9 Não
retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário,
ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos
cheguem ao arrependimento (2 Pd 3.9).
A Bíblia diz que Deus
é amor: Aquele que não ama não conhece a
Deus, pois Deus é amor (1 João
4.8). E diz também que o amor é paciente: O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não
se ufana, não se ensoberbece (1 Co 13.4). Sabemos que somos imperfeitos, portanto,
mesmo que venhamos a amar os efeitos do amor refletirão em nossas vidas, mas
não com a perfeição que deveria ser. Não há duvidas da perfeição de Deus, a
Bíblia diz que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma (1 Jo 1.5). Desta
forma, a paciência e a longanimidade é um aspecto muito importante do amor de
Deus, porque nele encontramos a perfeita expressão do amor. A paciência de Deus
é uma qualidade divina mencionada por várias vezes na Bíblia: SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e
fidelidade (Ex 34.6). Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está
dizendo que Ele demora em se irar, mas que a longanimidade não sugere
injustiça, O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado (Na 1.3). Deus
ainda exige o castigo merecido pelo pecado, porém, nem sempre castiga na hora da
transgressão; nisso se concretiza a paciência e a longanimidade de Deus.
Por causa de sua
longanimidade, Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel e Ele o fez
para manter a honra do seu próprio nome: Por amor do meu nome, retardarei
a minha ira e por causa da minha honra me
conterei para contigo, para que te não venha a exterminar (Is
48.9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora em que Israel pecou a primeira
vez, Ele jamais teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós
através de Jesus Cristo, descendente de Adão, descendente de Abraão. E Paulo
fala da longanimidade de Deus para conosco na mesma proporção em que Ele teve
com Israel: Que diremos, pois, se
Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os
vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer
as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de
antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas
também dentre os gentios (Rm 9.22-24)? O que Paulo está dizendo é que, se
Deus aplicasse a sua justiça sem longanimidade, o resultado seria a condenação
de todos. Entretanto, Deus, temporariamente, poupa de castigar o pecado na hora
de sua prática para salvar. Essa é a razão da demora de Deus em castigar.
Às
vezes, as pessoas acham que Deus simplesmente ignora os pecados, e que depois Ele
não vai mais tocar em um assunto que ficou para trás, afinal, já se passou
tanto tempo. Mas a dívida do pecado não
paga jamais expira. Deus apenas adia a cobrança, mas jamais deixa de ser
justo e exigir pagamento em relação à dívida do pecado. Quando lemos a parábola
do credor incompassivo, percebemos que o homem jamais poderá pagar a sua dívida
de pecado para com Deus. Somente Jesus foi capaz de pagar a nossa dívida que
tínhamos com Deus e isso Ele o fez na cruz. Jesus é o nosso substituto e o seu
sangue o pagamento de nossa dívida. Por isso que quem tem Jesus tem perdão e
salvação e quem não tem Jesus não pode ter perdão e nem salvação, porque a sua
dívida ainda está inscrita nos rol de Deus e Jesus, a quem ele recusa, é a
alforria do pecador. E Deus, tendo a sua justiça satisfeita pelo sacrifício de
Cristo, sendo justo, exige o pagamento pelo pecado, mas Ele mesmo é o
justificador, porque ofereceu seu próprio Filho para pagar a dívida dos
pecadores, mas não de todos, somente daqueles que aceitar a Jesus, caso
contrário todos seriam alvos, independente de aceitar ou não a Jesus.
Embora
muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não tivesse limites, a
paciência de Deus tem limite sim, pois um dia Deus colocará um ponto final em
sua longanimidade, assim como Ele colocou um ponto final nos dias de Noé
quando Ele fechou a porta da Arca e ninguém mais pôde entrar quando veio o
dilúvio. Este limite da longanimidade de Deus acontecerá na volta de Cristo
quando a porta da salvação se fechará para todos, mas este limite pode chegar
até você antes disso, pois a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender
e receber o benefício da misericórdia de Deus. A partir da sua morte o
sacrifício de Cristo não terá mais nenhuma finalidade para contigo, a
longanimidade de Deus não mais surgirá efeito para contigo, mas tão somente a
justiça de Deus que exigirá o pagamento pela dívida do pecado, e caso você não
tenha Jesus não poderá saldar esta dívida e estará irremediavelmente perdido,
porque a pessoa que morre despreparada não terá outra chance, não se poderá
mudar seu destino. Por isso a Bíblia é contrária orar pelos mortos, pois aos homens está ordenado morrerem uma só
vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27). Pense nisso com muita
seriedade!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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