domingo, 28 de maio de 2017

FÉ SEM ARROGÂNCIA

1  Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2  Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3  E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4  A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5  para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus (1 Co 2.1-5).
Nabucodonosor construiu uma estátua dele mesmo e exigiu que todos o adorassem. Mas três moços negligenciaram a ordem do rei e não se prostraram diante da estátua. O rei chama estes moços e pergunta para eles se estavam dispostos a voltarem atrás e se prostrarem diante da estátua. A resposta destes moços foi: Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.17,18). Na resposta destes moços eles estão proclamando que Deus tem poder, mas não estão determinando que Deus livre eles de morrerem na fornalha, não estão tentando colocar Deus contra a parede. E olha que o rei, ao ameaçar aqueles moços, ainda disse: ...e quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos (Dn 3.15)? A resposta destes moços nos ensina três lições preciosas.
A primeira lição é que nós não somos chamados para ser advogado de Deus, mas para ser testemunha de Deus. Não fomos chamados para defender Deus, mas para testemunhar acerca de Deus. Observe que aqueles moços não entraram em uma conversa, em uma discussão tola com o rei, pois eles entendiam que não estavam ali para discutir, para defender a Soberania de Deus. A verdade é que nós não temos que defender a Deus, pois Deus não precisa de ninguém para defendê-lo, porque Ele é Deus, Ele não precisa de defesa. Deus não nos chamou para sermos advogado dele, mas Deus quer que seus filhos testemunhem acerca dele.
A segunda lição é que devemos ter uma fé sem arrogância e inconsequente. Imagino alguns cristãos de hoje diante da ameaça do rei. Eles diriam mais ou menos assim: Estás amarrado ó rei e eu repreendo este fogo, repreendo esta fornalha e decreto a libertação de Deus. Isso porque alguns cristãos hoje fazem justamente isso. Eles determinam as ações de Deus e decretam para Deus o que Deus tem que fazer. Em suas orações eles rejeitam isso, não aceitam aquilo e determinam aquilo outro. Aqueles três moços não tomaram nenhuma atitude de espiritualidade inconsequente, eles simplesmente disseram que se Deus quisesse livrá-los Ele os livraria e se não quisesse estavam prontos a morrerem. Eles entendiam que o único compromisso que tinham era ser fiel a Deus.
A terceira lição é que devemos ser fiéis a Deus não apenas pelo que Deus faz, mas pelo que Deus é. Aqueles moços não estavam sendo fiéis a Deus porque seriam libertados, eles nem sabiam que seriam, mas estavam sendo fiéis por aquilo que Deus é. Eles não estavam barganhando nada com Deus. Eles entendem que Deus é Soberano, se Ele quisesse livrar, Ele livraria, e se Deus quisesse permitir de morrerem, eles estavam prontos para isso. Hoje o que mais vemos no meio cristão é uma fé que barganha com Deus. Se Deus não atender aos seus pedidos, as suas determinações, ficam decepcionados com Deus. Se Deus não atender as suas expectativas ficam magoados com Deus. Se Deus não fizer como querem ficam frustrados e, então, este Deus não serve para eles. É o troca-troca, você é fiel a Deus e Deus te abençoa, mas a motivação para você ser fiel a Deus é Deus te abençoar. Não é isso que pregam por aí hoje? Você dá uma oferta e se você der uma oferta mais ou menos você vai ter uma bênção mais ou menos, se você der uma oferta ousada você vai ter uma benção ousada, então, quando você quer uma benção ousada seja ousado na oferta. Na verdade isso é um negócio com Deus, é uma barganha com Deus, você dá para Deus e Deus te recompensa. Pessoas assim demonstram uma fé centralizada nelas mesma de forma que elas são o alvo de tudo.
A nossa fidelidade a Deus não deve ser condicionada a nada. Muitas vezes Deus não faz o milagre. Muitos cristãos foram para a fogueira e Deus não apagou o fogo, muitos cristãos foram jogados na cova das feras e Deus não fechou a boca das feras, muitos cristãos foram para a prisão e as portas da prisão não se abriram, mas nenhum deles negaram a sua fé ou duvidaram da fidelidade de Deus. Em Hebreus lemos que alguns homens de fé foram poupados da morte, enquanto outros, que também eram homens de fé, foram levados pela morte. Nossa fidelidade a Deus deve ser incondicional. Devemos fazer o que é certo e deixar as consequências para Deus. Nós não administramos resultados. Nossa competência não é apagar a fogueira ardente, nossa competência é ser fiel a Deus. Se Deus vai apagar a fogueira ou não isso não é da nossa competência é da Soberania de Deus. Portanto, se Deus fizer Ele é Deus, se não fizer Ele continua sendo Deus. Se a porta abrir Ele é Deus, mas se a porta se fechar Ele continua sendo Deus. Que Ele te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sábado, 27 de maio de 2017

QUESTÃO DE FIDELIDADE

10  Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
Quem não conhece a história dos três amigos de Daniel que foram jogados dentro de uma fornalha de fogo? A maioria das pessoas fixa sua atenção ao milagre, ao livramento daqueles homens do poder do fogo. Tanto que chegam a proclamar: com Deus posso pisar em brasas que não me queimarei, posso andar no meio do fogo sem me queimar; parece até que eles têm olhos apenas para o milagre do livramento de Deus. Mas a coisa mais bela dessa história não é o livramento daqueles homens do poder do fogo e sim a fidelidade daqueles homens. Eles não cederam ante as ameaças do rei Nabucodonosor, preferiram a fornalha a serem encontrados infiéis.
Esta era a fé daqueles três moços e eles não aceitaram negociar seus princípios, seus valores, ainda que isso ameaçasse a integridade física deles. E sabe qual a razão de tamanha fidelidade? Eles amavam a Deus mais do que a própria vida. Esta é a grande lição dessa história, a lição da fidelidade que não abre mão dos absolutos de Deus. O livramento que aqueles homens tiveram e toda a Babilônia presenciou nada mais é do que a consequência da fidelidade daqueles moços. O milagre dessa história é o subproduto da fidelidade inegociável daqueles homens.
Há, como o mundo hoje está precisando de homens como os amigos de Daniel, homens que tem a fidelidade a Deus mais importante do que a própria vida, homens que estão prontos até mesmo a morrer por sua fidelidade a Deus, homens que entendem que a fidelidade a Deus é uma questão inegociável, homens que estão prontos a morrer, mas não estão prontos para abrir mão de seus valores, de seus princípios incondicionais.
Hoje as pessoas buscam os milagres, mas não querem a fidelidade, querem os privilégios, mas não querem pagar o preço. Muitas vezes a fidelidade a Deus nos leva para a fornalha de fogo, nos leva para a prisão, nos leva para a cova dos leões. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode comprometer o nosso trabalho, pode nos fazer ser demitidos, pode fazer de nós pessoas impopulares na sala de aula, no trabalho, no nosso círculo de amizade. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode nos fazer perder amigos, perder privilégios, perder lucros, perder algumas vantagens, perder alguns negócios e até mesmo perder uma concorrência. Preço que poucos estão dispostos a pagar.
Ceder à pressão e negociar seus valores pode destruir a sua vida mais do que o fogo da fornalha. A transigência da fidelidade destrói você só que em fogo lento. Cuidado! Tem pessoas que vão cedendo que vão negociando e logo está todo comprometido, todo enrolado e não consegue mais sair, não consegue mais romper, porque transigir com a fidelidade a Deus também é uma fornalha que mata você, destrói você, mas pouco a pouco. Mas há um detalhe que não pode ser ignorado, a fornalha ardente por fidelidade a Deus o fogo só pode destruir o seu corpo, mas não pode destruir a sua alma. Entretanto, a fornalha da infidelidade destrói tanto o seu corpo como a sua própria alma.
Estamos enfrentando pressões de todos os lados para fazermos concessões. Ouvimos todos os dias dizerem que é impossível ser fiel, que é impossível ser honesto, que é impossível ser sincero, impossível falar a verdade, impossível manter-se puro, que não há nenhum mal em colar na prova, que não dá pra chegar a lugar algum sem ter que ceder aqui e negociar acolá. Nós precisamos aprender com os amigos de Daniel que transigir com a fidelidade a Deus, que ceder às pressões da maioria é cair na fornalha do mundo, uma fornalha que queima com fogo brando, mas que destrói o corpo e a alma. Nestas horas lembram-se das palavras de Jesus que disse: Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28). Que Deus te abençoe a ser fiel! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A POLÍTICA DO URUBU

9  O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10  Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
14  abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15  Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16  Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
17  Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18  se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19  não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20  Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21  Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem (Rm 12.9-10, 14-21).
A vida do urubu é a morte dos outros. O urubu só se alegra quando alguém morre. Ele só se alimenta com a desgraça dos outros. Ele voa suavemente encima da podridão. É muito triste quando vemos as pessoas aderirem à política do urubu, sentir prazer, satisfação em viver a vida do urubu. São pessoas invejosas, magoadas que tentam se promover a qualquer custo buscando sempre derrubar os outros, que tenta se beneficiar com a desgraça alheia, que se alimenta da desventura de seu próximo, que se regozija com a tristeza de outrem.
É muito triste ver pessoas que não podem ver os outros ocupando cargos que logo são cobiçados e depressa gostariam de estar na posição deles, pessoas que não podem ver os outros prosperarem que cobiçam suas coisas e sua posição social. Pessoas assim não são somente invejosas, são também incompetentes, pois não conseguem, pela competência, chegarem aonde almejam estar, por isso desejam a posição dos outros, a vida dos outros, a casa dos outros, o carro dos outros, de forma que se tornam pessoas cada vez mais amarguradas e por causa de suas mágoas atacam e ferem a tudo e a todos sem se importarem com nada.
Há algo ainda mais lastimável, pois tem pessoas que não conseguem celebrar com a vitória dos outros, que só se alegram quando o outro cai. Na verdade o invejoso sente raiva de quem inveja, e a raiva transforma-se em prazer, em vingança. É muito degradante ver alguém comemorar a desgraça alheia, as palavras de Paulo que diz para nos alegrarmos com os que se alegram e chorar com os que choram parece não fazer parte do vocabulário de pessoas assim.
É lamentável que algumas pessoas não consigam buscar seu próprio crescimento, sua própria promoção sem ter que tirar uma casquinha de alguém, sem ter que destruir alguém, sem ter que denegrir a alguém, sem ter que puxar o tapete de alguém. A ética destas pessoas é uma ética totalmente desastrada, porque eles não podem subir e crescer sem primeiro minar a vida daqueles que ocupam posições desejadas por eles, mas não tem a mínima disposição de pagar o preço que pagaram para estarem lá, preferem o atalho da inveja, da maledicência, da infâmia.
Não tem nada mais nocivo do que a inveja. E, às vezes, nós podemos ter inveja de posições e de coisas que nunca podem ser nossa. Conhecem a história de Lúcifer? Ele era um Querubim que teve inveja de Deus e quis ser igual a Deus. Ele não se contentou em ser criatura, ainda que a mais bela das criaturas, a mais privilegiada das criaturas, mas ele quis ser igual ao Criador porque teve inveja de Deus, um sentimento tão pernicioso que causou uma destruição tremenda tanto no céu como na terra.
A inveja constitui um sério risco para vida de quem a possui e das pessoas invejadas por ele. Caim é um exemplo disso. Ao invés dele acertar a sua vida, de corrigir a sua vida ele sente inveja de seu irmão. E quando Deus abençoa ao seu irmão isso para ele foi uma tragédia. Ele não consegue ver a ninguém além dele mesmo, e este é o risco que as pessoas invejosas correm. Caim acabou matando ao seu próprio irmão por causa de sua mágoa e de sua inveja.
Aprenda que a sua felicidade não está condicionada a tristeza dos outros, dependente da desgraça dos outros, principalmente se esses outros forem os seus melhores amigos ou colegas de trabalho. Não seja vingativo, mas aprenda com a palavra de Deus que diz: Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o SENHOR não veja isso, e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira (Pv 24.17,18). Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 24 de maio de 2017

UMA NOTÍCIA NADA AGRADÁVEL DE RECEBER

Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. Imagine você estar no auge de sua vida, vivendo seu melhor momento, ficar doente de repente e alguém te faz uma visita e diz que você não vai se curar e vai morrer por causa dessa doença. Foi isso que aconteceu com o rei Ezequias, um rei que confiou em Deus e obedeceu aos seus mandamentos, um rei que eliminou a idolatria em Judá e resgatou a adoração e o louvor a Deus. O que aprendemos com a história deste rei?
A primeira lição que podemos tirar desse episódio é que uma vitória não significa o fim da batalha. Ezequias ficou doente logo depois da grande vitória sobre o imenso exército da Assíria. Ezequias venceu aquela batalha sem precisar que seu exército empunhasse a espada. Depois disso vem a sua doença, o que nos mostra que uma vitória não significa o fim da batalha. Nem sempre, por se ganhar uma batalha, se ganha uma guerra. A verdade é que estamos em guerra com o império das trevas e esta guerra é contínua, pois termina uma batalha, seja com vitória ou derrota, podemos ter a certeza de que logo haverá outra batalha a ser combatida, com outra situação, com outro contexto, pois Deus nos coloca diante de adversidades diversas para ver nossa reação diante de cada uma delas.
A segunda lição é que servir a Deus não significa ser imune contra o mal. Neste mundo todos sofrem e o rei Ezequias é um exemplo disso. Mesmo com um histórico de vida memorável, com tantas virtudes ao seu favor, mesmo sendo fiel a Deus ele adoeceu de uma enfermidade mortal. A realidade é que a doença alcança tanto os bons como os maus, tanto o fiel como o infiel, tanto ao que crê como ao incrédulo, tanto gente nova como de idade avançada, tanto aqueles que estão sendo uma benção para a igreja como aqueles que não são, tanto as pessoas que ofereceram tudo como as que ainda têm muito a oferecer para Deus. Portanto, ficar doente não é nenhuma maldição, pois adoecer é algo natural da vida.
Fazer a vontade de Deus tem o seu galardão, tem a sua bênção, possui suas vantagens, mas não nos isenta das tribulações. O fato de sermos cristãos não significa que estamos assegurados contra qualquer tragédia. É a condição financeira que pode entrar em colapso; é o desemprego que pode bater a sua porta; é a violência que pode nos atingir; é a tragédia de um acidente que pode acontecer repentinamente, dentre outros que compõem uma longa lista. Então, qual a diferença de ser ou não cristão?  A diferença é que nas provações e nas lutas da vida não estamos sozinhos, pois temos um Deus conosco e uma esperança que nos sustenta. A diferença é que não saímos das tribulações a mesma pessoa de que quando nela entrou, pois nela fomos fortalecidos, edificados, moldados, lapidados por um Deus sábio.
Às vezes, nos cansamos de lutar e sentimos vontade de desistir. Fragilizamo-nos diante da intensidade dos ataques, nos rendemos diante dos desgastes provocados pelas batalhas, mas um cristão jamais deve deixar de lutar, pois somente os corajosos conquistarão o céu e os covardes serão lançados fora. Deus se alegra com os que desenvolvem a valentia espiritual, que não se acovardam no meio do caminho e que fazem dos momentos difíceis uma oportunidade para vencer o inimigo. Satanás, nosso maior inimigo, sempre estará armando ciladas para nos derrubar, sempre será nosso maior adversário e, se nós não estivermos preparados, perderemos não só a batalha como também a guerra.

Perdemos uma batalha quando não utilizamos as armas da maneira correta e nos desviamos das estratégias de Deus; nos damos mal quando andamos pela nossa própria estratégia, fazendo a nossa própria vontade, achando que sabemos tudo; nos enganamos quando achamos que os filhos de Deus não podem sofrer, não devem ficar doentes, não devem ser pobres e não podem enfrentar dificuldades financeiras; nos decepcionamos quando achamos que Deus é rígido demais, que está jogando pesado conosco, que não nos tem tratado com amor, mas com dureza. Mas Deus diz: Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam (Tg 1.12). As promessas de Deus são para o vencedor e ele deve ser corajoso e preparado para a guerra, porque não é aqui o nosso lugar de descanso, não é aqui o nosso paraíso. Sua vida tem sido uma vida de batalhas? As lágrimas tem sido sua companhia constante? Saiba que o agir de Deus como SENHOR do tempo, da vida e da história é na exata medida de sua precisão e não na nossa. Ele é perfeito em tudo que faz. E se você encontrar um caminho sem obstáculos lembre-se: Provavelmente, ele não te leva a lugar nenhum! Que Deus te abençoe!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

terça-feira, 23 de maio de 2017

CONFIANDO EM DEUS E NÃO NA RELIGIOSIDADE

Um dia Deus enviou o profeta Jeremias ao povo de Judá para lhes dizer: Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este... Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam (Je 7.4,8). E qual o sentido desta mensagem? Acontece que o povo de Judá deixou de confiar em Deus para confiar no templo. O entendimento do povo era que, enquanto o templo estivesse erigido em Jerusalém e tiverem sacerdotes ministrando sacrifícios, as cerimônias sendo realizadas e estiverem celebrando o culto a Deus em Jerusalém, nada, absolutamente nada poderia lhes acontecer. Para eles nenhum reino poderia dominar Jerusalém porque nela estava o Templo do SENHOR. O povo se reunia no templo e pensava que a sua segurança estava nas edificações do templo e do altar, ou seja, em sua religiosidade e não em Deus. O povo se sentia seguro porque para eles não importava como vivessem, o templo em si era suficiente para salvá-los. Mas a verdade é que eles estavam confiando no templo só para permanecerem nos seus pecados, para não terem que mudar de vida, porque Deus não tolera o pecado nem no mundo e muito menos dentro de sua própria casa, no meio de seu povo, por isso Ele manda o profeta para lhes mostrar que a confiança no templo era em vão e que esta confiança não era um substituto para o arrependimento.
O povo se encantava com os tesouros do templo e confiavam nessas coisas, mas eles perderam o maior de todos os objetos sagrados que eles deveriam guardar que era o relacionamento deles com Deus. E quando os verdadeiros tesouros espirituais são perdidos em nossa vida, as perdas dos tesouros materiais vêm como consequência, como sinal da disciplina de Deus. Depois de muitas advertências de Deus o povo não ouve e Deus entrega Jerusalém para um reino ímpio, acontecendo aquilo que o povo jamais imaginava que acontecesse: O domínio de Jerusalém por um povo que não era judeu. E porque eles perderam o maior tesouro que é o tesouro espiritual, então Deus permitiu que o templo fosse destruído e seus utensílios fossem levados pelo inimigo, para que o povo deixasse a fé mística que eles tinham no templo e nas coisas do templo, para que eles pudessem entender que eles tinham que colocar a confiança deles não no templo, mas no Deus que habita no templo, para que eles aprendessem a depender de Deus e não de uma fé mística. Portanto, antes de Deus construir no coração deles uma fé verdadeira, Deus destrói as bases do misticismo daquele povo.
Não é fácil separar a religiosidade do relacionamento pessoal com Deus. Às vezes, podemos ser zelosos na religião e perdermos de vista completamente o nosso relacionamento pessoal com Deus. O Senhor Jesus ilustrou isso na Igreja de Éfeso, uma Igreja preciosa, fiel à Palavra, fiel à doutrina, mas uma Igreja que perdeu o seu encanto pelo Noivo da Igreja: O Senhor Jesus Cristo. Por isso, é possível que você seja um crente zeloso da sua fé, da sua doutrina, da sua religião, da sua denominação, manter tudo isso e ainda assim não ter intimidade com Deus, não estar se relacionando pessoalmente com Deus e com o Senhor Jesus Cristo. Às vezes, nós temos mais zelo de coisas do que zelo com o nosso relacionamento com Deus. E quando confiamos em coisas e não em Deus, o Senhor pode tirar as coisas de nós para nos corrigir. Deus tirou de debaixo dos pés do povo o alicerce em que estavam confiando, assim como Deus removeu o candeeiro da Igreja de Éfeso, porque ela deixou de se arrepender. E quando o povo de Deus deixa de confiar em Deus para confiar no braço da carne está cavando sua própria ruína. Quando deixamos de confiar no Senhor para fazer alianças perigosas entramos em uma rota de colisão e caímos em um abismo.

Esse problema não é só do povo não! Ele é um problema meu e é seu também, pois temos a tendência, a dificuldade de crer em Deus que não vemos porque queremos buscar refúgio em algo que podemos ver e tocar. Por isso que santificamos objetos que não passam de objetos, por isso que se prostram diante de uma estátua com tamanha devoção, mas a Bíblia diz que a fé é a convicção de fatos que se não veem (Hb 11.1). Com o que aconteceu em Jerusalém Deus está mostrando para nós que uma religiosidade externa não pode nos defender nos dias da calamidade. A nossa frequência na igreja, por si só, não pode nos garantir vitória espiritual se a nossa vida pessoal está comprometida com o pecado. Por isso, não se contente em ter apenas uma religião, apenas em ser um membro de igreja, apenas carregar uma Bíblia, apenas fazer orações regulares, porque no dia da adversidade este tipo de fé poderá não valer nada para você, mas ande verdadeiramente na presença de Deus e relacione-se com Ele e, então, sairás vitorioso. Pense nisso!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

segunda-feira, 22 de maio de 2017

REFLETINDO SOBRE A MORTE

1  O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.
2  Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso;
3  refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
4  Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam (Sl 23.1-4).
Recentemente velei e sepultei uma tia minha. Olhando para aquele corpo pálido, sem vida, pensei nos horrores da morte, e no quanto é cruel a separação que ela traz. Olhava ao redor é só se via choro e tristeza. Tirando os olhos daquele corpo gélido, fixando em Jesus, pode-se ver esperança mesmo na morte, porque Ele disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Quem, ao ver um ente querido em um caixão, não gostaria de vê-lo levantar dali cheio de vida?
Em Cristo há esperança porque Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido. E o que se perdeu? O homem, lá no Jardim do Éden! Do pó da terra Deus fez o corpo do homem e lhe soprou o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente, possui corpo e alma. Por isso, quando morremos, voltamos as nossas origens: O corpo vai para a terra e o espírito volta a Deus. Talvez demore até um século, ou mais para alguns, mas um dia o corpo volta a ser terra. Entretanto, a alma, permanece por toda a eternidade. E a alma é única, não existe uma alma e vários corpos, mas existe um corpo e uma alma.
Ah! Se cuidássemos de nossa alma como cuidamos do nosso corpo! Teríamos gozos esplêndidos no Céu! Olhe para a minha tia, tão vaidosa e se foi com toda a sua vaidade! A sua vaidade se resumiu no que ficou dentro daquele túmulo! O que permaneceu mesmo foi o cuidado dela com a sua alma. Esta sim se foi e levou com ela tudo o que juntou em seu coração durante a vida. E não será assim com todos nós? Alguém pode levantar a mão e dizer que a sua história será diferente? Não! Diferente serão os nossos cuidados, aquilo que priorizamos. Há três coisas importantes nas palavras de Jesus:
Quem crer em mim. Isso é o que importa! Não existe nada mais valioso do que crer em Jesus. Crer não é acreditar que Ele existe, acreditar que Ele é bom, que Ele é amor e etc. Crer é confiar a sua vida, o seu corpo e a sua alma a Cristo. Crer é entregar seu coração integralmente, dedicar seu amor incondicionalmente a Cristo.
Ainda que morra. Existe algo mais trágico que a morte? Então, pode acontecer com você a maior tragédia do mundo que, se você crer em Jesus, você estará seguro. Com Jesus não há porque ter medo, porque não há o que temer quando estamos com Cristo. Nem mesmo a morte!
Viverá. Não existe nada mais precioso do que a vida. Bilionários, em seu leito de morte, dariam toda a sua fortuna por ela. E nós temos vida em Cristo de graça, porque Jesus pagou o preço por nós. Talvez seja por isso que tantos não valorizam a vida que Cristo oferece, pois costumamos não valorizar aquilo que nada nos tenha custado.
A sabedoria de Deus é esplêndida. Até na tragédia da morte Ele encontra um uso perfeito, pois não refletimos sobre a vida em uma festa, mas em um funeral, porque lá presenciamos com nossos próprios olhos o quanto é passageira esta vida. Você encontrou lugar nesta reflexão? Ela não te conduz a tomar alguma atitude? Oxalá seja Deus gracioso para contigo e te conduza a tomar a atitude correta que te leve ao gozo eterno com Jesus. Que Ele te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

domingo, 21 de maio de 2017

RASGANDO A PALAVRA DE DEUS AO INVÉS DE RASGAR O CORAÇÃO

11  Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti (Sl 119.11).
Tendo Jeudi lido três ou quatro folhas do livro, cortou-o o rei com um canivete de escrivão e o lançou no fogo que havia no braseiro, e, assim, todo o rolo se consumiu no fogo que estava no braseiro (Je 36.23). Este rei ao ouvir a leitura da Palavra de Deus rasgou-a e a jogou no fogo. E sabe por que ele fez isso? Porque ela estava dizendo o que ele não queria ouvir. Judá estava cercada e prestes a ser derrotada por causa do seu pecado e Deus estava oferecendo o livramento pelo arrependimento, mas o rei queria ouvir que venceria aquela batalha sem ter que deixar os seus pecados. Ele não deu ouvidos a Palavra de Deus e Judá foi derrotada.
Quando o povo de Deus é derrotado, a causa principal nunca é o poder do inimigo, mas a sua própria fraqueza produzida pelo pecado, pela desobediência. Não é o poder do inimigo que derrota o povo de Deus, mas sim a fraqueza do próprio povo de Deus quando se entrega ao pecado. O povo de Judá conhecia a Deus, conhecia a Palavra de Deus, conhecia o juízo de Deus, conhecia os muitos momentos da visitação de Deus sobre a nação em juízo, em disciplina, e sabia que Deus, quando fala, seja para abençoar, seja para castigar, Deus cumpre o que fala. Sempre que os corações se endurecem e deixam de ouvir a Palavra de Deus o juízo de Deus vem sobre eles.
Nós também podemos chegar a este estágio de endurecimento se não tomarmos cuidado. Como é que nós reagimos diante da Palavra de Deus? Com quebrantamento ou com endurecimento? Ouvimos de bom grado apenas aquilo que satisfaz aos nossos ouvidos ou damos a atenção de escutar o que Deus está falando? Uma das maiores tentações da Igreja nos dias de hoje é querer que os pregadores preguem apenas o que eles querem ouvir e não o que precisam ouvir. Desta forma muitos pregadores hoje já venderam a sua consciência, já negociaram os seus ministérios, já se prostituíram nesse sentido e não pregam mais a Palavra de Deus, mas apenas o que o povo quer ouvir.
A Igreja precisa ouvir sobre o pecado, porque nada nos torna mais vulneráveis do que o pecado! Nada nos torna mais fracos do que o pecado! O pecado mina as nossas forças, destrói a nossa capacidade de resistência e nos desestabiliza completamente. Então, esse é um princípio de Deus para mim e para você. Quando nós transgredimos a Palavra de Deus, quando nós escolhemos o caminho da desobediência, Deus nos torna desfavoráveis e fracos. O pecado é combustível para o inimigo e nós perdemos a capacidade de resistir do ataque do inimigo quando estamos em pecado.
É tolice nossa achar que Deus vai ferir a sua aliança, que Deus vai encolher o seu braço e não vai cumprir o que promete, seja para abençoar ou seja para castigar. A Palavra de Deus quando promete misericórdia ou juízo sempre se cumpre. Lembre-se de que o moinho de Deus mói devagar, mas mói fino. Podemos até rasgar a Palavra de Deus e lançá-la à fogueira, mas não podemos evitar o juízo de Deus sobre nossas vidas se desprezarmos e não escutarmos a Palavra de Deus.
Foi o pecado que derrubou a Adão e Eva, foi o pecado que trouxe o dilúvio, foi o pecado que gerou o cativeiro de Israel e de Judá, foi o pecado que trouxe destruição sobre Jerusalém, que causou a destruição do templo e trouxe a morte de tantas famílias. E não é diferente hoje! O pecado tem causado grandes estragos. Ele tem destruído a vida de muitas pessoas, levando-as até mesmo ao suicídio. O pecado tem dissolvido muitas famílias, tem deturpado a sociedade levando-a a negligenciar valores absolutos. O pecado vai trazer a lume o juízo de Deus sobre a humanidade mais uma vez. E como está a sua vida meu amigo(a)? Tem negociado seus valores para um estilo de vida mais liberal? Ouça o que a Palavra de Deus tem a lhe dizer e rasgue o seu coração e não a Palavra de Deus. Que Deus assim te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sábado, 20 de maio de 2017

EXTINÇÃO DE SENTIMENTO

1  Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
2  pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
3  desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
4  traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
5  tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes (2 Tm 3.1-5).
Extinção! Palavrinha que assusta! Esta palavra nos remete à natureza em função de tantas espécies já extintas e tantas outras vivendo sob sua ameaça. Mas creio que o maior estrago feito por esta palavra está nos sentimentos. É lastimável olhar para a humanidade e ver tantos sentimentos praticamente extintos de seus corações. O esfriamento do amor é o principal deles. Ninguém mais se importa com o seu próximo, com o seu semelhante; o egoísmo tem sido o sentimento predominante na sociedade!
E para piorar ainda mais a situação, a ausência do amor arrebata conjuntamente tantos outros sentimentos tão preciosos para a convivência em comunidade. A frieza do coração tem corroído o convívio da sociedade, a falta de compaixão e de misericórdia faz as pessoas desprezarem completamente o sofrimento alheio, a ganância tem feito as pessoas passarem por cima de preceitos primordiais que são a essência de nosso caráter.
Mas nenhum sentimento tem estado tão ausente nas pessoas quanto a empatia. E você sabe o que é empatia? Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Entendeu? Vamos de novo: Empatia consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo. Difícil, não é? Não é difícil de compreender, mas sim de praticar. É muito mais fácil julgar, apontar o dedo, acusar, condenar logo, afinal, por que perder tempo com alguém que não tem solução? Ninguém leva em consideração os traumas da infância, os bullyngs da adolescência e os conflitos da juventude. Fato é que a história de vida de um indivíduo tem tudo a ver com a formação de seu caráter.
Quando penso em empatia me lembro de Jesus. Ele é o melhor exemplo a ser citado. Ele é Deus, mas veio neste mundo em forma humana, e dessa maneira conheceu a dor e o sofrimento; conheceu o choro, a sede e a fome; conheceu o desprezo e a rejeição das pessoas, o sarcasmo de autoridades que deveriam estar sujeitas a Ele, o sentimento de perda e de separação de um ente querido, a tirania de uma acusação e a injustiça de uma condenação mesmo sendo inocente; conheceu a dor de uma coroa de espinho, de um chicote em seu lombo e de pregos cravados em seu corpo; Jesus conheceu a própria morte mesmo sendo eterno. E estes fatos nos transmitem segurança ao irmos até Jesus, pois Ele saberá com exatidão o que estamos sentindo:
15  Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4.15).
Diante disso, sabe qual é a melhor pessoa para te avaliar e te julgar? Não é sua esposa, não é seu marido, não é seu pai, não é sua mãe, não são seus irmãos e nem mesmos seus amigos, pois apesar de conviverem com você a maior parte de sua vida ainda assim são limitados em suas avaliações. Jesus é a Pessoa perfeita para te avaliar e te julgar. Sabe por quê? Porque Ele não somente conhece o seu interior, o íntimo de seu coração, como também sabe exatamente o que você está sentindo, porque Ele já passou por tudo que você está passando. Jesus conhece a dor que te atormenta, a angústia de tua alma, a tristeza de seu coração, a ansiedade que te aprisiona. Portanto, esperas o que para ires aos braços de Jesus? Ele está esperando por ti! Não hesitas, vá logo e sintas o alento do Seu abraço. E, depois, aconchegado aos braços de Jesus, compartilhe este abraço! Espalhe a empatia, pois as pessoas estão necessitadas dela! Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A ETERNIDADE SERÁ CURTA PARA O JUÍZO DELES

11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12  Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13  Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras (Ap 20.11-13).
A eternidade será curta para o juízo deles! É um excelente eufemismo para descrever o que está acontecendo na política brasileira! Sei que uma sociedade ideal fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade é uma utopia, mas a situação política do Brasil é lastimável. Todos sabem que o que ocorre nos bastidores da política são artimanhas para o benefício próprio daqueles que estão no poder para agirem em prol da coletividade, mas quando algo vem à tona enoja. Parece que os interesses daqueles que foram ludibriados na campanha eleitoral não merecem o mínimo de consideração. Fico indignado ao ouvir que estão “negociando” a aprovação de uma reforma. Todos querem tirar o maior proveito possível em benefício de si mesmo pelo seu voto. O troca-troca virou a moeda dos bastidores da política no Brasil. Se os políticos levassem em consideração as atribuições de seus cargos e suas palavras ditas em alto e bom tom na campanha, não havia necessidade de nenhuma negociata para qualquer votação, porque prevaleceriam os interesses da coletividade, doa a quem doer.
Voltando ao eufemismo acima, existe uma grande verdade nele: a prestação de contas com Deus. Esta prestação de contas vai além de um relatório com palavras honrosas e cheio de inverdades. Quando olhamos para a justiça deste mundo, para sua lentidão e a forma como é manipulada pelos próprios julgados, pois também existe muita sujeira nos bastidores da justiça, poucas esperanças nos restam quanto à condenação dos réus. Mas quando voltamos os olhos para a justiça de Deus a esperança renasce. Há muita diferença entre o tribunal dos homens com o tribunal de Deus. No tribunal dos homens um juiz pode ser corrompido, no tribunal de Deus jamais haverá qualquer negociata ou qualquer benefício por alguma influência do réu. No tribunal dos homens as provas são questionadas, corrompidas, anuladas, mas no tribunal de Deus as provas serão irrefutáveis. Detalhe: todos os nossos atos são registrados nos livros de Deus. Todos! Inclusive aqueles praticados às ocultas dos olhos dos homens. Por isso que a Bíblia diz que no Juízo Final foram abertos livros e mais livros para se proceder ao julgamento de cada um.
Os políticos serão julgados no Juízo Final não apenas pelo enriquecimento ilícito proveniente da corrupção. A abrangência de seus julgamentos será bem mais ampla. Eles serão penalizados por todas as injustiças por eles cometidos no desempenho de seus cargos. As atitudes e ações de um político são mais voltadas para a sua “bancada” política do que aos interesses da comunidade, não se primazia o retorno à comunidade, mas sim o retorno político, não se há preferência pela competência, mas sim por agentes políticos, não se prioriza viabilidade econômica, viabilidade social, mas tão somente viabilidade política. Esse conjunto de atitudes os leva a cometerem tremendas injustiças e prestarão contas a Deus por elas, incluindo as mortes nas filas dos hospitais e as pessoas famintas e necessitadas, vítimas do desemprego, em função não somente de corrupção como também do mau desempenho dos políticos.
Em que me baseio para falar estas palavras? Na Bíblia! Falando do final dos tempos ela diz: Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra. Serão ajuntados como presos em masmorra, e encerrados num cárcere, e castigados depois de muitos dias (Is 24.21,22). Lembrem-se de que hoje os reis da terra são os políticos, eleitos para governar, com privilégios e responsabilidades, e Deus cobrará com rigor as suas responsabilidades, Ele reservou a eternidade para a prestação de contas e no tribunal de Deus não existe prescrição de crime. O texto acima diz: Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Pense nisso diante de tantos escândalos e não perca a esperança em Deus! Que Ele te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 18 de maio de 2017

DEUS É SOBERANO

18  Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?
19  O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela.
20  O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile.
21  Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamentos da terra?
22  Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar;
23  é ele quem reduz a nada os príncipes e torna em nulidade os juízes da terra.
24  Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra o seu tronco, já se secam, quando um sopro passa por eles, e uma tempestade os leva como palha.
25  A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? —diz o Santo (Is 40.18-25).
Estou estudando o livro de Daniel. Este livro nos mostra a Soberania de Deus na História. A História nos deixou o registro de grandes homens e mulheres que imortalizaram seus nomes, pelos quais temos grande admiração, respeito e muito a agradecer, pois salvaram muitas vidas e, se hoje gozamos de muitas facilidades e conforto, devemos a eles. Claro que existem nomes que nem deveriam ser lembrados pelo fato de seus feitos forem responsáveis por muitas mortes e destruição, e outros por serem ditadores, tiranos cruéis e déspotas sanguinários. Todos estes tem algo em comum: jamais tiveram controle ou conhecimento total e absoluto, suas áreas de atuação estão limitadas à sua geração.
Deus é completamente diferente. Sua atuação transcende gerações. Ele é capaz de iniciar uma obra na geração que está nascendo e completá-la na terceira ou quarta geração destes. Deus não é limitado pelo tempo e suas obras jamais terminam; elas têm um processo contínuo. Gosto de uma camiseta que corre por aí com a famosa frase de Nietzsche, que em sua geração falou: Deus está morto! Hoje, Deus fala: Nietzsche morreu! Este é o Deus que eu amo e sirvo! Deus também não é limitado em poder, não há nada que Ele não possa fazer. Nós é que costumamos delimitar Deus!
Deus é Soberano e tem domínio sobre o reino dos homens! Não é porque o mundo de hoje parece um caminhão sem freio correndo ladeira abaixo que podemos dizer ou pensar como Nietzsche. Quando vemos o mal prevalecendo sobre o bem e os justos subordinados aos ímpios somos tentados a duvidar da vitória final de Deus, mas não se preocupem porque todas as coisas estão correndo de acordo com o plano de Deus, e tudo o que está acontecendo, da forma como está acontecendo contribuirá para a consumação final do plano de Deus com a vitória dos justos sobre os ímpios.
Naturalmente que hoje vivemos em um conflito contínuo entre o Reino de Deus e os reinos do mundo, e por trás disto está o conflito entre Deus e as potestades de Satanás que se utiliza das divindades pagãs deste mundo para ludibriar o homem. Se olharmos para o mundo antigo e estudarmos as suas divindades pagãs veremos que em sua grande maioria ficaram perdidas na História e, infelizmente, foram apenas substituídas por outras divindades ao longo do percurso. Mas Deus continua o mesmo e Ele jamais muda, pois como Ele foi ontem Ele é hoje e o será para sempre. O autor de Hebreus diz:
8  Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre (Hb 13.8).
Deus promete estabelecer seu Reino e defender a causa de seus santos que o servem. A certeza do cumprimento desta profecia é fundamentada no fato de que Deus é ainda conhecido em todo o mundo, enquanto as divindades pagãs do mundo antigo foram esquecidas. Creia neste Deus Eterno, adore este Deus Soberano, mas lembre-se: Ele somente aceitará sua adoração se for único, porque se alguma outra divindade dividir seu coração Ele pedirá licença e se retirará de sua vida. Amigo(a), fique do lado vencedor! Fique com Deus e Ele abençoará a sua vida. Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

terça-feira, 16 de maio de 2017

FAMÍLIA

1  Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!
2  Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
3  Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.
4  Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!
5  O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida,
6  vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel (Sl 128.1-6)!
Mês de maio é o mês de se pensar na família. É muito importante termos uma data em que se pode refletir sobre esta instituição que tem sido uma das mais atacadas pelo inimigo, o qual tem empreendido grandes esforços em acabar ou deteriorar as estruturas da família. E a sociedade tem cooperado muito com as pretensões do inimigo aderindo a filosofias que desmoldam a família. Os legisladores também têm tido uma grande parcela de contribuição elaborando leis que afetam negativamente a família.
Pensando em família quero hoje falar da família de Jesus. O fato de Jesus ter vivido em família nos trás segurança e esperança. Maria, mãe de Jesus, achou graça diante de Deus e foi a escolhida para dar a luz a Jesus Cristo. José, por sua vez, também achou graça diante de Deus por ser o homem escolhido para ensinar e educar a Jesus Cristo; ele não participou da geração de Jesus o qual é Filho de Deus, mas teve a oportunidade de criá-lo neste mundo. Depois de Jesus nasceram seus irmãos e irmãs. Isso comprova que Jesus viveu em família.
Falando de Jesus como nosso Sumo Sacerdote, o autor de Hebreus diz que convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus (Hb 2.17). O fato de Jesus ter vivido em família nos mostra que Ele vivenciou todos os dilemas existentes nesta instituição. Ele vivenciou os dramas da relação entre pais e filhos, entre irmãos e irmãos, entre irmãs e irmãs e entre irmãos e irmãs. Portanto, temos alguém que está assentado ao lado do Pai que está a par não somente dos problemas existentes na família, como também das bênçãos que esta instituição representa para a humanidade. E apesar de todos os ataques do inimigo e de suas hostes de desvirtuar a família, podemos ter a certeza de que Jesus sempre preservará um remanescente que conservará todas as virtudes desta instituição formada por Deus, um remanescente que dirá como Josué:
15  Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR (Js 24.15).
Todas as famílias têm seus dilemas, suas lutas, seus dramas e se não fosse assim não estaríamos vivendo neste mundo; e enquanto estivermos aqui temos que nos adaptar com nossas imperfeições. E o fato de Jesus ter vivido em família nos dá toda liberdade e segurança de abrir para Ele nosso coração e deixar em suas mãos todas as aflições que estão se passando em nossa família ou conosco mesmo. Se atitudes assim fossem tomadas a dissolução dos lares reduziria drasticamente, mas muitos vão pelo caminho da separação por ser o mais cômodo.
Sei que esta data é muito triste para muitos pelo fato de não ter mais viva a sua mãe ou um de seus genitores ou até mesmo a ambos. Há fortes indícios, pela leitura da Bíblia, em que podemos crer que Jesus perdeu seu pai prematuramente. A última menção de José na Bíblia foi quando Jesus se perdeu na festa da Páscoa em Jerusalém, quando Ele tinha apenas doze anos de idade. E o fato de José não estar presente na crucificação de Jesus fortalece a possibilidade de sua morte. Portanto, se Jesus conheceu esta dor, Ele sabe exatamente o que você está sentindo com a perda de um ou mais de seus genitores. Se você tem chorado por isso e tem estado desconsolado, chegue aos braços de Jesus Cristo que Ele te ajudará a superar esta dor. E se tem presenciado a dissolução de sua família corra também para Jesus, pois a Bíblia diz que seu pai e sua mãe pode até te desamparar um dia, e caso isso venha a acontecer o Senhor te acolherá. Vá até Ele que o está esperando de braços abertos.
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quinta-feira, 11 de maio de 2017

DEUS FAZ DO DESACREDITADO UM VENCEDOR

1  Aleluia! Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR.
2  Bendito seja o nome do SENHOR, agora e para sempre.
3  Do nascimento do sol até ao ocaso, louvado seja o nome do SENHOR.
4  Excelso é o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória, acima dos céus.
5  Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas,
6  que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra?
7  Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado,
8  para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.
9  Faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia (Sl 113.1-9)!
Somente Deus pega o desacreditado e o faz cantar o hino de vitória. Ao ler esta frase fiquei meditando nela. Ela nos faz ficar impressionados com o amor, a misericórdia e o poder de Deus; somente Ele pode fazer do desacreditado um vencedor. E quantas vezes não somos abatidos subitamente, jogados ao chão como que reduzidos a cinzas e de lá Deus nos reergue? Quantas vezes não estamos desesperançados e Deus vira a página de nossa história e restaura nossa esperança? Quantas vezes não estamos vencidos, desanimados e Deus nos fortalece e nos ajuda a superar? Assim é o Deus que amamos, o Deus que servimos, o Deus que adoramos, pois Ele é um Deus presente na vida de seus filhos. Um Deus de amor, de misericórdia, de força e de poder e que se importa com a nossa vida e o que se passa conosco. Um Deus que se cala diante da nossa rebeldia, mas que grita diante das nossas dores quando o invocamos.
Não é fácil esperar em Deus no dia da angústia. Não é simples crer que Deus reverterá nossa momentânea derrota em vitória, sempre temos a tendência de achar que permaneceremos prostrados no fim da linha, no fim do túnel, no fundo do poço, esquecidos ali por Deus. A disposição de nosso espírito é sempre achar que nossos erros, nossos pecados são maiores que o amor, a compaixão, a misericórdia e o perdão de Deus. Os pensamentos de nossa mente de que Deus não se importa, de que Deus não irá fazer nada, de que não adiantar lutar, não adianta ter esperança porque nada vai mudar e que jamais iremos conseguir a superação nos deixam desmotivados. Imagino o quanto estas coisas passaram pela cabeça de Jó enquanto esteve sentado naquele monte de cinzas raspando suas chagas. Imagino o quanto estes pensamentos perturbaram José naquela úmida e escura prisão. Imagino o que se passou na mente de Moisés durante os cerca de 40 anos em que permaneceu pastoreando ovelhas no deserto. Imagino o quanto esta disposição incrédula tentou abalar a fé de Abraão que recebeu de Deus à promessa de um filho legítimo com Sara, pois tanto ele como Sara estavam velhos demais.
Conseguimos grandes conquistas ao longo do percurso da vida, mas em quase todas elas, antes, foi necessário passar pelo deserto, transpor as intempéries da tempestade, suportar o sol escaldante durante a caminhada e até mesmo tolerar o triste sentimento da ausência de Deus no percurso. Não é nada fácil caminhar pelo deserto! Quando termina a peregrinação pelo deserto e chegamos ao vale sentimos o frescor da presença de Deus e percebemos como que Ele, sabiamente, usou cada lágrima vertida para nos transformar em pessoas muito mais fortes e melhores. Jó se levantou daquele monte de cinzas para receber de Deus a cura e porção dobrada de tudo o que possuía, a ponto de chegar a dizer: Senhor, eu te conhecia só de ouvir falar de Ti, mas agora os meus olhos te veem. José saiu daquela prisão para governar toda a terra do Egito e salvar o mundo inteiro de padecer de fome. Moisés saiu daquele deserto para enfrentar o poderio de Faraó do Egito e conduzir a libertação de um povo escravizado por 400 anos. Abrão foi pai aos cem anos de idade e tornou-se o pai da fé e sua descendência herdeira de Deus.

Não sei como está a sua vida hoje, mas se está caminhando pelo deserto não se deixe ludibriar pelos pensamentos incrédulos de sua mente, pelos cochichos maliciosos e desanimadores que chegarão aos seus ouvidos, pelas palavras marotas e perniciosas que lhe falarão. Creia em Deus e tenha a certeza de que, mesmo que não o sinta, Ele está contigo, pois Deus jamais abandona um filho seu em momentos de aflição. Se hoje você está desacreditado, desmotivado, abatido, desventurado saiba que Deus é aquele que ergue do pó o desvalido e do monturo o necessitado, para assentá-lo ao lado de príncipes. Ele faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Por tudo isso não há ninguém melhor que o Senhor nosso Deus. Que Ele te abençoe e te console com estas palavras. Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O DEUS QUE NÃO PODE MENTIR

19  Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá (Nm 23.19?
Quem não está enojado com a lava jato? Claro que ela é um grande avanço da democracia brasileira e no combate a corrupção, mas ver as pessoas mentirem descaradamente todos os dias, negando as acusações, chega a embrulhar o estômago. Mentira é o nome dado às afirmações ou negações falsas ditas por alguém que sabe de tal falsidade e na maioria das vezes espera que seus ouvintes acreditem nos seus dizeres; coisa que os políticos sabem fazer com perfeição! Parece extremamente improvável que algum dia a mentira seja inteiramente eliminada da política. Com certeza Deus os tratará com severidade:
7  Não há de ficar em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não permanecerá ante os meus olhos (Sl 101.7).
As mentiras começam cedo. Crianças pequenas aprendem, pela experiência, que mentir ou dizer uma inverdade pode evitar punições por alguma arte praticada. Para isso a interferência da família é imprescindível para que a criança compreenda, através de bons exemplos, a forma correta de agir. Paulo cita como deve ser nosso procedimento quanto a isso:
25  Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros (Ef 4.25).
Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos
10  e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (Cl 3.9-10).
Diz a Bíblia que Deus abomina a mentira e por isso não suporta a presença dos mentirosos:
22  Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer (Pv 12.22).
Tanto é que, quando João, em Apocalipse, fala das classes de pessoas que não entrarão no céu, o mentiroso está entre eles. E não podemos nos esquecer de que o inimigo de Deus, que é Satanás, é descrito na Bíblia como o pai da mentira. E em contraste com o diabo, que já aparece na Bíblia mentindo, Jesus veio a este mundo se descrevendo como sendo a verdade, verdade com veracidade tal que tem o poder de libertar e tornar livre àquele que tem o conhecimento dessa verdade. Por isso, o povo de Deus deve ser conhecido como um povo que vive na verdade e pela verdade. Portanto, devemos fugir da mentira e não compactuar com os mentirosos, coisa que não tem acontecido ultimamente, pois houve tempo em que, quando a pessoa se apresentava como um crente tinha crédito, pois eram considerados bons pagadores. Hoje, infelizmente, esta classe está equiparada a qualquer outra na área da honestidade.
A confiança hoje tem sido um produto muito difícil. Belos tempos aquele em que a palavra de uma pessoa valia muito mais que o papel, pois a honra estava acima de tudo. Mas há esperança! Existe um que não pode mentir! Existe um que, em toda a sua existência, jamais proferiu uma única mentira, e olha que Ele existe desde a eternidade, pois esta Pessoa é Deus. E pelo fato de Deus jamais ter pronunciado uma única mentira torna seus relatos cem por cento confiáveis, ou seja, nenhum dos seus pronunciamentos pode ser retirado dos autos ou apresentar ambiguidade.
O fato de Deus não poder mentir trás segurança em suas promessas. E o que Deus promete? Deus promete que a nossa vida não se limita a vida terrena, mas que essa vida continua depois da morte. E se equipararmos a durabilidade destas vidas, pode-se afirmar, sem eufemismo, que a vida começa mesmo é depois da morte. Deus promete que quando morrermos as nossas obras nos acompanhará e com elas nos apresentaremos diante dele para um acerto de contas, de forma que a verdadeira riqueza não está em nossas posses, mas em nossas ações. Deus promete que todos aqueles que foram libertos pela verdade que Ele representa gozarão do gozo do céu, enquanto que todos aqueles que deram ouvidos às mentiras do diabo sofrerão os horrores do inferno, preparado exclusivamente para o diabo, seus anjos e seus seguidores. Deus promete que, depois dessas coisas, jamais haverá qualquer maldição, jamais haverá morte e tudo durará eternamente. Essas são apenas algumas das promessas de Deus. Não considere isso minhas palavras, pois são promessas do Deus que não pode mentir. Crês tu nisso? Então, deixe o seu amém, mas acima de tudo permita-se ser liberto por aquele é a verdade.
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

domingo, 7 de maio de 2017

A BOFETADA DO DIABO

8  Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;
9  resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo (1 Pd 5.8).
Já viu alguém levar uma bofetada? Ouve-se o barulho do tapa e o rosto virar-se pela força do impacto. Isso me faz lembrar em quantas bofetadas do diabo que já levei ao longo da vida. É a vez que você não ouve a voz de Deus e atende ao chamado da carne, é a vez que você não age com sabedoria, com prudência, mas pelo impulso, é a vez que você ignora os conselhos e segue sua soberba. Mas nem sempre você precisa fazer algo errado para levar uma bofetada do diabo. Às vezes, em sua plena razão e inocência, é acusado, injustiçado e condenado de uma forma ou de outra. Isso sem contar das tribulações e provações do dia a dia. São as derrotas parciais que sofremos ao longo da vida!
Estas derrotas parciais não são anormais e nem indica qualquer maldição, possessão pelo diabo ou até mesmo pecado, como muitos pregadores andam anunciando por aí, conseguindo adeptos através do medo, com mensagens que mais assustam do que consolam e edificam. São pregadores que dizem que um crente não pode ficar doente, que não pode ser pobre, que não pode ficar desempregado e se alguma destas coisas acontece em sua vida é porque está amaldiçoado ou foi atingido por algum feitiço ou popular despacho. Tais pessoas ignoram as palavras de Jesus que disse:
33  Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33).
A vida aqui não é fácil não meu camarada. Quando se fala em bofetada, me vem à mente as palavras de Jesus: Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra (Lc 9.29). Jesus não exclui ninguém nesta afirmação, nem mesmo ao diabo quando nos bate. Mas como oferecer a outra face ao diabo? Deus mesmo faz isso por nós quando converte a nossa derrota em vitória. E Paulo nos garante isso:
37  Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (Rm 8.37).
Quando olhamos para as lágrimas que vertemos ao longo da vida podemos perceber que doeram muito no coração, mas seus efeitos foram extraordinários, porque não somente moldaram nosso caráter, nossa visão de mundo, como contribuiu imensamente para nosso crescimento espiritual e nos aproximar de Deus, porque temos a tendência de não nos preocuparmos com estas coisas quando tudo vai bem na vida. Paulo considerou todas estas coisas como perda e refugo:
7  Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.
8  Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo (Fp 3.7,8).
Por isso, se hoje você está sentindo que levou uma bofetada do diabo, lembra-se de mais estas palavras de Paulo:
28  Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28).
Tudo colabora ao nosso favor, mas não se esqueça de que isso acontece conforme o poder de Deus que opera em nós. Portanto, não tente reagir por si mesmo, não tente lutar pelas suas próprias forças, mas entregue tudo nas mãos de Deus, descanse nele, submeta-se a Sua vontade e o verás agindo para o seu bem, não conforme o seu querer, mas conforme a vontade Soberana e Sábia de Deus, porque Deus é poderoso para fazer em nossas vidas infinitamente mais do que tudo o que pensamos, imaginamos, pedimos ou esperamos dela. E o melhor de tudo é que isso independe dos nossos esforços, mas tão somente daquele que afirmou: Agindo Eu, quem o impedirá (Is 43.13)? Que Deus te abençoe, pois, estando a Sua mão sobre ti, ninguém a fará voltar atrás. Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com