terça-feira, 26 de setembro de 2017

SUICÍDIO: OS SOFRIMENTOS DA VIDA NUNCA SÃO PERMANENTES

10  Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.
11  Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.
12  Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário (Sl 51.10-12).
Temos falado sobre suicídio e as razões de descartá-lo de vez da vida. Continuando sobre as circunstâncias que sempre mudam e podem mudar para melhor veja o caso de Moisés: Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria (Nm 11.14-15). Moisés foi o escolhido de Deus para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. Deus mandou as pragas no Egito por intermédio de Moisés e por intermédio dele também abriu o mar para o povo atravessá-lo a pé, mas, no deserto, logo no primeiro alvoroço do povo, Moisés arria as pernas e pede a saída do cenário, pedindo até mesmo a morte; ele resolve desistir de tudo naquela altura do campeonato. Deus o encoraja e ele prossegue por 40 anos naquele deserto liderando aquele povo, conquistando grandes vitórias e triunfando a cada obstáculo que surgia. Mas houve um momento em que ele queria desistir da vida. Se ele tivesse levado a cabo a sua decisão não teria contemplado a grande virada de sua vida.
E temos ainda o caso de Elias: Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais (1 Rs 19.4). Elias tinha acabado de vencer os profetas do deus baal no monte Carmelo em um grande desafio. De repente, no auge de sua vida, desanimado e abatido, se enfia em uma caverna e resolve desistir de tudo e até pede pelo fim de sua vida. Mal sabia ele dos propósitos grandiosos que Deus ainda tinha para a sua vida e ele fica enclausurado em uma caverna mesquinhando pela vida. A insatisfação pela vida cega nossos olhos pelos milagres que Deus já realizou em nossas vidas e nos torna verdadeiros ingratos a Deus. Ela também ofusca qualquer esperança e nos faz fechar as portas do coração para o renovo de Deus em nossa vida. Deus não atende aos desejos mórbidos de Elias, mas encoraja-o a sair daquela caverna. Ele sai e prossegue seu caminho com grandes vitórias e tremendas experiências com Deus. Elias queria morrer, mas mal sabia ele que nem plano de morte Deus tinha para sua vida.
E como não mencionar Jó como exemplo de revés na vida? A sua situação está ruim? Você está sofrendo muito? Pensa que a situação que está vivendo é pior que a situação que este homem enfrentou? Ele perdeu tudo o que tinha em um único dia: Bens, riquezas e filhos e no outro dia perdeu a única coisa que lhe restara: A sua saúde. Tudo que lhe restou foi a sua esposa e ainda assim para lhe dizer estas duras palavras: Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre (Jo 2.9). Ela sugere a morte para o seu marido. Mas no âmago de sua alma ele pode dizer: Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal (Jó 2.10)? Mas no auge de seu sofrimento Jó não foi diferente de muitos, ele resolveu desistir de tudo e desejar a morte: Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. Reclamem-no as trevas e a sombra de morte; habitem sobre ele nuvens; espante-o tudo o que pode enegrecer o dia. Aquela noite, que dela se apoderem densas trevas; não se regozije ela entre os dias do ano, não entre na conta dos meses. Seja estéril aquela noite, e dela sejam banidos os sons de júbilo. Escureçam-se as estrelas do crepúsculo matutino dessa noite; que ela espere a luz, e a luz não venha; que não veja as pálpebras dos olhos da alva, pois não fechou as portas do ventre de minha mãe, nem escondeu dos meus olhos o sofrimento. Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse (Jó 3.3-12)?
Imagino quantas pessoas neste mundo faz dessas palavras de Jó as suas palavras. Quantos não desejariam nem ter nascido? Quantos nem sequer comemoram seu aniversário por não ver uma boa razão para isso? Quantos não estão demasiadamente cansados de suas decepções? Sentindo-se viver às margens da vida como viveu o cego de Jericó até ao dia em que se encontrou com Jesus? Parece que nada lhes restam a não ser amaldiçoar o seu nascimento e por fim a uma vida que nunca deveria ter existido. Mas há um tremendo engano em quem pensa assim. Mal sabia Jó do futuro brilhante que ele ainda teria no restante de seus dias: Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro (Jó 42.10,12-13). Este foi o futuro de um homem que um dia amaldiçoou o dia de seu nascimento, que queria o fim de sua vida, que queria desistir de tudo, inclusive da vida. Se ele tivesse conseguido o intento de seu coração não teria contemplado um dos maiores revés que este mundo já viu. As circunstâncias mudaram na vida de Jó e como mudaram! O mesmo pode acontecer com você, portanto, nunca desista! Não importa o que fizeram com você, o que interessa é você chegar até o fim. Avance! Falta pouco para chegar! A linha que está à sua frente não é a linha do fim, mas é a linha de chegada, é o recomeço, não desista no meio do caminho, mesmo se arrastando, mesmo esgotado, mesmo abatido, mesmo desanimado chegue até o fim e toque a linha de chegada e sentirás a vitória. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

SUICÍDIO: AS CIRCUNSTÂNCIAS NÃO SÃO PERMANENTES, ELAS MUDAM

1  Eu te exaltarei, ó SENHOR, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se regozijassem contra mim.
2  SENHOR, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me saraste.
3  SENHOR, da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura.
4  Salmodiai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e dai graças ao seu santo nome.
5  Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.1-5).
Temos falado sobre o suicídio, esta triste forma que alguns optam para fugir de seus problemas e de seus sofrimentos. Infelizmente, li hoje nos jornais que mais um jovem desistiu da vida o que deixa a lume minha impotência diante de algo tão gigantesco. Sinto-me tão incapaz diante de um desafio além de minhas forças. Falamos no texto anterior de que um suicida acha que têm uma razão para morrer, mas o que ele realmente precisa é de uma razão para viver. São muitas as razões para se viver, uma delas diz respeito àquilo que está motivando o suicídio: As circunstâncias. A história é sempre a mesma: Tristezas e angústias sem muita explicação, sofrimento, fechamento e silêncio, depressão, fórmula nociva que culmina em suicídio. Um suicida está vivendo uma situação momentânea tão opressiva que o faz desistir da vida. Chega um momento em que ele não suporta mais, em que ele não consegue mais lidar com a situação e parte para aquela opção de desespero a qual ele vem alimentando em sua mente há tempo: O suicídio. Tudo que ele percebe é que parece não haver solução para as suas angústias, parece não haver outra saída, outro caminho a seguir porque parece que seus problemas são eternos e que a vida não vale a pena. Mas o que quero lhe dizer hoje é que nada nesta vida é para sempre, nem as coisas boas e muito menos as coisas ruins. Uma circunstância aflitiva pode mudar para melhor de uma hora para outra, mesmo que ela pareça estar fora de seu controle. Por mais negra que sejam as perspectivas nada é permanente, as coisas mudam e acredite: Elas podem mudar para melhor.
A Bíblia tem muitos exemplos de pessoas que tiveram as circunstâncias de suas vidas mudadas. Rebeca não podia ter filhos. Depois de um período de oração de seu esposo a seu favor ela finalmente engravidou: Isaque orou ao SENHOR por sua mulher, porque ela era estéril; e o SENHOR lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu (Gn 25.21). Parece que a sua angústia de ser mãe finalmente chegara ao fim, mas ela estava tendo uma gravidez cheia de problemas: Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao SENHOR (Gn 25.21-22). Ela ficou tão aflita a tal ponto de querer morrer, não queria mais viver. Um sonho que de repente se torna um pesadelo! E qual a atitude dela? Desistir! Dar um fim ao sofrimento repentino e momentâneo de sua vida. Esta era a sua vontade naquele momento de luta. Passado o período de sofrimento veio a razão dele: Cumpridos os dias para que desse à luz, eis que se achavam gêmeos no seu ventre (Gn 25.24). Ela estava grávida de gêmeos. E Deus revela o futuro de sua geração para Rebeca: Respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço (Gn 25.23). Se ela tivesse desistido de sua vida o futuro de sua geração seria comprometido. Um de seus filhos foi Jacó, o qual gerou doze filhos e destes foram formadas as doze tribos que depois se tornaram a nação de Israel. O outro filho foi Esaú do qual descendeu a nação de Edom. As coisas mudaram e mudaram para melhor e o sofrimento ficou para trás, mas na história brilhante destes povos um de seus ancestrais desejou a morte.
Quero que você reflita em uma coisa, se você tem considerado o suicídio como uma opção, como uma saída de seus problemas, qual a garantia você tem disso? O que garante que o que vem depois é alívio? A única garantia que temos é a mudança de status, pois a situação em que viverás a partir dele é a eternidade, só que na eternidade nada é temporário e lá não há como por fim a nada mais. Perceba que o suicídio é “uma solução permanente para um problema temporário”? As consequências de uma atitude suicida são eternas, mas os sofrimentos que levam a esta atitude são temporários. Portanto, se isto se passa pela sua mente persista, lute e vejas que pode existir um novo raiar no horizonte de sua vida. Há um cântico que diz: sempre há de existir um novo amanhã preparado pra mim. Acredite nisso. Acredite que o amanhã será diferente. Acredite que o amanhã será muito melhor do hoje. Acredite no amanhã e viva o hoje, viva um dia de cada vez, passo a passo, vença cada obstáculo, transpõe cada barreira, regozije-se em cada vitória e aprenda com cada derrota, passe pelo hoje e chegue no amanhã para veres a tua vitória, para conquistares os teus sonhos.
Muitas vezes lutamos como um guerreiro por muito tempo nas batalhas da vida, mas de repente nos cansamos e começamos a achar o fardo da vida pesado demais. Quando isso lhe acontecer não desista da vida, não entregue os pontos, não jogue a toalha, não pendure a chuteira, mas entregue este pesado fardo para Jesus que Ele lhe aliviará o peso de seus ombros. Ele mesmo te faz este convite lhe dizendo: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mt 11.28-30). Que Deus te abençoe e te fortaleça a ponto de aceitares o grande desafio de viver independente das temporárias circunstâncias da vida. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


domingo, 24 de setembro de 2017

SUICÍDIO: DESCARTE ISSO DE SUA VIDA

7  A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.
8  Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida.
9  Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos;
10  o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos,
11  ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos (2 Co 1.7-11).
Todos nos abalamos nesta semana com o suicídio de mais uma jovem. Aliás, tragédias de suicídio tem se tornado frequente no noticiário, e como nos habituamos com tudo que é frequente, tenho receio de que a sociedade comece a se “conformar” com estas tragédias. Estamos no mês de combate ao suicídio, mas apesar das campanhas muitos insistem nesta saída covarde dos seus problemas e do sofrimento. Lembro-me do relato de uma jovem na rede social que dizia: Eu vou desistir. A vida não é do jeito que a gente pensa, melhor acabar com tudo. Se vocês acham que há algum motivo para viver nesse sofrimento me falem. Falei por mensagem de motivos para se viver, mas nunca obtive resposta e nem sei qual foi o desfecho de sua história. E como aquela jovem, muitas outras pessoas estão desistindo da vida em função de algum sofrimento. Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, as pessoas que tentam o suicídio não querem pôr um fim à sua vida; na verdade, o que elas querem é pôr um fim ao seu sofrimento. Elas acham que têm uma razão para morrer, mas o que elas realmente precisam é de uma razão para viver. E por que continuar a viver? A resposta a esta pergunta é o objetivo do nosso texto hoje e de outros próximos. E se pensamentos assim tem te perturbado, você precisa ler estes textos.
Sofrimento para desistir da vida não é desculpa. Vou falar para você de um homem que estava ansioso para partir, mas não por uma aspiração suicida. Este homem sabia o que era sofrer, e se sofrimento é causa de se por fim a vida, este homem tinha motivos de sobra para isso. Este homem é o apóstolo Paulo que um dia falou: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro (Fp 1.21). Paulo está dizendo que mesmo estando morto ou vivo ele tem o mesmo ideal. Havia nele uma razão para permanecer vivo, e esta mesma razão que o mantinha vivo era a razão dele morrer: Jesus Cristo. Tanto na vida como na morte Paulo tinha um ideal, uma meta e um rumo a seguir e este ideal de Paulo é a verdadeira razão da vida. E é justamente isso que falta na vida de um suicida. Não é apenas ter um ideal, mas é ter um ideal adequado. Não é apenas ter uma meta, mas é ter uma meta verdadeira. Não é apenas ter um rumo a seguir, mas é avançar para o lado certo da vida. Todos os suicidas tinham sonhos, planos para o futuro de suas vidas, mas estes sonhos não foram suficientes para impedi-los de desistirem da vida, porque eles sonhavam com coisas vãs, mas ignoravam a verdadeira razão da vida.
Há um mal muito grande em um ato suicida: Egoísmo. O suicida está pensando somente nele, em aliviar o seu sofrimento, mas em momento algum ele avalia o sofrimento que ele irá causar com a sua atitude. Um filho suicida não considera o sofrimento e a angústia que estará deixando e provocando em seus pais, ele quer apenas por fim ao seu sofrimento, independente que isso venha a desgraçar a vida de quem ele tanto ama. Voltando no exemplo de Paulo, apesar dos sofrimentos este homem não estava desistindo da vida, pelo contrário, ele está falando sobre a razão de permanecer vivo, mesmo em meio a tantas tempestades: Os outros, ou seja, seus irmãos, seus amigos, seus parentes, seus pais. Veja o que ele diz: Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco (Fp 1.22-26).  A morte seria para este homem o fim de todos os seus sofrimentos, mas ele é consciente de que seria também o fim de um suporte de esperança que ele significava para muitos. E esta atitude de pensar no próximo desvia o olhar egoísta do que lhe seria mais cômodo: Morrer, e fixa no que é uma loucura para muitos: Continuar vivendo mesmo sofrendo, mas esta última faz dele um abençoador de muitos.
Paulo tinha uma razão para continuar a viver e tenho certeza de que, se você refletir com consciência, também encontrará razão em sua vida para continuar vivo. Vou parafrasear uma frase: Quando até o laço de teu calçado tentar te seduzir à morte, ande descalço, mas não desista da vida! Desvia o foco. Esqueça os seus problemas, eles são circunstanciais. Pense nos seus irmãos, nos seus amigos, nos seus parentes, nos seus pais. O sofrimento que você estará inserindo em suas vidas não serão circunstanciais, mas sim um arrependimento eterno de não ter notado o que estava acontecendo, de não ter feito o suficiente para impedi-lo, de não acreditar que as coisas chegariam a este ponto. Há muitas razões para continuarmos a viver e nunca desistir da vida, a principal delas é Jesus Cristo que te ama verdadeiramente. Nos próximos textos quero te apresentar algumas razões para não desistir da vida. Que Deus abençoe a sua vida e me ajude a espalhar este texto, quem sabe juntos não impedimos alguém de desistir da vidaI Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

FOCO

1  Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2  olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
3  Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma (Hb 12.1-3).
Você já reparou na importância do foco? Já notou que somente desenvolvemos aquilo que focamos? Que quando focamos em algo os objetivos são alcançados mais rapidamente? Em tudo que você desvia o foco acaba perdendo de vista e aos poucos vai caindo no esquecimento; logo aquilo acaba não tendo mais importância para você. A vida espiritual não é diferente, ela precisa de um foco. O diabo é perito em desviar o nosso foco na área espiritual. A igreja está neste mundo sombrio para ser luz e muitos têm sido libertados das trevas pelo trabalho que ela desenvolve, mas a igreja também tem sido usada para desviar o foco de muitos, que já não basta a sua cegueira espiritual ainda usa a igreja como chacota e torna ela um instrumento impeditivo de seguir a Cristo. Falo isso pelo fato de muitos escarnecerem da igreja comparando-a a um mercado financeiro, a uma fábrica de milionários, a uma equipe de chantagistas espirituais ou a um bando de idiotas surrupiados pelos seus lideres. Mas da mesma forma que existem ladrões pelas esquinas para roubar o trabalhador honesto, também há os que usam o nome de Deus para “limpar” o fiel ingênuo e vulnerável.
Quando você anuncia o Evangelho esta imagem da igreja é a primeira desculpa da pessoa se esquivar e dizer não para ele; desvio de foco. Os que usam o nome de Deus com a finalidade de se enriquecer não devem ser chamados de pastores e sim de mercadores. Saiba você que Jesus nos alertou de que eles viriam e saiba também que não foi nada bom o que Jesus disse sobre eles, pois falando de tais pessoas Jesus falou que: Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar (Lc 17.2). Não quero estar na pele destes mercadores quando comparecerem perante o tribunal de Cristo porque Deus jamais inocenta àquele que usa o Seu Santo Nome em vão. Logo no primeiro século já havia este problema e faço minhas as palavras do Apóstolo Paulo: Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus (2 Co 2.17). Contudo, muitos desviarão o foco da verdade e firmarão seus olhos nesta parte negra da igreja, e quem desvia o foco tropeça e cai. Alerto que esta desculpa não terá nenhum valor diante de Cristo, que punirá com rigor aos culpados desta má fama da igreja e não inocentará aos que por eles foram influenciados.
Existe ainda outro problema. Os anjos queriam ser os anunciadores do Evangelho a este mundo, mas Deus não o permitiu, deixou esta tarefa para os homens, mas desde a queda não existe homens perfeitos. O fato de sermos pecadores anunciando a um Evangelho que transforma vidas, muitos desviam o foco da mensagem e volta-o para o anunciante, chegando a pensar: Esse cara é igual ou pior do que eu e agora fica dando um de “santinho”; desvio de foco e quem desvia o foco tropeça e cai. Se tais pessoas não desviassem o foco da mensagem poderiam perceber o verdadeiro sentido do Evangelho: Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. ... não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento (Mt 9.11-13). Agimos como estes fariseus porque somos extremamente legalistas. Exigimos que as pessoas que nos falam a este respeito venham com auréolas sobre suas cabeças, o problema é que todos que recebem auréolas os homens se prostram diante deles e os adoram como um deus; desvio de foco e quem desvia o foco tropeça e cai.
Qual deve ser o foco do cristão? O autor de Hebreus diz que devemos seguir a nossa carreira cristã olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus (Hb 12.2). O nosso foco é Jesus.  Quando Jesus convidou a Pedro para andar sobre o mar com Ele, até que Pedro estava focando em Jesus ele conseguiu caminhar sobre a água, mas quando desviou seus olhos para as ondas começou a afundar. Da mesma forma, quando focamos as pessoas e começamos a olhar e a nos importar com as imperfeições do nosso próximo perdemos Jesus de vista. Quando estamos na igreja e ficamos imaginando e julgando o pregador pelas suas imperfeiçoes não conseguimos crer em sua mensagem, quando condenamos o professor da Escola Dominical por ser um pecador como qualquer outro, não conseguimos aprender a lição que ele quer nos ensinar, quando lemos um texto com lições espirituais e conhecemos o seu autor temos a forte tendência de pensar: Este sujeitinho pensa que é alguma coisa para falar assim; desvio de foco e quem desvia o foco tropeça e cai. Deus jamais aparecerá por meio de um raio para lhe dizer alguma coisa, quando quiser te falar algo Ele sempre usará pecadores para isso. Este é o maior desafio da fé. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 16 de setembro de 2017

GRAÇA, MARAVILHOSA GRAÇA

1  SENHOR, tu me sondas e me conheces.
2  Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.
3  Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
4  Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.
5  Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.
6  Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.
7  Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
8  Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;
9  se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares,
10  ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
11  Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite,
12  até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.
13  Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe.
14  Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem;
15  os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16  Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda (Sl 139.1-16).
Hoje completo mais um ano de vida. Neste dia a pergunta do salmista me vem a mente: Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo (Sl 116.12)? Eu sou o aniversariante, mas o presente vai para Deus, porque a dádiva da vida pertence a Ele. E enquanto escrevo estas palavras de agradecimento pela vida muitos estão partindo por terem os seus dias aqui se encerrado. Quando Jesus disse: Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida (Mt 6.27), Ele estava afirmando que a vida é discricionariedade exclusiva de Deus. E o que darei a Ele pelo dom da vida? Quando Jesus esteve neste mundo o que Ele mais pediu aos homens era que cresse nele. E este é o meu presente para Ele: A minha fé, o meu coração inteiramente para Ele. Completar mais um ano de vida me faz lembrar a graça de Deus. Constantemente vou ao cemitério e lá, passando pelos túmulos, não tem como deixar de perceber a variedade das idades. Alguns mal nasceram e se foram, outros, até passaram da infância e chegaram à adolescência, mas de lá não passaram, e muito pesar sinto ao ver o tanto de jovens que estão partindo na juventude da vida, enquanto que alguns receberam a dádiva de partirem em ditosa velhice.
Nesta hora é difícil não questionar Deus. Por quê? Por que alguns partem tão cedo e outros recebem dele a fartura de dias? O que faz Deus olhar para um e dizer: Você vai morrer na infância, você na adolescência, você na juventude e você na velhice? Qual o critério que Ele usa para estabelecer estes limites? Amo o Salmo 139. Em uma parte ele diz: Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda (Sl 139.13-16). Não admiro dos meus dias serem antecipadamente conhecidos por Deus, afinal, Ele é Deus, e tal conhecimento faz dele um deus. Mas o fato destes dias serem determinado por Ele me deixa pasmo, porque isso faz dele o Soberano Deus, Único, Exclusivo, e este é o Deus que eu amo, que adoro, em quem confiei toda a minha vida. Por isso que Deus condena a idolatria e penaliza o idólatra, porque não há outro além dele. É o que Paulo diz sobre o erro dos idólatras: Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente (Rm 1.25).
Este Deus tremendo olhou para cada um dos mais de sete bilhões de habitantes da terra e estabeleceu os dias de vida para cada um deles. E o que o levou a decidir? Não foi gênero, porque tanto o homem como a mulher morre cedo. Não foi etnia, porque tanto o branco como o negro ou o índio morre cedo. Não foi a condição social, porque tanto o rico como o pobre morre cedo, e o mesmo acontece com o feio e com o bonito, com o gordo e com o magro, com o alto e com o baixo, com o inteligente e com o ignorante. Então, o que levou Deus a olhar para mim e determinar que eu passasse dos cinquenta anos? Não há mérito nenhum em mim para isso, pois foi tão somente a vontade de Deus, foi a sua graça, a maravilhosa graça de Deus. Deus condena o suicídio porque o suicida está negando a esta graça de Deus de forma que Deus não tomará por inocente àquele que nega a sua graça. E nisso não devemos questionar Deus, mas sim nos submeter a Ele, mesmo quando a tragédia nos bate a porta, pois a Bíblia nos diz: Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça (Is 45.9). Quem sou eu para discutir com Deus.
Apesar de a vida ser aspirada por todos a tarefa de viver não é nada fácil. O sábio Salomão descreveu muito bem isso quando disse: Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos. Pelo que tenho por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem; porém mais que uns e outros tenho por feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol (Ec 4.1-3). Viver não é fácil, mas a vida é um presente de Deus e por ela devemos ser gratos a Ele. Tempestades virão com certeza, mas depois de tantas tempestades não será qualquer chuvisco que vai nos molhar, e quando acharmos que chegamos ao fim da linha podemos descobrir que ainda temos forças para ir além. Portanto, que a vida nos ajude a transformar obstáculos em sabedoria, desafios em conhecimento, intrigas em amizade e saudades em abraço. E que ao longo de nossa caminhada não venhamos a espalhar espinhos pelo caminho, porque pode ser que o nosso retorno seja descalço. Muito obrigado Senhor pela dádiva da vida, muito obrigado por mais um ano de vida. Ensina-me a alcançar um coração sábio! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


domingo, 10 de setembro de 2017

ELEMENTOS DA ORAÇÃO: CLAMOR

1  Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos.
2  Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com eqüidade.
3  Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo e iniqüidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não transgride.
4  Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
5  Os meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram.
6  Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras.
7  Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles.
8  Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,
9  dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.
10  Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes;
11  andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra.
12  Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada.
13  Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada,
14  com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.
15  Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança (Sl 17.1-15).
Continuando sobre a oração de Daniel, sua oração tinha senso de urgência: Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome (Dn 9.19). Ele clama para Deus não tardar em responder. Às vezes nossas orações são sem vigor, sem pulsação forte, sem senso de urgência. É muito importante este senso de urgência, este vigor que você coloca na oração. É isso que Daniel está fazendo. E Daniel diz ainda: Porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome. Os pedidos de Daniel estão cheios de clemência: Oh Deus é a tua cidade! Oh Deus é o teu monte santo! Oh Deus é a tua casa! Oh Deus é o teu povo! Senhor, Tu não deverias fazer algo? Daniel está pedindo para Deus resplandecer o seu rosto sobre Jerusalém, sobre o Monte Sião, sobre o seu santuário, sobre o seu povo. Ele chega para Deus e diz: Deus é o teu povo que está sendo desprezado, ficará o Senhor impassivo diante disso tudo? O teu santuário é o único lugar que escolheste para tua habitação, deixarias Tu este lugar desolado para sempre?
E o apelo de Daniel não é que Deus simplesmente liberte o seu povo, mas que o faça por amor do seu próprio nome: porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome. É a glória do nome de Deus que está em jogo, não é simplesmente por causa de Jerusalém, não somente por causa do povo, é por causa do nome de Deus, pois a desolação de Jerusalém e o opróbrio do povo refletirão no caráter de Deus, pois as pessoas poderão questionar seu poder, a sua bondade, o seu amor, a sua fidelidade de forma que se Deus não agir o seu nome poderá ser blasfemado.
E Daniel diz algo maravilhoso: Por amor de Ti mesmo. Daniel diz que não é por amor do povo, mas por amor do próprio Deus. O povo não o merece! O que está em jogo é a própria honra de Deus, é a própria glória de Deus, é o próprio nome de Deus e é por isso que ele fundamenta a sua oração na misericórdia de Deus: Porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias (Dn 9.18). Que coisa sublime! Daniel está dizendo: Deus nós estamos pedindo não é porque somos justos, não é porque temos méritos, não é porque temos crédito. Não Deus, o nosso pedido é por causa de tuas muitas misericórdias.
Precisamos aprender a clamar pelo amor e pela misericórdia de Deus porque o povo de Deus tem negligenciado, o povo de Deus tem se contaminado, o povo de Deus tem feito alianças perigosas, o povo de Deus tem trazido fogo estranho perante o altar do Senhor de forma que não somos merecedores de sua graça, mas necessitamos com urgência de renovação. Precisamos aprender com Daniel a orar com reverência, com fé, com confissão sincera, com contrição e clamar com urgência porque esse é o tipo de oração que Deus ouve! Precisamos conhecer as promessas de Deus e orar por elas dessa forma, porque quando um remanescente ora dessa forma tudo muda. Como está faltando este espírito oportuno e urgente da oração nos dias de hoje, de chegar diante de Deus e dizer: Deus é a tua Igreja que está morrendo. Deus é a tua Igreja que está contaminada. Deus é a Noiva do Cordeiro que está se prostituindo. Deus é o teu povo que Tu remiste com o teu sangue que está acuado, acomodado. Deus é o povo a quem Tu amas que está perdido, desorientado no meio do joio, pressionado pelo mundo e suas concupiscências. Isso é clamar com urgência, isso é se humilhar diante de Deus e a oração verdadeira é sempre marcada por profunda humildade. E devemos orar assim fundamentados não na justiça humana, mas na misericórdia divina. Não nos méritos do homem, mas no nome de Jesus.
Esta é a oração de Daniel, esta deve ser a sua oração e esta deve ser a oração da Igreja. O espírito de oração deve caracterizar todos os filhos de Deus. Assim como Daniel foi tomado por este espírito de oração em todas as fases de sua vida, assim também nós deveríamos ser possuídos deste espírito de oração. Os filhos de Deus devem se aplicar profundamente a prática da intercessão. Que esta oração de Daniel possa motivar você, sua família e sua Igreja a estar mais comprometida com Deus no ministério da intercessão. Que Deus assim nos abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 9 de setembro de 2017

A LONGANIMIDADE DE DEUS

9  Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pd 3.9).
A Bíblia diz que Deus é amor: Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (1 João 4.8). E diz também que o amor é paciente: O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece (1 Co 13.4). Sabemos que somos imperfeitos, portanto, mesmo que venhamos a amar os efeitos do amor refletirão em nossas vidas, mas não com a perfeição que deveria ser. Não há duvidas da perfeição de Deus, a Bíblia diz que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma (1 Jo 1.5). Desta forma, a paciência e a longanimidade é um aspecto muito importante do amor de Deus, porque nele encontramos a perfeita expressão do amor. A paciência de Deus é uma qualidade divina mencionada por várias vezes na Bíblia: SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade (Ex 34.6). Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está dizendo que Ele demora em se irar, mas que a longanimidade não sugere injustiça, O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado (Na 1.3). Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, porém, nem sempre castiga na hora da transgressão; nisso se concretiza a paciência e a longanimidade de Deus.
Por causa de sua longanimidade, Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel e Ele o fez para manter a honra do seu próprio nome: Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar (Is 48.9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora em que Israel pecou a primeira vez, Ele jamais teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através de Jesus Cristo, descendente de Adão, descendente de Abraão. E Paulo fala da longanimidade de Deus para conosco na mesma proporção em que Ele teve com Israel: Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios (Rm 9.22-24)? O que Paulo está dizendo é que, se Deus aplicasse a sua justiça sem longanimidade, o resultado seria a condenação de todos. Entretanto, Deus, temporariamente, poupa de castigar o pecado na hora de sua prática para salvar. Essa é a razão da demora de Deus em castigar.
Às vezes, as pessoas acham que Deus simplesmente ignora os pecados, e que depois Ele não vai mais tocar em um assunto que ficou para trás, afinal, já se passou tanto tempo. Mas a dívida do pecado não paga jamais expira. Deus apenas adia a cobrança, mas jamais deixa de ser justo e exigir pagamento em relação à dívida do pecado. Quando lemos a parábola do credor incompassivo, percebemos que o homem jamais poderá pagar a sua dívida de pecado para com Deus. Somente Jesus foi capaz de pagar a nossa dívida que tínhamos com Deus e isso Ele o fez na cruz. Jesus é o nosso substituto e o seu sangue o pagamento de nossa dívida. Por isso que quem tem Jesus tem perdão e salvação e quem não tem Jesus não pode ter perdão e nem salvação, porque a sua dívida ainda está inscrita nos rol de Deus e Jesus, a quem ele recusa, é a alforria do pecador. E Deus, tendo a sua justiça satisfeita pelo sacrifício de Cristo, sendo justo, exige o pagamento pelo pecado, mas Ele mesmo é o justificador, porque ofereceu seu próprio Filho para pagar a dívida dos pecadores, mas não de todos, somente daqueles que aceitar a Jesus, caso contrário todos seriam alvos, independente de aceitar ou não a Jesus.
Embora muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não tivesse limites, a paciência de Deus tem limite sim, pois um dia Deus colocará um ponto final em sua longanimidade, assim como Ele colocou um ponto final nos dias de Noé quando Ele fechou a porta da Arca e ninguém mais pôde entrar quando veio o dilúvio. Este limite da longanimidade de Deus acontecerá na volta de Cristo quando a porta da salvação se fechará para todos, mas este limite pode chegar até você antes disso, pois a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus. A partir da sua morte o sacrifício de Cristo não terá mais nenhuma finalidade para contigo, a longanimidade de Deus não mais surgirá efeito para contigo, mas tão somente a justiça de Deus que exigirá o pagamento pela dívida do pecado, e caso você não tenha Jesus não poderá saldar esta dívida e estará irremediavelmente perdido, porque a pessoa que morre despreparada não terá outra chance, não se poderá mudar seu destino. Por isso a Bíblia é contrária orar pelos mortos, pois aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). Pense nisso com muita seriedade!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O BRADO DA INDEPENDÊNCIA

11  Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas,
12  naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
13  Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.
14  Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
15  aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,
16  e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (Ef 2.11-16).
Estamos na semana da Pátria, na semana da independência, que foi quando Dom Pedro I levantou a sua espada e deu o grito da independência do Brasil, pois éramos, até então, colônia de Portugal. Não tínhamos vontade própria e maior parte de nossas riquezas esvaiam-se de nós. Depois desse dia o Brasil podia se considerar livre de Portugal. Mas o maior e mais importante brado da independência foi dado a quase dois mil anos atrás, não por um homem montado em um cavalo e empunhando uma espada, mas por um homem pregado em uma cruz, não por um homem bem vestido com suas vestes de soldado, mas por um homem quase que despido, ensanguentado pelos chicotes dos soldados, não por um homem coroado com uma coroa repleta de joias suntuosas (apesar de ser Ele o Rei dos reis), mas por um homem com uma coroa de espinhos, fincado em sua cabeça por pura maldade, não por um homem sentado em um trono (apesar de ser dele o mais sublime Trono), revestido de autoridade e respeito, mas por um homem rejeitado, desprezado e humilhado. Este brado de independência é o grito de Jesus Cristo na cruz do Calvário quando disse: Está consumado (Jo 19.30)! Este é o brado da vitória! Este é o brado da independência do homem escravizado pelo pecado!
Quando o homem rejeitou a Deus lá no Jardim do Éden fazendo algo que Deus ordenou que não o fizesse, desde então o homem não tem vontade própria, pois se tornou escravo de seu pecado. Ele não tem mais escolha, pois a perdeu quando escolheu comer do fruto proibido. Ele não podia mais ficar do lado de Deus, pois se distanciou dele quando desobedeceu as suas ordens. Ele não conversava e nem se encontrava mais com Deus por entre as árvores do Jardim, pois foi expulso dele por ter-se contaminado com o pecado, doença contagiosa que o homem contraiu tão logo desobedeceu a Deus, doença esta que contaminou todo seu ser, que infectou toda a humanidade, pois Adão e Eva transmitiu essa enfermidade aos seus descendentes, tornando-se todos eles escravos do pecado. Esta escravidão perdurou até à Cruz de Jesus Cristo, porque a Bíblia diz que nós fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho (Rm 5.10), e uma vez reconciliados fomos libertados da escravidão do pecado e levados de volta para Deus, de forma que aqueles que têm Jesus podem chegar até Deus, falar com Ele, ouvir o que Ele tem a dizer, relacionar-se novamente com Ele, pois recebemos de Jesus a alforria da nossa escravidão.
E o que fazer diante da nossa independência? Viver como homens livres! Depois do grito no Ipiranga o Brasil não dependia mais de Portugal, podia seguir livre rumo ao desenvolvimento, e depois do brado de Jesus Cristo no Calvário não há mais razão do homem viver escravizado pelo pecado. Mas a independência é uma conquista, e assim como o Brasil precisava conquistar a sua independência depois do grito de Dom Pedro I, assim também o homem precisa conquistar a sua independência depois do brado de Jesus Cristo na cruz, pois o efeito do sacrifício de Cristo na cruz não é mágico, não alcança por si só a todos, mas somente àqueles que aceitam e querem a sua libertação, de forma que só se torna liberto àquele que se tornou uma nova criatura. Algo tremendo acontece em nossas vidas quando somos libertos por Cristo, por isso que aquele que é libertado pela graça de Deus se torna irreconhecível, porque ele se torna outra pessoa. Paulo confirma isso quando diz: Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna (Tt 3.3-7). Aquele que é libertado por Cristo nunca mais é a mesma pessoa, ele muda radicalmente porque agora ele é uma pessoa livre.
Você se sente uma pessoa libertada? Você vive como uma pessoa livre? Há paz em seu coração? Há esperança de vida eterna em você? Há segurança em você após a morte? Você é uma pessoa convicta em sua razão de existir? Sabe de onde veio e para onde vai? Estas certezas são frutos da independência do homem, pois Jesus Cristo pega aquele escravo, sem esperança, sem vida, sem perspectivas e o torna convicto quanto ao rumo a seguir, convencido quanto ao seu futuro. Jesus já deu o brado da independência, conquiste agora a sua liberdade abrindo o seu coração para Jesus, entregue a sua vida a Ele porque foi para esta finalidade que Jesus tanto sofreu naquela cruz. Pense nisso!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


sábado, 2 de setembro de 2017

A MEDIDA COM QUE TIVERDES MEDIDO VOS MEDIRÃO TAMBÉM

3  Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
4  disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
5  E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
6  Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
7  Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
8  E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
9  Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
10  Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11  Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais (Jo 8.3-11).
Mais um caso nojento praticado por pessoas covardes que buscam satisfazer as suas concupiscências através da desgraça alheia. É no que podemos resumir o episódio daquela moça vítima de fotos vazadas e compartilhadas na rede social. E aquelas pessoas que procuraram nossa pequena cidade de Vilhena para residir por ser calma, tranquila, de bom clima, cada vez mais se decepciona com suas expectativas por ver a violência e os escândalos crescerem em proporção maior do que o município. Às vezes, você até tenta se consolar pensando ser isso casos isolados e que são poucos os intrusos que perturbam a paz da comunidade, mas quando você percebe a reação da própria comunidade nem sei se sobra alguma esperança de melhora, porque é difícil concluir quem é pior: O que soltou as fotos na rede ou quem as espalhou. Fato é que a Bíblia diz: Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda (Pv 26.20). Se não houvesse uma sociedade ávida por escândalos e por desgraça alheia, tais fatos morreriam em sua origem. E o que falar daqueles que praticaram tamanha barbaridade? Ao que parece eles estavam apenas se divertindo, exatamente como a Bíblia diz: Para o insensato, praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente, o ser sábio (Pv 10.23). São pessoas completamente egoístas e alheias aos sentimentos e à dignidade de seu próximo, inexistindo neles o mínimo de empatia, pois são pessoas vazias que expressam apenas o que está cheio o seu coração e a sua mente, pois a Bíblia diz que: O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior (Pv 18.2). Mas nisso se pode ver o cumprimento da Palavra de Deus que diz: Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus (2 Tm 3.1-4).
Em função de vivermos nestes dias mencionados na Bíblia, querer viver em uma sociedade sem violência e sem escândalos é utopia. Mas isso não significa que as pessoas ficarão impunes de seus atos abomináveis. Deus é justo de forma que retribui para cada um em conformidade com as suas ações. A Bíblia diz que vamos colher aquilo que nós mesmos semeamos. Jesus falou: Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mt 16.27). E o Apóstolo Paulo confirma isso quando diz: Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça. Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal (Rm 2.5-9). Ninguém escapará das consequências de suas ações. Portanto, se você semeou paz, você colherá paz, se semeou justiça, colherá justiça, se semeou coisas boas, colherás bons frutos, e o que são coisas boas? A Bíblia diz que são o fruto do Espírito e são eles: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22,23). Mas parece que as pessoas gostam mesmo é de semear as obras da carne, e elas são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam (Gl 5.19-21). Assim é a justiça de Deus, justiça essa que você não encontra neste mundo.
Quanto a moça, vítima de uma covardia brutal, não sei se meu texto chegará até você, mas com certeza o seu mundo veio ao chão. Jamais esperamos que tal desgraça caia sobre nós, de forma que quando ela chega destrói todos os nossos alicerces e tudo o que sobra em nós são ruínas, de modo que sombra e escuridão, medo e incertezas, angústias e choro é tudo que vislumbramos, mas digo a você que nenhuma escuridão, por mais densa que seja, pode impedir o sol de nascer. Portanto, acredite no teu sol e confia no futuro, mas saiba que Jesus é a luz que ilumina a nossa alma, porque Jesus, enquanto toda a multidão queria apedrejar a mulher adúltera, disse para ela: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais (Jo 8.11). Sei que é difícil sorrir quando se está despedaçado, que é difícil esquecer uma ferida que nunca cicatriza, mas é preciso seguir em frente, mesmo quando o coração pede para parar, mesmo quando a vida perde o sentido, mesmo quando parece que nunca mais seremos felizes de novo. Há momentos na vida difíceis de serem suportados, pois parecem arruinar para sempre nossa vida, mas lembre-se de que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperanças. Corrie Ten Boom disse: Não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo. Que Deus te abençoe a superar os obstáculos da restauração. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com