sábado, 7 de março de 2020

O PASSAR DO TEMPO CAUSA A VELHICE

Apesar de este parecer ser um dos piores efeitos do tempo em nossa vida, ele é o mais natural que vem com o passar dos anos. Você já assistiu ao filme “O Curioso Caso de Benjamin Button?” No filme ele é um homem que nasce velho e rejuvenesce à medida que o tempo passa. Teoria só para filme mesmo, porque a realidade é ao contrário: Nascemos um bebê e logo morremos velho (se chegarmos lá), porque o tempo passa, e nesse tempo que voa, a cada dia sentimos as mudanças do nosso corpo e começamos a perceber que, desde que nascemos, o gráfico do nosso corpo não é crescente, mas sim decrescente. A Bíblia confirma isso nas palavras de Jó que disse: O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece (Jó 14.1,2). Ele está se referindo ao corpo, que nasce belo e formoso e morre velho e falido, como a flor, tão esplendorosa em seu nascimento, mas termina sua existência murcha. O salmista fala a mesma coisa quando diz: Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar (Sl 103.15,16).

Esta mudança radical do corpo faz as pessoas temerem a velhice, mas este é o destino de todos e independente de estarmos ou não preparados para ela vamos chegar lá. Alguns se adaptam rápido e vivem no ritmo da vida, enquanto que outros demoram um pouco para entrar na dança, mas para algumas pessoas esse fato tão natural é traumatizante. A velhice é um dos maiores desafios da ciência. Descobrir a forma de neutralizar os efeitos do envelhecimento é o sonho de qualquer cientista e os arquibilionários dariam toda sua fortuna pela “fonte da juventude”. Mas o mais longe que a ciência chegou até agora foi amenizar a situação, fazendo da indústria do bem-estar uma das mais prósperas dos últimos anos. E não há nada de errado em se buscar viver melhor, de uma forma mais saudável.

Podemos encarar o envelhecimento como uma preparação para recebermos a imortalidade. Na imensurável sabedoria de Deus, antes de Ele nos conceder a imortalidade, nos faz passar pela mortalidade, antes de nos conceder um corpo imortal, Ele nos concede um corpo mortal, antes de nos dar a vida eterna, Ele nos faz viver em um casulo, de forma que, quando este casulo se romper estaremos prontos e renasceremos imortais. E não é isso que está acontecendo comigo e com você? Não estamos vivendo em um corpo que está falindo? Um corpo que está perdendo seu vigor? Não temos que ficar deprimidos com as chagas do envelhecimento! Sei que não é nada fácil perder o vigor, perder a saúde, conviver com dores, mudar o estilo de vida, mas na verdade o corpo está como que expurgando todo este mal que nada mais é do que um intruso que penetrou surdinamente na criação de Deus. É isso que Paulo quer nos falar quando diz: Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo (que é nosso corpo) se desfizer, temos da parte de Deus um edifício (outro corpo), casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo (neste corpo), gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial (novo corpo); Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo (neste corpo) gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto (2 Co 5.1-5).

Portanto, meu amigo, não estamos morrendo, mas sim sendo preparados para recebermos a imortalidade. E um dia, mais cedo ou mais tarde, o tempo de todos nós aqui chegará ao fim. Um dia assisti a um programa na TV que mostrou uma cena que me comoveu. O programa falava sobre a Coréia. Entre tantas coisas mostraram um grupo de mulheres que mergulhavam no mar, sem auxílio de oxigênio, para colherem conchas. Era o meio de subsistências dessas mulheres. Após horas exaustivas de mergulho saíram da água e o locutor informou que suas jornadas de trabalho haviam terminado por aquele dia e que amanhã começaria tudo novamente; mas não para todas! Percebi que a maioria delas eram mulheres já idosas e mostrou uma delas que deveria ter já quase 90 anos. Ela estava extremamente exausta e quase não conseguia carregar sua produção. Ouvi-a dizer, com um olhar triste em seus olhos, que não dava mais para ela, que chegou a vez de ela parar; aquele foi o seu último mergulho! Não sei quanto tempo mais ela teria de vida, mas não poderia mais fazer aquilo que, talvez, tenha feito desde a infância. Assim é a velhice! Ela vai nos limitando aos poucos!

Na consumação da velhice vem a morte e este corpo, então, volta de onde veio: Do pó da terra! E para onde vai o espírito? Para onde vai toda a vaidade que ostenta o corpo? Toda a inveja que ocupa o coração? Todo aquele orgulho que cega a ponto de fazer a pessoa achar que o mundo gira em torno de si mesma? O que acontece com todo aquele egoísmo que faz a pessoa pensar somente em si mesma? Que fim leva toda aquela maldade que prejudica a vida de tantos? Qual vai ser o destino de todo aquele ódio instalado no coração, incapaz de perdoar? Tudo isso não acompanha o corpo, mas o espírito, que sobe para Deus. Portanto, aí de nós se não amadurecermos com o passar dos anos! A velhice vem com certeza, assim como depois dela vem a colheita daquilo que semeamos, porque depois da vida vem a morte e com ela a prestação de contas! O amadurecimento nos traz bons frutos, mas a revolta e a amargura podem apodrecer os frutos da nossa colheita. Pense nisso! Que Deus te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco


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