sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

DEUS VEIO ATÉ NÓS

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1.14). Não há nenhuma data mais feliz do que o Natal. A magia desta data é contagiante! Esta palavra se refere a nascimento, natalício de alguém. Claro que esta data não se refere ao nascimento de um homem velho, de barba branca, vestido de vermelho com um saco de presentes nas costas, que anda em um trenó puxado por hienas e desce por uma chaminé para visitar as pessoas. Mas o Natal significa o nascimento de um homem que, diz a Bíblia, não havia nele aparência e nem formosura que agradasse as pessoas, antes, era um homem desprezado e rejeitado. Contudo, quando este homem nasceu, Deus tornou aquele dia o dia mais feliz da Terra, em uma noite em que miríades de anjos cantaram para alguns pastores no campo, os quais tiveram o privilégio de ouvir aquele coral celestial cantar e um anjo anunciar ao nascimento do Salvador; posteriormente alguns magos que lhe trouxeram presentes. Aquele menino, que nasceu naquele dia, era Jesus Cristo, o Messias prometido.

Portanto, Natal significa o nascimento de Jesus. Ele não era velho porque foi morto em sua juventude. Ele não se vestia de vermelho, mas pelo seu sangue rasgou ao meio o véu do Santo dos Santos. Ele não carregava um saco de presentes nas costas, mas uma pesada cruz com a qual agraciou a Terra. Ele não era conduzido por um trenó puxado por hienas que voava, mas andava a pé em busca dos perdidos e desesperançados. Ele não visita as pessoas por uma chaminé, mas o faz em seus corações através de seu Espírito. Ele não deixa presentes em uma árvore de natal, mas dá, a quem o aceita, o maior presente que alguém possa receber: A salvação de sua alma. Infelizmente, a tradição humana desvirtuou o sentido desta data tão maravilhosa e tão significativa para a humanidade, substituindo o Senhor Jesus por um velho de barba branca, mas mesmo assim esta tradição não conseguiu destruir a alegria e a magia desta data. Não sabemos o dia exato do nascimento de Jesus, mas isto não importa, pois até mesmo uma data perdida na História não foi suficiente para destruir a alegria de seu nascimento, porque naquele dia, não importa qual seja, algo extraordinário aconteceu: Deus veio até nós.

Esta data já estava prevista desde os primórdios da criação. Ela foi anunciada para a serpente, que seduziu Eva, ainda lá no Jardim do Éden quando Deus lhe falou: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). O descendente aqui é o Messias prometido, a quem a humanidade esperou pelo seu nascimento por milhares de anos. Ele seria humano, nascido de mulher, mas seria também divino, não gerado pela concepção humana. A mulher não poderia ser divina, caso contrário não haveria nele a parte humana, mas ela seria tão humana quanto qualquer um de nós. Isso é muito sério, pois se Jesus não fosse humano não poderia ser o Messias, porque não poderia nos substituir, nos representar diante de Deus. Portanto, o nascimento de Jesus representa o resgate do que foi perdido lá no Jardim do Éden, quando Eva, seduzida pela serpente, comeu do fruto proibido, ofereceu a Adão e este também o comeu, corrompendo a natureza humana pelo pecado e separando toda a humanidade de Deus. Este dia foi o dia mais triste da História humanidade.

Pelo fato do nascimento de Jesus significar resgate, salvação, remissão é que este dia se tornou tão especial na Terra, pois assim como o dia da queda representou para nós uma imensa tristeza, assim o dia do nascimento do Salvador representa a maior alegria de todos os tempos. Esta alegria é tão contagiante que, mesmo os homens terem substituído o Messias por uma lenda, ela acontece de forma surpreendente, pois todos trocam presentes mesmo sem se lembrarem do presente de Deus para a humanidade, todos festejam com comidas, bebidas e canções, mesmo que estas não sejam voltadas para aquele que merece a homenagem. Todos transmitem a paz e a alegria nesta data que, somente pela sabedoria e poder de Deus poderia se tornar tão contagiante. Esta alegria acontece todos os anos nesta data comemorativa, mas ela acontece também todos os dias, pois quando um perdido é alcançado e salvo pelo Salvador, não somente há festa no Céu, como também júbilo no coração do redimido, resgatado pelo Messias. Natal é alegria, é paz em toda a Terra, é o dia em que Deus veio até nós. E assim como lembramos e comemoramos com festa o nascimento de nossos filhos, Deus não poderia deixar esta data em branco, e assim Ele faz a Terra se alegrar e comemorar o nascimento de seu Filho no Natal. Portanto, comemore, cante, coma, beba, de presentes, mas não se esqueça do presente que Deus lhe oferece todos os dias: A salvação, porque Deus quer salvar você. Ele te ama! Veja e entenda o amor de Deus por você, transmitido através de Jesus Cristo e sua maravilhosa obra. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

sábado, 19 de dezembro de 2020

DEUS É UM SÓ, MAS O CAMINHO ATÉ ELE TAMBÉM É ÚNICO

O Deus é o mesmo! Sempre que conversamos com alguém sobre o evangelho ouvimos esta frase! Realmente há um só Deus e o próprio Senhor é quem afirma isso: Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus (Is 44.6). Há outro Deus além de mim? Não, não há. (Is 44.8). Ele está dizendo que além dele não há nenhum outro deus que seja vivo e verdadeiro. Mas este mesmo Deus que se apresenta como único, também nos alerta dizendo: Não terás outros deuses diante de mim (Ex 20.3). Apesar de Ele ser único, para adoração existe a possibilidade de não somente haver outro deus, mas vários deuses. Mas o que é um deus? O Deus Único é um “ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si só; causa necessária e fim último de tudo que existe”. Este é o Deus verdadeiro. E como definir outro deus? É “todo aquele ou aquilo a quem você prostra, se ajoelha, ora, clama, canta, presta culto, confia a direção de sua vida e lhe atribui os milagres e acontecimentos da sua vida”. Então, existe a possibilidade de você prestar culto a um deus que não seja o verdadeiro Deus. E quando Deus nos adverte a não termos outro deus além dele, Ele diz também: Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto (Ex 20.4,5). Deus é um só, é verdade, mas precisamos estar alertas para a presença de outros deuses em nossa adoração o que pode neutralizá-la e impedir que ela chegue até Deus.

Com o nascimento de Jesus Cristo nada mudou no Novo Testamento sobre a existência de um só Deus. Paulo diz: Há um só Senhor ... um só Deus (Ef 4.5,6). Antes de partir deste mundo, Jesus disse aos seus discípulos que estava indo para o céu e que lá havia muitas moradas e que eles saberiam o caminho a seguir até lá. Tomé lhe perguntou: Senhor ... como saber o caminho (Jo 14.5)? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14.6). Ao falar assim, indiretamente Jesus está afirmando que há outros caminhos a serem seguidos na procura de Deus, contudo, estes não chegam até Ele. Em outra oportunidade Jesus disse: Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Mais uma vez podemos dizer que Jesus está afirmando, indiretamente, que existem falsos adoradores, ou seja, culto de adoração a Deus que não chega até Ele. Por isso precisamos estar alertas para a forma como tentamos chegar a Deus e é necessário analisar o culto que prestamos a Ele, pois podemos estar sendo iludidos em nossa adoração.

Quando Deus diz que não há outro além dele, Ele alerta aos falsos adoradores quando diz: Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada veem, nem entendem... O artífice em madeira estende o cordel e, com o lápis, esboça uma imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e faz à semelhança e beleza de um homem ... Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores do bosque ... Tais árvores servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira se aquenta e coze o pão ... Então, do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque se lhes grudaram os olhos, para que não vejam, e o seu coração já não pode entender. Nenhum deles cai em si, já não há conhecimento nem compreensão ... Tal homem se apascenta de cinza; o seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio (Is 44.9,13-20). Deus está dizendo sobre a inutilidade dos outros deuses, que não podem ver nem ouvir e que seus adoradores estão sendo ludibriados em sua fé e não conseguem perceber isso. Note no texto que há um ritual de culto na adoração, contudo ela não é verdadeira e ilude o adorador. O desfecho disso será trágico!

Deus é único, mas o caminho até Ele também é singular. Este Deus diz: Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura (Is 42.8). E justamente para não passar a sua honra a ninguém que não seja digno foi que Deus enviou o seu Filho, Jesus Cristo, Deus tanto quanto Ele, para resgatar ao homem perdido e tornar-se o único caminho até Deus. Este Deus quer salvar a todos, mas somente o seu querer não é suficiente para te salvar, para isso você precisa tomar o caminho certo para chegar até Ele. E para chegar até Ele não existem atalhos e nem mediadores, mas um só caminho a seguir e se você não estiver neste caminho, o que quer que faça será em vão e jamais chegará até Deus. Paulo, falando sobre Deus diz: Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2,45). Não há deus melhor e tão grande como Deus. Nada justifica adorar a outro que não seja Ele. Deus é um só, mas se você não tomar o caminho certo e buscar a Ele de forma incorreta, ao partires deste mundo e chegares na eternidade terás a maior decepção de sua vida. Pense nisso!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SEM CHÃO!

Já perdeu o chão de sob seus pés alguma vez? Creio que todos nós já o perdemos em alguns momentos desta vida! É uma enfermidade que nos acomete de repente e as palavras dos médicos e os resultados dos exames não são nada animadores. É uma tragédia ou acidente que acontece com consequências drásticas que podem perdurar por toda a vida. É a perda de um ente querido que amávamos tanto e de repente se vai para sempre. É a quebra da unidade familiar, uma separação que você não esperava que acontecesse. É a perda de um emprego, tão importante para a sua subsistência. É uma crise, seja ela financeira, familiar ou sentimental que afeta intensamente suas emoções, seus ânimos, seu vigor, sua força e te abate profundamente. Enfim, muitos são os motivos que podem surgir em nossa vida de repente e nos tirar o chão de nossos pés!

O chão sob nossos pés serve para nos sustentar, não nos deixar cair ao chão. E quando acontece algo que nos faz perder o chão não é exatamente isso que nos acontece? Caímos em um abismo sentimental sem precedentes, mergulhamos em um mar de decepções onde passamos a viver desiludidos e desapontados, vivemos em meio a um vazio tão grande que nos suga o ânimo e até mesmo a vontade de viver e pode até nos deixar sem reação. Quem nunca experimentou algo assim na vida? Somos seres únicos criados por Deus, tão diferentes um do outro, tanto em sua forma física como em seus sentimentos, de forma que cada pessoa lida de maneira desigual quando tragédias acontecem na vida. Uns dá aquele baque, se abate por um momento, mas logo reage positivamente, supera e segue normalmente a vida, outros já sentem uma sacudida mais forte a ponto de afetar negativamente seu modo de vida e permanece por um longo período abatido e tem um lento retorno à normalidade da vida, enquanto que outros sentem um abalo sísmico tão forte que desmorona toda a sua estrutura emocional, de forma tão impactante que alguns nem conseguem mais recompor normalmente suas vidas.

Surge daí a pergunta: Por quê? Por que a vida tem que ter tantos altos e baixos? Por que os momentos da vida sempre são divididos em bons e ruins? Em alegrias e tristezas? Em sorrisos e choros? Em progressos e retrocessos? Porque nós precisamos desses momentos para equilibrar nossa vida. Precisamos de momentos bons para estruturar a vida, mas também necessitamos dos maus momentos para repensar a vida que estamos tendo, pois é somente no semblante decaído que somos tocados a examinar nossa vida para fazermos os ajustes necessários para tomarmos o rumo certo perdido em algum momento do passado. A correção de nossos caminhos é algo essencial para o bem-estar da vida, mas enquanto estivermos em folguedos e alegrias não somos motivados a isso. Então, aquilo que você vê como um mal tão grande pode, na verdade, ser algo benéfico para sua vida. Basta apenas reagir e tomar a atitude correta.

Jesus mesmo nos alertou sobre as intemperanças da vida. Ele disse: No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). Jesus está dizendo que perderemos o chão de sob nossos pés muitas vezes nesta vida, mas que isso não seja para nos desanimar e que, quando acontecesse, venhamos a ter bom ânimo e olhássemos para seu exemplo. Muitas vezes Jesus perdeu o chão de seus pés. Quando Ele curava o que recebia em troca? Incredulidade e perseguição. Suas palavras eram de amor e o que ouvia em troca? Palavras rudes, ingratas, mentirosas, caluniosas contra a sua santa moralidade. Aquele povo que ele consolou, curou, que alimentou com pão e peixe se deixaram seduzir para o acusar e condená-lo, mesmo sendo inocente. Ainda assim Ele não desistiu de sua missão. Foi até ao fim e conseguiu a vitória. Dessa mesma forma Jesus espera que reagimos nas aflições da vida.

Portanto, se você está vivendo em um destes maus momentos da vida, quem sabe Deus não está te chamando para repensar a sua vida, para analisar os caminhos em que seus pés tem andado, rever as decisões que tem tomado. Às vezes, nossa vida está tão boa que nos esquecemos do principal, do essencial que é a nossa vida com Deus. Não reservamos nenhum momento da vida para estarmos a sós com Deus, de cantar não para nos alegrar, nos entreter, mas de adorar a Deus, de expressar a Ele a nossa fé, o nosso amor, de dizer a Deus o quanto Ele é importante, demonstrar para Deus o quanto Ele é precioso na vida. Muitas vezes, estamos tão entretidos com os rolês da vida que precisamos de uma sacudida de Deus para nos voltarmos a Ele e se não nos voltarmos a Deus, a tragédia que se abaterá em nossa vida futura será tão intensa que nem se poderá comparar a qualquer outra que tenha acontecido no passado ou no presente. Não desperdice os maus momentos de sua vida. Não sofra e nem chore em vão. Tenha um coração disposto a ouvir a voz de Deus te chamando. Ele te ama intensamente e com amor te chama. Que Deus te abençoe a perceber isso e a ouvir a sua voz! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


sábado, 24 de outubro de 2020

VIVA A VIDA COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ!

Há algo errado com esta frase? Parece que não! Até a Bíblia parece concordar com ela quando diz: Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos... Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade (Ec 11.9-10). E Salomão ainda dizia: Então, exaltei eu a alegria, porquanto para o homem nenhuma coisa há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; pois isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da vida que Deus lhe dá debaixo do sol Ec 8.15). Nada parece errado com a frase se não fosse por algo muito importante: O amanhã é uma realidade da vida! Nada que você faça pode impedir o seu amanhã. Até mesmo a medida mais extrema (suicídio) não pode evitar o seu amanhã. Você pode até não ver o sol nascer novamente, mas o seu amanhã chegará. Você pode até não terminar vivo este novo dia que começou, mas mesmo assim haverá o amanhã para você, pois nem mesmo a morte pode impedir o seu amanhã.

Esta verdade está fundamentada no fato de que não fomos criados por Deus como os animais, que nascem hoje e morrem amanhã e chegam ao seu fim. Não somos conduzidos por instinto, mas por uma consciência. Somos seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, o qual soprou em nós o espírito, de forma que, além do corpo, temos a alma; e esta é imortal! Nosso corpo pode até perecer, morrer como dos animais, mas para nós não representa o fim, pois a alma não morre, ela é eterna, ela continua mesmo depois da morte; por isso que o amanhã sempre será uma realidade na sua vida. Esta verdade deveria mudar signitivamente o seu modo de viver, pois assim como é magnífico curtir o presente é insensatez viver desprezando o futuro! Não estou dizendo que você não deve desfrutar da vida e regozijar-se com os prazeres que ela proporciona, estou apenas dizendo que há algo mais a ser pensado e pode ser vivido conjugado com a diversão, com o curtir a vida.

A Bíblia apoia curtir a vida, mas complementa o texto acima dizendo: Sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas (Ec 11.9). É, o amanhã existe, e a parte mais sombria que há nele é a prestação de contas! E eis aí o problema! Não somos tão livres assim a ponto de fazermos qualquer coisa para curtir a vida! Há regras! Há limites! Por isso, curte a sua vida, mas sem terminar com a curtição de alguém. Sorria, mas sem fazer ninguém chorar. Prospere, mas sem empobrecer ninguém, sem furtar o que pertence ao próximo. Seja bem sucedido, mas sem colaborar com o fracasso de alguém, sem pisar em cima de ninguém. Alcance seus objetivos, mas sem frustrar os sonhos de ninguém. Levante a cabeça, siga em frente, seja positivo, de alto astral, mas sem jogar alguém no amargo caminho da depressão. Use de todos os seus direitos, mas sem violar os direitos de seu próximo. Além disso tudo, deixe fluir em você a bondade e nunca a maldade. Seja gentil, cortês e não uma pessoa grossa, mal educada, ranzinza. Seja alguém agradável e não uma pessoa que ninguém suporta por perto. Seja alegre, extrovertida e não uma pessoa amargurada. Jamais use de violência contra o seu próximo, pois há um Deus no céu que um dia fará justiça contra todos os injustiçados, castigando severamente os opressores e dando consolo aos oprimidos.

Tudo isso é muito importante observar para que o seu amanhã seja agradável. Mas há mais, existe ainda a parte essencial: Não se esquecer do espiritual. Não deixe de tirar um tempo para meditar, refletir, orar, adorar e se humilhar diante daquele que te criou. Mas não chegue diante de Deus com cobranças, com rancor, como que achando que foi injustiçado, como que sentindo ter tido um tratamento diferenciado por parte dele, como que achando que Deus foi severo, injusto demais com você. Não chegue diante de Deus com insatisfação, achando que merecia algo melhor, uma vida melhor. Não chegue diante de Deus como que fosse merecedor de alguma coisa, antes, chegue-se a Ele sem mérito nenhum. Coloca-se diante de Deus como você realmente é: Um pecador, imerecido de qualquer coisa. Peça perdão a Deus! Mesmo que, caso não se lembre de nada, peça perdão! Chegue diante de Deus com gratidão. Pelo muito ou pelo pouco, ou até mesmo pelo nada, pelo bom ou pelo ruim, seja grato! Em tudo daí graças! Esta é a vontade de Deus para a nossa vida!

Estes valores não tem preço! Eles proporcionam paz completa ao seu coração e não alegria momentânea, como uma noitada de prazeres, como um rolê inesquecível, como uma noite encharcada de bebidas, músicas e danças, que quando terminam te lembra o quanto você é uma pessoa incompleta, vazia, pois sente a falta de alguma coisa mesmo se divertindo muito, mas se recusa a reconhecer que o que lhe falta é uma vida com Deus, porque mesmo sendo uma pessoa boa, você não reserva nenhum tempo para Deus. Lembre-se do sábio Salomão que, ao curtir a vida sem lembrar-se de Deus, disse no final: Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento (Ec 1.14). Curte a sua vida, mas não viva ela correndo atrás do vento! Curte a vida, mas não se esqueça do essencial! Que Deus te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

ALGUÉM SE IMPORTA POR VOCÊ

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (Mt 11:28). Podemos ouvir as palavras do próximo que nos fala, mas não podemos sondar as mentes e os corações dos que se achegam a nós. Às vezes, pelo semblante da pessoa, podemos notar que algo não está bem, mas muitos conseguem se disfarçar muito bem, de tal forma que não expressam o que realmente está se passando em seu íntimo. Por isso que nos surpreendemos, algumas vezes, com o suicídio de alguém. Achávamos que estava tudo bem com fulano, quando, na verdade, travava-se uma guerra em seu interior. E por não termos a percepção dos sentimentos das pessoas lamentamos por nada termos feito, mas é tarde demais para se demonstrar compaixão, tudo o que resta é o lamento.

Disfarçar o sentimento do nosso coração é muito comum em nós, pois inúmeras vezes expressamos um sentimento que não é real. Quantas vezes fomos trabalhar com um sorriso estampado no rosto quando, na verdade, estávamos chorando? Quantas vezes que, para sairmos e beber com os amigos é necessário não somente de colocar uma bela roupa como também nos vestirmos de sentimentos que não são reais em nosso íntimo? Quantas vezes a gente sorri só para disfarçar? Quantas vezes a gente fica brincando com as pessoas para fingir que está tudo bem quando, na verdade, nosso coração está quebrado, nossa alma está aflita, angustiada? Muitas vezes a gente finge que é forte enquanto na verdade estamos quebrados, sem forças até mesmo para nos levantar da cama. Contudo, a gente sai, veste um personagem irreal e vamos trabalhar, e saímos para a balada interagindo com as pessoas, mas disfarçando o que realmente estamos sentindo por dentro.

Sabe por que a gente disfarça o que estamos sentindo? Porque as pessoas não têm empatia, paciência e nem estrutura para lidar com as fraquezas, com os problemas alheios. Elas não sabem e não conseguem lidar nem com os delas, como vai conseguir lidar com os dos outros? Muitas vezes, nem o seu melhor amigo ou amiga consegue te entender, porque não tem estrutura para ouvir você se lamentar, não tem paciência de ver você chorar, não consegue entender a sua fraqueza, achando você uma pessoa frágil demais, fraca demais e até mesmo boba e infantil. E tudo que fazem é te falar para ser forte, levantar a cabeça, curtir a vida enquanto que você quer apenas desabafar, mas não encontra alguém que consegue somente te ouvir sem te criticar ou julgar.

Quero dizer uma coisa para você que está se contextualizando com estas palavras, que para Deus você não precisa disfarçar as suas emoções, não precisa fingir que está tudo bem, porque Ele te conhece, Ele sabe e entende o que estás sentindo, não precisas esconder nada dele, e embora gostamos de nos autocomiserar,  achando que Deus não se importa conosco, com nossos sentimentos, com nossos problemas, com nossas dores, com nossas lágrimas, com nosso luto, mas assim como Deus se alegra ao te ver sorrir, Ele está pronto para te ouvir quando estás chorando, Ele sempre está pronto para te acolher quando estás abatido. A Bíblia diz: Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido (Sl 34:18). Deus não te despreza e não te abandona quando você está pra baixo.

Talvez duvide que Jesus te aceite como você esteja, mas mesmo Ele sendo Rei deixou de estar com os nobres para estar com os plebeus, deixou de estar com os ricos para estar com os pobres, deixou de estar com os saudáveis para estar com os doentes, deixou de estar com os festeiros para estar com os atribulados de espírito e sabe por quê? Porque Ele se importa com nossos sentimentos, com nossos problemas, com nossas lágrimas e com as nossas dores. Este Jesus disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (Mt 11:28). Ele é o único que chama para a sua presença àqueles que ninguém quer por perto. Por isso pode vir a Ele como você está que Ele não vai te desprezar, Ele não vai te rejeitar. Pode vir quebrado, pode vir falido, pode vir traído, pode vir amargurado, pode vir cansado, pode vir fracassado, pode vir com o teu passado que Ele vai mudar a sua história e fazer o teu futuro ser diferente. Então, poderás dizer como o salmista: Busquei o Senhor, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores (Sl 34:4). Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações (Sl 34:6). Geralmente, nas horas dos problemas você está sozinho e não tem com quem contar, mas lembre-se de Jesus, Ele está sempre à disposição! E não há sentimento melhor do que saber que alguém se importa com você! Que alguém te aceita como você está! Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

TOTALMENTE DEPENDENTES

Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu! (Sl 40.17). Vivemos na era da informação e entre muitos slogans que percorrem as mídias sociais vemos frases como “Eu sou águia”; “Eu sou forte”; “Eu sou filho do Rei”; “Eu nasci pra vencer”. Claro que são frases importantes para nos fazer levantar a cabeça e seguir em frente com ânimo e vigor para nossas batalhas diárias, mas jamais devemos nos esquecer de quem realmente somos: Pobres coitados decaídos, incapacitados e dependentes. E por que é importante pensar assim? Para tirar o foco de nós e colocar naquele que realmente o merece: Deus! Porque se somos fortes é Ele quem nos fortalece; se alcançamos vitória é pela sua providência que a alcançamos; se somos libertos é Ele quem quebra os grilhões e se somos guardados é Ele quem protege. Nada vem de nós! Tudo vem daquele que é Único e Soberano; isso para que não venhamos a nos vangloriar de nada e sim exaltar àquele que é digno de louvor!

Pensando assim, quando nos sentimos fracos e derrotados, a melhor opção não é chegar diante do espelho, olhar para você mesmo e dizer: “Eu tudo posso”, porque agir assim é ser arrogante. Antes, o melhor a fazer é agir como o salmista, chegar diante do Senhor e dizer: “Eu sou pobre e necessitado”, porque agir assim é ser modesto e Deus ama a humildade e sempre está com os humildes de espírito. É olhar para a sua pequenez, para a sua insignificância, sem tirar os olhos da grandeza de Deus. Não é sentir medo nem se acovardar, mas é ser corajoso ao ponto de submeter o seu sucesso nas mãos de quem realmente pode te dar a vitória. Isso é fé! E lembre-se de que é impossível se aproximar de Deus a não ser pela fé! E quando você reconhece a sua impotência, neutraliza as suas ações e dá lugar ao agir de Deus, também é necessário estar pronto para se submeter a Ele, aceitando o resultado final, mesmo que este não fora do seu agrado.

Lembre do exemplo de Davi e Golias. Golias chegou diante do exército de Israel e disse: Hoje, afronto as tropas de Israel (1 Sm 17:10). E qual foi o resultado desta ameaça? Diz a Bíblia que: Ouvindo Saul e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito (1 Sm 17:11) e Todos os israelitas, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente (1 Sm 17:24). E diziam uns aos outros: Vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar a Israel (1 Sm 17:25). Davi chegou à batalha com uma visão totalmente diferente, ele viu em Golias o que nenhum outro viu, pois disse? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo? (1 Sm 17:26). O povo olhava para o tamanho gigante de Golias, se achavam ameaçados e se acovardavam, enquanto que Davi viu a blasfêmia de Golias, que ele não desafiava e afrontava ao povo de Israel, mas sim ao próprio Deus! Davi saiu para lutar não olhando para si mesmo, mas para aquele a quem fora afrontado: O Deus de Israel. Não saiu confiando na sua própria força e nem na sua habilidade, mas no poder de Deus. Essa forma de ver e agir fez toda a diferença no resultado final com a vitória de Davi.

Todos os dias têm gigantes diante de nós desafiando e afrontando não a nós, mas a nossa fé, a nossa confiança, a nossa alegria, a nossa disposição, por que tudo que querem é nos verem prostrados e aterrorizados diante de suas ameaças. E quando isso acontece não olhe para si mesmo, não confie na sua própria força e nem na sua capacidade, porque podemos não ser fortes o suficiente para agüentar a batalha até ao fim, pois a Bíblia diz que: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem” (Is 40.30). Antes, aja com humildade diante do Senhor, por que somente Ele “Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.29). Somos fracos e incapacitados, é verdade, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam (Is 40:29-31). Que Deus te abençoe para que no dia-a-dia não tenhas uma posição soberba e nem venha a se vangloriar diante de Deus, mas tenha a mesma atitude do salmista que chega a Ele com humildade e diz: “Senhor, eu sou pobre e necessitado, cuida de mim, porque Tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!” Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

 

sábado, 4 de abril de 2020

AS CONSEQUÊNCIAS DE UM ERRO

Conhece aquele velho ditado que diz: Errar é humano? Ele é verdadeiro em sua totalidade! Isso significa que se você é um ser humano fatalmente errará muitas vezes na vida. Infelizmente, todo erro tem as suas consequências e algumas podem ser até dramáticas, como furar um sinal vermelho e bater em outro veículo, manusear uma arma de fogo e matar alguém, fazer algo errado no trabalho e perder o emprego. Às vezes, erramos ingenuamente, quando tomamos decisões e atitudes que achamos que não vamos prejudicar ninguém e, assim, ferimos sem perceber. Atualmente, estamos convivendo sob a ameaça de uma pandemia, o COVID-19, denominado Coronavírus. Não sou nenhum profissional na área da saúde, mas na minha leiga opinião entendo que alguns erros foram cometidos entre tantos acertos e tentativas de conter a pandemia. E quais foram as consequências destes erros? Aumento de pânico, desgaste emocional nas pessoas, danos psicológicos e uma monstruosa crise financeira.

É verdade que, na maior parte das vezes, aprendemos com nossos erros e quando isso acontece eles surgem para nos mostrar o caminho para os acertos. Hoje, mesmo quando erramos, pode haver esperança, pois nosso erro pode não ser irremediável. E quando for assim é importante buscar remendar o que se desfez, curar as feridas, reconstruir o que desmoronou. Mas os efeitos decorrentes de um erro nem sempre podem ser corrigidos. Na área espiritual, por exemplo, há um erro irreparável, que é seguir pelo caminho errado. Por que estamos aqui? Por que nascemos? Qual a finalidade principal de nossa vida neste mundo? Qual deve ser o principal objetivo desta curta e passageira vida? Adquirir a salvação de nossa alma! E para isso existe um caminho certo a seguir. A Bíblia diz que há somente dois caminhos. Ou você segue por um ou segue pelo outro. Não há neutralidade! Não há atalhos para o céu!

Quando nascemos, nascemos corpo e alma. O corpo vai perecer de qualquer maneira, independente do caminho que vamos percorrer, ou seja, independentemente de suas ideologias ou de suas crenças seu corpo vai perecer de qualquer forma, mas o mesmo não se pode dizer da alma. Primeiro, porque ela não morre, pois é eterna. Segundo, porque não importa o que você acha ou pensa, existe dois destinos para ela. Portanto, a diferença que haverá entre um e outro é o destino da alma. E aí é que entra a importância da nossa vida neste mundo, porque o destino de nossa alma será consequência das nossas decisões nesta vida. E isto não é opinativo, pois é uma regra e quem estabeleceu esta regra é maior do que você, de forma que não importa se você a acha justa ou não, o seu conceito não o isentará dela. E se há uma regra, significa que há preceitos a serem observados com a finalidade de adquirirmos a salvação de nossa alma. E onde há regras há duas coisas: A obediência e a desobediência de suas normas. E pela obediência e desobediência se determinará o destino da alma.

E qual é a regra para nossa salvação? A Bíblia diz: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). O fato de Jesus (que é Deus) vir a este mundo em forma de homem para nos salvar, significa que não havia outra maneira e nem outra pessoa que servisse para este fim. Deus tem miríades de anjos no Céu, entretanto, nenhum deles pôde preencher a exigência de Deus no quesito da salvação de nossa alma, somente Jesus o preencheu e Deus não hesitou em oferecer seu próprio Filho como sacrifício para nossa salvação, sendo esta a regra que temos para seguir. Em função de um preço tão alto pago pela nossa salvação (o sacrifício de Cristo, Filho de Deus), Deus jamais aceitará outra forma ou outro substituto para desempenhar o papel de Jesus, porque se isso fosse possível Jesus não precisaria ter conhecido, em sua própria pele, a miséria humana e coisas como o choro, a fome, a sede, a perseguição, a rejeição, o sarcasmo, a dor e a morte. E Paulo complementa a regra da salvação quando diz: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8,9). E João diz: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (Jo 1.9).

Portanto, não somos salvos pelo que fazemos ou praticamos. Não somos salvos pela forma como vestimos, não somos salvos pela nossa aparência, não somos salvos porque guardamos ou não guardamos dias, não somos salvos porque comemos ou deixamos de comer isso ou aquilo, mas somos salvos se reconhecemos a nossa miséria, nossos pecados e o confessamos àquele que foi ofendido que é Deus e entregamos nossa vida a Jesus, reconhecendo e aceitando a Ele como único Salvador de nossa vida. Esta é a regra e se você errar em seu cumprimento as consequências serão drásticas e irreparáveis. Errar é humano, mas todo erro tem as suas consequências e não há como isentar a vida espiritual desta regra. O problema é que, nesta área, não há como corrigir os erros cometidos, porque as oportunidades se encerram com nossa partida deste mundo. Daí em diante não há retorno. A única coisa que resta é arcar com as consequências e acredite, se você errou nesta área, se você seguiu pelo caminho errado elas serão amargas. Que Deus te abençoe a pensar sobre isso no dia de hoje! Amém!

Luiz Lobianco




quinta-feira, 26 de março de 2020

A CRUZ DA CONFISSÃO E DA ESPERANÇA

Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino (Lc 23.40-42). A cruz da fé é também a cruz da confissão e da esperança. O arrependimento é o essencial e o primeiro passo para a salvação, mas há algo mais que precisa ser feito além do arrependimento: confessar os pecados. Aquele ladrão não somente se arrependeu como também confessou os seus pecados. Tocado em seu íntimo com a postura, com o equilíbrio e com o controle de Jesus, que mesmo sentindo tanta dor, mesmo sendo injustiçado porque estava ali inocentemente, e ao ver seu colega zombar dele, não suportou o peso da consciência e disse: Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez (Lc 23.41). Ele reconheceu seu erro, seu pecado e o confessou com a sua boca. Ele também reconheceu a inocência e o senhorio de Cristo e o declarou com a sua boca.

Aquele ladrão teve a atitude correta diante de Cristo: sentir-se culpado e perdido diante de Deus. Ele raciocinou sobre sua vida de pecado e chegou à conclusão de que merecia a pena que recebera, mas não estava preparado para a morte e não queria permanecer nesta situação de condenação. E para mudar a sua situação de condenado para salvo e assim estar preparado para a sua iminente morte, ele clama para que Jesus se lembre dele ao adentrar no Reino de Deus. Este homem, além de reconhecer seu pecado e arrepender-se, ele confessou os seus pecados. Ele completou o ciclo da salvação: reconhecimento da situação de perdido, arrependimento de como tem agido e do que tem feito e a confissão. Veja que aquele ladrão não chamou nenhuma autoridade do povo para fazer a sua confissão, mas o fez diretamente àquele que estava ao seu lado. Ele não podia ir à sinagoga para confessar os seus pecados, não podia procurar aqueles de quem furtara para pedir perdão, não podia ser batizado. Nada podia fazer a não ser exercer a fé em Deus, o que ele fez e graças a esta atitude ele foi salvo. Da mesma forma, para obtermos o resultado de perdão, não devemos confessar nossos pecados a homens, mas precisamos confessá-los ao Senhor para recebermos o seu perdão. A Bíblia diz: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). A confissão aqui é aquela feita pelo cristão diretamente ao Pai, sem nenhuma mediação a ser de Jesus Cristo, aquele que estava na cruz do centro, afinal, era justamente para conquistar esse direito único que Jesus estava naquela cruz.

A cruz da fé também é a cruz da esperança. O ladrão esperou ansioso por uma resposta que veio imediatamente após a sua decisão e Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43). Se há uma pessoa sobre a qual podemos ter certeza de seu destino eterno é este ladrão arrependido, porque foi o próprio Jesus quem sentenciou a seu respeito. Jesus nada respondeu ao ladrão da direita, porque Ele não responde à incredulidade, mas responde imediatamente à fé. E em função de ter crido, o ladrão convertido recebeu a certeza da vida eterna. Naqueles últimos momentos de sua vida ele recebeu o perdão de seus pecados e a certeza da salvação. Imagine o quanto que isso aliviou o sofrimento daquele homem naquela cruz. Aquele ladrão entendeu o amor de Deus, conforme João nos revela quando diz: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Aquele que estava na cruz da fé entendeu a missão daquele que estava na cruz do centro, conforme as palavras de Jesus quando disse: E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo (Jo 12.32). Naquele momento, o sacrifício de Cristo não atraiu os soldados, não atraiu as autoridades do povo, não atraiu o povo, não atraiu aquele que estava a sua direita, mas atraiu aquele ladrão pecador que estava ao seu lado esquerdo, pois aquele que estava na cruz da fé sentiu-se atraído pelo amor de Jesus. Aquele que estava na cruz da fé reconheceu a sua culpa e a sua insuficiência.

A Bíblia diz que através de Adão entrou o pecado no mundo. Então, todos os descendentes de Adão já nascem com o pecado em si, de forma que só pelo fato de sermos descendentes de Adão o pecado faz parte da nossa natureza, faz parte da essência do ser humano porque já nascemos com ele. Por isso que Paulo diz: pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23). Todos, sem nenhuma exceção! Todos! Tanto eu como você! Mas quando Jesus veio como homem a este mundo, Ele assumiu o nosso lugar debaixo do juízo divino, de forma que Deus tratou Jesus Cristo, ali na cruz do Calvário, da maneira exata como nosso pecado merecia ser tratado. E, agora, depois da obra de Cristo, basta que você reconheça a sua situação de perdição, se arrependa, confesse os seus pecados e creia em Jesus como Salvador da sua vida. E da mesma forma que aquele ladrão recebeu o perdão e a salvação por ter tomado esta atitude, assim também tu serás perdoado e terás a vida eterna, pois a cruz da esquerda representa a todos aqueles que têm fé em Jesus Cristo. Pense nisso! Que Deus te abençoe!

Luiz Lobianco


sexta-feira, 20 de março de 2020

A CRUZ DA ESQUERDA – A CRUZ DA FÉ

Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino (Lc 23.40-42). Assim como na direita, à esquerda de Jesus havia outra cruz com outro homem, outro ladrão como o da direita, mas com uma atitude completamente contrária daquele, pois ele não estava agindo com incredulidade, nem com rejeição e nem com zombaria, mas estava agindo como alguém que percebeu que a sua última oportunidade estava passando e ele resolveu não perdê-la. Com suas palavras aquele homem reconheceu o que as autoridades do povo não reconheceram: a inocência de Jesus. E se você não acha isso importante, lembre-se de que Pilatos também havia visto a mesma coisa em Jesus: Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum (Lc 23.4). Contudo, tomou a atitude covarde de condenar a Jesus mesmo este sendo inocente e entregá-lo à morte.

A cruz da esquerda é a cruz da fé. Que cruz é esta? É a cruz do arrependimento! E o que é arrependimento? Arrepender significa mudar de ideia. Arrependimento verdadeiro resulta em uma mudança de atitude, uma mudança de comportamento. Uma definição bíblica e completa de arrependimento é: mudança de convicção sobre algo que resulta em mudança de comportamento. Arrepender-se, em relação à salvação, é mudar sua convicção sobre Jesus Cristo. Talvez, aquele homem tinha a mesma opinião que as autoridades e o povo tinham a respeito de Jesus, mas ao contemplar Jesus na cruz foi tocado, transformado e passou a ver Jesus com outros olhos: os olhos da fé! O ladrão da direita não olhou assim para Jesus e tudo indica que morreu sem arrependimento e quem morre sem arrependimento morre sem ter nascido de novo e Jesus disse que quem não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus. Por isso que Paulo diz que se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5.17).

Pedro, logo após o Pentecostes, convida algumas pessoas daquela multidão que rejeitaram e condenaram a Jesus a mudarem seus pensamentos sobre Ele, a voltarem seus olhos novamente para Jesus, mas vê-lo agora com um outro olhar, pois depois de contar ao povo a história de Jesus, disse: Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (At 2.36). Tudo que Pedro queria era que o povo reconhecesse que Jesus Cristo é o Senhor. Ele está convidando as pessoas a transformarem suas mentes, deixando para trás a sua incredulidade, a sua zombaria, a sua rejeição a Cristo como o Messias e aproveitasse o momento, a oportunidade e passasse a crer em Jesus. E o resultado foi bem diferente daquele momento em que foram incitados pelas autoridades contra Jesus, pois diziam: Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos (At 2.37)? E Pedro diz o que eles deveriam fazer naquele momento: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados... (At 2.38).

Aquele ladrão se arrependeu. E se ele não tivesse passado pelo arrependimento com certeza estava tendo a mesma atitude do outro e seria apenas mais um dos incrédulos que cercava a Jesus naquela hora, mais um dos que zombavam do seu amor, do seu gesto de submissão ao Pai. Mas ele se arrependeu e o que quer que ele antes pensasse de Jesus, agora o vê como o Cordeiro de Deus e teve um pulsar da fé diante da Pessoa do Senhor Jesus, e espontaneamente clamou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino (Lc 23.42). Imagine como estas palavras devem ter tocado o coração de Jesus. Em meio a tanta incredulidade, zombaria e rejeição, diante de tanto escárnio e irreverência, alguém o chama de Senhor e busca a sua salvação, a salvação de sua alma e não de seu corpo, como que em uma motivação para que Jesus não desistisse da cruz e continuasse ali até ao fim, porque daquele sofrimento resultaria em muitas mais pessoas clamando por misericórdia, clamando para serem salvos. Agora sim uma atitude que merecia uma resposta e Jesus a dá com todo o seu amor que tem pelo pecador: Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).

É impossível crermos em Jesus Cristo sem primeiro mudarmos nossa convicção sobre quem Ele é e o que Ele tem feito. Aquele ladrão teve esta mudança. Esta era a última oportunidade de arrependimento para ele e ele não a perdeu, não adiou a sua decisão. Ele se sentia perdido e desesperadamente só, abandonado por todos. Então, teve a certeza de que aquele que estava ao seu lado era o Messias, o Salvador do Mundo, a sua última esperança. Ele se arrependeu e creu em Jesus e sua atitude de fé resultou em um avanço para a eternidade, salvo e remido por Cristo e está até hoje gozando das bênçãos do Céu e assim estará eternamente. Que Deus te abençoe a aproveitar a sua oportunidade e ter a mesma atitude daquele homem. Amém!

Luiz Lobianco


quarta-feira, 18 de março de 2020

A CRUZ DAQUELES QUE NÃO APROVEITAM AS OPORTUNIDADES

Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença (Lc 23.39-40)? No Calvário havia três cruzes. A cruz da direita de Jesus é a cruz da incredulidade, da rejeição e da zombaria. Mas esta cruz é também daqueles que não aproveitam as oportunidades, porque aquele ladrão, ao invés de aproveitar a última oportunidade de sua vida para crer em Jesus e alcançar a salvação de sua alma, ficou tentando-o para que Jesus saísse daquela cruz e o tirasse de lá também. Ele não somente rejeitou a salvação de Deus como também estava tentando a Jesus para que desistisse da cruz e, assim, deixasse de salvar ao homem perdido.

Nesta cruz estão representados aqueles que deixam as oportunidades passarem porque acham cedo demais para se envolverem com Deus. São aqueles que deixam para se decidirem depois, que deixam para amanhã o essencial para suas vidas. Tudo o que querem é aproveitar a vida na ardilosa proposta de que ela é curta demais para ser desperdiçada, de forma que colocam o laser antes do primordial. Lá no Calvário havia um homem pendurado em uma cruz, ao lado de Jesus, que morria sem fé, que morria sem esperança e que morria sem aceitar a salvação de Deus, embora ela estivesse bem ao seu lado. Aquele homem, por não tomar a decisão correta, morria perdido em seus pecados, sem receber o perdão e por isso estava perdido para sempre, porque estava deixando passar a sua última oportunidade.

O fato é que este homem tivera a mesma oportunidade que o daquele que estava à esquerda de Jesus, mas ele não a aproveitou como aquele o fez, e tudo indica que ele morreu completamente perdido sem alcançar a salvação de sua alma. Ele estava interessado apenas na salvação de seu corpo. Eles não estavam somente em lados opostos de Jesus, mas estavam também com atitudes opostas. Talvez, aquele ladrão não tenha suportado a verdade, porque a cruz da incredulidade é daqueles que não suportam a verdade e a questiona para aliviar a consciência por sua recusa. Talvez, mesmo no sofrimento que estava passando, ele não quisesse deixar o caminho largo, o caminho do pecado, e passar pelo caminho estreito, porque a cruz da incredulidade é daqueles que andam pelo caminho largo do pecado e dos prazeres deste mundo. Aquele homem queria descer daquela cruz, mas para continuar a fazer o que fazia antes: roubar.

E qual é o fim daqueles que estão naquela cruz? João, em Apocalipse, ao narrar sobre aqueles que ficaram do lado de fora do céu, diz: Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.8). Esta é a parte mais triste de tudo isso. Um fim trágico de perdição eterna, sem Deus, sem salvação, sem o gozo da vida eterna, fora dos portais do céu com Cristo. Esta foi a sentença daquele ladrão e será para todos aqueles que agirem como ele, com incredulidade, com zombaria, para aqueles que rejeitam a salvação de Deus e não aproveitam as oportunidades que Deus lhes oferecem para reverterem as suas condições de perdição eterna.

Tem muita gente boa neste mundo com atitudes iguais ao ladrão daquela cruz. Uma atitude de egoísmo, focada em seu egocentrismo e preocupada tão somente com seu bem-estar. Uma atitude insensível, de incredulidade, sem arrependimento, não obstante estar no fundo do poço, mas preferem continuar cavando e se afundando cada vez mais em seus pecados ao invés de se arrependerem e se converterem a Cristo. Preferem continuar perdidos e condenados do que serem salvos e libertos da condenação eterna. Preferem os prazeres deste mundo do que as bênçãos espirituais da eternidade. Preferem uma curta vida de bem-estar neste mundo a terem o gozo da vida eterna na presença de Deus.

Sei que você não está crucificado em uma cruz como estava aquele ladrão, mas isso não significa que seja uma pessoa livre, porque a Bíblia diz que todos nós somos escravos de nossos pecados, porque não conseguimos evitá-lo em nossa vida; contudo, a cruz de Cristo nos traz libertação. Você pode não estar às portas da morte como aquele ladrão, mas isso não significa que a morte não possa te alcançar ainda hoje e caso fizestes como aquele ladrão e tenhas desperdiçado as suas oportunidades podes partir sem salvação e tudo que lhe restaria é a condenação eterna. Deus te oferece hoje mais uma oportunidade. Não sei se lhe é a última, mas aproveita-a e aceites a salvação que Jesus lhe oferece, afinal, é para isso que Ele estava naquela cruz e por causa do amor que Ele sente por você não desceu daquela cruz e sofreu até ao fim; triunfando na cruz Jesus lhe trouxe a vida. Pense nisso e que Deus te abençoe a levar este assunto com muita seriedade! Amém!

Luiz Lobianco


quinta-feira, 12 de março de 2020

A CRUZ DA REJEIÇÃO E DA ZOMBARIA

O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também (Lc 23.35-38). Não era apenas o ladrão crucificado à direita de Jesus que estava rejeitando e zombando de sua morte. O povo que assistia a crucificação de Jesus também estavam escarniando dele. Na verdade, todos eles estavam sendo usados pelo Diabo para tentar fazer com que Jesus desistisse da cruz e, assim, deixar de salvar ao homem perdido. A cruz da direita é também a cruz da rejeição. Nesta cruz estão representados todos aqueles que rejeitam a salvação providenciada por Deus através do sacrifício de seu Filho Unigênito; estão aqueles que não querem assumir compromisso com Deus e por causa disso o rejeita; estão aqueles que querem ser salvos pelos seus próprios meios, seguindo seus próprios caminhos, sem terem de abrir mão de nada. Na cruz da direita estão representados aqueles que querem ir para o céu, mas sem mudança de vida.

Jesus sabe o que é a dor da rejeição. Podemos notar isso quando lemos a sua lamentação sobre Jerusalém: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes (Lc 13.34)! Mas essa rejeição não aconteceu somente em Jerusalém. Jesus foi desprezado e rejeitado pelos homens. Ele sabe o que é isso desde antes de seu nascimento em Belém, pois assim dizia a profecia a Seu respeito: Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso (Is 53.3). Rejeitamos a Deus quando recusamos a sua oferta de salvação. Jesus estava morrendo por causa do pecado daquela multidão, mas eles estavam dizendo não ao seu sacrifício, estavam rejeitando a Cristo e a Bíblia diz que qualquer pessoa que rejeita a Deus é um tolo.

A cruz da direita é também a cruz da zombaria. Aquela cruz representa a arrogância de toda a humanidade. Apesar de estar numa situação extrema, de iminente morte, aquele homem juntava o que restava de suas forças para desafiar o Filho de Deus. Naquela cruz estão representados aqueles como as autoridades que diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido (Lc 23.35). Lá também estão outros, como os soldados, que diziam: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo (Lc 23.37). E o ladrão da direita que dizia: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também (Lc 23.39). Jesus Cristo sofreu muitos escárnios, risos, caçoadas e tratamento insolente contra Ele durante o seu ministério na terra. Os discípulos de Jesus Cristo também foram zombados. E Jesus nos advertiu que também o seríamos, fazendo uma linda declaração sobre isso: Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós (Mt 5.11).

Jesus Cristo sabia desde o início que teria de enfrentar os escárnios e que isso culminaria em sua morte. Mas, Ele reconhecia que todos os escárnios que recebia eram dirigidos, na verdade, contra o Senhor, a quem Ele representava. E a Bíblia faz uma severa advertência a respeito disso: Não vos enganeis: de Deus não se zomba... (Gl 6.7). A parte mais triste da história desse ladrão que estava crucificado à direita de Jesus é que ele se perdeu tendo a salvação bem ao seu lado. Ele estava tão perto de Jesus e da sua salvação, mas ainda assim, partiu desta vida totalmente perdido por ter rejeitado a salvação de Deus. A única coisa que lhe interessava em Cristo era a possibilidade de Jesus usar seu poder e livrá-lo daquela cruz, daquela morte horrível. Mesmo na expectativa da morte ele recusou a salvação de Deus.

Esta também é a situação de muitas pessoas que vivem no meio do Evangelho. Frequentam as igrejas, ouvem a Palavra de Deus nos cultos, mas não tomam uma decisão séria de seguir a Cristo, não tem uma entrega total a Cristo, sempre deixam reservas e isso também é uma forma de rejeição. Todos aqueles que zombam da salvação de Deus estão representados na cruz da direita. Todos aqueles que zombam dos filhos de Deus e da santidade deles estão representados nesta cruz. Todos aqueles que zombam do poder de Deus, da sua vontade Soberana e de seu domínio sobre todas as coisas estão representados nesta cruz, a cruz da rejeição, a cruz da zombaria. Que Deus te abençoe a não fazer parte desta cruz, antes, que Ele comova seu coração e não faça como aquele ladrão que desperdiçou a última oportunidade de sua vida para ser salvo. Partiu para a eternidade completamente perdido, sem salvação, e permanece assim até hoje e assim será para sempre, porque nossa situação depois de partir é perpétua, se alguma coisa precisa ser feita tem que ser hoje, tem que ser nesta vida, tem que ser enquanto você ainda está vivo. Pense nisso!

Luiz Lobianco


quarta-feira, 11 de março de 2020

A CRUZ DA DIREITA – A CRUZ DA INCREDULIDADE

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda (Lc 23.33). Depois de enfrentar um julgamento injusto, de ser maltratado pelos soldados, subjugado pelas autoridades, sempre acompanhado por aquela multidão que contemplou seus milagres e suas curas, Jesus chega ao monte chamado Calvário e ali o crucificam com mais duas pessoas. A cena do Calvário tinha três cruzes: do lado direito um ladrão, no meio Jesus e do lado esquerdo outro ladrão. Quando viajamos pelas estradas, constantemente vemos cruzes fixadas as beiras das rodovias. Elas nos alertam e nos falam que alguém morreu naquele local em algum acidente. Cruz lembra morte e o que nos lembra as três cruzes do Calvário? Quero falar sobre isso nos próximos textos.

Primeiramente, vamos falar sobre a cruz da direita, a qual podemos chamar de a cruz da incredulidade. As palavras daquele homem, crucificado a direita de Jesus, não eram palavras consoladoras e nem palavras de arrependimento, muito menos palavras de exaltação e reconhecimento àquele que estava ao seu lado, pois dizia: Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também (Lc 23.39). Aquele ladrão estava vivendo uma situação irreversível. Estava pregado em uma cruz esperando a chegada da morte que era iminente. Ele não queria salvar a sua alma, queria tão somente salvar o seu corpo daquela cruz, algo que somente aconteceria por um milagre. Aquele homem, naquele trágico momento de sua vida, ainda estava agindo com incredulidade.

A incredulidade sempre descobre impossibilidades, porque sempre olha para as circunstâncias, para os obstáculos e não para Deus. Aquele homem estava apenas olhando para a situação de crucificado e pensando em uma forma de se safar daquela situação. Ele olhou para Jesus como o Cristo, mas não como o Cristo que salva a alma do inferno, não como o Cristo que ama os pecadores e por causa desse amor estava ali, mas ele olha para Jesus como o Cristo que poderia apenas tirá-lo daquela cruz. Ele foi totalmente incrédulo até ao fim de sua vida. Jesus não lhe deu qualquer resposta, porque Deus não age diante da incredulidade; Ele nem dá respostas a ela. E temos um exemplo disso que é a cidade de Nazaré, a cidade em que Jesus Cristo viveu, diz a Bíblia: Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele (Mc 6.2-3). No contexto desta passagem Jesus operou milagres maravilhosos. Ele expulsou uma legião de demônios de um endemoninhado. Uma mulher foi curada instantaneamente de uma hemorragia que a assolara por anos. Uma garota de doze anos, a filha de um governante judeu, ressuscitou dos mortos. Ao operar tais milagres, Jesus disse àqueles a quem libertou: A tua fé te salvou. E nesta passagem Jesus vai à sua cidade, Nazaré, onde Ele viveu os primeiros trinta anos de sua vida. Jesus volta à sua terra para estar no meio da sua própria gente, incluindo a sua própria família, mas encontra ali somente incredulidade. Ele é completamente questionado e rejeitado pelos seus concidadãos. E por causa desta incredulidade Jesus pouco fez diante daquele povo, pois a Bíblia diz: Não pôde (Jesus) fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. (Jesus) Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar (Mc 6.5-6).

A fama de Jesus com certeza já havia chegado em Nazaré. O povo de Nazaré certamente ouvira a respeito dos grandiosos milagres de Jesus. Com certeza tinham ouvido as histórias maravilhosas dos milagres de suas mãos. Entretanto, para eles, tais coisas aconteceram em outras cidades, em outros locais, em outras comunidades, e não em Nazaré. Afinal, Ele vivera por trinta anos ali e nunca havia acontecido nada de extraordinário, porque Jesus era um cidadão comum em Nazaré. E qual é o resultado diante da incredulidade daquelas pessoas? Jesus retém o seu poder! Ele não realiza ali milagres! Deus não age diante da incredulidade! E quantos não agem como este homem crucificado naquela cruz? Quantos não estão com alguma doença mortal e tudo que anseiam é a cura de seu corpo, mas rejeita completamente o milagre da cura de sua alma? Quantos não vivem uma vida de incredulidade, questionando e rejeitando os métodos de Deus, revoltados com o agir de Deus porque tem seus olhos fixos somente nesta vida, neste mundo, e desprezam a eternidade? Faça a propagação de um culto anunciando curas e milagres e verás a igreja lotada. Faça a propagação de um culto de libertação anunciando o Evangelho de Cristo e verás como haverá poucos interessados, porque vivem em torno de seu egocentrismo, extremamente interessados em extrair de Deus algo para si mesmo que possam desfrutar apenas neste mundo, mas negam àquele que se doou e negou a si mesmo para oferecer a eles aquilo que desprezam: A salvação de sua alma! A vida eterna nos braços do Pai! Pense seriamente nisso e não haja com incredulidade diante de Deus, antes, aceite com alegria a salvação que Ele te oferece. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com


sábado, 7 de março de 2020

O PASSAR DO TEMPO CAUSA A VELHICE

Apesar de este parecer ser um dos piores efeitos do tempo em nossa vida, ele é o mais natural que vem com o passar dos anos. Você já assistiu ao filme “O Curioso Caso de Benjamin Button?” No filme ele é um homem que nasce velho e rejuvenesce à medida que o tempo passa. Teoria só para filme mesmo, porque a realidade é ao contrário: Nascemos um bebê e logo morremos velho (se chegarmos lá), porque o tempo passa, e nesse tempo que voa, a cada dia sentimos as mudanças do nosso corpo e começamos a perceber que, desde que nascemos, o gráfico do nosso corpo não é crescente, mas sim decrescente. A Bíblia confirma isso nas palavras de Jó que disse: O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece (Jó 14.1,2). Ele está se referindo ao corpo, que nasce belo e formoso e morre velho e falido, como a flor, tão esplendorosa em seu nascimento, mas termina sua existência murcha. O salmista fala a mesma coisa quando diz: Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar (Sl 103.15,16).

Esta mudança radical do corpo faz as pessoas temerem a velhice, mas este é o destino de todos e independente de estarmos ou não preparados para ela vamos chegar lá. Alguns se adaptam rápido e vivem no ritmo da vida, enquanto que outros demoram um pouco para entrar na dança, mas para algumas pessoas esse fato tão natural é traumatizante. A velhice é um dos maiores desafios da ciência. Descobrir a forma de neutralizar os efeitos do envelhecimento é o sonho de qualquer cientista e os arquibilionários dariam toda sua fortuna pela “fonte da juventude”. Mas o mais longe que a ciência chegou até agora foi amenizar a situação, fazendo da indústria do bem-estar uma das mais prósperas dos últimos anos. E não há nada de errado em se buscar viver melhor, de uma forma mais saudável.

Podemos encarar o envelhecimento como uma preparação para recebermos a imortalidade. Na imensurável sabedoria de Deus, antes de Ele nos conceder a imortalidade, nos faz passar pela mortalidade, antes de nos conceder um corpo imortal, Ele nos concede um corpo mortal, antes de nos dar a vida eterna, Ele nos faz viver em um casulo, de forma que, quando este casulo se romper estaremos prontos e renasceremos imortais. E não é isso que está acontecendo comigo e com você? Não estamos vivendo em um corpo que está falindo? Um corpo que está perdendo seu vigor? Não temos que ficar deprimidos com as chagas do envelhecimento! Sei que não é nada fácil perder o vigor, perder a saúde, conviver com dores, mudar o estilo de vida, mas na verdade o corpo está como que expurgando todo este mal que nada mais é do que um intruso que penetrou surdinamente na criação de Deus. É isso que Paulo quer nos falar quando diz: Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo (que é nosso corpo) se desfizer, temos da parte de Deus um edifício (outro corpo), casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo (neste corpo), gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial (novo corpo); Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo (neste corpo) gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto (2 Co 5.1-5).

Portanto, meu amigo, não estamos morrendo, mas sim sendo preparados para recebermos a imortalidade. E um dia, mais cedo ou mais tarde, o tempo de todos nós aqui chegará ao fim. Um dia assisti a um programa na TV que mostrou uma cena que me comoveu. O programa falava sobre a Coréia. Entre tantas coisas mostraram um grupo de mulheres que mergulhavam no mar, sem auxílio de oxigênio, para colherem conchas. Era o meio de subsistências dessas mulheres. Após horas exaustivas de mergulho saíram da água e o locutor informou que suas jornadas de trabalho haviam terminado por aquele dia e que amanhã começaria tudo novamente; mas não para todas! Percebi que a maioria delas eram mulheres já idosas e mostrou uma delas que deveria ter já quase 90 anos. Ela estava extremamente exausta e quase não conseguia carregar sua produção. Ouvi-a dizer, com um olhar triste em seus olhos, que não dava mais para ela, que chegou a vez de ela parar; aquele foi o seu último mergulho! Não sei quanto tempo mais ela teria de vida, mas não poderia mais fazer aquilo que, talvez, tenha feito desde a infância. Assim é a velhice! Ela vai nos limitando aos poucos!

Na consumação da velhice vem a morte e este corpo, então, volta de onde veio: Do pó da terra! E para onde vai o espírito? Para onde vai toda a vaidade que ostenta o corpo? Toda a inveja que ocupa o coração? Todo aquele orgulho que cega a ponto de fazer a pessoa achar que o mundo gira em torno de si mesma? O que acontece com todo aquele egoísmo que faz a pessoa pensar somente em si mesma? Que fim leva toda aquela maldade que prejudica a vida de tantos? Qual vai ser o destino de todo aquele ódio instalado no coração, incapaz de perdoar? Tudo isso não acompanha o corpo, mas o espírito, que sobe para Deus. Portanto, aí de nós se não amadurecermos com o passar dos anos! A velhice vem com certeza, assim como depois dela vem a colheita daquilo que semeamos, porque depois da vida vem a morte e com ela a prestação de contas! O amadurecimento nos traz bons frutos, mas a revolta e a amargura podem apodrecer os frutos da nossa colheita. Pense nisso! Que Deus te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco


segunda-feira, 2 de março de 2020

O PASSAR DO TEMPO DESGASTA OS RELACIONAMENTOS

O desgaste nos relacionamentos é um malefício que pode acompanhar o passar dos anos, pois as relações se desgastam com o dia a dia e se não forem alimentadas e regadas continuamente elas podem se romper. Em um mundo ideal não haveria desgaste em nenhum relacionamento, mas estamos longe de viver neste mundo ideal, pois vivemos na vida real e na vida real sentimentos e atitudes mudam. Isso pode acontecer, por exemplo, no casamento, pois com o passar do tempo a paciência parece não ser mais a mesma, e no decorrer dos anos os elogios vão dando lugar para as palavras rudes e cada vez mais não assumimos a culpa, pelo contrário, apontamos os erros. Às vezes, estas mudanças são tão drásticas e desastrosas que o fim de um relacionamento se torna inevitável. Não deveria ser assim. Miria Kutcher diz: Quando um casal está junto, desenvolve-se uma sintonia fina que funciona tanto para os bons quanto para os maus momentos.

A verdade é que quando um relacionamento não vai bem, se não for cuidado e buscado ajuda e soluções, o tempo o piora a cada dia. Achamos que somos fortes e que podemos suportar, mas desprezamos o fator tempo e ele, lentamente, vai aplicando em nós os seus malefícios sem que nos atentamos a isso. Recusamos ajuda e a buscar soluções para amenizar os conflitos, mas essas coisas são como um balão que vai inchando cada vez mais e uma hora explode, provocando tremendos estragos. E o tempo é o ar que incha este balão. É isso que pode acontecer com o passar dos anos em um relacionamento, pois o aumento da intimidade de um casal podem ser fatores decisivos para que o fogo da paixão dê lugar a uma relação desgastada e a partir daí tudo vira uma simples rotina.

Mas não é só no relacionamento de um casal que podemos encontrar desgaste causado pelo tempo. Pode acontecer também no relacionamento entre pais e filhos. Quando eles são ainda bebês pegamos nossos filhos no colo e os acalentamos quando choram, e até passamos noites em claro cuidando deles, preocupados, tristes quando adoecem e até choramos com eles. Mas logo eles crescem, começam a percorrer seus próprios caminhos, tomar as suas próprias decisões, a fazer suas próprias escolhas e junto com tudo isso vem as discórdias, os conflitos e a impaciência vai tomando o lugar daquele delicado cuidado que tínhamos anteriormente com nossos filhos.

E na vida cristã a realidade não é diferente, pois nosso inimigo sabe que o tempo é o seu maior aliado. Ele sabe de como temos a tendência para o desânimo, a disposição para criação de rotinas e a dificuldade para a perseverança. Logo, permitimos que as tarefas e os afazeres nos tornem indiferentes com Deus e com a igreja. Vivemos períodos, dias e até anos infrutíferos sem nos importarmos com isso. Temos a facilidade de permanecermos estagnados, parados, inativos não somente por longos períodos como também pode acontecer que seja para sempre; isso quando não regredimos e abandonamos de vez a vida cristã.

O esfriamento espiritual pode ser traduzido como a perda da paixão por Deus, perda do primeiro amor e distanciamento de nosso Senhor Jesus Cristo, coisa que, Infelizmente, qualquer cristão está sujeito. A frieza espiritual é, sem dúvida, uma das piores coisas na vida do cristão, pois perde-se totalmente a vontade de orar, de ler a Bíblia, de ir à igreja, de cantar louvores, sem contar que outras coisas vão entrando sorrateiramente e ocupando o lugar de Deus. Cuidado, porque ninguém se esfria na fé da noite para o dia; é um processo longo que aponta para um desleixo diário, que pode ser visto no abandono gradativo da leitura da Bíblia e da oração.  Precisamos ouvir urgente a exortação de Paulo: Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará (Ef 5.14).

A boa notícia é que há remédio para curar e evitar o desgaste nos relacionamentos. Como casal precisamos cuidar da rotina para que ela não esfrie as paixões. Como pais precisamos sempre zelar com paciência pelos nossos filhos e como cristão vigiar para que não caiamos na frieza espiritual. E para isso não há outra receita a não ser recomeçar, voltar ao primeiro amor e olhar para Jesus Cristo, o único que pode revitalizar e reanimar o abatido. Em outras palavras, é necessário um esforço, uma determinação nossa, acompanhada com a ação do Espírito Santo para nos levantarmos e partirmos na direção certa. Lembre-se daquele cântico que diz:

Há momentos que na vida

Pensamos em olhar atrás

E é preciso pedir ajuda

Para poder continuar.

E clamamos o nome de Jesus

Ele nos ajuda a carregar a cruz.

Quando os relacionamentos se desgastam temos a tendência de viver no passado, mas o tempo passa tão rapidamente que olhar para trás só piora a situação. Não olhe para o passado, siga em frente no presente e avance para o futuro, porque o tempo não para. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O PASSAR DO TEMPO CICATRIZA AS FERIDAS

Nossa jornada neste mundo não é nada fácil! Ao longo dela, não somente presenciamos tanto choro e sofrimento na vida de tantas pessoas, como também, muitas vezes, eles fazem parte de nossa vida. Tanto isso é realidade que Paulo chega a dizer: Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora (Rm 8.22). E ele não exclui os filhos de Deus desse sofrimento sufocante, pois continua: E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo (Rm 8.23). Fato é que não estamos isentos de sermos feridos no corpo e na alma ao longo de nossa jornada, pois não há como pular essa etapa na vida. E o que fazer com as feridas expostas da alma? Muitas vezes a única opção que nos resta é deixar o tempo passar, porque o passar do tempo é um excelente remédio para a cicatrização de feridas, de ofensas, de mágoas e de decepções.

Eu sei que você pode estar pensando que é apenas um clichê, que já ouviu essa frase um milhão de vezes, pois o pulsar da dor te impede de encontrar sentido nela em sua vida. Às vezes, estamos tão machucados e sofrendo a tanto tempo que não somos capazes de enxergar uma saída daquela situação que nos magoa tanto e tudo o que conseguimos ver é a dor e o sofrimento que lateja no coração. É tanto que parece que não vamos aguentar por mais tempo. Entretanto, é verdade que o tempo cicatriza as feridas! E quem não tem algum tipo de ferida para ser cicatrizada? Ferida causada por marido, ferida causada por esposa, ferida causada por pais, ferida causada por filhos, ferida causada por irmãos, ferida causada por amigos, por colegas de trabalho. Todas elas têm algo em comum: Precisam ser tratadas e curadas!

Somente o tempo cura o que julgamos ser incurável. Somente o tempo conserta o que achamos que não tem conserto. E como isso funciona? Eventualmente, os dias vão se passando e a dor se torna menos intensa e você vai percebendo que ela vai diminuindo aos poucos, tão lentamente que, às vezes, nem é possível perceber. Até que um dia acordamos, olhamos para aquela ferida que antes doía tanto e que achávamos que seria impossível de cicatrizar e percebemos que ela já não dói tanto. Claro que ainda é doloroso olhar para ela e lembrar de tudo, porque o tempo cicatriza as feridas da alma, mas da mente elas podem jamais sair. Entretanto, com o passar do tempo você começa a perceber que ela incomoda bem menos. É assim que funciona! Um dia, tudo o que mais te magoou não passará de uma cicatriz, que estará lá não para te lembrar da dor, mas para te lembrar o quanto você foi forte, para te lembrar de que tudo passa.

Caso não seja esta a realidade de sua vida não se culpe por ainda não estar bem, por ainda não ter superado algum trauma sofrido. Algumas coisas levam tempo e cada pessoa tem o seu próprio ritmo. Dê os seus próprios passos, sem se comparar com ninguém, porque amanhã essa realidade pode se tornar um pouco mais palpável em sua vida. Amanhã as lembranças podem não ter um gosto tão amargo como as tem hoje. Espere, porque dia após dia você vai se recuperar. É preciso dar um passo de cada vez neste processo tão delicado. Saiba que haverá um dia em que o tempo levará a dor embora, um dia em que a dor que te atingiu te deixará, um dia em que a dor passará apenas de uma trágica lembrança do passado, um dia em que você acordará com novas perspectivas, com novos pontos de vista. Neste dia você será capaz de compreender o quanto esta dor foi importante para o seu amadurecimento. Esse dia chegará quando você menos espera.

O tempo pode cicatrizar todas as feridas, é verdade, mas não devemos nos esquecer de que o tempo cicatriza quando nós permitimos que isso aconteça, porque podemos alimentar uma mágoa por longos anos e não permitir a sua cicatrização. Lembre-se de que feridas cutucadas podem se tornar feridas expostas. Aceite e trate as suas dores, as suas perdas e as suas mágoas. Só assim é possível melhorar e mudar o cenário de tua vida. Fixe-se no futuro, no que te espera, na pessoa maravilhosa que você pode se tornar, porque a mágoa pode te transformar em uma pessoa amarga. Alimente em seu coração o sentimento de superação. Se está difícil fazer as coisas acontecerem neste sentido peça ajuda, não tente sozinho.

Volte-se para Deus, porque nele você jamais encontrará decepção. Pense na eternidade, nas maravilhas que lá nos espera. Paulo, falando dos nossos sofrimentos neste mundo, disse: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18). E Isaias, falando da eternidade diz: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas (Is 65.17). Como esquecer tanta dor e tanto sofrimento? Somente tendo um gozo muito superior dessas dores e desses sofrimentos. Isso nos deixa a impressão de que nem tudo sobre o Céu nos foi contado. Em outra oportunidade, quando Paulo testemunha de quando foi arrebatado ao Céu, disse que: Foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir (2 Co 12.4). Parece que ele não escreveu sobre tudo que viu e ouviu no Céu. Se o pouco que sabemos do Céu já nos deixa encantados por ele, imagina se soubéssemos de tudo! Pense nestas maravilhas e permita que o tempo cicatriza as suas feridas. Que Deus assim te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco