terça-feira, 26 de setembro de 2017

SUICÍDIO: OS SOFRIMENTOS DA VIDA NUNCA SÃO PERMANENTES

10  Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.
11  Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.
12  Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário (Sl 51.10-12).
Temos falado sobre suicídio e as razões de descartá-lo de vez da vida. Continuando sobre as circunstâncias que sempre mudam e podem mudar para melhor veja o caso de Moisés: Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria (Nm 11.14-15). Moisés foi o escolhido de Deus para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. Deus mandou as pragas no Egito por intermédio de Moisés e por intermédio dele também abriu o mar para o povo atravessá-lo a pé, mas, no deserto, logo no primeiro alvoroço do povo, Moisés arria as pernas e pede a saída do cenário, pedindo até mesmo a morte; ele resolve desistir de tudo naquela altura do campeonato. Deus o encoraja e ele prossegue por 40 anos naquele deserto liderando aquele povo, conquistando grandes vitórias e triunfando a cada obstáculo que surgia. Mas houve um momento em que ele queria desistir da vida. Se ele tivesse levado a cabo a sua decisão não teria contemplado a grande virada de sua vida.
E temos ainda o caso de Elias: Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais (1 Rs 19.4). Elias tinha acabado de vencer os profetas do deus baal no monte Carmelo em um grande desafio. De repente, no auge de sua vida, desanimado e abatido, se enfia em uma caverna e resolve desistir de tudo e até pede pelo fim de sua vida. Mal sabia ele dos propósitos grandiosos que Deus ainda tinha para a sua vida e ele fica enclausurado em uma caverna mesquinhando pela vida. A insatisfação pela vida cega nossos olhos pelos milagres que Deus já realizou em nossas vidas e nos torna verdadeiros ingratos a Deus. Ela também ofusca qualquer esperança e nos faz fechar as portas do coração para o renovo de Deus em nossa vida. Deus não atende aos desejos mórbidos de Elias, mas encoraja-o a sair daquela caverna. Ele sai e prossegue seu caminho com grandes vitórias e tremendas experiências com Deus. Elias queria morrer, mas mal sabia ele que nem plano de morte Deus tinha para sua vida.
E como não mencionar Jó como exemplo de revés na vida? A sua situação está ruim? Você está sofrendo muito? Pensa que a situação que está vivendo é pior que a situação que este homem enfrentou? Ele perdeu tudo o que tinha em um único dia: Bens, riquezas e filhos e no outro dia perdeu a única coisa que lhe restara: A sua saúde. Tudo que lhe restou foi a sua esposa e ainda assim para lhe dizer estas duras palavras: Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre (Jo 2.9). Ela sugere a morte para o seu marido. Mas no âmago de sua alma ele pode dizer: Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal (Jó 2.10)? Mas no auge de seu sofrimento Jó não foi diferente de muitos, ele resolveu desistir de tudo e desejar a morte: Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. Reclamem-no as trevas e a sombra de morte; habitem sobre ele nuvens; espante-o tudo o que pode enegrecer o dia. Aquela noite, que dela se apoderem densas trevas; não se regozije ela entre os dias do ano, não entre na conta dos meses. Seja estéril aquela noite, e dela sejam banidos os sons de júbilo. Escureçam-se as estrelas do crepúsculo matutino dessa noite; que ela espere a luz, e a luz não venha; que não veja as pálpebras dos olhos da alva, pois não fechou as portas do ventre de minha mãe, nem escondeu dos meus olhos o sofrimento. Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse (Jó 3.3-12)?
Imagino quantas pessoas neste mundo faz dessas palavras de Jó as suas palavras. Quantos não desejariam nem ter nascido? Quantos nem sequer comemoram seu aniversário por não ver uma boa razão para isso? Quantos não estão demasiadamente cansados de suas decepções? Sentindo-se viver às margens da vida como viveu o cego de Jericó até ao dia em que se encontrou com Jesus? Parece que nada lhes restam a não ser amaldiçoar o seu nascimento e por fim a uma vida que nunca deveria ter existido. Mas há um tremendo engano em quem pensa assim. Mal sabia Jó do futuro brilhante que ele ainda teria no restante de seus dias: Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro (Jó 42.10,12-13). Este foi o futuro de um homem que um dia amaldiçoou o dia de seu nascimento, que queria o fim de sua vida, que queria desistir de tudo, inclusive da vida. Se ele tivesse conseguido o intento de seu coração não teria contemplado um dos maiores revés que este mundo já viu. As circunstâncias mudaram na vida de Jó e como mudaram! O mesmo pode acontecer com você, portanto, nunca desista! Não importa o que fizeram com você, o que interessa é você chegar até o fim. Avance! Falta pouco para chegar! A linha que está à sua frente não é a linha do fim, mas é a linha de chegada, é o recomeço, não desista no meio do caminho, mesmo se arrastando, mesmo esgotado, mesmo abatido, mesmo desanimado chegue até o fim e toque a linha de chegada e sentirás a vitória. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com


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