domingo, 10 de setembro de 2017

ELEMENTOS DA ORAÇÃO: CLAMOR

1  Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos.
2  Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com eqüidade.
3  Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo e iniqüidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não transgride.
4  Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
5  Os meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram.
6  Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras.
7  Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles.
8  Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,
9  dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.
10  Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes;
11  andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra.
12  Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada.
13  Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada,
14  com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.
15  Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança (Sl 17.1-15).
Continuando sobre a oração de Daniel, sua oração tinha senso de urgência: Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome (Dn 9.19). Ele clama para Deus não tardar em responder. Às vezes nossas orações são sem vigor, sem pulsação forte, sem senso de urgência. É muito importante este senso de urgência, este vigor que você coloca na oração. É isso que Daniel está fazendo. E Daniel diz ainda: Porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome. Os pedidos de Daniel estão cheios de clemência: Oh Deus é a tua cidade! Oh Deus é o teu monte santo! Oh Deus é a tua casa! Oh Deus é o teu povo! Senhor, Tu não deverias fazer algo? Daniel está pedindo para Deus resplandecer o seu rosto sobre Jerusalém, sobre o Monte Sião, sobre o seu santuário, sobre o seu povo. Ele chega para Deus e diz: Deus é o teu povo que está sendo desprezado, ficará o Senhor impassivo diante disso tudo? O teu santuário é o único lugar que escolheste para tua habitação, deixarias Tu este lugar desolado para sempre?
E o apelo de Daniel não é que Deus simplesmente liberte o seu povo, mas que o faça por amor do seu próprio nome: porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome. É a glória do nome de Deus que está em jogo, não é simplesmente por causa de Jerusalém, não somente por causa do povo, é por causa do nome de Deus, pois a desolação de Jerusalém e o opróbrio do povo refletirão no caráter de Deus, pois as pessoas poderão questionar seu poder, a sua bondade, o seu amor, a sua fidelidade de forma que se Deus não agir o seu nome poderá ser blasfemado.
E Daniel diz algo maravilhoso: Por amor de Ti mesmo. Daniel diz que não é por amor do povo, mas por amor do próprio Deus. O povo não o merece! O que está em jogo é a própria honra de Deus, é a própria glória de Deus, é o próprio nome de Deus e é por isso que ele fundamenta a sua oração na misericórdia de Deus: Porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias (Dn 9.18). Que coisa sublime! Daniel está dizendo: Deus nós estamos pedindo não é porque somos justos, não é porque temos méritos, não é porque temos crédito. Não Deus, o nosso pedido é por causa de tuas muitas misericórdias.
Precisamos aprender a clamar pelo amor e pela misericórdia de Deus porque o povo de Deus tem negligenciado, o povo de Deus tem se contaminado, o povo de Deus tem feito alianças perigosas, o povo de Deus tem trazido fogo estranho perante o altar do Senhor de forma que não somos merecedores de sua graça, mas necessitamos com urgência de renovação. Precisamos aprender com Daniel a orar com reverência, com fé, com confissão sincera, com contrição e clamar com urgência porque esse é o tipo de oração que Deus ouve! Precisamos conhecer as promessas de Deus e orar por elas dessa forma, porque quando um remanescente ora dessa forma tudo muda. Como está faltando este espírito oportuno e urgente da oração nos dias de hoje, de chegar diante de Deus e dizer: Deus é a tua Igreja que está morrendo. Deus é a tua Igreja que está contaminada. Deus é a Noiva do Cordeiro que está se prostituindo. Deus é o teu povo que Tu remiste com o teu sangue que está acuado, acomodado. Deus é o povo a quem Tu amas que está perdido, desorientado no meio do joio, pressionado pelo mundo e suas concupiscências. Isso é clamar com urgência, isso é se humilhar diante de Deus e a oração verdadeira é sempre marcada por profunda humildade. E devemos orar assim fundamentados não na justiça humana, mas na misericórdia divina. Não nos méritos do homem, mas no nome de Jesus.
Esta é a oração de Daniel, esta deve ser a sua oração e esta deve ser a oração da Igreja. O espírito de oração deve caracterizar todos os filhos de Deus. Assim como Daniel foi tomado por este espírito de oração em todas as fases de sua vida, assim também nós deveríamos ser possuídos deste espírito de oração. Os filhos de Deus devem se aplicar profundamente a prática da intercessão. Que esta oração de Daniel possa motivar você, sua família e sua Igreja a estar mais comprometida com Deus no ministério da intercessão. Que Deus assim nos abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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