domingo, 28 de maio de 2017

FÉ SEM ARROGÂNCIA

1  Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2  Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3  E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4  A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5  para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus (1 Co 2.1-5).
Nabucodonosor construiu uma estátua dele mesmo e exigiu que todos o adorassem. Mas três moços negligenciaram a ordem do rei e não se prostraram diante da estátua. O rei chama estes moços e pergunta para eles se estavam dispostos a voltarem atrás e se prostrarem diante da estátua. A resposta destes moços foi: Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.17,18). Na resposta destes moços eles estão proclamando que Deus tem poder, mas não estão determinando que Deus livre eles de morrerem na fornalha, não estão tentando colocar Deus contra a parede. E olha que o rei, ao ameaçar aqueles moços, ainda disse: ...e quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos (Dn 3.15)? A resposta destes moços nos ensina três lições preciosas.
A primeira lição é que nós não somos chamados para ser advogado de Deus, mas para ser testemunha de Deus. Não fomos chamados para defender Deus, mas para testemunhar acerca de Deus. Observe que aqueles moços não entraram em uma conversa, em uma discussão tola com o rei, pois eles entendiam que não estavam ali para discutir, para defender a Soberania de Deus. A verdade é que nós não temos que defender a Deus, pois Deus não precisa de ninguém para defendê-lo, porque Ele é Deus, Ele não precisa de defesa. Deus não nos chamou para sermos advogado dele, mas Deus quer que seus filhos testemunhem acerca dele.
A segunda lição é que devemos ter uma fé sem arrogância e inconsequente. Imagino alguns cristãos de hoje diante da ameaça do rei. Eles diriam mais ou menos assim: Estás amarrado ó rei e eu repreendo este fogo, repreendo esta fornalha e decreto a libertação de Deus. Isso porque alguns cristãos hoje fazem justamente isso. Eles determinam as ações de Deus e decretam para Deus o que Deus tem que fazer. Em suas orações eles rejeitam isso, não aceitam aquilo e determinam aquilo outro. Aqueles três moços não tomaram nenhuma atitude de espiritualidade inconsequente, eles simplesmente disseram que se Deus quisesse livrá-los Ele os livraria e se não quisesse estavam prontos a morrerem. Eles entendiam que o único compromisso que tinham era ser fiel a Deus.
A terceira lição é que devemos ser fiéis a Deus não apenas pelo que Deus faz, mas pelo que Deus é. Aqueles moços não estavam sendo fiéis a Deus porque seriam libertados, eles nem sabiam que seriam, mas estavam sendo fiéis por aquilo que Deus é. Eles não estavam barganhando nada com Deus. Eles entendem que Deus é Soberano, se Ele quisesse livrar, Ele livraria, e se Deus quisesse permitir de morrerem, eles estavam prontos para isso. Hoje o que mais vemos no meio cristão é uma fé que barganha com Deus. Se Deus não atender aos seus pedidos, as suas determinações, ficam decepcionados com Deus. Se Deus não atender as suas expectativas ficam magoados com Deus. Se Deus não fizer como querem ficam frustrados e, então, este Deus não serve para eles. É o troca-troca, você é fiel a Deus e Deus te abençoa, mas a motivação para você ser fiel a Deus é Deus te abençoar. Não é isso que pregam por aí hoje? Você dá uma oferta e se você der uma oferta mais ou menos você vai ter uma bênção mais ou menos, se você der uma oferta ousada você vai ter uma benção ousada, então, quando você quer uma benção ousada seja ousado na oferta. Na verdade isso é um negócio com Deus, é uma barganha com Deus, você dá para Deus e Deus te recompensa. Pessoas assim demonstram uma fé centralizada nelas mesma de forma que elas são o alvo de tudo.
A nossa fidelidade a Deus não deve ser condicionada a nada. Muitas vezes Deus não faz o milagre. Muitos cristãos foram para a fogueira e Deus não apagou o fogo, muitos cristãos foram jogados na cova das feras e Deus não fechou a boca das feras, muitos cristãos foram para a prisão e as portas da prisão não se abriram, mas nenhum deles negaram a sua fé ou duvidaram da fidelidade de Deus. Em Hebreus lemos que alguns homens de fé foram poupados da morte, enquanto outros, que também eram homens de fé, foram levados pela morte. Nossa fidelidade a Deus deve ser incondicional. Devemos fazer o que é certo e deixar as consequências para Deus. Nós não administramos resultados. Nossa competência não é apagar a fogueira ardente, nossa competência é ser fiel a Deus. Se Deus vai apagar a fogueira ou não isso não é da nossa competência é da Soberania de Deus. Portanto, se Deus fizer Ele é Deus, se não fizer Ele continua sendo Deus. Se a porta abrir Ele é Deus, mas se a porta se fechar Ele continua sendo Deus. Que Ele te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

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