10 Não
temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão
alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias.
Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
Quem
não conhece a história dos três amigos de Daniel que foram jogados dentro de
uma fornalha de fogo? A maioria das pessoas fixa sua atenção ao milagre, ao
livramento daqueles homens do poder do fogo. Tanto que chegam a proclamar: com
Deus posso pisar em brasas que não me queimarei, posso andar no meio do fogo
sem me queimar; parece até que eles têm olhos apenas para o milagre do
livramento de Deus. Mas a coisa mais bela dessa história não é o livramento
daqueles homens do poder do fogo e sim a fidelidade daqueles homens. Eles não
cederam ante as ameaças do rei Nabucodonosor, preferiram a fornalha a serem
encontrados infiéis.
Esta
era a fé daqueles três moços e eles não aceitaram negociar seus princípios,
seus valores, ainda que isso ameaçasse a integridade física deles. E sabe qual
a razão de tamanha fidelidade? Eles amavam a Deus mais do que a própria vida.
Esta é a grande lição dessa história, a lição da fidelidade que não abre mão
dos absolutos de Deus. O livramento que aqueles homens tiveram e toda a Babilônia
presenciou nada mais é do que a consequência da fidelidade daqueles moços. O
milagre dessa história é o subproduto da fidelidade inegociável daqueles
homens.
Há,
como o mundo hoje está precisando de homens como os amigos de Daniel, homens
que tem a fidelidade a Deus mais importante do que a própria vida, homens que
estão prontos até mesmo a morrer por sua fidelidade a Deus, homens que entendem
que a fidelidade a Deus é uma questão inegociável, homens que estão prontos a
morrer, mas não estão prontos para abrir mão de seus valores, de seus
princípios incondicionais.
Hoje
as pessoas buscam os milagres, mas não querem a fidelidade, querem os
privilégios, mas não querem pagar o preço. Muitas vezes a fidelidade a Deus nos
leva para a fornalha de fogo, nos leva para a prisão, nos leva para a cova dos
leões. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode comprometer o nosso trabalho, pode
nos fazer ser demitidos, pode fazer de nós pessoas impopulares na sala de aula,
no trabalho, no nosso círculo de amizade. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode
nos fazer perder amigos, perder privilégios, perder lucros, perder algumas
vantagens, perder alguns negócios e até mesmo perder uma concorrência. Preço
que poucos estão dispostos a pagar.
Ceder
à pressão e negociar seus valores pode destruir a sua vida mais do que o fogo
da fornalha. A transigência da fidelidade destrói você só que em fogo lento.
Cuidado! Tem pessoas que vão cedendo que vão negociando e logo está todo
comprometido, todo enrolado e não consegue mais sair, não consegue mais romper,
porque transigir com a fidelidade a Deus também é uma fornalha que mata você,
destrói você, mas pouco a pouco. Mas há um detalhe que não pode ser ignorado, a
fornalha ardente por fidelidade a Deus o fogo só pode destruir o seu corpo, mas
não pode destruir a sua alma. Entretanto, a fornalha da infidelidade destrói
tanto o seu corpo como a sua própria alma.
Estamos
enfrentando pressões de todos os lados para fazermos concessões. Ouvimos todos
os dias dizerem que é impossível ser fiel, que é impossível ser honesto, que é
impossível ser sincero, impossível falar a verdade, impossível manter-se puro,
que não há nenhum mal em colar na prova, que não dá pra chegar a lugar algum
sem ter que ceder aqui e negociar acolá. Nós precisamos aprender com os amigos
de Daniel que transigir com a fidelidade a Deus, que ceder às pressões da
maioria é cair na fornalha do mundo, uma fornalha que queima com fogo brando,
mas que destrói o corpo e a alma. Nestas horas lembram-se das palavras de Jesus
que disse: Não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no
inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28). Que Deus te abençoe a ser
fiel! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
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