domingo, 24 de setembro de 2017

SUICÍDIO: DESCARTE ISSO DE SUA VIDA

7  A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.
8  Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida.
9  Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos;
10  o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos,
11  ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos (2 Co 1.7-11).
Todos nos abalamos nesta semana com o suicídio de mais uma jovem. Aliás, tragédias de suicídio tem se tornado frequente no noticiário, e como nos habituamos com tudo que é frequente, tenho receio de que a sociedade comece a se “conformar” com estas tragédias. Estamos no mês de combate ao suicídio, mas apesar das campanhas muitos insistem nesta saída covarde dos seus problemas e do sofrimento. Lembro-me do relato de uma jovem na rede social que dizia: Eu vou desistir. A vida não é do jeito que a gente pensa, melhor acabar com tudo. Se vocês acham que há algum motivo para viver nesse sofrimento me falem. Falei por mensagem de motivos para se viver, mas nunca obtive resposta e nem sei qual foi o desfecho de sua história. E como aquela jovem, muitas outras pessoas estão desistindo da vida em função de algum sofrimento. Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, as pessoas que tentam o suicídio não querem pôr um fim à sua vida; na verdade, o que elas querem é pôr um fim ao seu sofrimento. Elas acham que têm uma razão para morrer, mas o que elas realmente precisam é de uma razão para viver. E por que continuar a viver? A resposta a esta pergunta é o objetivo do nosso texto hoje e de outros próximos. E se pensamentos assim tem te perturbado, você precisa ler estes textos.
Sofrimento para desistir da vida não é desculpa. Vou falar para você de um homem que estava ansioso para partir, mas não por uma aspiração suicida. Este homem sabia o que era sofrer, e se sofrimento é causa de se por fim a vida, este homem tinha motivos de sobra para isso. Este homem é o apóstolo Paulo que um dia falou: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro (Fp 1.21). Paulo está dizendo que mesmo estando morto ou vivo ele tem o mesmo ideal. Havia nele uma razão para permanecer vivo, e esta mesma razão que o mantinha vivo era a razão dele morrer: Jesus Cristo. Tanto na vida como na morte Paulo tinha um ideal, uma meta e um rumo a seguir e este ideal de Paulo é a verdadeira razão da vida. E é justamente isso que falta na vida de um suicida. Não é apenas ter um ideal, mas é ter um ideal adequado. Não é apenas ter uma meta, mas é ter uma meta verdadeira. Não é apenas ter um rumo a seguir, mas é avançar para o lado certo da vida. Todos os suicidas tinham sonhos, planos para o futuro de suas vidas, mas estes sonhos não foram suficientes para impedi-los de desistirem da vida, porque eles sonhavam com coisas vãs, mas ignoravam a verdadeira razão da vida.
Há um mal muito grande em um ato suicida: Egoísmo. O suicida está pensando somente nele, em aliviar o seu sofrimento, mas em momento algum ele avalia o sofrimento que ele irá causar com a sua atitude. Um filho suicida não considera o sofrimento e a angústia que estará deixando e provocando em seus pais, ele quer apenas por fim ao seu sofrimento, independente que isso venha a desgraçar a vida de quem ele tanto ama. Voltando no exemplo de Paulo, apesar dos sofrimentos este homem não estava desistindo da vida, pelo contrário, ele está falando sobre a razão de permanecer vivo, mesmo em meio a tantas tempestades: Os outros, ou seja, seus irmãos, seus amigos, seus parentes, seus pais. Veja o que ele diz: Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco (Fp 1.22-26).  A morte seria para este homem o fim de todos os seus sofrimentos, mas ele é consciente de que seria também o fim de um suporte de esperança que ele significava para muitos. E esta atitude de pensar no próximo desvia o olhar egoísta do que lhe seria mais cômodo: Morrer, e fixa no que é uma loucura para muitos: Continuar vivendo mesmo sofrendo, mas esta última faz dele um abençoador de muitos.
Paulo tinha uma razão para continuar a viver e tenho certeza de que, se você refletir com consciência, também encontrará razão em sua vida para continuar vivo. Vou parafrasear uma frase: Quando até o laço de teu calçado tentar te seduzir à morte, ande descalço, mas não desista da vida! Desvia o foco. Esqueça os seus problemas, eles são circunstanciais. Pense nos seus irmãos, nos seus amigos, nos seus parentes, nos seus pais. O sofrimento que você estará inserindo em suas vidas não serão circunstanciais, mas sim um arrependimento eterno de não ter notado o que estava acontecendo, de não ter feito o suficiente para impedi-lo, de não acreditar que as coisas chegariam a este ponto. Há muitas razões para continuarmos a viver e nunca desistir da vida, a principal delas é Jesus Cristo que te ama verdadeiramente. Nos próximos textos quero te apresentar algumas razões para não desistir da vida. Que Deus abençoe a sua vida e me ajude a espalhar este texto, quem sabe juntos não impedimos alguém de desistir da vidaI Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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