1 Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu
clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos.
2 Baixe de tua presença o julgamento a meu
respeito; os teus olhos vêem com eqüidade.
3 Sondas-me o coração, de noite me visitas,
provas-me no fogo e iniqüidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não
transgride.
4 Quanto às ações dos homens, pela palavra dos
teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
5 Os
meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram.
6 Eu
te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às
minhas palavras.
7 Mostra as maravilhas da tua bondade, ó
Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles.
8 Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me
à sombra das tuas asas,
9 dos
perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.
10 Insensíveis, cerram o coração, falam com
lábios insolentes;
11 andam agora cercando os nossos passos e fixam
em nós os olhos para nos deitar por terra.
12 Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou
o leãozinho, que espreita de emboscada.
13 Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os;
livra do ímpio a minha alma com a tua espada,
14 com
a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre
tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra
deixam aos seus pequeninos.
15 Eu,
porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com
a tua semelhança (Sl 17.1-15).
Continuando
sobre a oração de Daniel, sua oração tinha senso de urgência: Ó
Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes,
por amor de ti mesmo, ó Deus meu;
porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome (Dn 9.19). Ele
clama para Deus não tardar em responder. Às vezes nossas orações são sem vigor,
sem pulsação forte, sem senso de urgência. É muito importante este senso de
urgência, este vigor que você coloca na oração. É isso que Daniel está fazendo.
E Daniel diz ainda: Porque a tua cidade e
o teu povo são chamados pelo teu nome. Os pedidos de Daniel estão cheios de
clemência: Oh Deus é a tua cidade! Oh Deus é o teu monte santo! Oh Deus é a tua
casa! Oh Deus é o teu povo! Senhor, Tu não deverias fazer algo? Daniel está
pedindo para Deus resplandecer o seu rosto sobre Jerusalém, sobre o Monte Sião,
sobre o seu santuário, sobre o seu povo. Ele chega para Deus e diz: Deus é o
teu povo que está sendo desprezado, ficará o Senhor impassivo diante disso
tudo? O teu santuário é o único lugar que escolheste para tua habitação,
deixarias Tu este lugar desolado para sempre?
E
o apelo de Daniel não é que Deus simplesmente liberte o seu povo, mas que o
faça por amor do seu próprio nome: porque
a tua cidade e o teu povo são chamados
pelo teu nome. É a glória do nome de Deus que está em jogo, não é
simplesmente por causa de Jerusalém, não somente por causa do povo, é por causa
do nome de Deus, pois a desolação de Jerusalém e o opróbrio do povo refletirão
no caráter de Deus, pois as pessoas poderão questionar seu poder, a sua
bondade, o seu amor, a sua fidelidade de forma que se Deus não agir o seu nome
poderá ser blasfemado.
E
Daniel diz algo maravilhoso: Por amor de Ti mesmo. Daniel diz que
não é por amor do povo, mas por amor do próprio Deus. O povo não o merece! O
que está em jogo é a própria honra de Deus, é a própria glória de Deus, é o
próprio nome de Deus e é por isso que ele fundamenta a sua oração na
misericórdia de Deus: Porque não lançamos
as nossas súplicas perante a tua face fiados
em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias (Dn 9.18). Que
coisa sublime! Daniel está dizendo: Deus nós estamos pedindo não é porque somos
justos, não é porque temos méritos, não é porque temos crédito. Não Deus, o
nosso pedido é por causa de tuas muitas misericórdias.
Precisamos
aprender a clamar pelo amor e pela misericórdia de Deus porque o povo de Deus tem
negligenciado, o povo de Deus tem se contaminado, o povo de Deus tem feito
alianças perigosas, o povo de Deus tem trazido fogo estranho perante o altar do
Senhor de forma que não somos merecedores de sua graça, mas necessitamos com
urgência de renovação. Precisamos aprender com Daniel a orar com reverência,
com fé, com confissão sincera, com contrição e clamar com urgência porque esse
é o tipo de oração que Deus ouve! Precisamos conhecer as promessas de Deus e
orar por elas dessa forma, porque quando um remanescente ora dessa forma tudo
muda. Como está faltando este espírito oportuno e urgente da oração nos dias de
hoje, de chegar diante de Deus e dizer: Deus é a tua Igreja que está morrendo. Deus
é a tua Igreja que está contaminada. Deus é a Noiva do Cordeiro que está se
prostituindo. Deus é o teu povo que Tu remiste com o teu sangue que está
acuado, acomodado. Deus é o povo a quem Tu amas que está perdido, desorientado
no meio do joio, pressionado pelo mundo e suas concupiscências. Isso é clamar
com urgência, isso é se humilhar diante de Deus e a oração verdadeira é sempre
marcada por profunda humildade. E devemos orar assim fundamentados não na
justiça humana, mas na misericórdia divina. Não nos méritos do homem, mas no
nome de Jesus.
Esta
é a oração de Daniel, esta deve ser a sua oração e esta deve ser a oração da
Igreja. O espírito de oração deve caracterizar todos os filhos de Deus. Assim
como Daniel foi tomado por este espírito de oração em todas as fases de sua
vida, assim também nós deveríamos ser possuídos deste espírito de oração. Os
filhos de Deus devem se aplicar profundamente a prática da intercessão. Que
esta oração de Daniel possa motivar você, sua família e sua Igreja a estar mais
comprometida com Deus no ministério da intercessão. Que Deus assim nos abençoe!
Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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