Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo:
Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém,
o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob
igual sentença (Lc
23.39-40)? No Calvário havia três cruzes. A cruz da direita de Jesus é a cruz
da incredulidade, da rejeição e da zombaria. Mas esta cruz é também daqueles que
não aproveitam as oportunidades, porque aquele ladrão, ao invés de aproveitar a
última oportunidade de sua vida para crer em Jesus e alcançar a salvação de sua
alma, ficou tentando-o para que Jesus saísse daquela cruz e o tirasse de lá
também. Ele não somente rejeitou a salvação de Deus como também estava tentando
a Jesus para que desistisse da cruz e, assim, deixasse de salvar ao homem
perdido.
Nesta cruz estão representados aqueles que deixam as oportunidades
passarem porque acham cedo demais para se envolverem com Deus. São aqueles que deixam
para se decidirem depois, que deixam para amanhã o essencial para suas vidas.
Tudo o que querem é aproveitar a vida na ardilosa proposta de que ela é curta
demais para ser desperdiçada, de forma que colocam o laser antes do primordial.
Lá no Calvário havia um homem pendurado em uma cruz, ao lado de Jesus, que
morria sem fé, que morria sem esperança e que morria sem aceitar a salvação de
Deus, embora ela estivesse bem ao seu lado. Aquele homem, por não tomar a
decisão correta, morria perdido em seus pecados, sem receber o perdão e por
isso estava perdido para sempre, porque estava deixando passar a sua última
oportunidade.
O fato é que este homem tivera a mesma oportunidade que o daquele
que estava à esquerda de Jesus, mas ele não a aproveitou como aquele o fez, e
tudo indica que ele morreu completamente perdido sem alcançar a salvação de sua
alma. Ele estava interessado apenas na salvação de seu corpo. Eles não estavam
somente em lados opostos de Jesus, mas estavam também com atitudes opostas. Talvez,
aquele ladrão não tenha suportado a verdade, porque a cruz da incredulidade é
daqueles que não suportam a verdade e a questiona para aliviar a consciência
por sua recusa. Talvez, mesmo no sofrimento que estava passando, ele não
quisesse deixar o caminho largo, o caminho do pecado, e passar pelo caminho
estreito, porque a cruz da incredulidade é daqueles que andam pelo caminho
largo do pecado e dos prazeres deste mundo. Aquele homem queria descer daquela
cruz, mas para continuar a fazer o que fazia antes: roubar.
E qual é o fim daqueles que estão naquela cruz? João, em
Apocalipse, ao narrar sobre aqueles que ficaram do lado de fora do céu, diz: Quanto,
porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde
com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte (Ap 21.8). Esta é a parte mais triste de tudo isso. Um fim trágico de perdição eterna, sem Deus, sem salvação, sem o gozo
da vida eterna, fora dos portais do céu com Cristo. Esta foi a sentença daquele
ladrão e será para todos aqueles que agirem como ele, com incredulidade, com
zombaria, para aqueles que rejeitam a salvação de Deus e não aproveitam as
oportunidades que Deus lhes oferecem para reverterem as suas condições de
perdição eterna.
Tem muita gente boa neste mundo com atitudes iguais ao ladrão
daquela cruz. Uma atitude de egoísmo, focada em seu egocentrismo e preocupada
tão somente com seu bem-estar. Uma atitude insensível, de incredulidade, sem
arrependimento, não obstante estar no fundo do poço, mas preferem continuar
cavando e se afundando cada vez mais em seus pecados ao invés de se
arrependerem e se converterem a Cristo. Preferem continuar perdidos e
condenados do que serem salvos e libertos da condenação eterna. Preferem os
prazeres deste mundo do que as bênçãos espirituais da eternidade. Preferem uma
curta vida de bem-estar neste mundo a terem o gozo da vida eterna na presença
de Deus.
Sei que você não está crucificado em uma cruz como estava aquele
ladrão, mas isso não significa que seja uma pessoa livre, porque a Bíblia diz
que todos nós somos escravos de nossos pecados, porque não conseguimos evitá-lo
em nossa vida; contudo, a cruz de Cristo nos traz libertação. Você pode não
estar às portas da morte como aquele ladrão, mas isso não significa que a morte
não possa te alcançar ainda hoje e caso fizestes como aquele ladrão e tenhas
desperdiçado as suas oportunidades podes partir sem salvação e tudo que lhe
restaria é a condenação eterna. Deus te oferece hoje mais uma oportunidade. Não
sei se lhe é a última, mas aproveita-a e aceites a salvação que Jesus lhe
oferece, afinal, é para isso que Ele estava naquela cruz e por causa do amor
que Ele sente por você não desceu daquela cruz e sofreu até ao fim; triunfando
na cruz Jesus lhe trouxe a vida. Pense nisso e que Deus te abençoe a levar este
assunto com muita seriedade! Amém!
Luiz Lobianco
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