criador, que eles mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de
coisas corruptíveis e que isso provocou a ira de Deus contra as suas vidas (Rm
1.25).
Muitas
pessoas também não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte,
nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A
Bíblia diz que quando Jesus voltar os homens estarão comendo, bebendo,
casando-se, dando em casamento, vivendo completamente despercebidos do perigo,
vivendo completamente desligados da possibilidade do juízo, vivendo para o
agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da carne como se Deus não
existisse, como se a eternidade não existisse, como se não houvesse um juízo
(Mt 24.38,39). E quantas vezes o homem está vivendo regaladamente no pecado, na
maior festança, exatamente no próprio dia em que Deus irá chamá-lo e neste dia
só resta para ele uma expectativa horrível de juízo e de condenação eterna.
Pense nisso!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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