8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar;
9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que
sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada
pelo mundo (1 Pd 5.8).
Já
viu alguém levar uma bofetada? Ouve-se o barulho do tapa e o rosto virar-se
pela força do impacto. Isso me faz lembrar em quantas bofetadas do diabo que já
levei ao longo da vida. É a vez que você não ouve a voz de Deus e atende ao
chamado da carne, é a vez que você não age com sabedoria, com prudência, mas
pelo impulso, é a vez que você ignora os conselhos e segue sua soberba. Mas nem
sempre você precisa fazer algo errado para levar uma bofetada do diabo. Às
vezes, em sua plena razão e inocência, é acusado, injustiçado e condenado de
uma forma ou de outra. Isso sem contar das tribulações e provações do dia a
dia. São as derrotas parciais que sofremos ao longo da vida!
Estas
derrotas parciais não são anormais e nem indica qualquer maldição, possessão
pelo diabo ou até mesmo pecado, como muitos pregadores andam anunciando por aí,
conseguindo adeptos através do medo, com mensagens que mais assustam do que
consolam e edificam. São pregadores que dizem que um crente não pode ficar
doente, que não pode ser pobre, que não pode ficar desempregado e se alguma
destas coisas acontece em sua vida é porque está amaldiçoado ou foi atingido
por algum feitiço ou popular despacho. Tais pessoas ignoram as palavras de
Jesus que disse:
33
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas
tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33).
A
vida aqui não é fácil não meu camarada. Quando se fala em bofetada, me vem à
mente as palavras de Jesus: Ao que te
bate numa face, oferece-lhe também a outra (Lc 9.29). Jesus não exclui
ninguém nesta afirmação, nem mesmo ao diabo quando nos bate. Mas como oferecer
a outra face ao diabo? Deus mesmo faz isso por nós quando converte a nossa
derrota em vitória. E Paulo nos garante isso:
37 Em
todas estas coisas, porém, somos mais
que vencedores, por meio daquele que nos amou (Rm 8.37).
Quando
olhamos para as lágrimas que vertemos ao longo da vida podemos perceber que
doeram muito no coração, mas seus efeitos foram extraordinários, porque não
somente moldaram nosso caráter, nossa visão de mundo, como contribuiu
imensamente para nosso crescimento espiritual e nos aproximar de Deus, porque
temos a tendência de não nos preocuparmos com estas coisas quando tudo vai bem
na vida. Paulo considerou todas estas coisas como perda e refugo:
7 Mas
o que, para mim, era lucro, isto
considerei perda por causa de Cristo.
8 Sim,
deveras considero tudo como perda,
por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as
considero como refugo, para ganhar a Cristo (Fp 3.7,8).
Por
isso, se hoje você está sentindo que levou uma bofetada do diabo, lembra-se de
mais estas palavras de Paulo:
28
Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito (Rm 8.28).
Tudo
colabora ao nosso favor, mas não se esqueça de que isso acontece conforme o
poder de Deus que opera em nós. Portanto, não tente reagir por si mesmo, não
tente lutar pelas suas próprias forças, mas entregue tudo nas mãos de Deus,
descanse nele, submeta-se a Sua vontade e o verás agindo para o seu bem, não
conforme o seu querer, mas conforme a vontade Soberana e Sábia de Deus, porque
Deus é poderoso para fazer em nossas vidas infinitamente mais do que tudo o que
pensamos, imaginamos, pedimos ou esperamos dela. E o melhor de tudo é que isso
independe dos nossos esforços, mas tão somente daquele que afirmou: Agindo Eu,
quem o impedirá (Is 43.13)? Que Deus te abençoe, pois, estando a Sua mão sobre
ti, ninguém a fará voltar atrás. Amém!
luizlobianco@hotmail.com
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