HISTÓRIAS INTERROMPIDAS

15  Queres seguir a rota antiga, que os homens iníquos pisaram?

16  Estes foram arrebatados antes do tempo; o seu fundamento, uma torrente o arrasta.

17  Diziam a Deus: Retira-te de nós. E: Que pode fazer-nos o Todo-Poderoso (Jó 22.15-17)?

Recentemente saiu no noticiário de nossa cidade um duplo homicídio. E poucos dias depois, a tragédia se repete, mais um duplo homicídio. O que têm eles em comum? A idade das vítimas. Todos jovens com cerca de 20 anos de idade. É muito triste ver tantas histórias interrompidas, ver pessoas morrendo tão jovens, pessoas que não se casaram, jovens que não formaram uma família, que não deixaram um legado. Aliás, olhando para o contexto do nosso país, nunca tivemos tantos jovens sendo assassinados.

Lembrei-me de que, no final de semana, estava no shopping e presenciamos uma intriga entre adolescentes, provavelmente entre duas gangs. Um encarava o outro, empurrava o outro, batia com o peito no outro e assim por diante. Estavam incomodando e assustando a todos que estavam reunidos ali com seus familiares e amigos, mas parece que eles não se importavam nem um pouquinho com as famílias ali presente; e só terminou com a chegada da polícia.

Fiquei pensando nas consequências daquilo tudo lá fora, no outro dia, quando se reencontrarem novamente. Todo aquele ódio e rixa tinha tudo para terminar em sangue, bastava apenas uma atitude impensável e precipitada de um deles. E jovens iguais a estes têm aos montes por aí. A (in)justiça social do Brasil tem gerado jovens cada vez mais insubordinados, violentos e egoístas. É espantoso a quantidade de filhos que tem assassinado seus próprios pais, a maioria por motivos banais, ou por quererem viver sem ninguém regulando suas vidas, ou por causa de herança para financiar seus vícios e caprichos. Estamos vivenciando uma geração perdida!

Além dos próprios jovens, nós também somos vítimas de toda essa baderna e violência, pois os assaltantes não hesitam nem por um pouco em assassinar suas vítimas (se não bastasse a violência do assalto), isso sem contar das torturas, tantas físicas como psicológicas, que muitos sofrem não mãos desses bandidos degenerados. Este fato muito nos impressiona porque demonstra a falta de amor, de compaixão, de qualquer sentimento dos jovens dos nossos dias pelo sofrimento alheio. Também, desde criança são expostos a vídeos games dos mais violentos possíveis e assistindo a filmes de pura violência; não poderia jamais haver outra formação de caráter nestes jovens.

A maioria destes jovens cavaram a sua própria sepultura. Deus mesmo nos adverte que colhemos aquilo que semeamos. Grande parte destes jovens estão envolvidos com drogas, e nada tem destruído mais famílias do que as drogas, eles tem semeado a morte e morte eles tem colhido. Também muitos têm dado uma de valentões, até o dia que tocam em alguém com o pavio mais curto que o deles, tão valente quanto, e o resultado é uma morte por motivos tão fúteis. Tem solução? Se olharmos para o futuro de nosso País há pouca ou nenhuma perspectiva de melhora, mas se olharmos para o amor, a compaixão e a misericórdia de Deus podemos ver um remanescente sendo libertado desse mundo de escravidão. Aliás, Deus sempre trabalhou com remanescentes, Ele nunca contou com a maioria.

E quanto a nós? Não nos esquecemos de que somos trigo no meio do joio. No Dia final Deus fará a colheita do trigo, levando-os em segurança para a eternidade. Quanto ao joio os anjos os ajuntarão e serão queimados como palha. Se você, jovem, se encontra enquadrado nestas palavras, pense no que você realmente deseja para sua vida. Deseja colher das atitudes insanas que tem tomado? Sabe que se continuar nelas a morte prematura é a colheita mais provável, conforme as palavras do texto acima: Estes foram arrebatados antes do tempo. Deseja fazer parte do joio e ser queimado como palha? Ou deseja ser trigo e ser recolhido pelos anjos de Deus para a eternidade. Jesus te ama com um amor sem igual e se importa com você, somente Jesus pode te livrar desta escravidão de morte. Pense nisso e que Deus te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com