5 Ora,
o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e
de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.
6 Desviando-se algumas pessoas destas coisas,
perderam-se em loquacidade frívola,
7 pretendendo passar por mestres da lei, não
compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem
ousadas asseverações.
8 Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém
dela se utiliza de modo legítimo,
9 tendo em vista que não se promulga lei para
quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores,
ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas,
10 impuros, sodomitas, raptores de homens,
mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,
11 segundo o evangelho da glória do Deus bendito,
do qual fui encarregado (1 Tm 1.5-11).
Quem
não se indignou esta semana com o tribunal dos homens no julgamento de
políticos? Constantemente vemos neste tribunal o culpado sendo inocentado. Aliás,
o que mais deveríamos esperar de um tribunal formado por magistrados tão imperfeitos
quanto seus réus? E se considerarmos o senso de justiça ele é muito mais evidente
nos julgados do que nos julgadores, porque no tribunal dos homens muitos são
condenados até mesmo à morte pelo simples fato de se oporem aos ideais do
governante sem terem infligido qualquer lei.
Há
muita discrepância no tribunal dos homens, porque aqui encontramos Herodes, um
homem ímpio, um homem mau, um homem violento, sanguinário, assassino julgando a
João Batista, homem justo, que estava na prisão e lá foi decapitado pelo
capricho de uma mulher a mando de um juiz que não teve fibra suficiente para
fazer prevalecer o senso de justiça. Também aqui encontramos Pilatos, homem de
guerra, conquistador de povos, homem político, completamente amoral julgando a
Jesus Cristo, justo e inocente, e o mesmo o compara a Barrabás, um ladrão, um
revolucionário. Mas sem nenhuma qualidade moral para julgar transfere sua
responsabilidade para o povo, o qual estava fomentado por assassinos e estavam
com sangue nos olhos. E o que acontece? O justo é condenado e vai para a cruz,
enquanto que o ladrão é inocentado e solto.
Enquanto
no tribunal dos homens encontramos austeridade, no tribunal de Deus a
misericórdia está presente, porque nele, mesmo um ladrão condenado no portal da
morte, ainda encontra absolvição, perdão e salvação. No tribunal dos homens vemos
a José, homem justo e inocente, indo parar na prisão, enquanto que a mulher
adúltera, sua acusadora, sendo considerada molestada e inocentada. Este é o
tribunal dos homens, mas todos que dele escaparam cairão no tribunal de Deus,
porque a Bíblia diz que no dia do juízo final o mundo será julgado pelo reto e
santo juiz que é Deus. Diz também que os santos, que são os filhos de Deus
redimidos, julgarão as nações, mas isso acontecerá na eternidade quando seremos
perfeitos e não mais praticaremos qualquer injustiça. Louvado seja Deus porque
no tribunal divino podemos ter esperanças, porque no tribunal de Deus podemos
ter a convicção de que o inocente jamais será condenado e o culpado jamais será
inocentado.
Não
existe nenhuma conexão entre o tribunal dos homens com o tribunal de Deus.
Obviamente, podemos afirmar de que o tribunal dos homens é imperfeito e incapaz
de praticar a justiça ideal, enquanto que o tribunal de Deus é completamente
justo e perfeito. Enquanto no tribunal dos homens encontramos rigor, no
tribunal de Deus somos privilegiados com a misericórdia. Talvez, justamente por
esta causa foi que Davi, quando foi consultado se queria cair nas mãos dos
homens ou nas mãos de Deus, preferiu cair nas mãos de Deus a cair nas mãos dos
homens. E ele estava certo em sua decisão e em seu argumento, porque Davi
encontrou misericórdia no tribunal de Deus. No severo tribunal dos homens a
mulher pecadora encontrou a condenação à morte por apedrejamento, mas no
tribunal de Jesus, no tribunal da misericórdia, ela é perdoada e absolvida.
Deus
sabe que todos nós estamos aquém das exigências da Lei. Nenhum de nós consegue
alcançar o padrão da Lei de Deus, porque ela é boa, ela é perfeita, ela é
espiritual, enquanto que nós somos carnais, dependentes da misericórdia e da
graça de Deus. Deus sempre é propício a pecadores arrependidos e Ele olha com
benignidade para aqueles que choram quando resvalam seus pés. Deus levanta,
Deus restaura, Deus perdoa, Deus transforma e Deus salva. Ele nos toca com a sua
graça e nos deixa aliviados por teu perdão, restaurados para uma nova vida que
glorifica seu Santo nome. Não sei como você está hoje, não sei por quais
caminhos você tem andado, não sei quantos deslizes e quantas quedas você teve,
não sei como está sua condição, mas você hoje pode ter um encontro com o Senhor
Jesus Cristo e Ele pode restaurar a sua vida. Jesus te oferece um novo começo,
uma nova vida para a glória de Deus. Que Deus te abençoe a ter este recomeço!
Amém!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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